No passado fomos queimadas em fogueiras,

De pontes lançadas aos rios para morrermos afogadas,

Enforcadas para morrermos sem ar;

Mas sou bruxa, sou eterna.

Os inquisidores

Que usaram de nossa crença para nos condenar,

Que fez ficarmos temerosas,

Que nos fez usar de utensílios para mantermos a chama viva,

Não sabiam que por mais numerosas tentativas nãos nos faria negar a grande mãe!

Que o crescente lunar, virginal e delicado;

Que a lua cheia, com seu ventre inchado de vida;

Que a lua em quarto minguante, em sua face sábia e poderosa esteja sempre presente a nos iluminar.

Que se acendam as fogueiras em seu culto,

Que a água da vida siga seu curso

E que o ar sempre nos rodeei; sem levar- nos à morte!

E enquanto Cerridwen cria, Cernunnos destrói,

Formando o infinito ciclo de vida e morte, começo e fim!

Sou eterna, sou bruxa, tenho magia!