Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 27
Sempre haverá escuridão


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, é o seguinte, os computadores daqui de casa se revoltaram muito e estou aqui por muito trabalho. Enfim, é uma longa história, eu havia começado o capítulo e daí o meu note pifou, depois o computador tbm...
NOVIDADE:>ADVINHA QUEM VAI VOLTAR? MINHA CO AUTORA DIVAAAAAAAAAAAA
APLAUSOS
Ela vai me ajudar a terminar a minha pequena aventura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502284/chapter/27

Quem não ler as notas iniciais não vai para Berk e ganha 30 anos de azar u.u

Astrid corria desesperadamente pela floresta sem olhar para trás, para seu rastro de fogo. Suas pegadas enfeitavam o ar com brasas cintilantes, não havia fumaça no ar, porém a floresta estava escura e sombria, pois esta estava totalmente desabitada. Cavery e o Irmão das Trevas raptaram cada criatura viva em Berk, desde dragões à formigas.
A garota sentiu a presença de magia negra, parecia forte.
Astrid queria chorar, porém, se qualquer lágrima caísse, esta seria veneno de Caleidoscópio Mortal porque fazia muito tempo que ela não chorava veneno para extraí-lo, portanto, seus olhos poderiam transbordar veneno mesmo que ela não quisesse pela tamanha quantidade.
Sentia-se totalmente traída pela sua própria terra, mas não poderia culpá-los, pois vikings seguem o líder e Stoico é um cabeça dura, Soluço mesmo concorda. Ela se colocou no lugar deles e, em seus pensamentos, ela não acreditaria em si mesma.
O céu não estava claro graças ao Irmão das Trevas, parecia que uma chuva ou um relâmpago poderiam te acertar a qualquer momento, um cheiro de pinheiros envolveu o ar. Este, trazendo uma péssima nostalgia para a garota.
Ela tentou lutar contra o seu coração, porém não podia resistir em pensar que era o fim, ela teria de partir de uma vez por todas.
Sua respiração estava ofegante, embora ela aguentasse correr mais, desviando de cada árvore, riacho e qualquer outro obstáculo em seu caminho, tudo oque queria era se encolher em um canto escuro.
As folhas voavam junto com sua cascata de cabelos, seus olhos brilhavam ferozmente em um azul que quase podia iluminar o caminho, a grama e terra apenas a iludiam de que a floresta nunca acabaria e ela correria para sempre. Fugindo da realidade.
Nunca havia se sentido tão livre desde que pisara em Berk, parecia que ela era invencível. Uma sensação de alegria e frustração tomaram conta, sua expressão não era triste ou feliz, mas ela se atrevia a deixar seus braços abertos liberando flocos de neve por onde passasse.
Aquela sensação durou muito pouco, pois logo ela ouviu alguém a seguindo e, novamente, sentiu o medo e a escuridão invadirem, ela tentou por na cabeça que ninguém a queria mais, então porque sentia algo se libertar? Talvez nunca fosse saber. Nunca saber porque se sentiu livre para voar no meio daquela escuridão.
Os passos se aproximavam, ela segurou seus braços assustada e correu mais rápido.
– Astrid, pare!
Era Ice Aaron. Provavelmente vindo impedi-la, mas ela não conseguiria tão facilmente.
– Astrid Hofferson, pare imediatamente! - perdendo o ritmo, ela nunca fora muito boa em correr, somente quando o caso era para salvar vidas assim, você a perdia de vista em poucos segundos.
Infelizmente, Ice era muito inteligente. Logo, esta usou um cipó para segurar a Hofferson, mas somente quando a fugitiva caiu que dirigiu um olhar para a Aaron que também havia caído junto. Inteligente até demais.
Ambas levantaram-se e trocaram um olhar, Ice deu um passo na direção de Astrid, mas esta recuou.
– Fique longe, eu não quero te machucar - Disse a Hofferson assustada, mordendo o lábio inferior com força, suas sobrancelhas estavam juntas e seus olhos tristes e iluminados.
– Não precisa ser desse jeito, Astrid - Ela tentou se aproximar - Não tem de ser assim.
– Afaste-se, eu sou uma ameaça para Berk, para os piratas, para você!
Logo se pode ouvir um bater de asas. A Hofferson pediu para todos os deuses que não fosse Banguela. Para a sua sorte, não era.
Tempestade pousou atrás da mesma, parecia realmente saber quais eram as intenções dela naquele momento, mesmo depois de tantos anos…
– O que foi que eu fiz para você? Para estar me abandonando assim? - Gritou Ice indignada.
– Eu estou deixando todos vocês em paz, eu sou uma ameaça à Berk, tem de avisá-los para me deixarem ir - Respondeu Astrid montando em Tempestade.
– Não! Eu não posso fazer isso. Por que está fugindo? Do que você tem tanto medo?
– Já chega, Ice - Encerrou Astrid - Não posso ficar. Se eu vou, é porque estou os protegendo, não deixarei mais que Cavery e o Irmão das Trevas assombrem Berk, se eles querem veneno terão de me pegar primeiro.
Os olhos de Ice marejaram, ela perdeu a fala por um momento, sua expressão era de total raiva e injustiça, era quase como se fosse fazer um biquinho, cruzar os braços e bater o pé no chão como uma criança mimada.
Tempestade sacudiu a cabeça.
– Ice - A Hofferson suspirou - Cuide de Berk por mim está bem? Faça isso como meu último pedido, faça melhor do que eu fiz, por favor. Eu vou por um fim nisso de uma vez por todas.
– Não pode estar falando sério! - Ela gesticulou com os braços - ai deixar tudo isso, sacrificar sua alma, sua vida, sanidade e tudo o que ainda lhe resta por eles?
Astrid respirou fundo, Ice era inexperiente nessas coisas porque não possuía o que ela tinha. Era difícil ver pessoas tão diferentes em muitos aspectos, serem tão amigas e se aturarem tanto assim.
– Eles são meu lar Ice, um lar significa: Não importa o quão destruído esteja, nem quantos obstáculos tenhamos de enfrentar, não desistimos dele porque é o nosso lugar no mundo. Não importa se o lar é uma pessoa ou um lugar.
Dizendo isso, Tempestade abriu vôo.
– Não faça isso, Astrid, por favor - Implorou Ice.
– Eu estou tentando proteger você Ice, minha única irmã. Adeus.
Seguindo vôo, a jovem Hofferson se pôs de pé, levando suas mãos ao alto e trazendo as para frente depois criando uma tempestade de gelo e neve pelo caminho, impedindo qualquer dragão as persiga.

– Como assim ela se foi? - Perguntei quase gritando.
Ice estava com os olhos marejados, Ignis a envolvia com um braço. Ela parecia realmente triste, embora não chorasse.
– Ela disse que nos machucaria se ficasse, que só estava cuidando de nós, Disse que iria proteger sue lar - Ela suspirou - Não se importava se fosse perder tudo.
– Soluço, não houve jeito algum, eles estavam certos a respeito dela e o que você disse não facilitou em absolutamente nada - Disse Perna de Peixe.
Ele tinha razão,u tinha sido injusto com ela. A interroguei, eu acreditei neles, eu fui um idiota…
Relembrei que, depois que ela fugiu, Cavery havia sorrido e ambos sumiram no ar, Isso não poderia estar dizendo nada bom.
Eu tinha que concertar aquilo antes que fosse tarde demais, mesmo que meu pai estivesse totalmente confuso e já tivesse dado um grito contra os piratas. Uma briga cruel ocorria atrás de mim e, querendo eu ou não, teria de tomar a liderança.
– Ice, pode cuidar de tudo enquanto vou atrás dela?
– Ela confirmou com a cabeça enquanto Ignis segurava sua mão.
– Ignis e a gangue me ajudarão a separar essa briga. Eu sei como parar essa guerra, Soluço.
– Sabe? - Perguntei.
Existe uma profecia que pode nos ajudar, Perna de Peixe e Ignis vão me ajudar a decifrar. Vai achar Astrid se seguir um rastro de neve e gelo, ela está criando uma tempestade para ninguém a seguir.,
Astrid realmente não queria ser seguida, mas Cavery a alcançaria antes de mim se eu não fosse rápido,
– Sabe para onde ela está indo? - Perguntei.
– Se isolar, um reino de isolamento - Ice suspirou - Acho que deve parar na ilha mais próxima…
– A ilha do dragão - Respondi.
– Bom palpite - Ela ficou séria - Têm certeza do que está fazendo?
– Somos vikings, é um risco ocupacional.
– Boa sorte, Soluço.
– Vê se não causa nenhum incêndio.
Banguela decolou e se pôs em um vôo rápido em direção a floresta. Era possível ver o rastro de Astrid ao longo do rio, boa parte estava congelada.
Isso é impressionante, como ela consegue criar tanto gelo?
Banguela rosnou em resposta observando a estrada de neve indo ao mar, ele seguiu o rastro e vimos logo uma tempestade formado ali por perto.
– E aí? Acha que consegue, amigão?
Ele apertou os olhos e seguiu mais rápido. Em pouco tempo, podia se ver vários dragões nos seguindo. Existem algumas vantagens em ser os reis dos dragões afinal.
Em pouco tempo chegamos na ilha dos dragões, mas não notei até Banguela me dar um tapa com sua orelha.
– Ai!
Ele revirou os olhos.
A ilha estava vestida com uma névoa densa que cobria até os quadris, Banguela quase ficou invisível aos meus olhos graças à esta, o chão estava coberto de neve e os galhos das árvores tinhas estacas de gelo. Um cenário tenebroso.
– Vamos lá, Banguela. Acharemos Astrid e partimos antes que outros cheuem.
Banguela confirmou com a cabeça.
– Pra trás! Eu estou avisando!
– Não foi tão difícil.
Ouvi o grito de Astrid, Banguela me empurrou para sua cela antes que eu pudesse pensar e logo estávamos desviando de árvores e neve. Sua voz vinha do centro da ilha.
Quando pude avistá-la, os vi rodeados de estacas de gelo e vários rastros de algo negro.
– Astrid - Murmurei.
– Soluço! - A surpreendi.
Infelizmente, a minha surpresa fez com que ela ficasse indefesa por tempo o bastante para que as correntes negras do Irmão das Trevas a capturassem.
Seus olhos se arregalaram com a dor e aquilo me torturou de uma fora que não pude explicar.
– Ah! - Ela gritou - Vocês vão se arrepender.
Astrid fez uma tempestade de gelo nos dois, mas não deu certo, pois logo pude ver que as correntes a apertavam mais e sua pele ganhou um tom avermelhado.
OK, agora eu tinha de fazer algo.
Saquei a minha espada e Banguela se posicionou em ataque atrás de mim.
– Fique longe dela!
Cavery riu junto do feiticeiro.
– E o que você vai fazer? Tudo o que fez todo este tempo é ajudar. Pressionou Astrid, a distraiu, a atrasou e muito mais.. Você tem certeza que a protege?
Ele ainda a protege, de fato, Cavery - Disse o Irmão das Trevas - Quando a enfeiticei no tempo que capturamos Ice, ele a protegeu com alguma espécie de magia.
Prestei atenção, eu não sabia o que tinha dado em mim naquele dia, mas apenas senti algo forte e bastante lúcido. Nem acreditei quando aquela luza saía do meu peito, nem tive tempo de sentir, pois parecia que fiquei meio lezado e inconsciente.
– Soltem-na! - Gritei.
– Se a quer... - Cavery sorriu - Porque não vêm pegar?
Astrid se contorceu de dor, não conseguia nem pensar vendo-a daquele jeito. Tinha de dar um jeito.
– Soluço... - Ela falou com as poucas forças que tinha - Vá para longe... perigoso demais... sou... monstro.
Ela fechou seus olhos caindo de joelhos e, por fim, se debruçou no chão. As correntes sumiram e o Irmão das Trevas usou seu cajado para tentar tirar a alma dela, mas Banguela o impediu atirando explosões de plasma.
– Muito bem, amigão. Temos de levar Astridpara um lugar seguro.
– Esse lugar não existe! - Gritou Cavery - Eu irei até o fim do mundo, mas a matarei porque os heróis serão caídos no esquecimento, eu derramarei até a última gota de sangue da Hofferson! Não dormirei em paz por uma noite até que isso aconteça, heróis morrem por sua estúpida valentia!
– O que ela te fez afinal?
– Ela tomou o meu lugar, roubou minha mãe de mim e a matou com isso!
– Isso é mentira - Questionei - Sua mãe morreu de um câncer, Cavery. Ela estava doente.
– Astrid assimiu toda a dinastia pirata, tomando sta a minha posição, ela destriu tudo que há em mim... E agora, eu tirarei tudo dela. Quem ela ama, quem ela é, o lugar de onde veio, as vitórias por todo o seu caminho virarão pó e escuridão.
Senti as correntes do Irmão das Trevas nos prederem e eu não pude fazer nada, além de assistir a alma de Astrid, algo realmente bonito, uma luz branca com desenhos e simbolos, indo para o cajado do feiticeiro. Não deu certo protegê-la desta vez, eu não pude contar com isso.
Astrid estava a poucos centímetros dela, vendo ela se transformar em algo destinto e sombrio. Suas roupas mudaram, sua expressão e algo mais naquilo tudo. Quando ela abriu os olhos, eles estavam vermelhos como sangue, e sua expressão era de ira e ódio.
Eu havia perdido Astrid Hofferson.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

tan tan tan



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Astrid e Soluço Vikings & Piratas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.