–Emmett não acredito que você esqueceu-se de colocar gasolina, e agora, o que vamos fazer me diz?- Dei um tapa na sua testa.

–Desculpa Bee eu esqueci!

–Serio, eu nem percebi!

–Bella e agora?

–Eu que te pergunto, idiota!- Passei a mão no cabelo.

–Quer um chocolate pra acalmar?- Encolheu os ombros.

–Demorou demais!- Ela se jogou pra trás, pegando a bolsa.

–Toma!-Peguei o chocolate de sua mão, e agora? O que vamos fazer? Esse lugar, se é que posso considerar um. Ele não tem nenhum sinal, mordi um pedaço da barra. Emmett a pegou da minha e a mordeu, ficamos assim até ela acabar.

–Bella estou com medo!- Ele me encarou com os olhos azuis arregalados.

–Também e se alguém nos sequestrar por sermos gostoso demais!- O olhei, fazendo um bico.

–PAAAAM!- Arregalei os olhos. O que foi isso? Nos encaramos.

–Bella!

–Emmett!

–AAAAAAAHHHHHHHHH!- Nos jogamos um no outro, bom, não foi legal, seus dentes bateram na minha testa, senti minha boca saindo do lugar. Ai porra isso dói. Gemi, passando a mão no boca.

–EUUU QUERO MINHA MÃEEE!- Emmett gritou, eu preciso gravar isso, mordi os lábios, meu rosto estava dolorido, culpa desse ser ao meu lado. Discretamente, liguei a câmera do celular e pus pra gravar, ele chorava que nem um bebezão. Mordi a bochecha pra não rir, bom não deu certo, explodi em gargalhadas.

–Eu aqui chorando e você ri, e se nos matar, me diz? Sermos gostoso demais pra isso, eu nem fiquei com aquela lourona ainda!- Me segurou pelo os ombros, sacudindo-me.

–Emmett calma!- Soluçou, passou a mão no canto dos olhos- Pode passar alguma alma caridosa e nos ajudar.

–Acho que esse lugar nem existe, como vai passar alguém!- O olhei erguendo uma sobrancelha.

–Como assim esse lugar não existe, Emmett nós nos perdemos?

–O que? Puff, de onde você tirou isso?- Falou sem me encarar, senti meu olho tremer, respirei fundo. Inspira, expira, inspira, expira. Eu não vou me descontrolar, eu não vou me descontrolar.

–EMMETT EU VOU TE MATAR!- Me joguei em cima dele, lascando várias tapas naquela cabeça enorme.

–Ai Bella, para esta doendo, ai para, ai...- Ele segurou meu pulso impedindo de dar mais tapas.

–Não fiquei assim, Okay? Acalmasse, quer mais um chocolate?- Assenti, respirei fundo, eu não posso me estressar, sabe como é, eu explodo e só doce é a cura, quer dizer não é como se fosse uma doença, estresse é uma doença? Oh Dios mio, eu vou ficar louca, eu não posso ficar louca, só depois de pegar o edilícia, ai sim, eu fico louca com prazer! Okay eu estou endoidando!

Olhei para o Emmett que estava demorando demais. Ele me encarou com os olhos azuis preocupados.

–Bella acabou o chocolate!- Sussurrou, respirei fundo.

–Não tem nenhum doce?- Perguntei ele negou, inspirei- E todo aquele doce que você trouxe?- Perguntei calmamente. Ele abaixou a cabeça.

–Eu comi!- Murmurou, respirei fundo.

–Okay!- Ele levantou a cabeça rapidamente, causando um estralo em si.

–Okay? Só isso?

–Emmett eu estou tentando me acalmar, dá pra você calar a boca?- Ele assentiu virando para frente.

O que nós íamos fazer? O burro errou o caminho, e por cima a gasolina acabou.

Olhei em volta, duvido muito que alguém passe por essas bandas, suspirei. Só era o que me faltava ficar aqui presa no meio do nada, um biquinho formou em meus lábios, senti meus lábios tremer, e meus olhos marejarem.

–Bella não chora, por favor!- Emmett me encarava, com um bico nos lábios. -Por favor!

Meus ombros começaram a tremer, e foi inevitável, lagrimas e mais lagrimas sairão de meus olhos.

–Bella para!- Abri o berreiro.

–E se nos sequestramos? E se-se a ma-mãe e o pa-pai nos achar? Eles vão nos matar, isso é sua cul-pa, agora eu não vou poder ficar com o meu aco-co-breadinho e você com sua lourona, não iremos nos casar e nem ter fi-fi-lhos, vamos ficar aqui e morrer de fo-me, iremos nos desidratar, ai só sobrarão nossos ossos, o bichichos vão nos comer, eu-eu não quero ser comida por bichichos, não quero- Solucei negando com a cabeça- E agora?- Tremi.

Olhei para o lado, partiu meu coração a cena que vi. Emmett tinha um bico enorme nos lábios, seus olhos brilhavam pelas lagrimas contidas, e seus braço estava cruzados.

–Oh judiação!- Me joguei em seu peito o abraçando, isso é tudo culpa do Barnei! Ele me abraçou, ficamos ali chorando, por um tempo.

Senti sua respiração se acalmar, o idiota tinha dormido, revirei os olhos. Grande irmão eu arrumei.

Por fim minhas lagrimas sessaram, voltei para o meu banco com cuidado para não acorda o Emm.

Peguei meu celular, isso meu celular! Nosso pai nos acharia, sorri de orelha a orelha, no túnel haveria uma luz, quer dizer haveria uma luz no fim do túnel. Os tuneis não tem luzes? Quando chegar em casa eu pesquiso.

Anotou Isabella.

Anoitei.

Olhei para o meu celular e bom, alegria de pobre dura pouco, não havia um pontinho, isso castigo por te escondido os DVD's do Emmett, ou ter comido a salada da mamãe, ou por ter quebrado o jarro e colocar a culpa no Emmett, qual é tecnicamente, foi ele! Se ele não tivesse gritado eu não me assustaria, nem pisaria no... Em nada, nem esbarraria no jarro, então sim, a culpa foi dele.

Meu paizinho do céu, perdoe-me por ter colocado a culpa no Emmett pelo os meus erros, mas de certa forma o que é meu é dele, então os erros também, traga-nos uma luz, obrigado, amém. E espera, não deixe nossos pais nos da umas palmadas, foi culpa do Emmett, que merece é ele, obrigada.

"Tudo que é dele, seu, então os erros também" Uma voz falou, prendi um grito em minha garganta, oshê, ta doido.

Olhei para o céu, não tinha uma única estrela, qual é?

Suspirei e relaxei o banco. Era a única coisa a ser feita agora!

–--xXx---

Algo iluminava meu rosto, coloquei o braço impedindo a luz de chegar aos meus olhos, esfreguei-os, espera ai uma luz? Tiro o braço de frente ao meu rosto de vagarinho, uma luz?

Eu pedi uma luz e o paizinho do céu atendeu. Obrigada.

–Ei!- Uma voz grossa disse.

–AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH- Gritei. Meu coração parecia que ia escapar, e sair correndo a qualquer momento, pelo menos ele teria sorte, a não ser que fosse um roubador de órgãos, é esse nome? Pesquisar quando chegar em casa.

Anotado?

Anotado.

Despertei por outro grito.

–AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH- Gritou a mesma voz, oh céus, vieram nos sequestrar.

–AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH- Gritou o Emmett, que supus ter acabado de acordar.

–AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH- Uma voz melodiosa gritou. Oh céus, os anjos vieram nos buscar também.

–Ei calma!

–AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH- Eles vão nos matar é isso, oh céus, por quê? Não pode.

–Shiu... Shiuu- Me balancei me acalmando- Viemos na paz!

Suspirei, o encarei franzindo a sobrancelha, tentando enxergar algo, ele parecia ser alto, e bonito muito bonito. .

–O que vocês fazem aqui no meio da estrada a essa hora?- Perguntou, atrás dele tinha uma mulher que parecia ser baixinha, não estava enxergando por causa da falta de luz.

–Nós perdemos e a gasolina acabou- Virei para o Emmett dando um olhar a laser, o queimando e tirando pedacinhos, se me desse fome eu comeria os pedaços depois, sabe sempre quis experimentar carne humana. Risada do mal.

Dei um tapa na nunca dele.

–Você ficou doido, e se eles forem nos sequestrar idiota, e ainda vão pegar todo o dinheiro que pegamos emprestado do papai e a mamãe!- Sussurrei gritando, isso existe!

–Não iremos sequestra-los, viemos dar ajuda.

Droga, e se eles quiserem o dinheiro, ainda bem que nunca iriam desconfiar da mochila do Pikachu.

–Você gosta do Pikachu?- Perguntou, juro que ele tava sorrindo.

Droga, falei em voz alta!

–Sim falou!- Ops. Ele riu, melhor gargalhou, eu poderia rir também, mais a situação não era agradável, diferente de mim o Emmett gargalhava pra todo mundo ouvir, tenho certeza que até os deuses escutaram agora.

–Emmett!- Sussurrei.

–Bom, estamos com pressa, não conhecemos aqui e queremos ir embora logo, você podem viz conosco!

Deus nos deu uma luz, então é melhor segui-la, respirei fundo, que deus nos proteja.

–Emmett acabou o doce mesmo!- Eu surtaria a qualquer momento.

–Não surta agora Okay?- Segurou-me pelo o ombro.

–Okay-Abri a porta, saindo do carro.

–Não poderemos levar o carro.

–Como assim? Não podemos deixar Amorazinha!- Falei triste, não podia deixar minha moranguinho. Ele me encarou confuso.

–Quem é Amorazinha?- Ele burro ou o que? Suspirei, eu tenho paciência e ela irá nos ajudar.

–É meu carro- Apontei pro meu Moranguinho, quer dizer Amorazinha, culpa do Emmett. Sim tudo é culpa dele. #Revolts, ai como sou retards.

–Bom meu amor não poderemos levar sua Amorazinha, teremos que chamar um reboque!- A mulher voz-melodiosa-de-anjo, falou. Senti meus olhos marejarem.

–Mas ela não pode ficar nesse escuro e frio, ela tem medo de escuro- Menti e fiz um biquinho, ela suspirou se aproximando e segurou minhas mãos.

–Querida ela terá que enfrentar os medos delas. - Suspirei.

–Vamos logo Bella, já peguei tudo!- Assenti, andamos até um carro que até então não tinha visto, o homem lindo abriu a porta para mim.

Que cavalheiro, não se faz mais homem assim.

–Sim querida, por isso me apaixonei por ele- A mulher voz-melodiosa-de-anjo falou apaixonadamente, minhas bochechas ganharam 50 tons de vermelho. Hum... 50 Tons de vermelho, o mais novo fenômeno, maior ainda que 50 tons de cinza, vermelho a cor da paixão e sedução, venham conferir! Isso é ótimo, vou ficar rica, preciso contar pro Emmett.

–Querida?- Corei mais 50 tons mais escuros, e entrei no carro, ele fechou a porta, dando a volta e entrando no carro. Com a luizinha ligada deu pra ver melhor suas características, e oh Céus, que homem. Parecia o irmão mais novo e mais bonito de Zeus, ele era loiro com os fios penteado para trás, musculoso, seus olhos penetrantes cinza azulados, me lembrava a alguém, agora é saber quem? Sabe como é, minha memória é de um elefante.

–Pra onde vocês iriam?- Perguntou ligando o carro.

–Itália.

–Texas.

Eu e Emmett nos encaramos.

–Texas? Bella você não falou pra Marie que íamos para a Itália?

–Puta que pariu- Corei alguns tons fora do padrão- Desculpa- Voltei a olhar para o Emmett- Eu falei aquilo, por que estávamos fugindo, FUGINDO, você me entende ou quer que eu desenhe?- Ele abriu a boca- Não responde. Você estava indo pra Itália de carro? Seu idiota!

–Qual é Bella você tinha que ter me explicado, né?- Bufou, avá, e a erada agora sou eu? Okay um pouquinho, droga, me aproximei um pouquinho dele.

–Memmett me desculpa?- O olhei sobre os cílios, fazendo um biquinho, ele virou o rosto- Vai ursão, eu prometo devolver seus DVD's...- Ops, ele encarou-me, seus olhos brilhavam raiva.

–Então foi você?- Apontou o dedo na minha cara, bom eu fiz algo que nem eu pensei fazer, eu mordi o dedo, só percebi o ato pelo o grito de dor vindo dele.

–Ops, me desculpe- Sorri amarela, indo pro outro lado do banco. O casal nos encarávamos pelo o retrovisor, corei.

–Hum- Limpou a garganta a moça voz melodiosa- Vocês estão fugindo por quê?

Suspirei

–Por que o Emmett queria assistir Barney, Puff quem gosta de Barney?- Revirei os olhos- Prefiro Bob Esponja ou O incrível mundo de Zac, quer dizer Gumball, então por isso nos atrasamos na escola, você acredita que o idiota já tinha assistindo aquele episodio?- Perguntei cética.

–Serio?- Assenti.

–Pois é, bom ai ele ficou cantando uma musiquinha chata eu tirei o cd e joguei fora, equivalendo isso - Apontei para minha testa- Ai eu quase matei meus sobrinhos, depois não sei como a diretora soube, e não deu pra evitar...- Fiz suspense, e olhei para o Emmett, ele sorriu.

–Ela contou para nossos pais, pois é, eu nem acreditei quando a Bella me contou, já que eu fugi da sala, bom a mamãe disse que se aprontássemos íamos morar com a tia bruxa, é do cão, tem uns chifres, que talvez possa ser que foi o marido dela que deu, e ainda tem uma rugas, gostosas- Uma mania de Emmett- arrepio só de pensar olha- Apontou para seu braço que estava com os pelinhos para cima, foi inevitável, puxei um, recebendo uma belo tapa na mão- Bom decidimos fugir, ai fomos para casa, pegamos pouco de comidas, a Bella descobriu a senha do cofre -Sorri, viu como sou ninja, dá até pra usar faixa preta, não isso é karatê? Sei lá- E bom a gasolina acabou e nos perdemos, sei lá como, a moranguinho já estava velha, então a culpa é dela, não a culpa é das estrelas- Revirei os olhos- bom é isso.

De repente ambos soltaram uma gargalhada estrondosa sabe? Porem era suave, eles realmente eram deuses, imagina um filho.

Nessa hora me veio o Edward na cabeça, aquele sim em, ai se eu pego ele no meu quarto, ou melhor na minha cama, em cima de mim, pode ficar em baixo também, não me importo. Sorri maliciosa.

–Bella!- Emmett estralou os dedos na minha frente.

–Oie?- Ele riu.

–Hum sua safadenha, tava pensando em besteira em!- Lá se vão meus 50 tons de liberdade. Fiquei vermelha novamente, fazendo-os gargalhar.

Olhei para a mulher em minha frente, reparando melhor nela. Ela é absurdamente linda, o rosto em formato de coração, os cabelos caramelos com fios cobres, caiam até um pouco abaixo do ombro, pequena, os olhos verdes foram o que mais me encantou.

–Belos olhos!- Ela sorriu.

–Obrigada, o seu também, parece chocolate derretido. - Sorri.

–Obrigada, mais mudando de pato para gato, quais são os seus nomes?

–Bom eu sou Esme, e meu marido Carlisle!

–Prazer Bella e Emmett!- Sorriu.

–Hum.. É c.a.r.l.a.n.h.o.s.?- Assoletrei.

–Não é C.a.r.l.i.s.l.e.- Ele assoletrou rindo.

–Atá- Ri.

–Você acham que seus pais estão preocupados?- Meus pais! Morri.

–Vocês tem chocolate, eu realmente preciso de um!- Eu sei que não pareço estar surtando, mais estou! Eu vou começar.

–Não querida não temos!- Sorri. Okay não surtarei.

Mamãe vai nos matar. Papai vai nos matar. Titia Bruxa vai nos cozinhar e da pros ratos. Eu não vou ficar com Edward gostoso. Eu vou morrer. Emmett vai morrer. A policia irá via atrás de nós. Eu vou morrer. Eu vou morrer.

Meu coração bate mais rápido.

–Bella não surta!- Eu vou morrer. Não vou surtar. Culpa do Emmett. Preciso de doce. Vou morrer. Preciso de doce. Não vou ficar com Edward. Não vou casar com ele. Não vou ter filhos com ele.

Sabe senti aquele cheirinho de queimado, acho que meu cérebro pifou.

Senti a escuridão me levar com apenas dois pensamentos, Eu vou morrer.

Espera... Dois pensamentos é uma frase? Ou uma palavra?

Pesquisar antes de morrer.

Anotado?

Anotado.

Por fim, a escuridão me tomou