Queime depois de ler escrita por michelly lopes


Capítulo 1
Este é meu adeus


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem :)



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Sabe, quando se está aqui neste lugar só você começa a pensar o porquê de estar aqui é tudo tão sem esperança, eu não sinto mais nada, na verdade nunca senti nada, mas se eu nunca senti nada por que eu estou escrevendo isto? A um motivo eu escrevo isto por que eu sei que não sinto nada mas as pessoas ao meu redor sentem e eu não quero que sintam eu não quero ir para debaixo da terra quero ser esquecida totalmente e estou escrevendo isto como um pedido para que eles me esqueçam do seu coração, hoje me pergunto se vim a este mundo apenas para fazer eles chorarem quando eu me for? não quero lembrança minhas quero ser apagada, quero que me esqueçam, eu nunca pensei que meu fim fosse num quarto de hospital, ironia vou morrer onde nasci eu morrerei com doze anos de idade por causa de uma doença, eu não mereci nascer, eu não contribui com nada para sociedade, eu nunca fiz um amigo todas as pessoas que conheci nunca quiseram nem olhar no meu rosto, eu nunca me apaixonei nem namorei ninguém sempre fiquei sozinha nunca ia para lugar nenhum a não ser a escola e o hospital sempre tão só, mas assim deixei pessoas que a pouco vão estar chorando por mim daqui a duas horas eu irei morrer e vou sumir para sempre e não quero que chorem por mim, a morte não é ruim eu não tenho medo dela é algo normal todos morrem a toda hora por doenças pela idade e por milhares de outros motivos, como eu esperava que fosse minha morte? Eu esperava morrer velhinha e em paz sem ter ninguém que chore por mim, a morte é algo bom é como viver só que ao contrário a morte é algo aceitável é o que nosso corpo espera nós nascemos para morrer um dia e meu dia é hoje , eu espero meu fim em silencio apenas escrevendo neste caderno e falando sobre os doze anos que vivi vou começar com minha primeira escola lá eu era a mais feia ou a mas estranha a garota com a testa enorme por que eu usava franja as pessoas lá não falavam comigo hoje não me lembro do nome de nenhuma delas mas nesta escola foi a melhor parte da história comparado os garotos mesmo me achando estranha ainda brincavam comigo e eu não era tão sozinha mas quando eu fiz nove anos fui para minha segunda escola e lá foi a parte pior, eles falavam mal de mim todos os dias jogavam coisas em mim roubavam minhas coisas me derrubavam no chão e me faziam chorar todos os dias, tinham inveja de mim por que eu tirava as melhores notas, eles me ignoravam totalmente quando eu falava algo, as vezes eu sentia que até os professores de lá tinham pena de mim me sentia como a poeira na chuva, as vezes eu queria ser a chuva e poder tocar todas as pessoas talvez me sentisse melhor ou só desejasse ser feliz. Felicidade sentimento que nunca senti de verdade apenas escondia quem realmente era com sorrisos falsos e lagrimas reais, eu sempre pude entender todas as pessoas ao meu redor mas quando era minha ora de ser ouvida eu era completamente ignorada uma vez encontrei uma garota que era a única que tinha a coragem de me dizer que não conseguia ser minha amiga por que não me entendia, mas mesmo assim quando eu chorava ela me segurava e me abraçava, ela não entendia o porquê de minha pessoa ser tão triste, ela não entendia o porquê de eu agradece-la tanto por falar comigo, até que um dia ela se foi ela foi ter uma vida foi morar em outro país, então eu estava mas só do que no começo e mais triste ainda por que a saudade me corroía por dentro; eu está manhã estava a decidir em qual estado eu deixaria meu corpo antes que seja cremado, então resolvi acordar de duas da manhã e tomar um banho com a água mas fria que encontrasse, e como me vesti? Me vesti da maneira mas singular possível coloquei uma blusa branca com meu nome escrito na barra e uma borboleta de assas escuras no meio, uma calça jeans e um all star branco; eu queria não ter ferido pessoas como o filho do médico ele realmente se apaixonou por mim mas eu tive que falar a verdade para ele, mesmo se eu estava muito contente de ter ele me visitando todos os dias e passando todo tempo comigo, e naquele sábado chuvoso ele veio com vários joguinhos e eu falei a realidade “eu vou morrer você deve me esquecer se você acha que a cirurgia vai dá certo, pois saiba ela não vai dar me esqueça por favor eu não quero que chores por mim por favor cresça e tenha uma família realize seus sonhos e me apague de sua mente por favor se você sente algo por mim me esqueça me apague do seu coração!” e aquele lindo garotinho dos olhos verdes saiu chorando correndo do meu quarto e eu nunca mais o vi, mas foi melhor assim melhor para todos, pelo que eu sei hoje ele está numa escola na Inglaterra, mas aquele idiota tinha que se lembrar de mim, hoje eu recebi uma carta que dizia “você achou que mesmo você dizendo tudo aquilo para um menino de 10 anos eu iria te esquecer? Você estava errada eu sempre te tive como minha amiga e você mesmo sendo tão ranzinza nunca me fara esquecer de você, então como você pediu eu não estarei ai então adeus” esse idiota só me fez chorar mas do que já chorei por ele a dois anos atrás; amigos né? Eu acho que desisti de ter com onze anos, eu nunca existi mesmo para as pessoas sempre fui nada apenas uma formiga operaria num formigueiro, eu sou uma no meio de sete bilhões eu achei que mesmo se fosse quase impossível entre sete bilhões de pessoas uma me acompanharia e me entenderia, seria minha amiga e me ouviria mas eu estava no meu maior estado de insensatez nunca existi para ter amigos, nunca existi para criar expectativas ou ter sonhos eu sempre soube que aquela operação nunca daria certo e eu hoje sei que agora estou em meu maior estado de sensatez e aceito completamente que sempre estive só e nunca consegui amigos e eu comecei isso só e terminarei só sem voltas, sem paradas, sem pausas, sem virgulas, daqui a uma hora eu estarei cremando dentro de um enorme forno, a minha vida foi patética não foi? Eu nunca tive amigos, nunca tive alguém que se importasse comigo, eu acho que eu mereço morrer, não eu não acho eu tenho certeza eu mereço morrer! Eu nunca fiz nada de bom para ninguém eu nunca trousse felicidade para ninguém, eu fiz a garota mais feliz do mundo chorar por minha causa:” pare de me agradecer, não me agradeça nunca mais, eu não mereço que você me agradeça” ela chorou por mim naquele dia tão lindo eu vi eu fui a única a ver lagrimas escorrerem dos olhos dela, eu não sei mas acho que em doze anos fiz mas gente chorar do que muitas pessoas que vejo todos os dias, eu queria ser mas como minha enfermeira ela é tão doce e tão gentil sempre sorrindo com todos, mesmo se ela for menosprezada ela sorrirá, eu não falo por que ela me dá impressão disso eu vi isso com meus próprios olhos, além de sofrer muito com suas colegas de trabalho que na verdade tem muita inveja dela , um dia eu a perguntei qual o motivo dela aguentar tudo isso e ela me respondeu: “eu posso ser uma mas sei que se sou uma enfermeira esforçada e boa com os pacientes e meus colegas eu posso fazer a diferença nem que seja apenas com você” então me toquei ela queria que eu fosse feliz como ela e que n final fosse embora sorrindo mas não este sorriso que sempre levei e sim um sorriso verdadeiro que nunca tive em meu rosto, eu não sei o que é sentir a morte ainda como poderia dar um resultado concreto a ela? Como poderia realizar seu desejo? o que mais me incomoda é que nem minha enfermeira vai ficar satisfeita comigo, meus paus nunca me tornei nada que trouxesse orgulho a eles ao contrario só desgostos, as pessoas que um dia falaram comigo por faze-las chorar, até as pessoas que nunca me trataram bem por que eu nunca fui suficiente para ser amiga delas, e até mesmo meu país pós nunca ganhei um prêmio Nobel ou algo assim, mas fazer o que eu só durei doze anos minha validade espira daqui a vinte minutos quer dizer que o médico chega daqui a dez minutos e meus pais daqui a quinze meu irmão aposto que só chegara bem na hora exata e meus outros parentes só apareceram para dar os pêsames, minha história acaba aqui com um último fato, quando se está nessa situação você não vai querer me conhecer então a você só cabe saber que eu sou uma menina de doze anos com um câncer terminal e que morro daqui a quinze minutos, já te mostrei muito da minha história você não precisa saber meu nome por que eu não quero que você lembre dele, portanto esse é o meu adeus.

***
- doutor

- está preparada pequenina?

- sempre estive, me faz um favor?

- qual seria esse favor?

- tome este diário é um presente meu, mas o senhor tem que me prometer algo (entreguei o diário)

- obrigado, pequenina o que tenho que prometer

- por favor, queime depois de ler.

***
-então alunos entenderam por que deixei de ser um médico?

- sim, mas professor se o senhor leu apenas uma vez como o senhor se lembra de todos os detalhes?

- pelo mesmo motivo que fui admitido tão rápido na maior universidade do mundo, memoria fotográfica

- então o senhor desistiu de ser um grande medico por causa de uma menina de doze anos?

- eu não desisti de ser um grande medico apenas resolvi ser um grande professor.

FIM


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Notas finais do capítulo

obg por lerem espero que tenho gostado deixem um comentário com o que vc achou



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