Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 13
Salve-me


Notas iniciais do capítulo

Pessoal para quem não sabia, eu estava em semana de provas, explicada a demora, boa leitura.



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Astrid desesperada apenas viu o navio do Aaron partir junto dos barcos do filho de Alvin.

– ICE!

Era tarde demais. Ele havia a levado e não se sabia para onde.

Naquela altura todos os vikings e piratas já haviam chegado ao porto na praia onde havia acontecido a tal cena, mesmo passados poucos segundos desde que o Irmão das Trevas usou sua magia negra, não haviam se passado mais de trinta segundos para ser certo. Astrid estava muda, ela via o navio partindo mar adentro e seus olhos, agora azuis escuros devido a pouca luz daquela madrugada, se encheram de água, porém não o bastante para deixar uma lágrima rolar.

– Astrid... – Disse Ignis se aproximando por trás – Como foi deixar isso acontecer?

Ignis Caelum, pela primeira vez em muito tempo, estava decepcionado com ela, a tristeza e as trevas em seu coração eram vistas em seus olhos. Ele baixou a cabeça e depois a levantou demonstrando fúria.

– Não foi culpa dela – Defendeu Soluço.

Os olhos de Astrid demonstravam pavor e confusão por debaixo da máscara negra. Ela encarou Ignis falando novamente depois do acontecido.

– Ice... – Repetiu – Como fui deixar isso acontecer?

Soluço não se magoou por terem ignorado suas palavras, em vez disso, sentiu pena da Hofferson. A jovem pirata caiu de joelhos no chão.

– Não, não, não, não...! – Disse ela com os dedos entre os próprios cabelos, ela virou a cabeça em direção ao mar e levantou-se...

Ignis previu o que a jovem pular ao mar e a prendeu em seus braços pelas costas.

– Ice! – Ela gritou tentando lutar contra os braços do Caelum.

Os vikings assistiam com pena a pobre Hofferson e, quanto aos piratas, faziam logo suas apostas em quem iria vencer aquela luta.

– Astrid! – Gritou Ignis – Pare!

– Você não entende! – Insinuou ela debatendo as pernas e tentando mexer os braços.

– É claro que eu entendo!

– Não, não entende! Nunca entenderia!

– Você parece não entender, Astrid!

Astrid tentou libertar seus braços, mas parecia impossível, ele a deixava parecer fraca e impotente. Ela não podia permitir isso, jamais, em nenhuma circunstância. Com esse pensamento, Astrid Hofferson obteve forças para dar uma cotovelada contra a barriga de Ignis, o golpe chegou a ser tão forte, que o pobre Caelum não conseguiu ficar de pé ereto.

– Ignis Caelum – Começou ela apontando uma adaga para o pirata que se contorcia de dor – nunca mais repita isso.

– Posso até estar errado... – Ele fez um som de dor puxando o ar – Mas Ice Aaron é tão importante pra mim quanto pra você.

Valka olhava a cena lembrando-se, por algum motivo, do dia que partira. Parecia que a Hofferson e o Caelum estavam passando pelo o que Soluço e Stoico passaram quando se foi e aquilo era como ver o que aconteceu após ela ter sido levada.

Astrid suspirou esfregando os braços.

– Ignis, eu não preciso repetir – Ela tira a máscara e, após olhar para a mesma por um segundo, falou em tom sério e ameaçador – Ice Aaron é minha única família neste mundo inteiro, eu já vi todo o mundo e sei o quanto é grande, mas Ice Aaron é o mais próximo que tenho de uma família desde aquela maldita tempestade... Se ela se for... Eu também terei de ir! – Terminou falando se aproximando exalando fúria e ódio – Então como OUSA – Ela pôs a adaga a frente do pescoço do Caelum - Dizer que ela tão importante para você quanto para mim?

– Porque eu a amo Astrid! – Gritou ele apoiando-se nos joelhos tomando cuidado com a arma que Astrid segurava – Eu, Ignis Caelum, amo Ice Aaron.

Todos fizeram uma reação de surpresa, todo o tempo em que ele falava piadas sem graça, era, na verdade, um jeito de dizer para ela que ele a amava. Quando conversavam, quando ele carregava suas armas ou o que ela tivesse de segurar, nas poucas vezes que conseguia a fazer rir agora... Ele finalmente tinha coragem de dizer aquilo, porém ela já não estava aqui.

Astrid demonstrou pavor, ela aprendeu, inclusive, a respiração ao ouvir aquelas palavras e tirou a lâmina de seu pescoço.

– Eu desejava aquilo que não precisava... – Murmurou Astrid de modo que só ela pudesse ouvir. Ela voltou para sua postura orgulhosa, mas suas sobrancelhas juntas mostravam sua tristeza.

– Você acha que é fácil vê-la e não poder dizer isso a ela? Acha que é fácil esconder o que sinto pelo fato de estarmos sendo caçados? Por estarmos em uma revolução nada posso dizer, sou um covarde por isso! Essa é minha única fraqueza Hofferson! Eu amo alguém, amar é a pior fraqueza que se pode existir e eu sei disso! – Gritou ele.

Astrid desviou seu olhar de Ignis, virou a cabeça devagar e encarou os chefes vikings junto de seu filho. Todos ali, em família, pareciam bem juntos. Eles a olhavam com compaixão, ela piscou confirmando com a cabeça e olhou para os piratas.

O amor é uma fraqueza” Pensou ela “Estou sendo fraca”.

Então a Capitã Hofferson, depois de poucos segundos, respirou fundo e fez o que adiava cerca de cinco anos. Ela iria deixar os vikings, desta vez seria ela, e seria para sempre.

Uma parte dela dependia deles, de cada um. Falar chegava a ser tão difícil quanto qualquer outra coisa, o mundo parecia mais vazio dentro de si e, quando fizesse, estaria feito e ela não teria aquela sensação... De que inda teria a mínima chance de ter um lar... Ou uma família.

– Eu vou lutar por vocês dois Ignis e, quando tudo isto estiver feito...

– NÃO TERMINE ESSA FRASE, NEM PENSE EM TERMINAR, VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO – Gritou Caelum sacudindo-a pelos ombros.

– Você sabe o que vai acontecer – Retrucou Astrid.

Ela desviou o olhar se distanciando de Ignis, outra linda visão se punha aos olhos da Hofferson, o sol nascia sobre o mar calmo. Uma pequenina luz se levantava devagar pela linha do horizonte. Ela caminhou em direção aos três chefes e, calmamente, parou em frente aos mesmos com as mãos vazias, porém uma segurando a outra contra o peito.

– Vocês não precisam mais se envolver nesta guerra, nós iremos protegê-los e lutaremos por vocês – Disse ela – Voltem para o seu lar, eu mandarei notícias.

Soluço deu um passo a frente entre os pais, em sinal de questionamento, Astrid e Soluço próximos, porém distantes ao mesmo tempo e os olhos verdes encontraram os azuis.

– Você não precisa nos proteger Astrid, não estamos com medo, somos vikings é um risco ocupacional – Protestou ele tentando parecer sério, mas era quase impossível – Você não precisa ser deixada novamente, estamos todos do seu lado.

– Por favor, volte para casa, sua vida te espera – Ela disse juntando as sobrancelhas com um sorriso acolhedor – Vá aproveite o sol – Respondeu ela mostrando o sol nascendo sobre o mar – E aproveite os novos dragões.

– Eu não vou deixar... – Ele começou e depois sussurrou de modo que só ela pudesse ouvir – Você sozinha.

Eles estavam afastados dos outros e os chefes se retiraram quando viram que a conversa precisava ser terminada ali a sós. Os piratas e vikings estavam ajudando os feridos e tentando ajudar Ignis a voltar para a sua mentalidade normal.

– Eu sei que, talvez, você me queira bem, mas... – Ela começou – Mas me deixe, eu posso estar sozinha, porém estou sozinha e livre também.

– O exército está cada vez menor – Retrucou Soluço – Não precisamos ficar distantes de novo, eu quero te ajudar, eu vou estar aqui com você, eu preciso ficar do seu lado.

– Você só está piorando as coisas Soluço, não consigo manter todos vocês a salvo ao mesmo tempo, viu o que aconteceu com Ice. Você não está a salvo ao meu lado. Ninguém está.

Os dois, sem perceber, já estavam quase grudados um no outro, mas os olhos dos dois eram algo tão profundo e confortante que não se percebia mais nada.

– Eu sei que consegue Astrid – Incentivou o viking.

– Eu não posso controlar... – Começou Astrid - Volte para casa Soluço, seja livre.

– Eu acho que você não deve saber

– Eu não sei o quê? – Perguntou ela com um olhar confuso.

Naquelas circunstâncias, a Hofferson teria de levantar um pouco a cabeça para olhar o profundo verde dos olhos do viking e o mesmo tinha de se controlar para não... Esquece.

– Meu pai está querendo me nomear o novo líder – Disse desanimado - Viva! Parabéns para mim!

Ela riu baixinho, porém estavam perto demais para que ele não visse.

– Se fosse antes, diria meus parabéns e que eu ficaria feliz no seu lugar, hoje eu apenas digo boa sorte – Avisou a Hofferson.

Ice!” Pensou Astrid “Não posso coloca-lo no mesmo caminho que ela, devo ficar sozinha, para não machucar ninguém”.

– Você está bem? – Perguntou Soluço.

Eles não sabiam mais do que falar, estavam tão próximos que, se não estivem hipnotizados pelos olhos um do outro, teriam ficado sem graça. Infelizmente, aquele momento teria de acabar e Astrid Hofferson fez este utilizando apenas poucas palavras:

– Voltem para seu lar.

Ela deu meia volta e foi se juntar aos piratas, porém não resistiu em olhar para trás. Soluço pareceu decepcionado, uma de suas mãos segurava o capacete e a outra estava na nuca, ele manteve a cabeça baixa. Astrid não conseguiu resistir, era tão doloroso vê-lo daquele jeito. A Hofferson voltou novamente, segurou o rosto do viking surpreso com uma das mãos e beijou sua testa, este que ficara corado com um pequeno sorriso no rosto nos meros segundos em que a jovem voltava para seu antigo caminho.

Banguela empurrou Soluço por trás.

– Onde você estava hein?

O dragão arregalou os olhos como se dissesse “Como assim onde eu estava? Eu estava aqui o tempo todo!”.

– Soluço? – Chamou Perna de Peixe – O que vamos fazer agora? Ice sumiu e estamos em um numero um pouco menor e, de acordo com meus cálculos existem – Ele começou a se desesperar - muitas chances de nunca mais ver Berk novamente.

– Astrid disse que devemos voltar para casa... – Começou ele.

– Então isso é realmente ótimo! Vou chamar a Batatão e avisar...

– Mas devemos lutar, afinal, os dragões também estão envolvidos nisso não é? – Perguntou Soluço com um sorriso no rosto.

– É... Mas, com certeza você não vai querer... – Indagou Perna de Peixe.

– Então está feito, vou avisar ao meu pai e saímos! A propósito, é sempre bom falar com você Perna de Peixe!

Antes que qualquer coisa pudesse acontecer, uma nuvem negra rodeou todos ali, algo negro e brilhante. O sol parou de nascer na linha do horizonte, todo ficou escuro novamente, como se o céu pudesse desabar a qualquer instante.

De repente, o mesmo transformou-se um uma mão negra. Pode-se ouvir a risada do Irmão das Trevas, mesmo sem estar ali presente, a mão começou a tremeluzir e variava entre aquela forma e a de um a mensagem escrita no céu.

Ninguém poderá salvá-los do que está por vir.

E o céu já não demonstrava mais vida, aquela era a prova concreta de magia negra para os vikings, eles estavam diante de algo tão sombrio e escuro quanto o medo. Até ali, a magia do Irmão das Trevas eram meros truques de mágica, mas agora... Bem ali diante deles.

Naquele instante, a mão sombria agarrou Astrid a levantado no ar, esta tentava inutilmente se libertar, porém não causava nenhuma reação. Trovões ecoaram no céu agora cinza e uma risada foi ouvida.

– Por que não vem me enfrentar? Eu não tenho medo de você – Gritou ela cerrando os olhos.

A mão a apertou mais e ela não parecia confortavel.

Então algo aconteceu, uma luz veio do meio dos vikings, algo tão grande e forte aos olhos que não se era possível ver quem ou do quê vinha, mas espantou toda a escuridão. Era imposs´vel de se olhar quem estava salvando a Hofferson, porpem ela conseguia vê-lo.

Era Soluço.

Leiam as notas finais.


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Notas finais do capítulo

Galera é o seguinte:
1. Amiga minha seugeriu capítulos com, no máximo, 2.500 palavras. A decisão é de vocês, falem se preferem ou não nos comentários.
2. Estava pensando e achei que seria legal se vocês - isso, vão trabalhar - escolhessem uma música tema para esta fic. O que acham? Meus requisito é: letra com sentido (não quero só o lado Soluço, também quero a Astrid galera).

Não esqueçam nos comentários ok? Até!



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