Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 27
How About a Talking Raccoon


Notas iniciais do capítulo

OLÁ TUDO BEM podem culpar o atraso dessa vez aos livros de Maze Runner porque eu acabei de terminar todos e agora estou com tudo atrasado e asdfghj. Mas tomara que gostem do capitulo yay



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Um pequeno circulo de agentes se formava na pista de pouso, olhando para as portas abertas ansiosamente. Era cedo na madrugada, e o sol apenas começava a aparecer no horizonte, pintando o céu de uma coloração alaranjada. Um laranja que combinava perfeitamente com a nave que descia do espaço.

O barulho, por mais espantoso que seja, era quase nulo. Apesar de grande, os seus motores eram silenciosos e rápidos.

Mas Diretor Coulson não podia ligar menos para os motores da nave a sua frente. Ele estava mais preocupado com seus integrantes, e pior, os motivos de sua vinda até ali. Como se sua vida não estivesse lhe dando dor de cabeça o suficiente.

Em questão de segundos, a nave alienígena pousara na base da Shield.

O Diretor e ex Diretor caminharam juntos em sua direção, bem quando ela abria a rampa de saída. Um certo deus de cabelos loiros foi o primeiro a sair, acompanhada por uma cientista morena com feições delicadas. A surpresa em seu rosto era evidente. No rosto dos dois, na verdade.

Porque para o mundo, os dois agentes na sua frente, estavam declarados mortos.

“Como-” Jane começou a pronunciar, o choque embaralhando a sua fala.

“Thor.” Nick Fury falou, antes que eles pudessem falar mais alguma coisa. “Jane Foster.” Ele cumprimentou os dois com um aceno de cabeça. “Eu sei que isso pode parecer chocante, e eu entendo a confusão que deve estar passando em suas mentes. Mas, eu, como vocês podem claramente observar, estou longe de estar morto.” Em circustâncias normais, Thor podia ter virado para a companheira ao seu lado e dizer Eu te avisei, mas estava muito ocupado encarando Coulson fixo nos olhos. “ Como o meu amigo aqui. Eu peço perdão pelo sufoco, mas eu não menti completamente.”

“Eu realmente morri-” Coulson completou o pequeno discurso de Fury, achando melhor ele se explicar dali em diante. “Mas fui trazido de volta depois da batalha de Nova York. Nós decidimos dar essa noticia pessoalmente, por isso você só está sabendo agora.” Ele se calou, os dois observando qual seria a reação do deus, receosamente.

Surpreendentemente, Thor sorriu, largando o braço que envolvia a sua amada para dar um grande abraço em Phil. “Só estou contente que não estejas morto, meu amigo. O mundo vai precisar de pessoas como você. E eu também.”

O coração de Coulson podia ter ficado em paz, se não fosse pelas suas últimas palavras. Antes que pudesse questionar, porém, os outros integrantes a bordo da nave desembarcaram. E você apenas podia sentir a boca de todo mundo ali caindo de surpresa.

Tirando a adorável Darcy, e talvez Peter Quill, que era ainda acima de tudo, humano, os outros eram figuras de se admirar.

“Bom deus,” Natasha Romanoff sussurrou por baixo do se sua respiração.

Thor foi o primeiro a falar, quebrando o silêncio da sala. “Estes são os Guardiões da Galáxia, e o meu leal companheiro Njord.” Ele apontou para o guerreiro com a armadura dourada. “Eles estão aqui como aliados, e eu creio que serão extremamente valiosos.”

Fury, que parecia ser o menos surpreso do grupo, finalmente fez a pergunta que queimava na mente de todos. “Do que você está falando?” Ele encarou o grupo de recém chegados. “A Terra corre perigo?”

Foi Gamora que respondeu, a guerreira se aproximando dos agentes. “Receio que sim.”

Antes que qualquer reação pudesse estampar a cara dos agentes, uma voz cortou o ar. “Eu sou Groot.”

Não, Groot,” Rocket sussurrou, repreendendo o companheiro com o olhar. “É obvio que não tem nenhuma árvore aqui dentro. Seja paciente e cale a boca.”

Se os agentes ali conseguissem ficar mais surpresos, com certeza eles ficariam.

“Então,” Fury falou, mais alto que o tom dos outros, a voz impenetrável. “Sejam bem vindos a Shield. Vejo que temos muito o que conversar.”





(...)

Seu coração batia descontrolado em seu peito.

Ele olhava para o corredor a sua frente, colocando um passo atrás do outro, a ansiedade o consumindo. Tudo parecia muito devagar. Sua vontade era correr, mas sabia que isso despertaria a atenção dos guardas ao seu redor. E apesar de ter salvado um de seus mais adorados agentes, tinha certeza que não confiavam nele. Ele entendia. Ele próprio não confiaria se tivessem em papeis opostos. Eles tinham colocado algemas nele, pelo amor de deus. Era obvio que não conseguiria a sua confiança tão facilmente.

O importante é que eles manterem a sua parte do acordo. O importante é que ele a veria agora. Wanda. A única pessoa que significava alguma coisa para ele. A única por quem ele lutava.

Finalmente, os guardas viraram em um corredor, e abriram uma porta que dava para uma escada. Ela terminava em um sala aparentemente vazia, uma das paredes de um branco ofuscante. Os guardas fizeram sinal para que seguissem em frente. Ele então desceu as escadas, um misto de nervosismo e apreensão. Eles podiam simplesmente quebrar a promessa e deixá-lo apodrecendo em uma cela qualquer. Torcia para que esse não fosse o caso.

E felizmente, não era. Ao pisar no último degrau da escada, a parede branca, que agora ele viu que não era uma parede, e sim, um holograma, clareou. Revelando uma cela do outro lado.

Wanda estava sentada na cama. Ao ver a súbita mudança no ambiente, ela virou a a cabeça, só para ser recebida com a visão de seu irmão, a admirando.

Um nó parecia ter se formado em sua garganta, e Pietro deu um passo a frente.

Ela não pode evitar de sorrir, inundada pela felicidade que explodia dentro dela. Se levantou em um salto, indo próximo a parede invisível que separava os dois.

“Abrirei a porta para vocês se falarem. Tente alguma gracinha, e irá se arrepender.” O guarda falou, digitando alguns comandos em seu tablet.

Pietro reprimiu um sorriso e ergueu os braços algemados em sua direção. O guarda apenas levantou as sobrancelhas.

“O que? Não posso mais nem abraçar a minha própria irmã?”

Suspirando, ele fez um sinal para o seu parceiro abrir as suas algemas. Após elas caírem no chão, ele esfregou os pulsos, se virando para a sua irmã.

Ela não estava com uma aparência péssima, mas era claro que ela não estava bem. Bandagens estavam enroladas em seus pulsos, o que ele pode perceber quando ela apoiou a mão na parede de vidro. Seu cabelo longo, escuro, se enrolava em cachos rebeldes. Ela tinha evidências de olheiras ao redor dos olhos, mas apesar disso, sorria. Era um sorriso cansado, como se ela mal conseguisse ficar de pé, mas era mesmo assim um sorriso.

Ele sorriu de volta.

Finalmente, o guarda baixou a grande barreira invisível entre os dois. E quando ela percebeu, ele a envolvia. Passara uma vida inteira ao seu lado, e ainda se surpreendia com a sua velocidade. Ela devolveu o abraço, enterrando a cabeça em seu ombro como ela fazia quando era pequena.

“Está bem?” Ele perguntou, não quebrando o abraço.

Ela balançou a cabeça e olhou para ele, tentando colocar o seu melhor sorriso. “Estou. Estou sendo tratada surpreendentemente bem.” Ela deu uma pausa, e Pietro pode perceber um pequeno corte em sua bochecha. “Considerando o que eu fiz.”

“Como assim? O que aconteceu?” Uma ruga de preocupação surgiu em sua testa.

Ela revirou os olhos. “O que sempre acontece? Hydra.

Pietro pode perceber como a sua voz falhou quando ela falou o nome da agência. “Wanda.” Ele tinha uma certa urgência no olhar. “Nós nunca, nunca, voltaremos para lá. Eles nunca irão nos controlar mais. Eu prometo.”

Ela assentiu, incapaz de falar. Sua garganta estava seca, e por um momento, ela sentiu os olhos marejaram, mas engoliu as lágrimas. Suspirou. Ela não iria chorar hoje.

“Não precisamos falar disso agora, ok?” Ela tentou mudar de assunto. “Mas eu quero saber como você escapou. A Shield me capturou, mas você? Eu duvido que eles consigam te pegar.”

Pietro soltou uma risada. Percebeu que havia um bom tempo desde que rira, e gostou de ouvir o som do próprio riso. “É uma longa história. O que importa, é, eu acho que nós realmente podemos confiar nessas pessoas.”

Ela pareceu um pouco confusa. “O que você quer dizer?” Ela balançou a cabeça, os cachos batendo em seu ombro.

“Quero dizer que podemos ser bons, Wanda. Que podemos mudar.”



(~0~)




Tony Stark, Bruce Banner e outros agentes importantes foram convocados para aquela reunião. A Viuva Negra se encontrava apoiada na mesa em um canto da sala, ocupada em ajustar a sua arma, e o Gavião Arqueiro sentara em cima da mesa e observava toda a cena, silencioso. Thor se sentara em uma das confortáveis cadeiras de couro ao redor da mesa de vidro, acompanhado por Jane.

Até mesmo Steve Rogers, insistira que estava bem, pela milésima vez, e fora solicitado a comparecer. A sala apenas gritava Vingadores. E todos ali podiam perceber.

Até mesmo os mais novos visitantes da Shield podiam perceber que estavam na presença de um grupo poderoso. Os Guardiões sentiam a presença dos herois mais poderosos da terra, mesmo não sabendo totalmente de seus poderes. Os dois grupos se analisavam em silencio, e o sentimento de surpresa na sala de reuniões era quase palpável, depois que eles acabaram de explicar toda a história de Thanos, a profecia e as joias do infinito.

A preocupação também era evidente, quase lembrando vagamente ao pânico nas expressões do heróis.

Foi o Diretor, o atual Diretor que cortou o silêncio da sala.

“Então, esse cara, Thanos, foi o responsável pelo ataque dos chitauri?”

“Ele estava controlando Loki na época, sim.” Thor respondeu, tomando uma expressão séria. “Mas agora Loki se foi, e creio que Thanos vai achar outra maneira de invadir a Terra.”

“Se foi?” Coulson perguntou rapidamente, sem poder se controlar.

“Ele morreu em batalha a pouco tempo.” Thor respondeu, a voz mais baixa do que costume.

Um breve espanto percorreu os agentes, a noticia da morte de Loki sendo absorvida. Mas nenhum a recebeu com mais entusiasmo do que um certo arqueiro. Ele foi invadido por uma sensação de justiça, mesmo sabendo que deveria se sentir mal por Thor. Mas ele não se importava.

O deus que tinha ferrado com o seu cérebro se fora. Os outros compartilhavam da mesma sensação de satisfação, mas ninguém falou uma palavra se quer. Podiam perceber o sentimento de perda no rosto do irmão do falecido, e trazer o assunto a tona não iria beneficiar ninguém.

“Mas o que tem de tão especial na Terra?” O Diretor mais uma vez questionou, tentando mudar de assunto. “Quer dizer, além dessa Inumana. Porque ele se daria o trabalho de tentar dominar ela toda?”

Peter Quill e Gamora trocaram olhares, até que a filha de Thanos falou por fim.

“Thanos acha que a maior parte das Joias do Infinito estão localizadas aqui. O Tesseract estava, e o portal para a Joia da Realidade também. Não se sabe exatamente o porque, mas a Terra parece atrair elas. Tanto a Joia do Tempo como a da Alma podem estar escondidas aqui também. Nós não sabemos. Mas se pudermos achá-las, seria muito vantajoso ter elas em nosso poder. Se caírem na mão de Thanos… Os danos podem ser irreparáveis.”

“A Joia do Espaço, o Tesseract, e a do Poder estão protegidas. E o cetro de Loki? Que fim ele levou?” Thor perguntou.

“Shield o tinha fortemente guardado….” Coulson sentiu a sua garganta se fechar. Ele não tinha realmente pensado nisso até agora. “Deus. Hydra o tem.” Ele balançou a cabeça, atonito. “Hydra invadiu todos os nosso cofres depois da nossa queda. É quase impossível que eles não o tenham levado.”

“Hydra?” Thor fez uma careta, confuso.

“Longa história.” O Capitão trancou o maxilar. “Mas isso é ruim. Muito ruim.”

“Presumo que pela a sua expressão eles sejam os malvados.” Peter falou.

“Nem ideia.” Steve respondeu, o olhar distante.

“Essa Hydra… É possível que ela tenha contato com Thanos?”

A pergunta de Gamora afundou na sala.

“Não.” Coulson falou, rápido demais. A possibilidade era muito maluca para ele aceitar.

Mas quanto mais ele pensava sobre o assunto, mais ele sabia que talvez estivesse mentindo para si mesmo. Que talvez estivesse apenas muito assustado para admitir uma possível aliança entre os dois. No fundo, sabia que era possivel. E isso fez um arrepio percorrer a sua espinha.

“Caveira vermelha sabia a localização do Tesseract. Aposto que eles sabem alguma coisa das outras Joias também.” Steve falou, sua voz deixando escapar um pouco de amargura.

“Ótimo. Adicione isso a nossa lista de problemas catastróficos.” Tony disse, segurando um suspiro e um revirar de olhos.

“Não vamos nos precipitar. Se vamos analisar os dois juntos como uma ameaça, precisamos ter certeza.” Coulson deu uma pausa, e olhou para Natasha, reclusa no canto do aposento. “Acha que ainda consegue fazer uma missão de espionagem?”

Ela revirou os olhos, descruzando os braços. “Pode apostar a sua vida que sim.”

“Ótimo.” Ele se inclinou na mesa, digitando algumas coisas no holograma a sua frente. “Skye vai conseguir a localização de um ou dois agentes da Hydra trabalhando disfarçados. Siga-os. Observe-os. Capture qualquer pedaço de informação, qualquer coisa que leve as Joias ou a Thanos.”

Nicky Fury reprimiu um sorriso de leve, contente com as ordens do Diretor. Tinha certeza que tinha feito a escolha certa.

A ruiva assentiu, feliz por ter alguma coisa para se ocupar. “Sim, senhor.” Tirar um certo Capitão da cabeça.

Ela saiu da sala, as portas de vidro se fechando com a sua partida.

“Ótimo. Ao menos estamos fazendo alguma coisa. Agora, alguma ideia de quem seja essa tal garota da profecia? Talvez ela seja a resposta para tudo isso.”

“Infelizmente, não.” Gamora soltou um suspiro pesado. “Mas nossa prioridade máxima seria achá-la o mais rápido possível. Ela é a principal causa de tudo isso.”

“Achá-la e expulsá-la da galaxia se não quisermos uma guerra eminente.” Rocket falou, batendo os seus pequenos punhos na mesa de vidro.

“O guaxinim sabe falar.” Tony exclamou, percebendo que não conseguia desviar o olhar da criatura. “O que mais? Vai me dizer que também existem elefantes voadores no espaço?

“Ninguém vai expulsar ninguém de algum lugar. Ela não tem culpa dessa profecia. Ou controle sobre ela. Nós a achamos, e analisamos a situação a partir dai.” Peter falou, repreendo o companheiro com um tapa de leve na cabeça.

“Hey! Eu apenas estava sugerindo a solução mais fácil e mais lógica, mas tudo bem, se vocês quiserem levar um chute no traseiro de Thanos, quem sou eu para impedir?” Ele apontou para Tony. “E eu não tenho nem ideia do que seja um elefante.”

Tony revirou os olhos. “Ótimo. O guaxinim não consegue perceber sarcasmo.”

“A única coisa que alguém vai perceber aqui é eu lhe dando uma surra se você me chamar de guaxinim outra vez, muchacho.” Rocket mostrou os dentes.

“Ok, chega vocês dois.” Gamora disse, irritada, e Tony soube melhor do que mexer com aquela dali.

A sala, mais uma vez, recebeu o silêncio. Os nervos de todo mundo estavam a flor da pele, e isso estava começando a vir a tona.

Tony soltou a sua respiração, emitindo um longo suspiro. Ele mal tinha se recuperado ao ataque de Wanda, e agora isso? A terra mais uma vez estava em perigo? Ah maravilha. Talvez ele iria precisar daquele marca passo, a final.

“Como iremos encontrá-la?” O capitão falou subitamente, dando vida a pergunta que todo mundo parecia se perguntar.

“Eu talvez possa reconhecê-la. Alguma coisa com a sua energia, como somos Kree.” Gamora falou, olhando o Capitão nos olhos. Ele sustentou o olhar, mesmo ela sendo ameaçadora do jeito que era. Por fim, ela desviou, claramente desconfortável. Ela não gostava de ser o centro das atenções. Não daquele maneira. Não ajudando. Nunca fora acostumada a isso.

“Oh, eu tenho uma ideia. Que tal nos apresentarmos todas as pessoas do mundo para você, ver se alguma chama a sua atenção. Que tal?” Clint falou, o sarcasmo evidente.

“Clint.” Bruce se manifestou, sussurrando baixinho. “Não faça isso.”

“Fazer o que, Banner?” Ele se virou para o Vingador ao seu lado. “Dizer a realidade? Estamos ferrados. Quando mais cedo vocês admitirem isso, mais cedo a gente pode realmente fazer alguma coisa.” Ele praticamente cuspia as palavras. “Mandar Natasha atrás da Hydra? Sozinha? Claro, porque isso vai ajudar a parar um Titã louco.”

“Clint.” Coulson falou dessa vez. “O que deu em você?”

O arqueiro parou no meio da sua fala, como se de repente percebesse que estava gritando. Um faixo de sanidade encheu os seus olhos, e ele abaixou a cabeça.

"E-eu... Desculpe-me." Ele encarou o chão. "Não sei o que está acontecendo ultimamente. Eu só-" Clint balançou a cabeça, incapaz de continuar.

Silenciosamente, ele saiu da sala, todos ali o observando com certa apreensão.

"Bem." Tony ergueu os braços. "Que diabos foi aquilo?"


(...)



"Suponho que esta pessoa não esteja em 1974.”

“Não.” Crystal respondeu, observando a sala ao seu redor. “Mas não se preocupe com isso. Eu sei o que fazer.”

Charles não respondeu, mas lançou um olhar curioso em sua direção. Ela fingiu não perceber, mas tirou o colar debaixo da blusa. A Joia do Tempo.

“O nome desse colar é Chronos. Ele te permite viajar no tempo, o manipular.” Crystal o tirou do pescoço e o segurou com uma das mãos. “O que a maioria das pessoas não entendem é que tempo é a chave de tudo. É o nascimento e a morte. Tempo é energia. E energia pode mudar.” Ela ergueu a mão dele, colocando o colar cuidadosamente em sua palma.



Ele a fitou com seus grandes olhos azuis, querendo falar alguma coisa, quando algo em sua expressão mudou. E ela sabia que ele sentia. Charles podia sentir a energia fluindo pelo seu corpo, como mil descargas elétricas. Com o cerebro em postos, ele se concentrou no próprio tempo. Ele podia espiar cada ano, cada segundo, cada acontecimento. Era como um filme, passando eternamente na sua cabeça, o qual ele tinha o total controle.

“O nome dela é Skye. Se concentre nela.” Crystal liberou a sua mente, apenas o suficiente para ele poder vê-la.

Expirando fundo, ele se pôs a procurá-la. Ele podia sentir a energia que ela emitia, diferente de todas que ele já tinha presenciado. Era quase como se ela o chamasse, o atraindo para perto. Não foi difícil encontrá-la.

Ela estava tomando café. Charles podia sentir o aroma quente da bebida, e a observou enquanto ela levava a xícara aos lábios. Apoiava um computador em seu colo, os dedos deslizando hábeis pelo teclado. Seu cabelo moreno estava preso em um rabo de cavalo no alto da cabeça, e suas feições delicadas se iluminavam com o brilho da tela do computador. Ele visualizou o edifício que ela estava, percorrendo os seus corredores, passando por agentes da Shield em um borrão.

“Eu sei onde ela está.”

Crystal soltou o ar que estava segurando, deixando o alivio a percorrê-la. Retirou o colar da mão de Charles, e ele abriu os olhos com o choque. Lutou para recuperar o fôlego.

Apontou para o colar em sua mão. “Crystal, isso é…”

“Charles.” Ela o interrompeu, segurando a joia com o punho fechado. “Acredite quando eu digo que você está melhor não sabendo.”

Ele a encarou por um momento, enquanto seus pensamentos voltavam a um ritmo normal. “Tudo bem.” Ele ergueu os braços. “Eu te direi onde ela se encontra.”

“Por favor.” Crystal colocou o colar de novo envolta do pescoço, mais uma vez o escondendo debaixo da blusa.

“E mais uma coisa que você deve saber,” Ele falou, enquanto anotava as coordenadas em um pedaço de papel com uma caneta vermelha. “Mística está sendo mantida prisioneira na base também. Eu não sei o que ela fez, mas aposto que não foi bom. Não posso ajudá-la e sei que não devo. Mas se vocês se cruzarem, faça um favor para si mesma, e não confie nela. Ela deve estar desesperada para sair, então não a subestime. Não a ouça.”

Crystal assentiu, a sua expressão indecifrável. “Nossos caminhos não vão se cruzar.” Ela disse, pegando o papel da mão dele. Charles lhe olhou de um jeito estranho, como se subitamente soubesse de alguma coisa que ela não sabia. Mas o olhar durou um segundo, e já tinha desaparecido. “Obrigada.” Ela falou, parecendo realmente agradecida. Mas um olhar triste podia ser identificado em sua expressão.

Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas rapidamente mudou de ideia.

“Não farei mais perguntas. Sei que não vai as responder de qualquer jeito.” Ele se ajeitou em sua cadeira. “Só o que eu posso fazer agora é te desejar boa sorte.” Lhe lançou um meio sorriso.

Ela não conseguiu juntar forças para retribuir, e tocando o colar mais uma vez, despareceu, se desintegrando em pleno ar.


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Notas finais do capítulo

yooooooooo a cela da wanda é praticamente igual a cela do ward, na nova temporada. Só para ter um pouco de visualização. Muito obrigada por tudo gente, amo vocês S2