Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 24
E os olhos verdes encontraram os azuis...


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui está um capítulo esperado por muita gente (acho que portodo mundo, até mesmo por mim) e eu recomendo escutando a música let her go - passanger ou essa versão demons aqui https://www.youtube.com/watch?v=DaLJ5I_Admk
O que eu tenho a dizer é: Essa semana eu me superei vocês não acham? Foram muitos capítulos para uma semana só e, se duvidar, ainda vem mais.
Bom, dedico este capítulo para a HeloiseC que me deu uma certa base para esse capítulo, ela colocou uma idéia nos comentários e eu, particurlamente, uso todas as idéias porque eu sinto que é uma forma de me conectar á vocês e que deixam vocês felizes porque, no lugar de vocês, eu adoraria, por exemplo, se a J.K Rowling tivesse usado uma ideia minha em Harry Potter então, mesmo que não seja uma história importante, porque não usar a de pessoas que gostam da minha história aqui?
Er... Eu também andei olhando a margem de comentários e o numero de visitas e tenho de dizer que estou contente mesmo que os leitores novos ejam meio raros, eu aina amo demais vocês, é algo incrivel poder ver que tem gente que se importa e que aguentou os primeiros oito terríveis capítulos que essa fic teve, quer dizer, os dois primeiros foram até mais ou menos, mas a partir do três foi uma loucura desenfreada.
Enfim, amo vocês leitores, eu escrevi esse troço todo porque eu estava sentindo uma conxão injusta entre a gente, vocês estão sempre me mandando comntérios ótimos e eu j´considero conhecer um pouco da maioria dos leitores, mas como autora, pessoa, poucos sabem sobre mim então estou aqui só para deixar-nos interligados ok? Boa leitora, eu sei que a Jana vai dizer: ALELUIA! rs



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– Então – Murmurou Perna de Peixe – Se o irmão do Ignis é o Estrangulador, sendo que os pais deles eram totalmente vikings, quer dizer que ele, assim também como a Astrid, é meio pirata meio viking?

– Eu não quero nem imaginar o Snougletoug deles – Comentou Bocão – Mas não deveríamos estar falando no nome dele.

– E por que não? – Perguntou Cabeça Dura.

– Bom, primeiro, porque eu não quero a visita de espíritos durante a noite, isso não é bom para a minha cuequinha, e Astrid está sentada bem ali.

Os vikings dirigiram o olhar para ela. Estavam no convés inferior do navio, a Hofferson estava sentada em uma cadeira em um canto, com os cotovelos apoiados nos joelhos, com a cabeça baixa e o corpo inclinado para frente. Uma expressão derrotada. Ela não pareceu sentir que eles a encaravam naquele momento, seu olhar estava totalmente fixo no chão, nem sequer piscava ou demonstrava qualquer movimento.

A Hofferson também havia voltado a vestir suas velhas roupas, a mesma que usara no primeiro dia em Berk, o colete, a saia e a blusa bufante com as botas longas, pois não queria mais vestir as roupas de guerra e nem seu chapéu como uma forma de luto.

Soluço estava de pé com os braços cruzados e a perna de aço apoiada na parede atrás de si, ele olhava para a loira com tamanha tristeza, porém ela parecia precisar daquele momento a sós com seus próprios pensamentos.

Este não durou muito tempo.

A garota levantou o olhar e viu que alguns olhares estavam sobre ela, Valka, Stoico, alguns vikings da gangue e Soluço. Os piratas apenas aproveitavam a sopa fria que tinham para o jantar, era muito doloroso quando se estava bem presente naquilo, os marujos mais eu os vikings obviamente.

Em menos de uma semana Wendy havia demonstrado traição, que nunca havia sido honesta e nem verdadeira o que causou dor a Hofferson e que a odiava a ponto de ser desleal mesmo depois de tantos ensinamentos, Astrid até pretendia nomea-la capitã antes de a guerra acabar, tudo sendo em vão; o Irmão das Sombras estava com metade da sua alma e a fazendo passar por transtornos de luz e trevas; Cavery ainda estava lá fora, em qualquer lugar, esperando pela chance de matá-la e escravizar a todos; Ignis morreu; Ice havia sumido, provavelmente fazer alguma loucura em relação ao Caelum, poderia não voltar mais; seu lado pirata e viking lutava entre si;

A Hofferson levantou-se:

– Com licença – Pediu ela dirigindo-se a porta onde Soluço via-se como obstáculo.

– Capitã? – Chamou James Caolho.

Ela parou e virou-se:

– Sim James?

– O que vamos fazer agora? – Perguntou o rapaz triste, ele era da tripulação de Ignis – Quero dizer, enquanto Ice não voltar, a senhorita está no comando de ambas às três tripulações, se tivéssemos pelo menos nosso rum...

– Eu sei, eu sei – Disse ela suspirando – O melhor a fazer é deixá-los em Berk e voltarmos a lutar o mais longe o quanto antes, quero que troquem os turnos por esta noite, podem me incluir no revezamento, cobrirei os primeiros dois turnos do “Olho de Dragão”, Brisa deverá navegar em nome de Ice já que é sua imediata e já que você era o de Ignis fará o mesmo tudo bem?

– Tudo pelo o meu Capitão – Respondeu James.

– Faça isso após o jantar, deixe-os descansar um pouco, neste rumo quero evitar suicídios...

– Sim senhora, Capitã.

Astrid voltou ao seu caminho rumo à porta, Soluço estava poucos passos pertos da porta e eles trocaram um olhar rápido, porém significativo, a Hofferson abaixou os olhos e fechou com a maçaneta para, depois, subir as escadas rumo ao convés superior.

A lua estava cheia naquela noite, o céu estava coberto de estrelas e as nuvens escuras deixavam-no ainda mais bonito. Uma brisa fria se misturava os cabelos de Astrid, várias contas presas ao mesmo balançavam.

A garota foi em direção à proa do navio, onde se sentou deixando suas pernas suspensas, se se sentasse um pouco mais para trás cairia no mar tendo uma terrível morte, isso a assustaria se não estivesse acostumada a sentar ali para pensar desde que estava no navio de Angélica. Ela notou a presença de uma silhueta caminhando em sua direção, era Soluço, Astrid voltou a abaixar esta cabeça.

O viking se assustou quando havia entrado no convés inferior e a visto com as roupas do primeiro dia em Berk, lembrou-se de sua reação ao vê-la chegar, da confiança que ela sentia, porém Astrid nem sequer sorriu, apenas manteve uma posição orgulhosa, usando palavras formais e tratando-os como inferiores. Agora ela havia relaxado um pouco mais, voltara a sorrir, competir, lutar, se mostrou uma pessoa divertida, de boa companhia e simplesmente encantadora, uma Astrid que cinco anos educaram e que colocava a necessidade dos outros na frente das suas e ele se orgulhava somente de respirar o mesmo ar que ela.

Ele sentou-se ao seu lado, Banguela dormia ali perto deles, Dribs estava no outro lado do convés no timão, mal podia vê-los, apenas silhuetas embaçadas. Astrid suspirou.

– O que há de errado comigo?

– Hã? – Ele ficou confuso.

– Eu me sinto uma espécie de mau presságio, toda vez que algo dá certo comigo, esse mesmo se afastava ou partia. Parece que nunca posso ficar feliz ou em paz por mais de uma semana que algo acaba naufragando... – Explicou ela – Eu sou tão má assim?

– Não Astrid, você não é uma má pessoa.

– Como poderia me garantir isso? – Suspirou. Ela olhava para as próprias mãos sobre o colo.

– Você está sempre salvando todos nós, faz sacrifícios enormes para que tudo esteja sempre bem, mesmo depois de experiências horríveis, você concordou em nos ajudar e fez muito mais que isso: abriu nossos olhos, Astrid. Nunca vimos uma realidade além dos vikings e estamos aqui, tentando dar o apoio que conseguirmos para vocês.

– Mas eu coloquei a maioria nisso, quer dizer, poderíamos simplesmente ter tomados caminhos menos arriscados para isso – Questionou Astrid.

– Você sabe o que está fazendo e isso já basta, se esse é o melhor jeito, que seja, mas não pode se culpar por isso – Aconselhou Soluço – Lembra quando levaram Banguela? Foi você quem me disse para fazer alguma loucura e foi isso que fiz, para salvar meu amigo e convivemos com os dragões e, no começo, foi bem difícil, mas agora não conseguimos mais viver sem eles e nem eles sem a gente.

Apesar de tudo, ela conseguiu sorrir.

– Dessa vez, você tem razão.

– Como assim dessa vez? – Perguntou Soluço irônico.

– Quer que eu cite minha lista pessoal dos erros de Soluço Horrendus Spantoicus lll? – Ela riu inclinando a cabeça na sua direção.

– Prefiro evitar isso, mas você não me contou quem é esse Marx sabia?

– Ah, se você quer saber tudo bem, ele era da minha primeira tripulação. Na noite em que meus pais morreram – Ela abaixou um pouco o olhar – eu encontrei uma tripulação, da irmã de Ice, Angélica Aaron, ela me fez sua aprendiza por um tempo, me nomeou capitã antes de falecer por um câncer e fui somente eu no mundo mantendo contato com Ice, conhecemos Ignis na Nova Zelândia e nos tornamos amigos, sempre nos comunicando. Cavery começou a me perseguir quando soube que sua mãe tinha uma aluna, ele havia feito um longo rastro de morte no caminho para conquistar o título tão disputado da mãe, matou o próprio pai, o irmão recém-nascido e agrediu a mãe quando ela recusou nomeá-lo capitão. Ice o deserdou depois de ele quase matar toda a sua tripulação e a mim também. Marx foi meu único amigo durante todo esse tempo, nenhum dos tripulantes de Angélica foi muito amigável comigo por ser viking.

– Então... você e ele nunca...

Astrid soltou uma gargalhada.

– Não, não imaginaria isso, ele é um irmão para mim. Por que essa pergunta?

– Ah... – Ele se encabulou – Por nada, vocês pareciam bem próximos antes.

Ela o fitou com um sorriso e puxou um amuleto de dentro da blusa entregando na mão de Soluço, quando suas mãos se tocaram, os olhos verdes encontraram os azuis por um momento.

– Meus pais me deram isto antes de partir. De um lado, uma bussola e do outro o sol e a lua.

– Dois astros. É sobre aquela história não é?

– “A lua e o Sol se amavam, mas um não poderia se encontrar com o outro, pois eram dois opostos, mas, como um presente, os deuses criaram o eclipse, uma data única no ano onde eles se encontram” – Recitou Astrid.

Soluço não sabia mais o que dizer, não era o momento para nada irônico, ela havia revelado toda sua história para ele, significava que a Hofferson confiava nele e isso era importante, ele colocou o medalhão de volta no pescoço dela.

Astrid sorriu e levantou-se esfregando os braços.

– Vá dormir um pouco está bem? Amanhã deixaremos vocês em Berk.

– Não, não – Soluço levantou-se depressa se pondo no caminho dela – Eu não posso deixar que fosse sem nós lutar, você precisa de nós e nós precisamos de você. Não quero que fique sozinha de novo.

Soluço respirou fundo tomando o máximo de coragem que conseguia, ele segurou a mão dela e Astrid não conseguiu resistir ao impulso de baixar a cabeça para contemplar aquilo enquanto esmagava a barra da sua saia com a outra mão. O viking levantou o queixo da Hofferson, os olhos verdes encontraram os azuis e os corações se aceleraram.

– Eu não posso... se algo acontecer a vocês... jamais me perdoaria.

– Isso prova que você ainda se importa e uma parte disso me inclui, não é?

– É claro que eu me importo! Vocês me criaram e eu jamais vou poder retribuir senão mantendo-os a salvo! – Insistiu a Hofferson.

– Eu não falo disso... – Explicou Soluço.

– Do que então? – Perguntou ela.

– Você quer realmente que eu fale com todas as palavras? – Ele riu.

– Eu não tenho ideia do que você está falando – A loira também riu.

Eles estavam próximos agora, mas mal notavam isso, pois aquele olhar os hipnotizara e não gostariam de se separar agora, nenhuma voz falava, nem pirata, viking ou qualquer coisa. O simples fatos de estarem ali, rindo um do outro, fingindo não saberem o que sentiam os embalavam em um desconforto agonizante pelo simples fato de terem medo da resposta um do outro, porém, lá no fundo, eles sabiam o que poderia acontecer se tomassem um pouco mais de coragem.

– Depois de tantos anos separados, você ainda tem essa mania de superioridade de posição não é?

– Desde quando você usa palavras tão difíceis Soluço Horrendus Spantoicus lll?

Eles riram. Juntos.

Soluço entrelaçou seus dedos ao de Astrid e a aproximou puxando-a pela cintura de uma forma muito lenta, ela não resistiu em nada, apenas contribuiu quando o abraçou. Este foi o melhor que Soluço recebera na vida, pois os braços dela o serviam da maneira certa, como se fossem feitos para ele, Astrid se encaixava a ele e isso era tão bom, uma sensação de paz única e inigualável. A Hofferson também sentia aquilo, os braços dele ao redor de sua cintura eram muito confortáveis e aconchegantes, não a apertavam e, sim, a seguravam de um modo que a protegia de tudo, seu rosto descansava no ombro dele e vice e versam, suas respirações se acalmaram.

O céu pareceu se iluminar mais por um momento, as estrelas brilharam mais e a lua também, as nuvens de nada interferiam e a brisa fria não os incomodava mais, pois já tinha encontrado o calor que precisavam.

Eles se separaram do abraço, Astrid sentiu medo e tudo voltou desde seu medo, insegurança, tudo... mas ela não contava com Soluço a impedindo de se separar dele.

– Astrid, por favor, tente não me bater depois disso.

A Hofferson ficou confusa por cerca de um segundo até sentir sua cintura sendo puxada mais para perto e seus lábios se encostarem aos dele. O viking apertava os olhos temendo o impacto da surra, porem não foi isso que aconteceu. Sentiu uma das mãos de Astrid segurar seu peito e a outra o rosto, ele conseguiu relaxar e se surpreendeu ainda mais quando ela retribuiu e sentiu-se bem. Soluço envolveu cuidadosamente seus braços ao redor da cintura da garota, sentindo o coração dela bater acelerado pela pouca distância entre os dois.

E foi daquele beijo que ambos expressaram tudo o que sentiam um sobre o outro, os lábios de Astrid eram macios e calmos, ela ia devagar sempre acompanhando e deixando Soluço calmo ao ponto de querer apenas senti-la naquele momento.

Apenas a lua e as estrelas testemunharam aquilo, a paixão de um viking e uma pirata, o que cinco anos nunca separaram, apenas deixaram mais forte, cada vez mais forte.

Os lábios se separaram e os olhos se abriram, eles se iam de uma forma diferente agora, dois lindos sorrisos brotaram na face dos dois, a Hofferson estava corada, porém cheia de vida naquele mar azul que eram seus olhos. Soluço a levantou no ar pela cintura e os olhos verdes encontraram os azuis enquanto ela segurava seus ombros com as mãos. Astrid soltou uma doce risadinha e ele sorriu para ela trazendo-a ao chão para abraçá-la. Tudo estava bem agora. Ela segurou seu rosto com uma das mãos e sorriu olhando de canto para mão dela e, em seguida para ela, os olhos dela.

Não existiam mais palavras para serem ditas, nada seria bom o bastante para falar, era apenas sentir, eles entrelaçaram os dedos das mãos e olharam para as estrelas.

Já estava ficando tarde e ambos sabiam que não queriam mais se separar e caminharam de dedos entrelaçados para o convés inferior.


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Notas finais do capítulo

Aleluia irmãos? Esse milagre aconteceu? Estou louca apra ver seus comentários ;)