"Houve um momento de descontrole na prisão, onde os walkers vieram em grande número invadindo os blocos, onde o grupo se separou em meio ao pânico ...

Lori Grimes entrou em trabalho de parto com Carl e Maggie ao seu lado. Como estavam em local impróprio e sem a morfina, tiveram de sacrificar Lori para o bebê nascer com vida.

Assim que Rick soube, ficou descontrolado... Se isolou de todos... não queria mais viver.

Enquanto isso, Daryl Dixon vagou pela prisão à procura de mais mortos...
Enquanto andava, localizou um lenço no chão imundo. Ele o tomou nas mãos ... e se chocou quando o identificou... era o lenço que Carol usava na cabeça. O que ele fazia ali ?
Daryl se manteve indiferente, deixou com que a dor ficasse somente dentro de si...
Ele caminhou para fora, determinado fazer um túmulo para a amada, pois presumiu que ela estivesse morta...

Assim terminado o túmulo, Daryl colocara a flor de Carol , que ele presenteara a ela quando sua filha estava desaparecida ... Era a flor que ambos lembravam um do outro quando a viam... e assim ele prestou as últimas homenagens e se foi ...

Foi à um corredor isolado, sentou-se, e começou a recordar os momentos ao lado de Carol ...

Os momentos ainda no acampamento... Quando o grupo assistia ao conflito do marido agredi-la, e também à filha Sophia, secretamente...
Da vez em que seu marido foi mordido por um walker e ela o acertou com uma picareta, por mais vezes do que era necessário, com raiva e tristeza em cada golpe...
Da vez em que foram ao centro de pesquisa em Atlanta, e o médico trancou a todos para serem mortos na explosão... Em como Carol chorou... pois sua filha não merecia morrer daquele modo. Ninguém merecia...
Da vez em que sua filha desapareceu e ele fora procurá-la sozinho, se machucando gravemente, depois quase morto por um tiro acidental... e recebeu todos os carinhos e cuidados de sua doce Carol Peletier.

Lembrou de como ela sofreu quando viu a própria filha transformada em zumbi...
Daryl bem sabia que aquela visão ficaria para sempre gravada em sua memória. Sua doce e pequena Sophia...

E agora Carol estava morta. A dor queimava em seu peito.

Daryl olhou adiante, bem perto da porta, e localizou algo. Levantou-se, e viu que era a faca de Carol, suja de sangue... Não havia mais dúvidas, ela fora pega.
O caçador se sentou novamente e chorou.

Após alguns minutos, diante da tortura da dor de perder o amor de sua vida... Daryl notou que havia um cadáver bloqueando uma porta que insistia em bater. Algo ou alguém estava do outro lado.
Após alguns momentos, ele perdeu a paciência, arrastou o cadáver, escancarou a porta com a faca de Carol em mãos, pronta para o uso... e se deparou com Carol do outro lado. Viva.
Ele mal podia acreditar no que seus olhos viam... Ela estava sozinha, trancada na "solitária" da prisão, fraca e quase inconsciente, mas não havia dúvidas de que era uma Carol humana.

Daryl a pegou nos braços, sentindo uma eletricidade inexplicável percorrer seu corpo, ao tocá-la, e a levou de volta ao bloco em que estavam todos os outros.

Em uma sela próxima, ele a deitou cuidadosamente em sua cama beliche e lhe deu um pedaço de pão e um copo d'água para que pudesse repor suas energias aos poucos. Lentamente, ela foi acordando por completo. Quando o caipira viu que ela estava totalmente alerta, sussurrou mais para ele mesmo do que para ela:

-Achei que tinha te perdido...

Como ainda ninguém ainda sabia do reaparecimento de Carol, ele a deixou deitada e foi chamar os outros.

Quando voltaram, receberam a notícia com total alegria. Ela parecia muito feliz por rever cada rosto querido. E Daryl, satisfeito e aliviado por ainda ter aqueles belos olhos o encarando enquanto conversavam, e em tê-la de volta na sua vida, deixou-a em companhia daqueles que a amavam."