Conspiração escrita por sthefany Dubrinsky


Capítulo 10
“Nossa existência não é mais que um curto circuito de luz entre duas eternidades de escuridão.” - Vladimir Nabokov


Notas iniciais do capítulo

você já observou a escuridão, já andou sobre ela como se fosse apenas a corda bamba que pudesse lhe salvar do penhasco, sinta a morte a angustia e o segredo nesse capítulo dessa conspiração.



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“Nossa existência não é mais que um curto circuito de luz entre duas eternidades de escuridão.” - Vladimir Nabokov.

Já reparou que nos primeiros estantes que tudo se apaga seu mundo escurece de forma a pensar que nunca mais vai enxergar a luz e na medida em que as pupilas se ajustam a pouca luz, você passa a enxergar num avanço pouco mais significativo, nada parece uma forma real, você bate e tropeça, mas mesmo aquele pequeno fecho numa rasura consegue trazer uma graça de que você ainda esta no mundo, no mesmo mundo, se você se familiarizou com o lugar o seu instinto começa a guia-lo aonde todo resto se torna quase inútil.

Havia passado semana dês da noticia da morte de angélica, havia passado como um instante á medida que minha felicidade se tornava um destroço tudo estava mais enigmático o mundo se resumia a respirar, andar, comer, beber, trabalhar. O ambiente era uma solida ferida mortal que corroía o corpo, dês do trágico período Lucas desapareceu, Gabriel andava assumindo um papel de meu vigia e mesmo que ele disfarçasse a sensação de ser seguida estava tão latente em mim como o olhar de uma águia. Yarra tentava a todo caso amenizar toda a situação unindo ainda mais a fraternidade, ele vinha quase todos os dias ao meu encontro falava de meu pai e procurava algo em minha mente que nem ao menos existia tentando ao máximo ser discreto mais ressoava desesperado, comecei a ficar em alerta, estive considerando toda aquela operação secreta rebelde um mundo confortável por um tempo, mas perceber certa negação pela moradora como angélica me fez ficar assustada, logo de inicio não, mas apos toda a noite as mesmas cenas serem repetidas em minha mente algo no meu interior se despertou, era extinto de sobrevivência dizia eu ou a paranoia, mas uma coisa era certa nem tudo eram flores no paraíso e mesmo que fosse os espinhos estão lá quem pode negar que não fure, ou no caso quem fure.

Revirei-me na cama olhando o vazio, tive um pesadelo o mesmo sonho o vidro se espatifando e o desmaio de um coma, meus olhos se abriam e fechava a escuridão, eu estava me adaptando a ela ou ela a mim, fiquei pesada minha mente vagou e o som me despertou era uma sirene de fuga; pulei da cama sendo preenchida pela adrenalina. Meu coração acelerou num rimo tocante podia ser aquela a sinfonia da morte, abrir a porta e havia algumas garotas correndo numa fila indiana com outras militares organizando voltei para uma delas.

– o que é isso, estamos sendo atacados?

– isso é apenas treinamento, precaução para evacuação!- ela olhou firme para mim e focou ainda mais ao falar. – precisa ser rápida é um treino, mas quando for real pode fazer a diferença para que morra; viva ou algo pior!

Podia ter engolido a minha bile se não tivesse comido há horas; morra viva ou algo pior; pensei que a definição morte fosse o pior o que ela queria se referir ao pior, caminhei no meio da fila tentei conversar com alguém, mas todos me mandavam fazer silencio pelo que pareceu uma eternidade estávamos numa fenda aberta num poço subterrâneo, todos andavam depressa quase tropecei tentando acompanhar e quanto mais fazia isso mais perdia o folego de meus pulmões, os caminhões estavam apostos e todos começaram a se dirigir para dentro então um homem aparentando trinta anos surgiu.

– isso esta péssimo, vocês demoraram uma hora até os caminhões isso deveria ter ocorrido em no máximo trinta minutos!

Levantei a mão e o olhar dele passou para mim era tão gelado que tremi inconscientemente.

– algum problema senhorita...

– Groom.

Ele me olhou ainda mais duro e se obrigou a acalmar-se para falar. – algo que quer dividir com todos os presentes?

– senhor, somos centenas talvez milhares não dá para tantas pessoas desse refugio sair em menos de uma hora parece até mesmo impossível.

Abrir um sorriso forçado, mas forçado mesmo era tentar não vomitar de medo agora.

– a verdade, senhorita, é que a vários lugares para uma fuga de emergência essa era a do seu setor com menos de cinco mil pessoas e a maioria já supriu não só a expectativa de trinta minutos como superou, ou seja, se fosse real todos eles agora estariam numa situação deplorável pelas suas vidas.

Calei-me meu comentário foi me deixando ainda menor no meio de tanta gente, mas ele resolveu piorar quando disse que havia setores com contingente maior e com melhor tempo. Então todos se dirigiram aos seus postos com leves zumbidos sendo tomados de conversa, me aproximei de um logo a frente que falava baixo, mas dava para se escutar.

– ouvir dizer que estão fazendo isso por que a cada vez mais soldados da capital sobrevoando e verificando o local.

– mas sempre existiu. – falou o mais baixo e o rapaz acrescentou. – não realmente meu irmão mais velho deixou escapar no jantar que os nossos inimigos triplicaram o numero de soldados e estão colocando armadilhas em cada lugar.

Comecei a me afastar mais do grupo e fui a um dos soldados.

– gostaria de conversar com Yarra, por favor!

O rapaz era alto e musculoso, tão musculosos que as veias estouravam nos braços fortes, era moreno e seus olhos eram castanhos.

– e quem você acha que é para solicitar isso a mim!

Tomei um folego e pensei em agir como madame fazia - alguém que você gostaria de não contrariar para não ser castigado.

O que pareceu dar muito certo, ele ligou de seu walkman e um rapaz liberou uma passagem para mim do elevador vindo comigo ao lado.

– porque todos não pegam um elevador pra saída?

Ele me olhou como se eu fosse uma criança tola. – porque numa batida, eles desativam nossas fontes de energia impossibilitando a fuga!

Balancei a cabeça em concordância afinal o plano era sensato, entrei na sala de Yarra e pude ver Lucas todo vermelho num canto, olhei para ele, mas sua reação apenas foi dar as costas para mim e caminhar para saída; fiquei visivelmente decepcionada.

– não se incomode com os homens, minha querida, somos insensatos.

– e parece que muitas vezes frio e distante.

– como dizem se a mulher pode ser fogo o homem pode ser gelo, não se combinam e se destroem mais a junção é fatal e até mesmo incrivelmente bela.

Abrir um sorriso, ele parecia meu pai ao explicar algo efervescente, observei a minha mão, estava tremendo. – pensei que ele estava de serviço?

– o deixei descansando o rapaz está tremendamente abalado com a morte da irmã!

Ou me evitando muito bem pensei eu. Yarra logo voltou no seu discurso. – algo lhe incomoda minha flor, deseja compartilhar algo comigo?

– não, apenas passei pelo teste de fuga e notei que as coisas estão muito graves para nós.

– sempre estão, mas podemos ser como micróbios, existimos mais não somos vistos.

– como você me garante?

– como ele temos os nossos recursos.

– que também vem da mesma fonte.

Depois que falei me acomodei na cadeira e fechei os olhos, sabia que falar demais podia me custar um soco na cara ou talvez o pior. Yarra se acomodou na cadeira.

– seu pai estava com eles, mas eram um dos nossos, a vida tem sempre mais de um lado ou uma cor, podemos definir o preto e o branco, mas tudo esta mais como uma cor de cinza desbotada.

Fechei os olhos. – eu estou causando algum transtorno ou motivando isso.

Ele se alarmou. – de onde ouviu isso ou porque pensou algo assim?

Eu podia ter dito que foi a Killer, mas resolve me calar e ser discreta. – parece que desde que cheguei só venho trazendo mais transtorno.

Ele abriu um sorriso enrugando toda sua pele em seus tons de chocolate. – só uma vaga impressão, mas me conte anda relembrando tudo aquilo que lhe disse, pensando ao respeito.

– na verdade, nunca tive muito contato com o meu pai, na realidade nem mesmo ele comigo então tudo parece mais distante sobre isso.

Ele pegou na minha mão e acariciou. – entendo!

A porta foi aberta e outras pessoas com poses importantes entrarão na sala. Ele olhou severo para todos eles e abriu um sorriso falso e voltou-se a mim.

– minha querida, se incomoda em voltar outra hora caso queira conversar.

Ele não podia ser mais claro para mim. – claro; boa reunião ou planejamento do dia.

Todos balançaram a cabeça e uma mulher de meia idade me chamou. – desculpe esta de saída, senhorita, sou Amanda Amora, conhece o seu pai, sabe bem ele era um homem digno e fantástico.

Não pude deixar de ser amarga com amora. – infelizmente acredito que vocês o conheciam melhor que eu.

Dei alguns passos, tudo apertou a realidade de ter o Lucas fugindo de mim me acertou tudo realmente podia ser pior agora, minha única amiga morta e meu namorado se afastando de mim, dobrei o corredor e dei de cara com Gabriel.

– Safira, você esta chorando.

Limpei as lagrimas. – nunca fui boa com o luto!

Ele me olhou firme. – estava com Yarra?

– sim, mas não conversamos muito varias pessoais formais invadirão a sala.

Seu olhar ficou duro e as palavras saíram como um sussurro. – anciões!

– quem?

Ele voltou a me olhar. – são os nossos governadores como se pode dizer.

Ele se afastou e sentir uma solidão e comecei a segui-lo, agora precisava falar e ter alguém pra preencher isso.

– porque anda me seguindo?

Ele parou como um freio. – eu o que?

– sim, você anda me seguindo, vejo você em vários lugares a onde estou.

– isso porque não estou lhe seguindo, se estivesse você não notaria, mas agora que falou não deve ser por que eu estou supervisionando a organização e a saída que é a onde você está.

Fiquei imóvel, meu sensor aranha estava defeituoso.

– desculpe! – mas voltei em um golpe - e o que faz aqui então?

Ele cruzou os braços impaciente. – estava indo falar com Yarra também após o treino de evacuação, mas já que você informou que ele esta em reunião, não é mais preciso, algo mais senhorita paranoica!

Soltei o ar, ele se virou e como respirar de modo involuntário disse. – por que Lucas esta me evitando há semanas, eu não o vejo; pensei que era trabalho, mas não é.

Ele abriu um sorriso no canto que era até bonito vindo de seu contorno forte. – acho que se apaixonou pelo cara errado garota, mas sobre isso deveria ir perguntar a ele.

Fique rosada, e andei para o outro lado a fim de evita-lo e sua voz veio até mim. – safira, é proibido ir para lá, o único caminho é pelo mesmo corredor que eu vou.

Fiquei firme não ia demostrar fraqueza.

– porque este lugar é proibido?

– este lugar pertencia aos nossos inimigos e a vários lugares perigosos, ouvir uma vez que a vários lugares que eles ainda nem descobrirão, secretos.

Pensei naquele dia do treino quando ainda tinha a minha amiga viva, a sua voz voltou com um fleche.

– alguma coisa?

– nada, mas se um dia pertenceu a alguma instituição do governo, porque ainda não nos descobriram.

– isso é obvio, quando algo se torna inútil pra algum deles, é descartado e esquecido e com o tempo esse lugar se tornou o mais seguro por estar bem embaixo do nariz do governo.

– tem mais como esses?

Ele ficou silencioso e reflete se tivesse não seria eu a garota a quem ele diria.

– me conte como era a Angélica, não a conheci bem.

– eu também não, mas uma coisa eu tenho certeza, ela nunca tentaria suicídio.

Então próximo a um corredor mais movimentado, ele me inclinou para parede aproximando o seu corpo e eu gelei mais quando ele falou. – me conte o que houve naquela noite, Safira, tenho quase toda certeza que você sabe de algo, por isso o Yarra esta em cima de você, você não deve ser só a filha de um amigo perdido não para ele, deve ter informações valiosas, conte-me!

Sentir minha garganta fechar, o que estava acontecendo aqui.

– você está me machucando e eu não sei de nada!

Ele se afastou. – talvez para ou não seu bem, não saber de nada pode ser a pior decisão ou a negação a pior escolha.

Gabriel se integrou a multidão, eu estava ainda mais zonza, o que era aquilo, uma ameaça a mim, minha lista de inimigos cresceu, o que ele queria o que todos queriam.

Yarra...

Os anciões estavam impacientes, a garota não estava demonstrando nenhum auxilio ao quebra cabeça que não se fechava e estava trazendo mais transtornos.

– obteve alguma informação relevante sobre a cabeça de dragão?

– não, mas vamos com calma estou sempre a cercando com assuntos de seu pai e sua memoria é vaga.

A senhora mais distante na reunião finalmente opinou. – talvez, ela não tenha real valor apenas uma forte forma de nos acabarem de vez, eles estão cada vez mais próximos.

– o que você sugere que a colocássemos em alguma maquina pra filtrar seus pensamentos, se nem ao menos a temos.

– ela não nos oferece algo de valor por sua vida que acaba se tornando um peso morto o melhor é a transformamos no que ela esta nos causando.

– matar uma criança! Yarra falou com certo protesto e uma raiva crescente.

A senhora Amora deu as costas, todos concordavam com ela.

– não seria a primeira a matar e nem a ultima, pelo bem das nossas vidas e nossas liberdades.

O mundo era frio e desolador, ser um líder era exercer não só um poder mais um controle, mas nem todas as vidas estavam ao seu controle, como uma hidra era esse mundo, quanto mais se cortasse a cabeça mais nascia, e para às vezes trazer a paz a seu convívio era preciso derramar sangues de inocentes não apenas de inimigos. Essa era a realidade não era a ilusão da perfeição que todos traziam, a livre cultuação e circulação se estavam confinados a blocos de metal que fazia desse um lar de perigo, quanto tempo essa falsa miragem duraria como a de um deserto. Tocou seu celular a cabine de fone do outro lado à voz feminina ressoava como um cântico.

– quando a mataremos? – sua voz era distante e uma dor se encheu nela, ele havia mandado matar Angélica e muitas pessoas ao longo de sua vida, às vezes se pegava pensando se tornara aquilo que ele odiava, mas para manter sua sanidade descobriu que viver era apenas optar por escolhas e sentir as consequências e sobreviver era fazer o que lhe cabia mesmo que isso trouxesse uma deficiência em si, de moral e de ética, somos o que restou do que esta se acabando era as palavras de seu pai, “sim pai já estamos acabados.”.

– esta noite, em seu quarto, poderia dizer para não fazer nenhuma besteira, mas sei que nunca faria vidas nem sempre são importantes.

Talvez fossem, mas estamos lhe dando com milhares para se importar com apenas uma. Seu coração se apertou algo na sua mente se reprimia todas às vezes se reprimia, seu olhar se voltou para o teto e então para o chão e então viu sua arma na calça, ele a pegou, observou sua cor prateada nunca havia matado de fato, mas ainda assim possuía sangue em sua mão, der repente sua mente foi despertada e um ruído atravessou seu mundo, sentiu sua cabeça pesar, e um líquido viscoso sair de sua boca era carmesim era forte, era seu sangue, não se movia a dor e agonia o atravessou assim como a bala em sua cabeça a consciência foi se apagando como um piscar de olhos e então a escuridão e o vazio o aninhou num assopro mortal, ele havia se reduzido ao vazio.

Lucas...

Eu havia visto ela, sentia dor em recusa-la, dor em não abraça-la, beija-la, onde eu estava o que estava fazendo, de que modo havia me envolvido, eu sentia raiva um verdadeiro ódio que nem ao menos conseguia controlar, ele havia matado a minha irmã e a colocado nessa situação e ela o protegia, estava sempre falando com ele, estava agora em seu escritório em sua vida, vadia de olhos azuis e cabelos negros, por que você estava me assombrando quando nem ao menos permitir que roubasse meu coração, vadia de olhos azuis chamada Safira, por que o ódio que me causa não diminui o tamanho do meu amor por você, por que estou me destruindo ao me afastar e porque mesmo assim me imagina-o a te amar e em cada segundo quero do sopro de minha vida contigo compartilhar.

Minhas lagrimas me inundaram, aquele negro maldito estava negando, mentindo, ela estava morta, minha irmãzinha, aquela que jurei proteger cuidar, aquela que era a minha única sobra de família de vida, agora estava fria como mármore e distante quanto o céu.

Sentir os passos do Gabriel e seu rosto carrancudo sobre mim. – existe algo muito ruim e estranho acontecendo, alguma coisa haver com a Safira e não acho que seja bom!

Limpei minhas lagrimas rapidamente, escondendo a fraqueza por um minuto. – ótimo deixe que morra!

– Lucas, eu entendo a sua frustração, eu também sinto muita falta de sua irmã e uma estranha sensação de algo perigoso sobre isso...

Ele não conseguiu terminar sua frase, pois minha indignação se sobressaltou. – frustração, era minha irmã, era minha única família e nunca mais terei a chance de mostrar que me importava com ela e se você acha que dor e luto com á perca do seu único elo familiar é frustração, bem isso se resumiria a um ódio crescente pelos autores.

– autores, o que você acha que isso aqui é uma distopia de uma autora diabólica para destruir nossas vidas, acorde Lucas estamos na dura vida real e temos que lutar pelo certo e nossa sobrevivência.

– certo e sobrevivência não são duas coisas para este século, se já não percebeu.

Gabriel enrugou sua testa de uma maneira fatídica. – Lucas, observe bem os seus atos e tente se tornar mais lucido, investigue tudo isso com cuidado em vez de culpar o mundo pelas consequências do que nem ao menos você sabe e morrer sem ao menos um real motivo sem ser sua obsessão tola.

– Angélica era tudo que eu tinha e foi tomado por mim, por Yarra e Safira.

Seu rosto se tornou ainda mais duro. – você pode culpar Yarra, pode ter muitos motivos para isso nos dois sabemos das atrocidades que ele cometeu, pois nos mesmo sujamos nossas mãos por isso, agora não culpe uma criança por lutar pela sua sobrevivência do único modo que lhe cabe na ignorância ou no silencio.

Fiquei calado, ele era o único bandido, ele é que retinha o meu ódio, mas não a livrava da culpa, e nem eu da minha negação, ai o que estava acontecendo comigo. Gabriel apertou os meus ombros. – vamos sair por ai, dando uma olhada nos lugares, recolhendo mais informações, Lucas nos sabemos que ninho de cobras nós vivemos, por que já nos habituamos com isso, ela ainda não faz a mínima ideia por que já entendeu quem são seus inimigos só não abriu os olhos para ainda compreender que todos são seus inimigos não apenas o que estão aos nossos lados é o que nos somos.

– não a livre a pondo como inocente e nem ponha a mim como o vilão perante ela é apenas que...

– todos estão sofrendo, mas nem por isso temos que fazer os outros sofrerem por nossas causas.

Afastei de seu aperto, Gabriel sempre era o irmão mais velho sendo sensato quando eu não era, mas mesmo assim precisava fazer algo para vingar minha irmã. Passamos horas observando falando até que achamos um furo, um rapaz que confessou de maneira forçada a nos falar o que precisávamos como eu sabia Yara havia matado minha irmã, por que ela havia sido infectada com algo muito sigiloso eram as únicas coisas que sabia, ele havia sido mandado inspecionar os corredores e ver o movimento, o padrão sempre era assim comigo e Gabriel, o outro, no entanto desapareceu, muitas vezes quando era algo publico todos os soldados em trabalho sujos eram mortos, mas como precisávamos de gente só o homem mandado para matar morreu. Era isso era nosso mundo se correr o bicho pega se ficar o bicho come, não havia no mundo lugar seguro nem entre os que dizíamos de inimigos nem o que chamávamos de amigo, iludido era quem acreditava que estava em paz ou seguro dês que mundo é mundo existe a injustiça e o mal tão presente, porque faz parte de nos a escuridão.

Meu sangue correu nas veias, meu ódio se tornou mais vivo, caminhei rapidamente para afrontar aquele assassino frio sentia o peso das minhas mortes e então para justificar meus erros, fiz um juramento de vingar as pessoas que matei para a falsa forma de segurança colegas, jovens todos. Abrir a porta sem notar, ela já estava aberta, olhei para frente, me aproximei com meus passos ritmados à sala estava escura, mas conseguir discernir sua presença na escuridão; pulei sobre a mesa e puxei sua camisa para afronta-lo e sentir a fria forma da morte se pegar a minha mão e o sangue se agarrar as minhas, ouvir os passos e a luz se acender, seu rosto se tornou pálido na expressão morena e observei ao seu lado a penumbra loira como aureola em minha visão.

– eu não o matei, ele já estava morto!

– venha para cá Lucas!

A voz de Gabriel foi firme, “vamos embora” foram suas próximas palavras sentir um estranho medo e pavor ao modo que corríamos e nos escondíamos, a adrenalina agarrou meu corpo, ouvir passos eram um pequeno conjunto de patrulheiros, dobramos e nos escondemos numa pequena porta.

– você o matou? – Killer sussurrou de maneira quase inaudível.

– não ele já estava morto como eu falei! – quase gritei dessa vez eu era inocente.

– se não foi você quem foi? – Gabriel estava preocupado, sempre cogitava conspirações era comum nesse mundo caótico, mas os anciões deixaram o Yarra como governante, desse modo deram seu poder, como alguém nessa posição morre assim, sim é claro, todos morrem por vários motivos até mesmo tolos, mas quando se é alguém de patente alta é por que irritou alguém, já estava nesse mundo suficientemente para saber que esse alguém então é mais poderoso e perigoso para todos nós do que Yarra foi um dia.

Minha constatação então foi obvia. – não estamos seguros aqui temos que fugir.

– para onde? – disse Killer – esse é o nosso lar e se formos fugir, fugiremos para onde no meio da mata para morrer nos entregando ao caçador como uma caça desprotegida.

– outros acampamentos rebeldes, já fui auxiliar muito deles, não seria difícil nos mudar para lá.

– além de colocar a culpa sobre nós. – a voz de Gabriel foi um golpe e era extremamente sensata. – não podemos ir agora e como iriamos, precisamos de acesso a muitas coisas que não temos além do mais a Killer iria levar Shawanne a Shawanne mais outras e assim por diante, aqui não estamos seguros e nem lá fora estamos a salvos.

– o que você quer dizer Gabe? – Killer estava submerso assim como eu.

– os anciões estiveram aqui mais cedo e eu sabia que algo estranho estava acontecendo, devemos ficar alarmados, atentos e esperar o momento certo para realmente fazermos algo, mas nunca estaremos seguros, então manteremos a aparência de que nada aconteceu.

Meu coração sentiu uma pontada dolorosa, Safira aonde será que você esta?

Safira...

As pessoas estavam se movimentando de maneiras calorosas, algumas pessoas pintadas dançavam e falavam línguas incompreensíveis. Um rapaz me puxou na multidão estava tão cansada que a única coisa que eu não queria era dançar e muito menos sofrer uma decadência juvenil com meus passos desastrados. Uma fogueira foi acesa era artificial e a dança se misturou a um ritmo frenético.

Sentir olhos sobre mim; olhei para trás e um par de olhos castanhos escuros se prendeu a mim e se aproximou firme, me puxando para seu corpo.

– o que esta fazendo aqui?- Perguntei.

– observando a loucura disso, já havia esquecido que essa tribo em especial presta culto aos seus deuses de maneira muito animada.

Minha respiração se prendeu na garganta se afundou meu deus seu toque era quente e possuía alguns passos quase atraentes, áleas ele era.

– você me ameaça e depois me chama para dançar, isso seria...

– bipolar! – notei um sorriso em seu rosto novamente.

– Shawanne deve se acostumar bem com isso, eu não.

Seu sorriso se alargou - a sim, ela teve muito tempo para isso não se preocupe, talvez você também tenha.

Ele me rodopiou e me aproximou, observei os olhares e um se prendeu a mim, Shawanne estava se esforçando para não avançar sobre nós.

– qual é a de você soldados rebeldes, seduzir garotas e mais garotas matando outras do coração.

Seu sorriso se alargou e uma gargalhada saiu de sua garganta. – você tem algo muito marcante, talvez eu entenda um pouco o que o Lucas sinta.

Minha curiosidade se alarmou. – o que ele sente?

– suspeita, remorso, raiva, culpa, ódio, eu disse você não se apaixonou pelo garoto certo.

– me diga quem seria então?

– nenhum de nós!

Ele se afastou e foi até Shawanne que se prendeu ao chão, visivelmente irritada com o seu amante, sair daquela cena e do meio daquelas pessoas, bati de ombro com alguém que não queria naquele momento.

– perdeu o Lucas e agora quer o Gabriel, você não perde tempo mesmo. – seu olhar era cínico, mas tinha algo mais nele.

– não fale besteira. – sim estava de saco cheio dela, nos últimos dias, ela havia me espancado no tatame e eu havia trabalhado tanto que me cansava até discutir com uma homicida.

– nossa, eu entendo de verdade, ele também faz isso comigo, por exemplo, agora mesmo esta com outras de suas admiradoras perto das salas de armas.

Tentei manter a calma, mas eu não podia acreditar. – mentira!

– mentira, meu deus, mas como você é ingênua, nunca acredite nas palavras de um homem, querida, pois tudo quando eles falam são mentiras assim como eu te amo e ainda mais quando se esta nos braços de uma mulher numa cama quente. - Sentir meu rosto corar e seu olhar se voltaram de frio e apaixonante para sonsa e dissimulada. – a não, você ainda não foi pra cama com ele, mas que sorte seria a única a escapar a não ser que ele esteja no velho jogo de se manter afastado, ele sempre faz isso então volta a ser doce e apaixonado vai dizer que te ama, que se sente mal por isso, que a traição não passou de um engano e vai por a culpa nessa sua atual vida conturbada, ele sempre faz isso comigo e sabe o que mais faz... – ela parou alguns instantes como se a lembrança a tivesse aquecido e assim parasse para se resfriar em um abano interno e continuou numa voz mais grave e dedutiva. - bem isso até vale a pena, mas o melhor é que eu sei o porquê de ter primeiro beijado você naquela forma patética de romantismo, primeiro beijo né ele coleciona primeiros.

– mantenha sua boca venenosa fechada. - Me esforcei para não chorar, o que ela estava falando, o que estava dizendo.

– tolinha. Ela mexeu no meu cabelo e me afastei ainda da forma teatral concluiu. – ele é um conquistador, mas com você a coisa era um premio a parte de valor para o Yarra seduzir você fazia parte do seu plano, o Yarra achava que você valeria algo que sabia algo importante, mas parece que nem pra isso você serve, a não ser bancar a otária, ele me disse que você foi á coisa mais fácil de brincar e que seu beijo é estranho e que a forma de você chorou e voltou a beijar quase o fez rir de o quanto era infantil.

Sair de próximo dela e de seu veneno; caminhei pelos corredores como ela saberia? O que era aquilo? Dei meia volta não voltaria para cama até conferir algo, caminhei mais depressa até o lugar que de acordo com Killer, ele estaria, a porta estava entreaberta e ouvir alguns risinhos de mulher a garota era bonita e o rapaz era o meu rapaz sua voz era doce.

– então você cuida dos carros e da conexão com outras comunidades rebeldes, garota importante.

Ela estava abrindo um risinho e fazia sim com a cabeça, sua mão percorreu a alça da regata da garota vagando até seus seios, ela soltou um gemido e ele se inclinou para seus mamilos, a cena era nauseante, fiquei fixa minhas lagrimas começaram a cair, então a cabeça de Lucas se ergueu para o espelho retrovisor do carro em que estavam encostados e voltou para onde eu estava; sair de pressa, ouvir seus passos e sua voz.

– Safira, aonde você vai me ouça, eu posso explicar.

Minhas lagrimas vinham apressadamente a dor no meu peito me sufocava.

– esse é mais uma de suas admiradoras!

– mas uma!

Voltei para ele sua expressão era confusa.

– você não nega.

– eu não estou entendendo!

Corri o mais rápido que eu pude para meu dormitório lá ele não iria me alcançar, seus passos também se apressaram.

– Safira pare de correr!

– você vai dizer que me ama que sente muito e que aquilo não era nada de mais.

– bem não seriam essas as palavras, mas seriam a que falaria.

Parei já no meu corredor sem folego, Killer estava certa.

– sim e sua vida esta tão perturbada que age desse modo.

Ele tomou um folego. – talvez você me entenda então.

Minhas lagrimas caíram como uma tempestade e me voltei para meu refugio.

– Safira, eu nunca disse isso pra ninguém, mas eu te amo!

– sério essas palavras são tão habituais assim.

– habituais; como você poderia deduzir uma coisa dessas.

Segurei a mão no meu peito e fiz a pergunta que me veio à mente.

– você só se aproximou de mim por que o Yarra pediu?

Ele ficou imóvel duro e seus olhos se arregalaram, ele caminhou até mim e então um estalo forte foi ouvido próximo, sentir meu corpo sendo levado para trás e bate no chão, por alguns segundos fiquei tonta meu mundo se tornou desfocado e as vozes e gritos se formavam lentamente como um borrão. Sua mão foi até mim, sentir suas lagrimas sobre o meu rosto, os olhos azuis e a voz, bem a voz era um enigma. Ele segurou-me estendendo, minha mente vagou, eu sentia dor, mas uma leveza até que a escuridão se afundou em mim, as últimas imagens que conseguir registrar eram o fogo que saia persistente do meu quarto, as pessoas correndo e outras tentando conter o fogo e o seu rosto o lindo rosto de anjo daquele que poderia ser ou não ele.


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Notas finais do capítulo

no fim deste capítulo Safira fica desacordada depois de sofrer uma tentativa de assassinato descubra essas e outros segredos no próximo capítulo e deleite-se com mais uma bela frase.



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