You've Always Counted escrita por ladysomething


Capítulo 1
Please, put your trousers on.


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO! Essa fic é um teste. Eu me deixei levar pela empolgação e acabei escrevendo isso aí, mas não garanto que vá sair algo bom. Tenham um pouco de confiaça e (muita) paciência comigo, por favor. Sou só uma principiante. Enjoy! ;)



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Molly encarava a si mesma no espelho do banheiro, avaliando seu corpo, quando um objeto na pia chamou sua atenção. Era um presente de Mary, e Molly havia ficado muito exasperada em ganhar aquilo. Seu noivado com Tom estava acabado mas ela não pensava que precisaria de algo assim, não, ela não estava tão sedenta. Mas o vibrador continuou lá, parado convidativamente, tentando-a.

–Argh, foda-se. –com um suspiro, rendeu-se e pegou o brinquedo, dirigindo-se à banheira.

Talvez Mary tivesse razão e ela realmente precisasse relaxar. Quer dizer, as mulheres fazem isso o tempo todo e nem sempre significa que estão necessitadas, é uma questão de bem-estar, claro. Começou a pensar em Sherlock e nos últimos dias enquanto a excitação a tomava, contorcia-se dentro d’água e relembrava a sensação de beijar os lábios dele. Havia sido muito rápido, é verdade, mas não pôde deixar de notar como ele tinha lábios macios, e como os olhos dele se arregalaram de surpresa quando ela o agarrou. Molly Hooper, tão previsível, havia conseguido surpreender o grande Sherlock Holmes. Deliciou-se com o pensamento e aumentou a intensidade do vibrador, o que a fez arquejar. Com isso, passou a rever cada detalhe daquele momento.


Quando ele a procurou dois dias atrás querendo a ajuda dela com um caso, Molly não se surpreendeu, mas podia ver que algo estava errado. Há muito ele a tratava com mais respeito, porém, naquele dia parecia ter voltado a ser o idiota de antes. Molly estava em seu limite com o fim do noivado e tantas outras coisas que não pôde deixar que aquilo continuasse e confrontou Sherlock. Estapearia seu rosto novamente se fosse preciso, mesmo que seu comportamento não estivesse sob influência de drogas, mas não aceitaria ser maltratada por ele de novo.

–Molly, a culpa é toda sua. Você nunca deveria ter terminado com Tom, não vê? –Sherlock cuspiu as palavras, e Molly piscou, atordoada. Ele parecia estar em uma luta interna e logo arrependeu-se dessas palavras, seu pescoço tornou-se vermelho e uma veia pulsava em sua têmpora.

–Eu o quê? O que você quer dizer com isso Sherlock? –Molly não queria acreditar no que acabara de ouvir, e encarou o detetive tentando captar qualquer coisa em seu rosto. Ele ficou sério.

–Esqueça, Molly. Apenas analise o material que eu lhe trouxe. –Sherlock respondeu com frieza, esperando que ela ficasse magoada com seu tom e deixasse o assunto de lado. Mas ela não estava pronta para isso.

–Está bem, Sherlock. –Molly disse cada palavra muito calmamente e foi aproximando-se dele devagar. Quando estava perto o suficiente, e suas intenções tornaram-se claras, com prazer viu um Sherlock em pânico com sua mente trabalhando a todo vapor, analisando, procurando uma saída, mas os braços de Molly envolveram seu pescoço e quando seus lábios se tocaram, ele pareceu se render. Sherlock não sabia o que fazer com suas mãos, paradas no ar, mas então voltou a si e afastou Molly. Ainda segurando os pulsos da legista fitou seus olhos profundamente e Molly pôde ver todas as dúvidas do detetive ali. Sherlock soltou-a e saiu rapidamente do laboratório, com seu casaco esvoaçando atrás dele.

Molly estava quase no ápice, gemendo alto, quando a porta de seu apartamento foi destrancada com um grampo e Sherlock adentrou a sala. A primeira coisa que passou pela cabeça do detetive ao ouvir aqueles sons foi que Molly estivesse sendo atacada, mas então entendeu. O morenocorou e deu um passo em direção a porta, não parecia uma boa hora, de qualquer forma. Mas então, em meio aos gemidos, pode ouvir seu nome e estancou, sem reação. Molly estava tocando-se no banho, tudo bem, mas ela estava pensando nele enquanto o fazia, e isso mudava tudo. Sherlock não tinha experiência com mulheres, mas ao assimilar o que estava acontecendo sentiu o ímpeto de entrar no banheiro e fazer coisas que iam contra tudo o que acreditava. Sua mente, porém, o impediu de fazer essa loucura. E então Sherlock viu-se andando de um lado para o outro na sala de Molly enquanto esta, com um grito, atingia o orgasmo em seu banheiro. Alguns minutos depois, ele continuava lá, perplexo e sem saber como agir.

Molly terminou seu banho, sentindo-se melhor do que nunca, pegou uma toalha e saiu do banheiro secando o cabelo. Para ela, a maior vantagem de morar sozinha, com a companhia perfeita de seu gato Toby, era poder andar pela casa sem roupas. Ela adorava a sensação de liberdade que isso lhe proporcionava, mas hoje esse seu hábito parecia uma péssima ideia. Quando passou pela soleira da porta, cantarolando, viu um movimento em sua sala e parou com a tolha na cabeça. Havia um homem lá, e sua primeira reação foi entrar em pânico, gritar e cobrir seu corpo, mas então percebeu: O homem em sua sala era Sherlock. “Oh, meu Deus, há quanto tempo ele está aqui? Será que ouviu...?”

Sherlock e Molly, com os olhos arregalados, não sabiam bem o que fazer. E o silêncio foi apenas quebrado pelo gato da legista que finalmente deu as caras, passando pelos dois despreocupadamente. Isso serviu para tirá-los do transe, mas a situação era complicada demais.

–Há quanto tempo está aqui? –Molly estava aterrorizada com a ideia de que ele houvesse ouvido seus gemidos e... hmm, gritos. Sherlock piscou com a pergunta e olhou em volta por um momento.

–Hmm, acabei de chegar. –mentiu ele, e Molly estreitou os olhos, sem acreditar muito.

–Eu me lembro de ter trancado a porta, Sherlock. –Molly falou com uma calma que não sentia.

–Sim, você o fez. E eu sugiro que troque sua fechadura. Quando não obtive resposta resolvi o problema com um simples grampo, imagine o que alguém com más intenções faria... –a resposta de Sherlock fez um arrepio subir pela coluna da legista “alguém com más intenções... E quais serão as dele?”

Sherlock tentava olhar apenas o rosto de Molly, mas estava começando a ficar impossível não fixar os olhos em seu corpo totalmente nu. E ela não parecia nada desconfortável com isso.

–O que faz aqui, Sherlock? –Molly começava a perceber o olhar faminto do detetive e sentia-se pronta para tirar vantagem disso. Falava com confiança e sentia-se confortável com apenas uma toalha enrolada nos cabelos, afinal estava em sua casa e ele era o intruso.

–Molly Hooper, nós podemos conversar assim que você vestir suas roupas.


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Notas finais do capítulo

Fiquei com medo de começar a escrever um conto erótico ou sei lá, mas vou pegar mais leve no início, hahahaReviews? ;3