You've Always Counted escrita por ladysomething


Capítulo 2
Boas e más notícias


Notas iniciais do capítulo

Depois de uma vida, aqui está! Não vou colocar a culpa só no Nyah, admito que enrolei um pouquinho. Mas vou me esforçar para postar com mais frequência! Conto com seus sempre bem-vindos comentários e críticas :3



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Sherlock já havia visto mulheres nuas, sim, e havia reagido bem a isso. Quando Irene Adler o recebeu nua em pelo, impossível de se decifrar, ele manteve a calma e não demonstrou nenhuma emoção com isso, ao contrário do pobre John... Mas agora vendo cada centímetro do corpo de Molly, o detetive, famoso por seu auto controle, estava encontrando sérias dificuldades em manter a compostura. Quase implorou para que ela se cobrisse, mas conseguiu pedir isso com certa polidez. Percebeu que Molly mordeu o lábio e fechou os olhos por um momento, ela estava... decepcionada? Ver essa reação fez algo afundar dentro de Sherlock.

–Você... você invade a minha casa e sem dar qualquer explicação, exige que eu vista as minhas roupas? –Molly estava incrédula, e ele não entendia bem porquê. Reviu mentalmente o que tinha dito e não encontrou nada de errado em suas palavras, ele não havia sido rude, certo?

–Bem, eu não vejo porque você gostaria de continuar nua, Molly. Pode pegar um resfriado e não é nada educado exibir seu corpo dessa maneira. –Sherlock respondeu, mas assim que as palavras saíram, arrependeu-se delas. Pôde ver a raiva no rosto da castanha e isso o fez sentir-se mal.

Molly trincou os dentes e respirou fundo. Forçou um sorriso.

–Claro, Sherlock. Vou levar só um minuto. Fique à vontade, por favor. –Sherlock encarou-a, surpreso. Engoliu em seco e assentiu.

A legista foi até seu quarto em longas passadas, fazendo questão de dar às costas a Sherlock, para que ele visse seu corpo completamente. Resistiu ao impulso de bater a porta com força e ao fechá-la, escorregou até o chão e respirou fundo. Não permitiria que ele lhe arrancasse mais lágrimas, dessa vez ela o surpreenderia. Levantou-se e sentiu uma empolgação crescente pela noite que teria.

Sherlock ainda encontrava-se incapaz de pensar com clareza, a reação de Molly o perturbava e sabia que quando a legista saísse daquele quarto as coisas não ficariam mais fáceis para ele. Mas o detetive precisava se concentrar no real motivo de estar ali, não poderia se deixar levar pelas curvas de Molly... Ou por seus sentimentos. “Eu não tenho sentimentos. Eu não me envolvo.” Alguém em seu palácio mental riu de suas palavras e esse alguém, curiosamente, era Molly Hooper.
O detetive começou a andar pelo pequeno apartamento e cada detalhe daquele lugar dizia quem era Molly. Passou os olhos por porta retratos espalhados em um aparador, Molly sorrindo, Molly abraçada a seus pais, Molly escondendo-se da câmera e sorrindo, sorrindo... Sherlock encontrou um pequeno caderno com uma capa surrada, pousado sob alguns livros na pequena estante. Sabia que era um diário antes mesmo de abri-lo, mas não estava pronto para o que leu.

“Não consigo me apaixonar por Tom, e Sherlock é o grande culpado disso. Eu quero me livrar desses sentimentos que só me causam mágoa, mas não consigo sequer namorar outras pessoas sem tê-lo em minha mente o tempo inteiro. Estou cansada, tão cansada...”.

Sherlock sempre soube o que significava para Molly e aproveitava-se disso, inclusive. Mas agora que tudo estava tão confuso, ler aquelas palavras quebrou algo dentro dele. Devolveu o caderninho a seu lugar e se deixou cair no sofá. Toby surgiu de algum lugar e com olhos adoráveis, subiu no colo de Sherlock e se aninhou ali.
O detetive o encarou por um momento e, hesitante, passou sua mão por todo aquele pelo. Não era tão ruim. Seu olhar se perdeu e sem conseguir desviar seus pensamentos de Molly, deixou-se acariciar o gato.

Molly encarava-se no espelho. Não estava nada exagerado, bem natural, do jeito que ela preferia. Usava uma camisola branca que valorizava seu corpo, o tecido caia bem e realçava sua pele clara. Por cima, vestia um robe de renda que a deixava mais sensual. Molly queria seduzir Sherlock e mesmo que ele deduzisse isso quando colocasse os olhos nela, não queria ser tão óbvia. Sorriu para seu reflexo no espelho e saiu do quarto.

Ao ver Molly sair do quarto, Sherlock prendeu a respiração. Sentiu seu coração acelerar e em suas calças havia uma agitação involuntária. Toby logo pulou de seu colo, se assustado pela ereção ou por ver Molly, Sherlock não soube dizer. O detetive não conseguia desviar os olhos dela e sabia que era ridículo reagir assim quando ele já a havia visto nua em pelo.

Molly corou intensamente ao perceber o olhar do detetive e deu um meio sorriso, aproximando-se dele.

–Parece que Toby gostou de você. –Abaixo-se para acariciar o gato, com um sorriso carinhoso e depois se voltou ao moreno. -Aceita um chá, Sherlock? –sua voz estava controlada, com o tom doce de sempre. Ao ouvi-la, o detetive pareceu voltar a si e retomou o pouco controle que lhe restava.

–Não será necessário, Molly, obrigado. O que tenho a te dizer é muito importante e quanto antes você estiver ciente disso, melhor.

Sherlock percebeu o desapontamento no rosto da legista, mas ignorou-o. Precisava sair daquele apartamento antes que cometesse uma loucura.

–Tudo bem, então me diga. –com um suspiro, Molly sentou-se ao lado do detetive, perigosamente perto.

–Molly, você está correndo perigo. Tom não é quem você pensava ser. O término do noivado fez com que ele mudasse seus planos e pode fazer algo a você a qualquer momento agora. –Molly arregalou os olhos, que se encheram de lágrimas ao ouvir as palavras do moreno. Sherlock segurou sua mão, ternamente. –Mas eu vou proteger você. O que quer que ele esteja planejando, não vai funcionar.
Molly encarou-o, incrédula. Mais lágrimas surgiram e começaram a escorrer por seu rosto.

–Porque eu, Sherlock? O que foi que eu fiz? –a castanha revia todos os momentos que teve com Tom, ele era bom para ela. Parecia amá-la sinceramente, será que foi tudo uma mentira?

Sherlock desviou os olhos de seu rosto por um momento, e suspirou audivelmente. Aquela proximidade era perigosa demais. Voltou a olhá-la e carinhosamente secou mais uma lágrima que caía.

–Porque eu me importo com você. Molly, você sempre contou e por isso querem te fazer mal. Machucando você, eles machucam a mim.

Molly ouviu as palavras de Sherlock como se estivesse num sonho. “Você sempre contou.”. Não podia ser real, podia? Ela o olhou, sem acreditar. E o detetive, como que para provar que falava a sério, aproximou seus lábios dos dela. –Molly? –falou seu nome com um carinho que ela nunca tinha ouvido nele. E então a beijou.


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Notas finais do capítulo

E entãao, gostaram? ;)



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