Conspiração escrita por sthefany Dubrinsky


Capítulo 2
“A vida faz de nos esboço do que já fomos e acaba nos tornando o que nunca acreditamos.”


Notas iniciais do capítulo

depois do capítulo anterior, a vida de Safira dá uma nova guinada e novos rumos fazem a garota se perder na solidão e no medo... Leiam e comentem!



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“A vida faz de nos esboço do que já fomos e acaba nos tornando o que nunca acreditamos.”

Acordei às seis horas, andei pela casa vazia, chamei madame e meu motorista, ninguém não havia ninguém, e quando me dei conta todos estavam mortos.

Acordei agora era real, estava com a minha camisola branca de seda de alças, faltava quinze minutos para meu despertador tocar o silenciei e fui ao banheiro, minha farda já estava na cadeira, passada como de costume, desce e a mesa já estava posta.

– se levantou mais cedo hoje, algum pesadelo?

– nada que queira mencionar.

– assim como você não quis com as suas pretensões de ontem à noite.

Ela jamais se esqueceria de ontem à noite, mesmo que eu estivesse velha e gaga.

– eu sinto muito.

– senti muito, você me preocupou, você burlou as leis, criou um esquema sórdido e fugiu de casa, acabou com a minha confiança em você, Safira e sem mencionar que se colocou em perigo.

– você tem toda razão, eu irei medir mais os meus atos e as minhas consequências.

– não são seus atos e nem suas consequências é o que você se torna ao pratica-las.

Comi meu café da manhã calada, o que poderá dizer depois do que ela disse, desculpa, ela não era uma mulher que aceitava desculpas facilmente.

Sebastian me esperava no carro quando entrei, passamos o caminho todo calados e ele olhando pelo retrovisor até criar coragem e falar.

– você criou um holograma seu?

– sim.

– aonde aprendeu?

– ainda não aprendi, é do ultimo período, li um pouco sobre nas férias.

– você apenas leu... Estou impressionado consegue fazer isso comigo, estou pensando em fugir uma noite dessas.

Eu rir foi inevitável e ele também até endurecer a expressão e fazer o papel de pai solicito.

– estou feliz pelo seu avanço, mas tome cuidado com as escolhas que você toma o mundo não é mole, ele é severo e a muitas pessoas más nela é arriscado sair à noite sem um adulto, é arriscado até sair sendo adulto, o que estou querendo dizer é que pense bem antes de agir você pode se machucar.

Concordei com a cabeça, Sebastian, era um homem sensacional, sabia dar ótimos conselhos.

Na classe o assunto de Lara não era outro, além da injustiça que seus pais a imporão, sem celular, sem internet, sem mesada, sem passeios ao shopping depois da escola, sem sair com as amigas ou os pretendentes e sem viagens que para ela foi o pior, não sabia que ela tinha tanta coisa, eu não tinha mesada e ganhara uns dados de recarga financeira todo o mês paras despesas pessoas que não era muito, agora o notável foi o tempo indeterminado que foi o mesmo para Benjamin e Greg pelo menos para o Benjamin o Greg nunca ficava de castigo, ele sempre burlava a lei do governo só que não era pego até agora o que sugeria que burlava o de seus pais ainda mais.

Depois da escola a minha casa me aguardava, fiz meus deveres e um castigo extra, limpei e arrumei meu quarto, nunca fiz isso, por isso fazia parte do castigo.

Notei que madame, estava aflita, mas não parecia ser comigo, quando a perguntei o assunto passou para mim que recuei e seguir aos meus afazeres.

Um dia antes...

Depois de ter cruzado com aquela garota, meu coração se encheu de pesar, eu costumava ser assim, entusiasmado, brilhante, atento, porém numa base do normal, ela mal olhou para os papeis e pareceu resolver o problema e agora que eu analisava, os gráficos no computador, pareceu ser tão simples como ela fez parecer, fiquei pensando nela naquelas horas, nos seus olhos azuis e seu cabelo negro constatando com sua pele clara, meu deus, era uma criança e eu já era um homem, mas não que a desejasse como mulher longe de mim, era que ela é... Surpreendente.

Terran entrou a porta com seu terno cinza e sua pose de dono do mundo, qualquer Braven era assim, ele não era diferente, queria resultados, coisas novas, lucro... Lucro, no fim o que ele queria era o mundo e aniquilar os que eram contra isso.

– o que o senhor Flint tem para nos hoje, melhorou o seu protótipo?

– na verdade, achei o erro que impedia os efeitos.

A tela apareceu no vidro da parede da sala de meu escritório. Ele olhou e analisou por alguns segundos, Terran não era um dos mais brilhantes dos homens, porém era perspicaz.

– probabilidades de falhas?

– 3%.

– então teste hoje!

Saiu de minha sala tão rápido quanto entrou, já sabia para onde iria a seguir. Cruzou o corredor e foi ao centro do mundo, era lá onde havia as reuniões mais importantes, só fora lá duas vezes e até hoje temo entrar de novo.

– desculpe pai à demora.

– sente-se Terran.

A mesa retangular era de vidro em aspecto azul escuro, a sala toda era um tanto escura no centro da mesa, um holograma do mundo era representado com algumas marcações e muitos pontos brilhantes que se apagavam e se acendiam. Sentado a mesa estava o senhor presidente e chefe da família Jackon, tinha um rosto quadrado e descia triangular até o queixo, andava sempre bem vestido e mesmo sendo velho não aparentava comia comidas balanceadas e fazia mais cirurgia a cada ano com uma aparência de um belo homem de quarenta anos com seus cabelos negros penteado para trás, também havia Demetrio que tinha 1,90 era magro, porém musculoso e calculista, tinha a expressão de confiança com sua barba bem feita, seu cabelo penteado para trás castanhos, cor de mel assim como seus olhos, Phillip logo depois era mais velho que Demetrio e o primogênito mais um pouco mais explosivo que ele, um dom que não tinha era paciência, seu cabelo era negro como de seu pai seus olhos também e impecável em seu terno preto, casado com Barbara e tinha um filho de seis anos, e um caso com sua secretaria Susan, Terran era perspicaz, mais novo de Demetrio, tinha cabelo um pouco mais cheio penteado de modo social de cor castanho médio, seus olhos eram verdes, tinha uma barba roliça e namorava com uma socialite, Anik e Tomoya eram os genros casados com as irmãs Braven e adepto ao sobrenome das esposas. Vilma esposa de Anik, era inteligente, loira de olhos azuis de cabelo curto e bio química, já Stela casada com Tomoya, um japonês de família pobre, morena de longo cabelo escuro era jovem e imatura, além de viver à custa do pai, porém apaixonada pelo marido e como era a caçula convenceu o pai a pô-lo na empresa, Jaden era o mais novo dos homens e o que menos se importava com a empresa, mas era ambicioso, com seus cabelos ondulados que desciam a nuca, olhos castanhos, com 1,80, solteiro e baladeiro, não era um dos filhos mais queridos do pai.

Anik e Tomoya, representavam as suas mulheres no conselho, porém pouco opinavam.

Phillip se levantou para apresentar o caso, andando pela sala.

– convocamos essa reunião, para comunicar que um traidor de mais alto grau foi descoberto, senhor John Thompson que está morto...

– então o matou sem retirar mais informações Phil. Diz Jaden.

– se parar para me ouvir irmão, vai parar de fazer perguntas.

– prossiga Phil! Ordena o pai.

– analisamos seus computadores, nas ultimas horas e contas secretas, ele mantinha uma organização rebelde, porém os chips com as coordenadas bancarias eram privadas e sem registro, assim como os receptores dessa.

– por tanto não chegou a nada. Conclui Terran.

Demetrio entra na conversa. – na verdade, descobrimos uma ligação misteriosa aos Groom e transações financeiras com o mesmo, parecia que ele administrava a conta e depositava também nela, não havia registros legais e isso só era feito em computadores de memorias descartáveis.

– como descobriram e podem ser provados? Pergunta o pai.

Phillip responde, abrindo algumas anotações no computador. – acontece que as memorias foram encontradas no lixão, mobilizamos uma equipe grandiosa para procurar os vestígios, a muito documento danificado, contudo Thompson possui parte de nossa empresa, além de ter sua própria e ser parceira de várias outras, as provas que anexamos não são relevantes para que tomemos seus bens.

– ele não tem filhos legalmente? Pergunta Jaden.

– ai que esta, a família Groom, era sócia dele e a um documento comprovando que em caso de falecimento de senhor Thompson os bens passam a ser deles e estão nos parâmetros legais internacionais sem poder ser alterados, é muito rica tem muitas propriedades, sócias de varias empresas e tem uma herdeira denominada Safira Groom, órfã dês de seu nascimento.

– então sugere que ela é um risco aos nossos planos. Ainda ambicioso sugere Jaden.

– é uma criança de quatorze anos, porém tem as maiores medias dos últimos dez anos do centro de tecnologia para jovens cientistas, é adiantada e logo vai terminar o curso.

– seus guardiões legais? Perguntou o pai.

– nasceu emancipada, pois a mãe ironicamente alegou a emancipação da filha quando estava gravida de quatro meses, porém pela lei tem que estar sobre proteção de maiores legais até completar a maioridade e com isso ficou sobre o dever de sua governanta.

– a mãe a emancipou quando estava gravida de quatro meses? Há quantos registros dessa época?

Era incrédulo demais para Jackon.

Demetrio. - não muito, tudo referente foi queimado ou perdido.

– possuem o endereço da casa da garota?

Terran pergunta enquanto folhei as paginas com as informações sobre a menina.

Phillip entediado. - sim, ela mora distante do centro, em uma excelente propriedade, pelo que as câmeras sugerem só vem à cidade para a escola e passear no shopping com os amigos, hoje mesmo ela foi detectada pelo circuito daqui, mas não é habitual, pelo que parece é uma adolescente admirável, sem passagem pela policia, sem histórico displicente na escola.

Terran analisa e da um longo bocejo. – parece à filha que todos os pais pediram, a média dela só tem um 9,5 e há três anos, como baixo, honras ao mérito e mais cursos que uma pessoa normal, praticamente foi criada para ser um super gênio.

– mandem uma equipe para casa da garota, adquiram provas, tudo sobre a família, computadores e informações dos funcionários, capturem a garota e leve em segurança para policia e faça sugerir que rebeldes invadiram a localidade, depois matem todos os funcionários quando a garota não estiver presente, incendei tudo, mas antes prepare um documento passando a guarda de proteção para nós, e até ela completa a maioridade decidiremos se ela vive e se ela morre. Foi o veredito do pai, então todos parecem pegar sua papelada e se retirar até Terran sentado se pronunciar.

– mas se ela morrer, o governo ira controlar os bens e todos sabem que podemos controla-los, mas aqueles bobos são ambiciosos demais e teremos inimigos para todos os lados querendo tomar o que é nosso, não podemos matar todo mundo.

– então é simples, case-se com a garota em seus dezoito anos, que é a idade permitida para o casamento e consuma para se tornar oficial e tempo depois a matamos.

Agora o pai sai e Terran ainda parece chocado com a ideia, Phillip chega e entrega uma foto impressa da garota com a farda da escola segurando seu premio na mão.

– observe sua futura esposa, acho que vai ter que espantar os monstros no seu guarda roupa por certo tempo, mas não acho que vai ser complicado e nem necessário mata-la é somente manda-la a um curso e se estiver entediada de doces.

A sala se esvaziou e o teste de analise foi muito bem sucedido, a mansão Braven, foi organizada para receber a menina e um quarto de hospede foi escolhido, próximo a de Stela que ficou animada para recebê-la.

– quando será a operação?

Terran perguntava ao pai, antes da hora do jantar, aonde sentavam todos para relaxar em mesas de bilhar e conversar sobre novas propostas enquanto bebericavam um vinho.

– ansioso para receber a sua noiva, meu irmão.

Terran cerrou os olhos e ouviu seu pai o responde-lo.

– amanha a noite a noite, pelos dados a garota dorme cedo, seus horários são rígidos, totalmente controlado o que deveria ter feito com vocês.

– mas, não fez porque nos ensinou a controlar e não a ser. Jaden esparramado no sofá lendo seu livro fala ao folhear o livro.

– acha que ela pode ser controlada por nós tão facilmente.

Terran era assim, desconfiado.

– eu não sei, filho, diga você, o que acha que faz uma pessoa que aprende a seguir ordens á vida toda sem pestanejar?

– continua a segui-los.

– mesmo assim, iremos a analisar, se ela se demonstrar uma ameaça, ela morre e antes disso descobriremos como tomar tudo.

Na noite seguinte...

A noite seguia fria na casa Groom, Safira foi se deitar cedo, enquanto todos se preparavam para dormir, até que um movimento começa a ocorrer no quintal e se aproxima, a governanta é informada por seus sensores de movimento que a casa ira ser invadida, ela correr pelos corredores ainda de camisola, vai até a garota serena que dormia tranquila na cama e a desperta agoniada.

– querida, levante-se!

Safira a olha ainda sonolenta, mas se levanta da cama.

– o que ouve, o que esta acontecendo?

Ela se vira para acender a luz, mas ela a interrompe.

– não fale nada, não ligue nada e não faça barulho, não devemos confiar em ninguém apenas me siga... Sem perguntas!

Segurou o braço dela forte, e entregou-lhe a jaqueta de couro que vestiu rápido, andou até um escritório antigo e abriu um compartimento secreto, na estante de livros, Safira olhava para todos os lados e se perguntava o que se passava.

– tome isso!

Ela lhe entregou uma bolsa grande e uma pasta metálica bastante pesada tanto que teve que segurar nas duas mãos.

– mas eu não entendo.

Sua voz saia embaraçada e sem força, temendo o que estava acontecendo.

– Safira, seja forte, você precisa viver seus pais não arriscaram tudo para que um dia a visse nas mãos de pessoas erradas ou morta.

Seus olhos se arregalaram, ela ouvira bem, morta.

– ouça, bem, o que irei falar, siga o corredor até que a luz desapareça por completo, abra a bolsa e dentro dela terá alguns suprimentos, roupas e uma lanterna para não se perder, siga o mais rápido possível e não olhe para trás e de maneira nenhuma olhe para trás, quando tiver saído do túnel, siga pela floresta, dentro da bolsa a um saco de dormir e uma barraca de acampar tecnológica, que não será problema para você montar, durma em um lugar seguro e não faça fogo, sei que sabe por que já acampou antes, a um aquecedor ai dentro e permaneça dentro da barraca, por toda a noite no dia seguinte ande para o norte, dois quilômetros e saberá que esta próxima quando ouvir o rio, use a bussola e se oriente pelo mapa digital que esta também na bolsa na parte de frente, quando chegado esses dois quilômetros, abra essa mala, e aperte o localizador, já está programado para irem buscar você e quando vierem o siga e sem perguntas, Safira, faça tudo como mandei e não se comunique com ninguém a partir do momento que estiver nesse túnel e por toda vida, com ninguém nenhum de seus amigos e nem tente nós.

– madame...

Era inevitável... Meus olhos se encheram de lagrimas, alguma coisa dizia que a jamais veria novamente.

Ela olha para o seu celular que começava a apita, me empurra para dentro do túnel e grita.

– ande o mais rápido e agora!

Corri como uma garota assustada, meus olhos caiam lagrimas ao monte, corri... Corri e parecia que o túnel nunca acabava, ofeguei uns instantes a minha camisola de seda já se grudava ao meu corpo, parei e cair pesada no chão, estava com medo, estava temendo por Madame, por Sebastian, eu jamais os veria, algo sombrio falava aos meu ouvidos que o jamais teria de volta, puxei a bolsa e peguei a garrafa de água dando longos goles, eu não posso dizer nada, eu nem me despede estava perdida demais, em meus medos no fato de saber o que ocorria que não disse nada útil ou um simples adeus, é impressionante perceber que você nunca disse algo mais profundo a uma pessoa como, por exemplo, o quanto a amava até a perdê-la, afastei os pensamentos enxuguei as lagrimas e repeti a mim mesma, eu sou forte... Eu sou forte, puxei a lanterna já estava escuro, andei um pouco mais e pude ouvir um pouco de carros, passei a lanterna pela parede que estava fechada, totalmente lacrada a empurrei e nada, então seguir a mão arrastando-a pela parede até algo pontudo me espeta e retirar um pouco do meu sangue, olhei para minha mão e apontei a lanterna para aquilo, que parecia ser um prego, a coisa desceu carregando meu sangue consigo, entrou numa abertura imperceptível e logo depois a porta se abria em minha frente.

Eu fiquei abismada, nunca vi algo assim antes uma porta que abre com sangue, era um tanto macabro, mas eu ainda voltaria para estudar isso. Logo à frente a escuridão inundava o mundo, a cerca de uns cem metros uma pista rudimentar era a única coisa moderna a onde passava poucos carros, me esgueirei nas pedras a minha frente, a floresta não estava longe, porém aqui fora era frio, minha camisola branca me traia na escuridão passei a jaqueta de couro por entre os braços, era a jaqueta de meu pai, me agarrei a ele e a meu corpo, pensei que ele estava aqui comigo para seguir em frente sem chorar, minhas pantufas de coelhinho já estava se estragando no chão sujo e arenoso e me fazia ficar ainda mais com frios nos pés.

Na floresta o frio possuía vida própria e estava me incomodando não só a mim, mas a todo meu corpo que se contorcia em manifesto. O vento chiava e transformava o frio em dor na alma. Caminhei até que a luz dos carros e os sons deles não ecoassem, e me entreguei àquela dimensão escura, meus olhos tentavam se ajustar então, liguei a lanterna, peguei a bolsa e montei sem muita dificuldade a barraca, que possuía uma tecnologia ultrapassada as de hoje já são melhores que as nossa casas e carros. Peguei o saco de dormir e estende no chão, liguei o aquecedor, e peguei uma muda de roupa na bolsa, calça jeans, uma camisa de manga longa, uma jaqueta de lã, gorro, luvas e meias, desliguei a lanterna e vesti tudo aquilo finalizando com a jaqueta de couro. Deite-me naquele saco de dormir e me cobri dos pés a cabeça o frio ainda era forte, porém estava mais aquecida, despertei rapidamente e sonhei que toda a minha casa ao qual cresce pegava fogo com todos os corpos amontoados e mortos dentro.

Começava a amanhece as luzes batia preguiçosamente na lona e dançava até mim, como um arco íris de cores, um lado do mundo parecia tão belo daquele jeito, eu até podia me lembrar de quando pequena acampava com meu pai, podia me lembrar daqueles momentos felizes, mas agora tudo parecia tão vago e distante como o sol, belo e inalcançável.

Levantei desejando que não tivesse acordado que tudo aquilo fosse um terrível pesadelo, que encontraria madame reclamando de meu longo sono e fazendo questão de me lembrar de minha recente rebeldia, ou quem sabe me punir e como desejaria ser punido, se pudesse trocar um momento de castigo por minha vida pacata e confortável, não pestanejaria a falar o mundo era mais duro daqui de fora e não falava apenas do chão de terra e pedras que me fizeram acordar com a dor no meu corpo inteiro, falo do frio e dessa solidão, do medo e da preocupação quem estaria lá fora desejando me destruir e até quando eu estaria protegida e isso se realmente estou.

Precisava andar me movimentar fugir para a direção da maldita cachoeira, mas não conseguia ouvir nada, nem os carros nem um som, os pássaros há muito tempo são tão raros que já passam de historias antigas de uma flora e fauna escassa, as arvores daqui possuem um aspecto árido vivem por milagre ou ainda piedade da natureza, o solo é pobre e o fruto em sua maioria seca e seu gosto se imita a uma borracha de asfalto, eu por outro lado nunca comi, contudo o cheiro já se iguala.

Tomei um pouco da água do cantil de dia tudo aquilo era quente, caminhei até que o sol entrasse no seu estado sonolento junto ao meu corpo que implorava por descanso, não sei quanto tempo eu andei verificava o mapa e o traço marcado para não me perder e às vezes em pânico imaginava que estava no caminho errado então marquei todas as arvores com desenhos simples para que notasse caso me perdesse e pudesse encontrar o caminho e ainda mais se andasse como barata tonta em círculos. Comia devagar e pouco, não podia me dar ao luxo de esbanjar o que tinha e nem de no desespero comer o pouco que a mata oferecia que por si só era um pedido de morte.

Fiquei assim por dois dias e um lado meu queria sucumbir à loucura ao desespero e ligar para casa, mas como e mesmo assim colocariam todos em perigo, já desobedeci ordens antes dela e perceber o quanto mal fiquei agora era uma questão de sobrevivência e analisando todo esse aparato de fuga preparado isso estava esquematizado e eu na ignorância, na qual me assustava e por outro lado me ajudava às vezes não saber te previne de coisas que podem te magoar ou te arruinar, a verdade e o conhecimento abria portas antes cegas e revelavam coisas que nem supôs e temia agora o que já estava supondo.

Mas agora que estava no curso ouvindo a água eu receberia. Ouvir um barulho dos aeroplanos me esconde entre as arvores, o seu voo era raso e os homens saiam às portas com seus óculos rastreadores de movimento e armas em punho e não qualquer arma era a Terminatrix, seu canhão de ataque e precisão era absurda mesmo em quilômetros poderiam acertar o alvo no coração e não era uma arma que apenas repreendia, matava, pois chegava a atravessar seu corpo em segundo e como eu sabia armas eram as primeiras coisas que aprendíamos e essa criação era do meu professor, com certeza eu o amaldiçoava agora.

Não se mexe, era o que minha mente dizia, mas a palpitação do meu sangue e o suor que caia com a minha respiração apressada não estavam sobre meu comando, o aeroplano se foi, mas por precaução fiquei imóvel um tempo e deixei algumas horas se passarem até acionar o dispositivo, era uma coisa bem estranha de se ver seus padrões eram uma criptografia uma espécie de computador direcionado e uma coisa “chamada de emergência” não era um celular nem de longe sua imagem era de computador velho, apenas enviava as coordenadas que onde eu estava e pelo visto com grande distração, eu teria que analisa-la depois.

Fiquei parada um tempo esperando por alguém que não vinha, peguei o cantil havia acabado a água e que legal, estava morrendo de sede, arrastei as coisas comigo até o curso do rio que brilhava refletindo o dia ensolarado, poderia estar beirando os 40º, abaixei e com as mãos trouxe o liquido vital até o desenrolar dos meus lábios até ouvir uma voz atrás de mim e um gancho de arma na minha cabeça.

Eu iria morrer agora todo o esforço não valeria de nada e toda a caminhada seria em vão, o súbito arremesso do meu coração me dizia “é o fim Safira.”.


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Notas finais do capítulo

após o claro medo da morte o novo capítulo, muda o quadro e trás revelações...



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