Titanium escrita por Sol Loiro, MARVEL


Capítulo 13
Twelve


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Demorei! [talvez demorei venha a ser o nosso sempre... Ta parei :/]
Bem, eu ajo vou ficar aqui dando desculpas esfarrapadas, mas a verdade é que eu queria fazer um cap especial ora vcs, e eu demorei muito ora conseguir escrever essas 3000 palavras, então me desculpem mesmo.
Até lá em baixo >>>



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POV Scorpius

FLASHBACK ON [CINCO ANOS ATRÁS]

Estava pegando todas as roupas que já estavam secas na lavanderia e indo para o meu quarto, indo fazer a mala para Hogwarts, para onde eu iria amanhã. Ou seja: eu tava segurando roupas até na boca.

Quando ia virar à direita para contornar uma parede e subir as escadas (é complicado ter casa grande), ouvi meus pais conversando, mas não sozinhos. Uma voz que parecia ser de uma mulher jovem discutia com eles, e como o filho exemplar que eu NÃO sou, me encostei na parede para ouvir escondido.

Shaula, ele é muito jovem!– protestava meu pai.

Esse era o acordo, Malfoy. - disse impaciente e rispidamente a voz mais jovem.

Draco, ela está certa. - murmurou minha mãe, e pelo seu tom, eu sabia que ela estava tentando acalmar meu pai. - Não quebramos acordos. Deixe que Scorpius decida por si mesmo. E nós apoiaremos a sua decisão. - Ouvi um suspiro por parte de meu pai, e ele murmurou algo, vencido. - Agora, Scorpius, pode sair já dai de trás!– disse mais alto minha mãe.

Com a cabeça baixa e roupas caindo atrás de mim, saio de meu "esconderijo" e me junto a meus pais. Minha mãe levita minhas roupas para meu quarto sem sair do lugar, e só aí eu levanto meu olhar: a tal Shaula era uma garota de seus vinte anos, com olhos cinzentos, porém mais gélidos do que os meus, e seus cabelos eram longos e escuros, além de volumosos. Ela carregava uma expressão autoritária e seu corpo era lindo, e ela vestia roupas pretas justas. Seu sorriso trazia malícia, mas parecia se encaixar no rosto dela. Como todo garoto de onze anos faria, eu só pude pensar: "QUE GATA!".

Elas virou para meus pais e disse:

– A garota também.

Meu pai engoliu em seco e gritou o nome de Ellie, chamando-a. Ela desceu pulando de três em três degraus, parando depois do meu lado. Minha gêmea olhou para Shaula e depois se dirigiu para meus pais:

– Quem é ela?

– Essa é Shaula Lestrange. - explicou minha mãe.

A garota expandiu um pouco seu sorriso maléfico e se abaixou na altura minha e de Ellie.

– Muito prazer. - ela voltou a ficar ereta, mas sem deixar de nos encarar. - Vocês já devem ter ouvido falar dos Comensais da Morte, certo? - eu e Ellie assentimos. - Ótimo. Mas o que vocês não ouviram falar foi que eles continuam existindo. Alguns, mas existem.

A boca de Ellie se abriu, mas eu só fiz rir.

– Ahã, sei. Okay, agora cadê os caras do Profeta Diário tirando foto da gente? - debochei.

– Em lugar nenhum. - disse Shaula, ríspida. - É tão real, que eu sou a líder deles.

– Duvido. - desafiei.

Então ela sumiu. Virou fumaça negra que foi para cima, e depois voltou ao normal.

– Dúvida? - ela disse de um jeito ameaçador.

– Não senhora - murmurei assustado.

– Ótimo. - repetiu ela, voltando com seu sorriso. - Vim aqui fazer uma proposta a vocês dois. Eu havia feito um trato com seus pais: que eu poderia fazer essa proposta a vocês uma vez por ano, caso vocês dissessem não, até vocês se formarem em Hogwarts, e em troca eu não os levaria a força, nunca. Bem, a proposta é a seguinte: vocês gostariam de se tornar Comensais?

Eu e Ellie ficamos em choque com a pergunta, depois abaixamos nossas cabeças e pensamos. Após cinco minutos, respondemos:

– Não. - eu disse.

Depois, Ellie provou que nem sempre gêmeos são iguais: sua resposta foi "sim".

FLASHBACK OFF

Seis. Ela aguentou seis maldições Cruciatus até que decidissem tentar outra coisa. Sabia que eram Crucios pois antes de cada grito dela, vinha em berro que dizia o feitiço.

Na primeira, Rose gritou meu nome. Não consegui protege-la. Me odeio por isso!

Na segunda, ela apenas gritou, mas novamente nao pude protege-la. Depois do segundo grito dela, levaram Lily. Havia um conjunto de quatro portas: da esquerda para a direita, Rose estava na quarta, e a Potter mais nova foi colocada na primeira. Hugo teve a mesma reação que eu tive com Rose - tentou se soltar, bater nos bruxos que o seguravam, mas eles apenas chamaram mais um "guarda" e o seguraram - no primeiro grito de Lily (eles não tinham terminado?!) e, para minha grande surpresa, o colocaram logo depois disso na mesma sala que a Potter.

Depois de dois outros gritos de Rose (sim, eu estava contando pelos gritos. Eram minha única referencia) levaram Albus, e o colocaram na segunda sala.

Durante o quinto grito dela, levaram James, que estremecia a cada grito dos irmãos que saía das salas. Eles o colocaram na terceira sala. No sexto, Shaula saiu da sala de Rose pisando duro e sem seu sorriso habitual. Ela parou na minha frente e disse:

– Se você tivesse tomado a decisão certa as coisas seriam bem mais fáceis.

Então me puxou pela camisa até a quarta sala, e me jogou lá, entrando e fechando a porta após isso.

– E a decisão certa seria o que você quer?... - comecei, mas minha voz sumiu quando vi Rose encolhida num canto da sala.

Corri até ela e me aninhei ao seu lado, a abraçando. Quando o fiz, ela gemeu de dor. Me afastei um pouco dela apenas o suficiente para a ver: seus cabelos ruivos estavam grudados em sua pele devido ao suor. Seu olho esquerdo estava roxo, seus braços cheios de cortes, sua bula da Gryffindor encharcada de sangue. A única parte de seu corpo que nao estava com aparência de ferida era sua barriga. Olhei para Shaula confuso e ela disse:

– Todo feitiço ela se encilhai e virada com as costas para nós, e a barriga para parede. Não me pergunte o por que. Para ser sua namorada ela não deve ser das mais normais.

"Namorada". Mesmo nestas circunstâncias, ouvir essa palavra acociada à minha relação com Rose me traz uma sensação diferente. Diferente de todas as outras que eu já senti. Abraço a ruiva com cuidado e sussuro em seu ouvido:

– Acho que não ê uma boa hora para perguntar se você está bem, não é mesmo?

– Seja burro a esse ponto e teremos uma doninha oxigenada a menos no mundo - sussurra ela de volta, com dificuldade -, namorado.

Ao dizer isso, ela levanta seus olhos azuis para mim, e eu a beijo.

– Okay, Okay, já chega de melação, e vamos ao que interessa. - corta-nos Shaula. Fico feliz em dizer, que depois disso Rose não se machucou novamente. É boa a sensacao de poder protege-la.

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POV Ron

O lugar onde aparatamos era escudo e umido, exatamente igual ao que era anos atrás. Eu tentava me concentrar apenas em salvar minha filha e meus sobrinhos, mas minhas orelhas estavam pegando fogo só com a ideia de que Rose e Scorpius pudessem ter algo juntos.

Seguimos por um corredor escuro no porão da casa, que dava para uma mina abandonada. Nunca tínhamos passado dali antes. Quando a luz começou a se tornar escassa, eu, Harry e Roxanne conjuramos um Lumos em cada uma de nossas varinhas. Roxy parecia saber muito bem o que fazia. Essa menina será uma ótima Aurora. Me aproximei de Harry e perguntei baixo para que só ele pudesse ouvir:

– Você sabe o que James e Roxy têm juntos

– Não faço a mínima ideia. - respondeu no mesmo volume. - Mas se for verdade meu filho tem sorte. Roxanne é uma ótima garota.

Ri pelo nariz, e me afastei de meu amigo. Cinco minutos depois fomos atacados. Eles estavam em uns dez ou doze, e nós três nos juntamos de costas um para o outro. Eu e Harry usamos o tradicional Expelliarmus e outros feitiços mais clássicos. Já Roxanne usara feitiços mais modernos e menos usados, como Avifors, Alarte Ascendare e outros. Depois de acabarmos com esses doze, andamos um pouco mais, com Roxy nos guiando, e achamos um corredor com quatro portas negras,mas quais saiam os gritos de meus filhos e dos filhos de Harry.

Assim que ouvimos um grito de James, Roxanne correu para de onde veio o som, mas Harry a impediu com o braço.

– Muito fácil. - ele murmurou, e eu estava pensando na mesma coisa.

–----------/~/-----------

Depois de alguns Crucius (resultado de perguntas não respondidas), Shaula finalmente foi embora, e eu comecei a notar que Rose estava estranha. Parecia... Parecia esconder algo.

– Rose, Rose. - chamei, levantando seu queixo para que eu pudesse olhá-la nos olhos. - Está tudo bem? Você parece estranha.

Então ela começou a chorar! Isso mesmo, Rose Weasley estava chorando! Eu nunca, jamais havia visto algo assim antes, então não sabia o que fazer! Então tentei abraçá-la para ver se ela se sentia melhor. Mas ela se afastou, para me olhar nos olhos e murmurou:

– Me desculpe, Scorp. Não foi minha intenção. E conjugou um feitiço (daqueles que não precisa de varinha, é só falar) e tudo que estava vendo mudou.

"Kessy estava rindo junto com Roxy, Rose e Lily, no dormitório delas. Pela luz das janelas, deveria ser cedo. Aaaah! Eu estou vendo as memórias da ruiva.

– E o que você fez ontem, Ro? - perguntou Lily entre risos. - Foi difícil evitar seu "inimigo"?

– Lils, eu acho que eles têm é uma inimizade colorida. - diz Roxy gargalhando.

Rose fica meio desconfortável e para de rir, e todas elas percebem e param de rir também. As três de indireitam e encaram a cabeça de fósforo.

– O que você fez, Rose Weasley?! - exclama Kessy pergunta.

– Não fui só eu, Okay?! - a ruiva grita enterrando o rosto nas mãos logo depois

– AI MEU MERLIN! ROSE WEASLEY E SCORPIUS MALFOY ESTÃO TENDO UM CASO! - berra Roxanne.

– CALA A BOCA, GAROTA! - dizem Rose e Lily tapando a boca da prima.

– NÃO estamos tendo um caso! Foi só uma vez!

– O QUE?! QUANDO? ONDE?! - berram as três.

– Foi ontem, no dormitório dele. - murmura Rose.

– Vocês transaram no mesmo cômodo onde meu irmão dorme?! Credo. - diz Lilian.

– Você perdeu a virgindade e não me contou NADA?! - grita Kessy.

– Eu to contando agora, ué!

– OWWWWWNNN QUE FOFO!!!! - berra Roxy. Eta menina exagerada.

– Roxanne.Weasley.Cala.A.Boca. - diz Rose entredentes.

– Tio Rony vai ficar uma fera. - diz Anne. Kessy e Lily começam a rir.

– Voces pelo menos usaram camisinha? - brinca Lily entre risos. Rose arregala os olhos. Aí caramba.

– AI MEU MERLIN. - berra Ro.

– Vocês não fizeram isso! - diz Kessy tapando a boca com as mãos.

– Fizeram o que?! - indaga Lily sem entender nada.

Aquilo sem camisinha! - diz Anne.

Rose se encolhe e começa a gritar.

– Calma, Rose, as chances são mínimas. - diz Kessy abraçando a amiga. - Ele não deve ter doenças.

– Não é disso que eu to com medo! - fala Rose e começa a chorar.

– Peraê! Nada de chorar, menina! - grita Roxanne. Eu disse que ela era exagerada! - Eu conheço um feitiço pra saber se ela ta grávida ou não.

– E como você sabe? Você e James tão tentando? - diz Lily e todas (menos Anne) começam a rir.

– Cala a boca! E não! Eu sei porque a Vic contou pra Domi que me contou. - dá de ombros Roxanne.

Ela aponta a varinha pra barriga da Rose e murmura alguma coisa que eu não entendi.

– Demora uns cinco minutos pra fazer emito. Se ficar laranja, você não ta grávida. Se ficar azul, é um menino. Se ficar rosa, é uma menina.

– Que preconceito! Nem toda menina gosta de rosa! - reclama Lily.

– Cala a boca, Lily! - grita Roxy e Lilian mostra a língua para ela. Tidas as presentes encaram Robarrigada barriga começa a brilhar. Brilhar com uma luz rosa."

POV Roxanne

Assim que eu me soltei do tio Harry (eu não tava nem aí se tava fácil de mais ou não) tentei abrir a porta. Assim que encostei na maçaneta fui jogada contra a paredão do outro lado da sala.

– Eu te disse. - falou tio Harry me ajudando a levantar.

De repente, uma risada estranha ecoou pela sala. Uma risada de mulher.

– Vocês são ridículos! - disse Shaula saído de alguma sobra por aí.

– Desvolva nossos filhos.- rosnou tio Rony.

– E por que eu faria isso? Porque os famosos Harry Potter e Ronald Weasley estão mandando? - ela falou e riu novamente.

Dei passou duros até ficar centímetros dela. Ela estava de salto, então estava um pouco mais alta que eu.

– Olha aqui, sua vadia. Só não meto a mão na sua cara porque não sou açougueiro para ficar amaciando carne de vaca!

Se não acertei no ponto, cheguei perto, pois a boca dela se contorceu de raiva. Então me deu um tapa na cara e eu cai de cara no chão. Meu Merlin! Essa mulher é forte. Assim que minha cabeça se chocou com o chão duro, dei um grito agudo.

– ROXANNE! - o berro abafado de James foi ouvido.

– Jay? - murmurei, com a cabeça latejando é a escuridão ameaçando me consumir. Mas eu não deixei ela me consumir. Me levantei, e percebi que minha boca sangrava. Limpei com as costas da mão. - O que você quer com eles? - rosnei.

– Ah, querida, eu quero que vocês sofram como eu sofri.

– VOCE sofreu? - disse eu - Por que? Por crecer sem os pais? Ah, tenha dó! Você é ridícula! Você poderia ter tudo uma vida otima! Mas você escolheu levar essa vida - falei, indicando o lugar ao meu redor com as mãos. - Sempre estivemos lá para ajudar, a não só nós. Você não sabe o que é viver com medo todos os dias por saber que pessoas como você podem tirar tudo o que amamos! Você não sabe o que é viver desse jeito! Não sabe o que é ter aqueles que você ama dispostos a morrer por você se algo assim acontecer, mas desejar mais do que tudo ser capaz de impedi-los de pensar assim, porque você não quer que eles morram! E isso tudo que eu te disse NÃO foi sofrimento, então o que VOCÊ passou também NÃO é, pois é bem menos do que isso. - eu estava com a voz embargada e as lágrimas ameaçavam cair.

Ela ficou atordoada por um momento, e quando voltou a realidade, me olhou de um jeito diferente: com compreensão.

– Podem ir. - ela disse.

– Nós já fomos. - eu disse sorrindo. Ela olhou para as selas e todas estavam com as portas abertas e a sala vazia. Tio Harry e tio Ron haviam tirado todos de lá enquanto eu distraia Shaula.

– Qualquer coisa, se você decidir mudar de vida, ele vai querer te ajudar. Eu garanto. - eu falei lhe estendendo um papel com um nome. Ela leu o papel e me olhou com descrença. - Relaxe, é verdade.

– Obrigada. - ela disse chorando e me abraçando. Abracei de volta. - Ah! E Roxanne! - ela me chamou quando eu estava saindo. Parei e me virei - Diga a Scoroius que a promessa continua. Que a irmã dele continua segura.

– Claro. - assinto e saio correndo.

POV Shaula

Ando pelos corredores do subterrâneo ainda olhando o papel. Chego a uma porta verde e bato nela. Uma menina morena igualzinha à mãe aparece.

– Ah! Oi, Shau. Conseguiu o que queria?

– De certa forma. Ellie, arruma as malas. Você vai pra casa

– O que?! - Você me ouviu. Você pode voltar pra casa. Eu vou acabar com isso tudo aqui. Ou pelo menos tentar.

– E pra onde você vai?

– Eu vou achar Castor Black.

POV Rose

Eu achava que Scorpius ia me deixar depois que eu contasse, mas ele ficou é meus perto de mim. Eu o amo por isso. Agora vem o maior perigo: contar para o meu pai.

– Rose, vamos contar para a sua mãe primeiro, depois nós falamos com ele.

– Okay.

~ * ~ dois meses depois ~ * ~

Minha mãe aceitou bem a notícia, mas meu pai quase nos matou. Hugo ficou exatamente igual a meu pai, e o resto da família um pouco em choque, mas feliz. A diretora McGonnagal conseguiu, junto com a tia Anna (esposa do tio Neville), uma poção que vai meio que "congelar" o bebê, para que eu possa terminar os estudos. Assim que eu me formar, ele volta a crecer normalmente.

Eu estou tão feliz que nem consigo descrever! Scorpius estão, está mais eufórico do que jamais vi. Ele pareceu gostar bastante da ideia de ser pai. Todos nos recuperamos bem do sequestro, e estamos vivendo normalmente. Scorpius me pediu em casamento, e vamos fazê-lo alguns meses depois da formatura. Mais uma notícia que meu pai ficou parecendo um pimentão, mas ele se acustuma. Roxy e James estão mais juntos do que nunca, e finalmente começaram a namorar! Isso aí! James Siriús Potter está namorando serio!

Essa família é bagunçada até ao ver de quem vive nela! Mas eu amo todos eles, inclusive (e principalmente), minha querida Sophie que está por vir.


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Notas finais do capítulo

Bem, gente, esse é o ultimo cap sem ser o epílogo, então eu realmente sorri que tenham gostado! Comentem leitores fantasmas e leitores que costumam comentar também! Hahahahaha! Não esqueçam de favoritas e se possível recomendar
~Lena