Titanium escrita por Sol Loiro, MARVEL


Capítulo 1
First Kiss


Notas iniciais do capítulo

Esse cap se passa quando eles tem 13 anos :)



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Três anos atrás...

Rose Weasley POV

Este livro trouxa é realmente muito bom! Estou lendo-o no Salão Comunal da Gryffindor.

Desvio o olhar das páginas por alguns segundos e avisto na janela a lua cheia brilhando no céu negro salpicado de pontos dourados. Como é possível? Quando sentei aqui ainda estava de dia! Olho para meu relógio de pulso e vejo que já são onze horas da noite. Meu Merlin! Estou aqui há sete horas! É nisso que dá ter o dia livre. Bem, eu já terminei o livro de 900 páginas que comecei hoje, então devo ter realmente ficado lendo por muito tempo.

Me levanto e fecho o livro. Assopro a vela do lampião e ando até a escada. Ah, droga! Eu tenho que devolver o livro ainda hoje! Dou meia volta em silêncio e ando até o portal do quadro da mulher gorda. Saio, e a minha sorte é que não a acordei. Corro nas pontas dos pés até a biblioteca e devolvo o livro na seção trouxa. Volto a andar, mas vejo um luz de lampião e um ronronado e me escondo rapidamente num corredor mais isolado, grudando na parede e tentando não respirar o mais baixo possível. Filch e a Madame Nor-r-ra passam raspando por mim, e quase me vêem.

Quando a luz do lampião deles não é mais visível, saio de meu esconderijo e volto a andar em silêncio, mas desta vez mais rápido, em direção ao Salão Comunal da Gryffindor. Passo por uma porta de um armário de vassouras e depois de dar três passos tenho a impressão de que a porta estava entreaberta. Ando de costas para ver se realmente estava, mas quando chego na porta minha atenção é chamada por um barulho do outro lado do andar. Filch. Antes que sequer pudesse me mexer mãos fortes me puxam para dentro do armário de vassouras, fecham a porta e me prendem contra a parede, tapando minha boca com a mão, abafando meu grito. A pessoa faz menção de tirar a mão da minha boca, mas apenas me solta com uma mão para lançar um feitiço com a varinha. Mas a varinha está virada para a porta, e não para mim.

– Abaffiato - murmura. Tem uma voz rouca e que é muito sexy (Sexy, Rose? Sexy, ele? Cala a boca! Arranca esse pensamento!), além de um hálito de eucalipto. Só pode ser o...

– Malfoy - digo, minha voz abafada pela mão dele, que ele tira depois de eu falar, mas não se afasta.

– Weasley?

– Depende de qual você está falando. Eu não sou a única nessa escola. - digo.

Nós estamos tão perto que respiramos o mesmo ar.

– Weasley, a ruiva sabe tudo? - pergunta.

– Eu mesma. - digo. Afinal, tirando a Vic, todas as Weasley dessa geração não são muito inteligentes. E a Vic não estuda mais aqui, além de ser loira e agora ser Lupin.

Ele solta a respiração que parecia estar prendendo faz tempo.

– Por que? Achou que fosse quem? O tio Voldy? - brinco.

– Não, engraçadinha. É outra coisa.

– O que?

– Nada. - ele diz, num tom que deixa claro que o assunto se encerrou.

Nessa escuridão, eu só consigo ver seus olhos cinzentos. Nossos olhares se encontram. Cinza no azul. Nossos hálitos se misturam, formando um aroma de eucalipto e violetas.

Depois de alguns segundos que pareceram horas, ele parece ter esquecido completamente por que estava ali, ou o que estava fazendo. Ele só me encara. Depois de alguns minutos, ele me solta, e uma parte de mim fica decepcionada. Ele passa as mãos pelo cabelo loiro e diz:

– É melhor nós irmos.

– É, tem razão. - concordo com a cabeça. Ele abre um pouco a porta e olha por alguns segundos.

– Tudo limpo, vem. - chama, e sai da pequena sala. Eu vou atrás dele, e fecho a porta sem fazer barulho atrás de mim.

Corremos em silêncio pelos corredores, e quando é a hora de tomarmos caminhos diferente, ouvimos um ronronado e atrás de nós vemos a Madame Nor-r-ra. Ela sai correndo para chamar o Filch e o Malfoy agarra minha mão e sai corredo, me levando atrás, mas logo depois fico do seu lado. Corremos por um labirinto de corredores, e acabamos perto do quadro da mulher gorda, quando ouvimos os passos do Filch e da gata nojenta dele. Scorpius abre uma porta qualquer e entra, me levando junto. Fecho-a sem fazer barulho, e fico em pé, com a orelha encostada na porta. Quando ouço a voz do zelador, dou um pulo, pois ele está mais oerto do que eu imaginava, e o Malfoy me segura contra a parede, encostando o dedo não próprios lábios, me mandando ficar quieta. Depois de alguns minutos ouvimos o Filch dizer:

– Vamos querida, não há nada aqui... - e indo embora.

Solto o ar, assim como Scorpius, mas acabamos voltando a nos encarar. Cinza no azul. Desta vez, estamos mais perto do que no armário de vassouras, com apenas alguns poucos milímetros nos separando. De repente, eu é ele nós inclinamos um pouco, eu para cima e ele para baixo, já que ele é mais alto, e selamos nossos lábios. Seus olhos estão fechados, e logo fecho os meus também. Ele entrelaça minha cintura com um de seus braços e coloca a mão em minha bochecha de leve. Eu entrelaço seu pescoço com os braços. Ele pede passagem, e eu cedo. Nossas línguas dançam em perfeita harmonia. Quando o oxigênio se torna escasso, nos separamos, sorrindo, mas quando recobramos a consequente do que estamos fazendo, arregalamos nossos olhos, nossos sorrisos somem e nos afastamos subitamente.

– O que foi isso? - exclamo.

– Não pergunte à mim. - ele diz, levantando as mãos em sinal de rendição.

Respiramos por um tempo, ofegantes, até que ele diz:

– Não é hora de tentar achar lógica nisso, Weasley. A saída é fingir que isso nunca aconteceu, Okay, cabeça de fósforo?

– Okay, loiro oxigenado.

Saímos da sala e andamos até o quadro da mulher gorda, quando Filch vem até nós.

– O que estão fazendo? - indaga.

– A ronda, zelador. - explica Malfoy. Ele sempre foi muito bom em mentir. Ainda bem que somos ambos vice-monitores, e os monitores de nossas casas estão com problemas.

– Mas eu ouvi correria.

– Ah! É que eu estava perseguindo uma coruja que fugira do corujal - minto.

– E os gritos?

– Estávamos discutindo. - diz Malfoy.

Filch nos olha com dúvida, mas parece acreditar, afinal Rose Wealsey e ScorpiusMalfoy berrando um com o outro não é nada incomum.

– Okay, pros dormitórios.

Cada um vai para seu respectivo Salão Comunal, e depois eu vou ao meu dormitório, como se nada tivesse acontecido. Mas não acontecerá algo tal simples quanto teimávamos aparentar. Tínhamos acabado de beijar nossos inimigos.


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Notas finais do capítulo

Continuo?