Romances e mais romances (Country x Reader) escrita por Shiori


Capítulo 6
Antonio Fernandez Carriedo


Notas iniciais do capítulo

"- Como estás hermosa, (T/N)!- Antonio te disse, olhando para os teus olhos (C/O).
— Obrigada... Também estás bonito.

Sem saberem o que falar, ambos desviaram o olhar. Se estavam envergonhados? Oh, se estavam!
Alguém começou a tocar piano e Antonio olhou para ti, estendendo a sua mão.

— Dar-me-ias a honra de dançar comigo, mi princesa?
— Claro que sim, meu príncipe. - pousaste a tua mão na dele.

Começaram a bailar ao som da obra de Mozart, que era tocada com exactidão e perfeição. Nem eras a melhor dançarina, nem a pior, no entanto, Antonio movimentava-se de forma quase irreal, apaixonadamente. Olhavas para o rosto do espanhol, o sorriso cativante, os olhos brilhantes… Oh, céus! Estavas mesmo apaixonada!
Baixaste o olhar, numa tentativa de ocultar o teu rosto meio avermelhado. Tu nunca tinhas acreditado fielmente em amor à primeira vista. Mas…Como não ficar encantada com Antonio? Ele parece ser o rapaz ideal para todas as raparigas, o cavaleiro branco que sonhavas ter em criança, enquanto lias contos de fadas!"
Personagem pedido por @FairyInABottle e por @mikotomederella
Explicações sobre a demora nas notas debaixo, não me matem, entretanto ;u;
Boa leitura!



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Espanha x Reader ♥ Antonio x Reader

Reino dos tomates

Andavas e andavas pelas ruas de Madrid. Estavas cansada, com calor e sede. E perdida. Não entendias nada do mapa e quando perguntavas algo aos moradores da zona, o teu “espanhol” (que na realidade, era português com sotaque espanhol) não era suficiente para eles entenderem. Enquanto caminhavas pelas calçadas espanholas, viste um café com um placar a dizer “Reino de los tomates”. Achaste engraçado e decidiste entrar para beber água.

Abriste a porta e o sino desta toca. O lugar estava vazio, tendo só o barman. Viste o tal barman a olhar para ti, com um sorriso encantador. Os olhos verde olivais percorriam o teu corpo, como se estivesse a ver se eras real ou não.

Bienvenida!

– O-Obrigada- disseste automaticamente, encantada com o homem que estava por detrás do balcão.- Quiero decir... Gracias!- corrigiste automaticamente.

Sentaste num banco alto em frente do balcão. O espanhol olhava para ti surpreso, mas logo sorriu.

– Portuguesa ou brasileira?

– Eh?- ficaste surpresa ao ver que ele falava também português.- Sou (N). Sabes falar português?

– Sim, muchacha. Er... Sabes Olivença?

Ficaste a pensar no que era, mas acabas por lembrar. Olivença era uma região portuguesa ocupada ilegalmente por espanhóis, mas o que isso tinha haver?

– Sim.

Bueno, eu estudei lá. É isso! Estudei lá!

– Oh, sério? Como te chamas?

! E me chamo Espa... Antonio! É, o meu nome é Antonio. E o teu?

Como ele iria errar no seu próprio nome?, perguntaste a ti mesma, confusa. Mas logo pensaste que ele poderia ter traduzido mal inicialmente.

– Meu nome é (T/N).

Ele sorriu e foi à cozinha. Quando regressou, tinha uma taça com gelado em suas mãos.

Para usted!

– Oh, mas eu não pedi!

– Eu ofereço!

– Obrigada, então.

Ele pousou à frente de ti e entregou-te uma colher. Começaste a comer, maravilhada com o sabor.

– Hm!~ É tão bom!- comentaste, enquanto deliciavas daquele sabor achocolatado.

Me alegra de oírlo! Então, porque vieste a Espanha?

– Vim visitar. A minha melhor amiga veio cá e adorou, logo ela disse para visitar também.

– E ela veio contigo?

– Não. Ela teve que ficar e terminar umas coisas. Ela disse que no próximo fim-de-semana estará cá, então...

– Ficarás cá por quanto tempo?

– Duas semanas, supostamente.

Continuaram a falar e quando estavas a terminar o teu gelado, o sino da porta tocou de novo.

Bienvenido, hermano!– Antonio disse para o recém-chegado.

Olhaste para o outro e ficaste abismada com a semelhança. As únicas diferenças que vias era o cabelo castanho ligeiramente mais longo, presos num rabo-de-cavalo baixo com um laço azul do mar e um sinal por baixo do olho direito, que o deixava atraente.

– Boa tarde.- o tal irmão disse. Ficaste surpresa ao ver que era português.

Hermano! Hermano! Ela é lusófona como tu!

– Olá.- cumprimentaste timidamente.

– Olá. O meu nome é Afonso e o teu?- Ele perguntou ao se encostar ao balcão.

– (T/N).

– Antonio, vim avisar-te que a Carlota está insuportável. Ela está constantemente a pedir-me para te obrigar a dar-lhe aquilo. Não aguento ouvi-la mais a cantar as minhas músicas.

O Antonio suspirou pesadamente. A porta abriu-se novamente, num grande estrondo. O sino tocou com tanta força que nem sabias como não se tinha partido.

Padreeeeeeeeeee! Oh, há gente aqui? Estranho.

Olhaste para a dona da voz. Viste que era uma moça que aparentava ter 16 anos, olhos verdes e cabelo castanho cumprido. Não podias deixar de reparar no gancho com uma borboleta azul preso ao cabelo.

– Er... Hermano?

– Sim?- Afonso arqueou a sobrancelha, curioso.

– C-Cuida do café!

Ele tirou o avental e foi para frente de ti. Pegou na tua mão e começou a correr para a porta das traseiras contigo. Ficaste surpresa, mas foste com ele, sem pensares duas vezes. Ouviste o Afonso resmungar algo em bom som num idioma que desconhecias (na realidade, era mirandês). Mas não importaste com isso.

– A-Antonio?

?

– Por que... Estamos a fugir?

– Jajajaja! A Carlota quer uma coisa, pero eu não posso a dar.

– E é o quê?

– Não irias entender!

O que ela quererá?, perguntaste a ti mesma. Passou várias possibilidades pela tua cabeça, mas nenhuma iria chegar perto da verdade. Foi aí que notaste que vocês já estavam bem longe do café, mas ainda assim corriam de mãos dadas. Coraste até às pontas de cabelo.

– H-Hey! P-Podemos parar de correr?

– Oh, .

Ele parou e tu foste contra ele. Ele agarrou-te e começou a rir.

Lo siento!

– N-Não faz mal... Er... Porque me arrastaste?

– Não querias visitar Madrid? Eu serei o teu guia!- ele sorriu.

Não sabias porquê mas aquele sorriso fez o teu coração bater mais depressa.

– Sério? Obrigada desde já. - Agradeceste, tendo as bochechas um “pouco” vermelhas.

– Oh, estás vermelha como um tomate!

Com aquele comentário, fez-te ficar envergonhada. Colocaste as mãos nas bochechas, para oculta-las.

– É a tua imaginação, oras.- Comentastes logo depois, olhaste para um edifício bem grande.- Que edifício é esse?

– Hm? É o Palácio Real de Madrid.- ele informou-te, com um gracioso sorriso.

– S-Significa que os Reis vivem aqui?

– Não. Eles vivem noutro palácio! Preferiram um mais modesto do que este.

– Interessante!

Ficaste maravilhada com a beleza daquele edifício. Era bem grande!

– Queres entrar?

– Nós podemos entrar?

– Eu tenho os meus contactos!~

Ele agarrou na tua mão outra vez e arrastou-te até aos guardas, que reconheceram logo.

Señor Antonio!- Os dois guardas bateram continência.

Hola! He venido a mostrar el lugar para mi amiga, así que espero que no les importa.

Eles, simplesmente, deram passagem para ambos.

A riqueza era o que destacava no interior do Palácio. O uso de tipos de materiais nobres e a presença de obras de artistas famosos realçavam a tal riqueza. Sem falar das espantosas colecções Reais.

Olhavas para a grande escadaria em mármore. Esta tinha um único braço desde a sua base até ao primeiro patamar, onde se divide em dois braços paralelos com balaustrada, a qual está adornada com leões em mármore.

– Nossa… Só de ver isto, nem imagino o resto do lugar! Só de estar aqui, faz-me sentir como uma nobre. – Brincaste, enquanto giravas o teu corpo.

Olhaste para o tecto, que na realidade era uma abóbada, esta estava decorada com estuques brancos e dourados, além de belas pinturas religiosas.

– Então, que tal seres hoje uma princesa?

– Como assim?

– Bom, poderás vestir vestidos glamorosos, comer comida deliciosa e dançar com um príncipe!

– Príncipe? E quem seria ele?

– Posso não ser um, mas dançaria contigo com todo o prazer.

Um sorriso mais quente que o Sol, pensaste ao vê-lo sorrir.

– Então, aceitarias ser a mi princesa?

Ele estendeu a sua mão, à espera da tua resposta. Tu sorriste e pousaste a tua mão sobre a dele.

– Claro, porque não?

O espanhol ficou tão feliz, sem saber o porquê. Pediu para esperares um pouco e foi, a correr, para outra divisão, fazer alguns telefonemas. Ele depois avisou aos guardas que haveria convidados. Ele depois arrastou-te para um quarto grande e disse:

– Espera pelas fadas madrinhas, certo?

Balançaste a cabeça positivamente. Quem seriam essas fadas madrinhas?

Enquanto esperavas, exploraste o quarto. O quarto era lindo, de facto.

Hola!

Olhaste para a rapariga que acabara de entrar. Esta tinha cabelos castanhos longos, presos num coque mal feito, com uma rosa vermelha nele, olhos castanhos e pele queimada pelo Sol espanhol.

– O meu nome é Yolanda! Er… Disse bem, não disse?

– Sim, disseste bem.

Outra rapariga, de cabelos castanhos-claros que chegavam à metade das costas, olhos verdes e morena, informou.

– Olá, sou a Amália.

– Olá! Sou a (T/N)!

– Nós sabemos!~ Afinal, nós somos as tuas hadas madrinas!- informou Yolanda.

Olhaste para Amália que se moveu até ao guarda-roupa. Havia lá diversos vestidos, de várias cores, cada um mais bonito que o outro. Começaste a interrogar-te se merecias vestir tais véstias.

Yolanda aproximou-se da outra e ajudou-a procurar. Quando a madrilena encontrou algo de interessante, olhou fixamente para a lisboeta, que ao sentir desconfortável com o olhar, virou a cabeça para a outra e, depois, para o vestido que a outra segurava pela ponta. Numa “conversa” silenciosa entre gestos e olhares, foi aquele o vestido seleccionado.

– (T/N)!- Chamou Amália.- Já escolhemos o vestido! ‘Bora experimentar?

– Certo!- Respondeste logo de seguida, acordando dos teus pensamentos.

Começastes a vestir o vestido, na casa de banho do quarto. Assim que saíste da tal habitação, as outras duas raparigas ficaram encantadas.

Te ves muy hermosa!

– Verdade! Mas ainda falta alguns pormenores!

Estavas agora nervosa. Será que Antonio iria gostar do vestido? E-Espera! Por que estou preocupada com isso?, pensaste e logo continuaste. Eu conheci o Antonio hoje e, mesmo assim, fico com o coração a bater a mil, fico vermelha como um tomate e fico preocupada no que ele irá pensar sobre mim. Foi ai que descobriste finalmente. E-Estou apaixonada?

Hola, (T/N)? Estás aí?- Yolanda perguntou-te, preocupada.

– Estou!- Exclamada, assustada com a súbita aparição da madrilena.

Que bueno! A Amália foi avisar que estavas pronta!

Olhaste para o espelho. Ficaste contente ao ver que estavas linda com aquele vestido azul celestial com cauda de sereia, cujo lado esquerdo era aberto na parte baixo, mostrando a tua perna, e, em cima da abertura, estava um pano branco em estilo leque, juntamente com uma flor azul-claro. Giraste o teu corpo e observaste as tuas costas, estas estavam tapadas por uma capa azul transparente com pormenores a branco. Ao levantar a capa, conseguias ver que as tuas costas estavam nuas. Por fim, olhastes para as tuas mãos com luvas longas e brancas.

– O calçado é confortável?- Yolanda perguntou.

– Sim.

Calcavas umas sandálias rasas e brancas. Yolanda sorriu e pegou numa tiara que, prontamente, colocou na tua cabeça, juntamente com um gancho com uma flor e um pequeno paninho em leque.

– Posso perguntar uma coisa, Yolanda?

Por supuesto!

– Sabes como é estar… Hm…? Apaixonada?

– Claro. Alias, estoy enamorada por Amália!~

– Sério? E como soubeste?

Bueno, bueno! Eu e a Amália odiávamos de início. Sabes, o habitual conflito entre espanhóis e portugueses. De qualquer forma, um dia, descobri várias coisas sobre ela que nunca imaginaria e isso fez-me despertar um interesse por ela. E de interesse tornou-se amor!~

– Oh! Então, é por isso que estás a aprender português?

¿Cómo sabes que estoy aprendiendo portugués?

– Er… Porque misturas português e espanhol nas mesmas frases?

– Darias uma boa detective.- ela comentou.- Estou a aprender para não termos que falar em inglês ou em castelhano.

Nesse momento, a porta abriu-se. Amália entrou e tu notaste que ela estava levemente corada. Talvez tenha ouvido a conversa.

Mi amada Amália!~ -Yolanda exclamou e saltou para cima da outra, para a abraçar.

– Pára, sua idiota!- Amália simplesmente esquivou, fazendo a Yolanda dar caras com o chão.

Riste com a cena cómica.

– De qualquer forma, o Es... O Antonio está a tua espera, (T/N).

– C-Certo!

Yolanda levantou-se do chão e limpou a sujeira da roupa dela. Caminhaste até um dos grandes salões, juntamente com as outras duas.

Lá, estavam diversas pessoas, mas os teus olhos só observavam o Antonio. A camisa de folhos branca dele estava escondida pelo colete, cujo padrão era losangos brancos e verde água, de dobra e botões dourados, as calças brancas dele eram justas, realçando o dat ass dele e o seu longo casaco branco com dragonas douradas nos ombros e com botões também dourados, os punhos do mesmo tinham o padrão do colete. Por fim, ele usava botas castanhas e uma coroa pequena, digna de um príncipe, estava presente na cabeça do espanhol.

Coraste um pouco ao ver a reação maravilhada dele em ver-te. Desceste as escadas e Antonio se aproximou.

– Como estás hermosa, (T/N)!- Antonio te disse, olhando para os teus olhos (C/O).

– Obrigada... Também estás bonito.

Sem saberem o que falar, ambos desviaram o olhar. Se estavam envergonhados? Oh, se estavam!

Alguém começou a tocar piano e Antonio olhou para ti, estendendo a sua mão.

– Dar-me-ias a honra de dançar comigo, mi princesa?

– Claro que sim, meu príncipe. - pousaste a tua mão na dele.

Começaram a bailar ao som da obra de Mozart, que era tocada com exactidão e perfeição. Nem eras a melhor dançarina, nem a pior, no entanto, Antonio movimentava-se de forma quase irreal, apaixonadamente. Olhavas para o rosto do espanhol, o sorriso cativante, os olhos brilhantes… Oh, céus! Estavas mesmo apaixonada!

Baixaste o olhar, numa tentativa de ocultar o teu rosto meio avermelhado. Tu nunca tinhas acreditado fielmente em amor à primeira vista. Mas…Como não ficar encantada com Antonio? Ele parece ser o rapaz ideal para todas as raparigas, o cavaleiro branco que sonhavas ter em criança, enquanto lias contos de fadas!

– A pessoa que está a tocar é mesmo boa...-comentaste, encantada com a melodia.

– Pois é. O Rod é um pianista fantástico!

– Rod?

– Roderich é quem está tocar!

Ele apontou discretamente para o outro e tu olhaste, curiosa. O tal Roderich estava realmente sério a tocar. Voltaste a olhar para Antonio. Como era possível alguém ser tão carismático como ele?

O espanhol olhou para os teus olhos (C/O), parecia-te encantado com eles. Ah, até parece!, pensaste, um tanto pessimista. Eu não tenho nada de encantador. Em algum momento, a tua expressão mudou de alegre para desolada.

– Se passa algo, (T/N)?

– A-Ah! Não, não se passa nada!

– De certeza? Oh, já sei!

Como assim que ele já sabe?!, perguntaste a ti mesma. Eras assim tão fácil de ler?!

– Estás com fome, não é?

Oh, céus, ele é tão idiota. Começaste a rir baixo, mas logo paraste ao sentir o teu estômago a dar horas.

– É, estou com fome.

O rapaz simplesmente deu uma risada e fez um gesto para um loiro vestido de cozinheiro, que sorriu e entrou numa habitação.

Algum tempo depois, foi avisado que o banquete estava servido.

E, oh… Que banquete! Na mesa, só estavam presentes as entradas, mas na sala já exalava o aroma do prato principal vindo da cozinha. E isso só fazia ter-te água na boca.

Somente quando Antonio arrastou a cadeira da cabeceira da mesa para sentares, é que reparaste na sala em si. Era uma sala bem grande. Eram 3 divisões, separadas por colunas. O chão era coberto por tapetes vindos de Bruxelas, várias jarras de porcelana chinesas do século XVIII e peças da vila francesa Sèvres estavam espalhadas pela habitação. Nem é preciso comentar sobre os grandiosos candeeiros presos no teto.

Sentaste na cadeira que Antonio arrastara para ti e ele sentou-se no teu lado esquerdo. Mais gente sentou-se à mesa e começaram a petiscar. Começaste a petiscar também, assim como o espanhol.

Os aperitivos terminaram e o prato principal entrou. Ah, como tinha um bom aspecto! A refeição fora maravilhosa. Entre risadas e conversas, conheceste alguns amigos de Antonio, que se atreveram a falar contigo. Foi uma boa experiência, não arrependeste nada de ter vindo até lá e conhecer Antonio.

Tu e Antonio caminhavam juntos. O espanhol oferecera-se para levar-te ao hotel em que estavas hospedada. A conversa era aleatória, falavam de opiniões sobre coisas ao calhas. Apesar disso, achaste-a agradável e interessante, era bom conheceres mais sobre Antonio.

No entanto, tudo que era bom acabava. Chegaram ao hotel e tu olhaste para o edifico com certa tristeza.

– Ah, parece que é tudo por hoje. – comentaste.

– Realmente. - começou o espanhol, com o seu sorriso cativante. – Mas há sempre um amanhã, não é?

– Pois há! – respondeste, com a tua animação normal. Tinhas que ser positiva, claro.

– Espero que amanhã venhas ao meu café, para assim nos vermos de novo. – disse Antonio, mas tu viste nos olhos dele que aquilo era um pedido sincero.

– É claro que irei.

Com tais palavras, fechaste um acordo silencioso, uma promessa sagrada e importante para ambos.

Será que o café dele estará aberto de manhã?, perguntaste a ti mesma, enquanto caminhavas pelas calçadas madrilenas. Incerta, tinhas saído logo de manhã, na esperança do café do outro já estar aberto. Bem podias estar na cama ou ver televisão no hotel, mas não. Estavas ansiosíssima! Querias ver o mais rápido possível Antonio. No teu rosto, foi pintando um sorriso, ao ver que o café estava aberto. O sininho da porta anunciou a tua entrada no estabelecimento que estava com certo movimento, a maior parte das pessoas eram idosas. Reparaste que havia um grupo de idosos a jogar o jogo da sueca. Achaste estranho, afinal, esse jogo só era jogado em alguns países lusófonos.

No entanto, viste Afonso lá no meio, a jogar também. Provavelmente, fora ele quem ensinou tal jogo. Olhaste para o balcão, onde estava Antonio que observava-te com um sorriso puro, coraste logo de seguida.

Hola!

– Olá.- cumprimentaste, um pouco tímida. Aproximaste e sentaste num dos altos bancos, com cuidado para não caíres. – Hoje há mais gente.

– É sempre assim de manhã! ~ - o espanhol informou.- À tarde, a maior parte das pessoas dormem a siesta! Alias, geralmente, os estabelecimentos fecham no período da tarde.

– Sério? E porque ontem o teu café estava aberto?

– Ah, isso é porque o meu hermano vinha passar alguns dias comigo. - começou Antonio, apontando para seu irmão, nada discretamente.- Ele vem sempre por causa do evento de sueca que organizo.

– Oh, porque organizaste esse evento?

– Foi ideia do Afonso, ele disse que o lugar estava morto. - contou, enquanto cortava ao meio uma laranja.- Eu pedi sugestões e ele disse “sueca”. Basicamente, com isso, só atraí alguns emigrantes portugueses, mas a notícia propagou-se por aí e várias pessoas vieram. - espremeu uma parte da laranja no espremedor, extraindo o liquido. Fez, de seguida, o mesmo com a outra parte – Decidi fazer isso todos os anos, por volta desta data.

Olhava para as mãos de Antonio, com vontade de agarra-las e tocá-las. O som do baque do copo no balcão assustou-te e por pouco não caias.

Para usted!

– Ainda irás falir por causa de estares a oferecer-me sempre algo.- brincaste, agarrando o copo. O sumo de laranja tinha uns cubos de gelo, perfeitos para fazer-te esquecer do calor de lá fora. – Obrigada.

O espanhol simplesmente riu, colocando a sua mão em cima da tua cabeça.

– De nada, hermosa!

O teu coração começou a bater com mais força. Sentias o teu rosto a queimar. Bebericaste um pouco, para disfarçar. Ah, como queria ficar mais perto dele!, desejaste na tua mente. Seria algo fantástico, na tua opinião. Foi aí que tiveste uma ideia.

– Antonio?

?

– Será que posso ajudar-te aqui no café? – perguntaste e, ao veres a falta de reacção do outro, continuaste. – Er, sabes, eu não tenho nada para fazer de manhã e, quem sabe, na parte da tarde, podíamos passear… Ah, é claro que não precisas de pagar!

O espanhol continuava sem reacção e começavas a ficar preocupada. Porém, o outro começou a sorrir e, num ato quase automático por parte ele, colocou a sua mão na tua bochecha.

– Eu não me importo, alias, serás de grande ajuda.

Sorriste e logo de seguida, ouviste alguém a pedir uma taça de tinto. Percebeste, pois fora dito em português. Olhaste para o tal cliente, que se sentava na mesa onde se disputava o lugar de vencedor na sueca, era um idoso que parecia estar-se a divertir com o jogo.

– Eu atendo.

– Certo, (T.N)!

Ele entregou-te uma taça com tinto e foste entregar ao senhor, que agradeceu e pagou.

– Oh, (T.N) – falou Afonso. – Tudo bem? Eu não tinha reparado em ti, peço perdão por isso.

– Sim e tu?- sorriste, Eles podem ser parecidos na aparência, mas na personalidade têm diferenças marcantes, pensaste. – Não te preocupes com isso.

– Também estou bem.

Um dos jogadores pediu para que Afonso jogasse e, com isso, tu saíste de perto, voltando para perto de Antonio, entregaste o dinheiro logo de seguida.

– Foi até fácil! – comentaste, sentando outra vez no banco.

– Sim, é. Mas às vezes é complicado. - Antonio comentara.

– Ai é?

– Sim. Há dias que há muitas pessoas e elas ficam impacientes, ora.

Ficaram a falar sobre diversos assuntos, desde de dicas até tomates. Uma conversa bem variável, se queres saber. O teu sumo, entretanto, acabou.

– Queres mais?

– Não, obrigada.

Ouviram cadeiras a serem arrastadas e, então, souberam que o jogo de sueca terminara. Afonso e senhor Manuel –era quem estava na equipa de Afonso – tinham ganhado todas as partidas. Antonio comentara contigo que Afonso ganhava sempre – ele era um óptimo jogador, visto que já eram muitos anos de experiência. Estranhaste, claro. Os outros jogadores eram mais velhos que Afonso, com toda a certeza…

Balançaste a cabeça, na tentativa de afastar esses pensamentos.

– (T.N)? – Antonio chamou-te e tu olhaste para ele. – Queres almoçar connosco?

– Oh, sim, se eu não for um incómodo!

– É claro que não és!

Já passara uma semana e a tua relação com Antonio parecia-te um conto de fadas. Adoravas a companhia de Antonio, era incrível, um rapaz perfeito aos teus olhos. No entanto, reparaste uma coisa nessa semana: por ser um rapaz bonito, tinha imensas fãs… Pois é, durante essa semana, algumas raparigas vinham ao café e, ao serem atendidas por ti, tratavam-te de uma forma rude, pedindo para que fosse o espanhol a atende-las. Aquilo irritou-te, claro! Sempre que estavas prestes a partir em cima dessas fãs, Antonio chegava e acalmava-te, com aquele sorriso, muito mais sincero do que daqueles que usava com as fãs.

Bom, estavas no aeroporto de Madrid. Esperavas, então, pela tua amiga, (N.MA). Assim que a viste, chamaste-a.

– (T.N)! Então, como foi estar aqui na Espanha?~ Encontraste algum rapaz bonito para engatar?

– Engatar? – coraste. – Para engatar não, mas…

– Oh! –(N.MA) entendeu o que se passava – Tens que contar-me pormenores, (T.N)!

Ela agarrou nas tuas mãos e olhou para os teus olhos, como se estivesse a pedir um juramento. Concordaste em silêncio e pouco tempo depois, já estavam no hotel.

– Então, quem é o sortudo?~ Como se chama? Como é?

– Uma pergunta de cada vez!

– Ah, certo. Mas conta tudo!

Começaste a contar-lhe desde dos primeiros segundos que estiveste em contacto com ele até a manhã daquele dia.

– (T.N)…- a tua melhor amiga chamou-te, num murmúrio.- ELE GOSTA DE TI!

– E-Eh! É impossível!

– É possível, sim, oh! – ela exclamou, animada. – Ele leva-te para um palácio, dá uma festa em tua honra, protege-te de raparigas sem cérebro… Ele está apaixonado por ti!

Coraste imenso. Se Antonio estivesse ali, teria dito que parecias com um tomate. Não evitaste sorrir, de forma boba, mas apaixonada.

– Vai confessar-te!

– Q-Quê?!

– Foi o que ouviste! Tu só tens mais uma semana para ficar com ele!

– Mas…!

– Nem “mas”, nem meio “mas”!

Por fim, cedeste… Irias confessar-te a ele, a bem ou a mal! Foste acompanhada pela (N.MA) até a casa de Antonio, tocaste a companhia e, por medo, querias correr dali para fora, mas não: (N.MA) agarrava-te, para não fugires.

Antonio abriu a porta e sorriu ao ver-te.

– (T.N)! Hola! – ele abraçou-te, sem reparar na (N.MA).- Ah… Olá, menina…

– Huhuhu, olá. – cumprimentou ela.- Eu vou ter que ir, prazer em conhecer-te, Antonio!

– Igualmente…?

Viste a outra a ir-se embora. Estavas sozinha com Antonio, os teus nervos estavam à flor da pele.

– Ah, ela é a tal amiga que me falavas?

– Sim… Bom, e-eu tenho uma coisa para dizer-te…

Antonio olhou para ti, curioso. No entanto, com aquele olhar penetrante, ficavas ainda mais nervosa e vermelha. Olhaste para aqueles olhos verdes olivais, eram tão brilhantes.

– Bom, irás achar estranho, visto que só conhecemo-nos a uma semana e, enfim, o que tenho para contar-te é… Tipo, eh, sabes, eu… Eu…- Ficaste atrapalhada com as palavras, ação que o espanhol achou fofa. - Eu… Gosto… De ti! Gosto de ti, mais do que…- paraste e ficaste a pensar no resto da frase. - Do que tu gostas de tomates! É! Eu amo-te!

Assim que acabaste a tua frase, desviaste o teu olhar para o chão. Sentias-te mais leve, aliada por teres confessado.

Não ouviste a resposta do outro, sentiste os braços dele a envolverem-te, carinhosamente. Não tardou muito para ele beijar a tua testa.

– Que hermosas palavras, (T.N). Yo te quiero mucho.

Ele afastou-te um pouco, para assim olhar para os teus olhos (C.O).

– Se pudesses viver para todo o sempre comigo, aceitarias?

De inicio não entendeste que irias responder a um juramento, no entanto, sorriste e respondeste com a tua sinceridade. Antonio, satisfeito com a tua resposta, beijou-te.

Em algum tempo, tinhas mudado para Espanha e vivias com Antonio. Como todos os contos de fadas acabam: “e viveram juntos para sempre”. Literalmente.


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Notas finais do capítulo

Er... Olá? ;u;
Ok, vocês devem estar a pensar "oh meu Deus, ela está viva!", eu tenho que pedir imensas desculpas pela demora ;u;
Irei explicar: se a minha pessoa já é preguiçosa durante as férias, imaginem quando ela está em aulas! Eu fico ainda mais! Q Estranho, mas a culpa é do tempo. Tempo de chuva, de frio e de "eu só quero estar na cama, pois é quentinha" é o verdadeiro culpado! ò.ó Ok, ok. Na realidade, sou uma decepção :v
Agora, sobre esta Reader Insert, eu já estou a usar o novo design do Porty QQ E sim, eles são países aqui. E sim, a leitora no final vira imortal. Agora, vocês devem perguntar "como?!". Bom, foi um HeadCannon que uma vez li e isso deu-me a ideia. Os países têm o "poder" de manter um ser imortal, geralmente animais. Ah, Amália e Yolanda são personagens de uma outra fic minha. Carlota também, mas ela ainda não apareceu Q Bom, Carlota representa Barcelona, que é a capital da Catalunha, que, devem saber, quer independência (alias, numa das manifestações, eles cantaram "Grândola, Vila Morena", uma musica portuguesa, daí Portugal reclamar que ela anda a cantar as suas músicas), Amália é Lisboa e Yolanda é Madrid, e sim, eu as shippo. Na realidade, eu shippo a Lisboa com três OC's meus :v Madrid, Coimbra e Porto Q
Bom, o próximo é Lituânia, eu juro que tentarei postar rapidamente!
Bye, fiquem com as traduções! E não me matem ;u;

Reino de los tomates- Reino dos tomates; espanhol.
Bienvenida- Bem vinda; espanhol
Quiero decir... Gracias- Quero dizer... Obrigada; espanhol
Muchacha- Menina; espanhol
Bueno- Bom; espanhol
Sí- Sim; espanhol
Para usted- Para ti; espanhol
Me alegra de oírlo- Alegra-me ouvir isso; espanhol
Bienvenido, hermano- Bem vindo, irmão; espanhol
Padre- Pai; espanhol
Pero- Mas; espanhol
Lo siento- Desculpa; espanhol
Señor- Senhor; espanhol
Hola! He venido a mostrar el lugar para mi amiga, así que espero que no les importa.- Olá! Vim mostrar o lugar para a minha amiga, então espero que não vos importeis; espanhol (By the way, o Google Tradutor inicialmente traduziu "amiga" para "novia", que é namorada em espanhol xD)
Mi princesa- Minha princesa; espanhol
Hadas madrinas- Fadas madrinhas; espanhol
Te ves muy hermosa- Estás muito bonita; espanhol
Que bueno- Que bom; espanhol
Por supuesto- Claro que sim; espanhol
Estoy enamorada- Estou apaixonada; espanhol
¿Cómo sabes que estoy aprendiendo portugués?- Como sabes que estou a aprender português?; espanhol
Mi amada- Minha amada; espanhol
Siesta- Sesta, espanhol
Yo te quiero mucho- Eu amo-te muito; espanhol



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