Innocence NejixTenten escrita por Mile Mieko Chan


Capítulo 3
O Ninho da Raposa


Notas iniciais do capítulo

YEEEY!! O/ Saudades de vocês, como estão? ^^

Depois de umas semaninhas' de atraso, volto para contemplar-lhes com dois (isso mesmo, dois!!) capítulos de Innocence o/

Bem, vou deixar o link de sempre nas notas finais, vocês já sabem o que fazer ^^ Por favor, recomendem, favoritem, comentem... Mostrem-me o poder de sua juventude, caríssimos leitores!!! o/



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Após um banho rápido permaneceu em seus aposentos e durante uma hora, ninguém o incomodou, tempo suficiente para trazer à memória o que lhe ocorrera logo quando chegara à vila. A “raposa” que estava perseguindo-o, quem era?

Meditava tranquilo, lembrando-se dos contornos da máscara. Se não tivesse conhecimento da ANBU, diria que mais lembrava um gato. “Mas era uma ANBU, sem dúvida”, confirmava.

Alguém bateu na porta e uma voz dócil o chamou. Hinata entrou no quarto.

– Neji-kun... – aproxima-se calmamente colocando uma bandeja com chá quente ao seu lado – Temia que não retornasse...

– Eu disse que voltaria – falou aceitando o pequeno recipiente que ela oferecia – A propósito Hinata... Por que a Hanabi fugiu de casa?

– Na verdade ela faz isso desde que você nos deixou – comentou permitindo que um leve riso brincasse em seus lábios – Ela ficou muito irritada com a sua partida. Hiashi-sama cobrava muito mais dela quando não estava aqui.

Bebericou o chá e observou certo incômodo no rosto da jovem. A bebida não estava ruim, muito pelo contrário. Hinata tinha em suas mãos o dom para boa culinária.

– Algo a incomoda – afirmou fazendo com que o encarasse assustada – O que houve?

– Bem, é que... É que eu...

Ele esperou.

– É que eu o avisei de sua volta. N-Não sei se deveria, mas... Você não foi falar com ele ainda – disse envergonhada fitando o rosto terno do Hyuuga e esperando-o, calmo, bebendo chá.

– Não se preocupe, eu vou – disse levantando-se – Só não garanto que será hoje.

– O quê? Vai... Sair de novo? – indagou acompanhando sua agilidade até que chegasse à porta do quarto.

– Tenho um assunto a resolver, tentarei não demorar... Mesmo assim não espere acordada, está bem?

Ela assentiu. Ele saiu sem fechar a porta, pulando a mureta de proteção do primeiro andar e indo parar no jardim da mansão, que dava acesso à entrada principal. Saiu de casa com cuidado, carregando a preocupação de estar sendo seguido por Hanabi. “Ela não o faria achando que estou em casa”, pensou tentando se convencer. (Erroneamente.)

*~*~*~*

Estava no oitavo andar do prédio e nenhum sinal de quem procurava. Como não sabia ao certo quem estava procurando, não era estranho que estivesse escalando a torre pelo lado de fora e checando cada janela sorrateiramente. Chegou ao nono e último andar e ao olhar na primeira janela, que mostrava uma cozinha inteiramente escura, conseguiu ver na parede seguinte o desenho que procurava. Os contornos da máscara repousavam sobre uma escrivaninha. Dificilmente o byakugan não se fazia útil a ele.

Foi para a cobertura e analisou cada centímetro do apartamento sob seus pés. Certamente havia alguém na sala. A pessoa não estava agitada, era possível ver pelo chakra em circulação e pela calmaria de suas funções corporais. Estava dormindo.

Utilizou o sistema de ventilação, um dos métodos de invasão mais velhos do mundo segundo sua percepção, porém o único disponível. O caminho levava a um corredor entre um quarto espaçoso e a cozinha, paralelo à sala. Achou inseguro ir direto ao local onde a suposta inimiga se encontrava. Optou por começar pelo quarto com a porta entreaberta. O byakugan foi desativado.

~*~

Era visivelmente limpo e bastante arrumado. Olhou para a escrivaninha em frente à porta e analisou o rosto da raposa em suas mãos, deixando escapar um suspiro pesado. Colocou-a no lugar com cuidado observando o cômodo e procurando por algo conhecido. Sobre uma mesa larga havia tinta, pincéis, uma tela vazia. Quadros com molduras ocupavam as paredes. Observou-os também. A maioria retratava paisagens: uma floresta, uma rua, uma casa... Espere... Era a sua casa! Impecavelmente igual, sem faltas ou exageros. Tocou na tela com a ponta dos dedos, incrédulo. Ainda relutante, passou para a próxima. E esta encerrava a pequena exposição. Ninguém mais, ninguém menos que ele!

Sentiu sua cabeça girar rapidamente. Estava confuso, medroso. Olhava para si mesmo, ainda criança, dormindo debaixo de um pequeno salgueiro sobre as folhas secas das árvores ao redor. Lembrava-se vagamente daquele dia. Adormecera sozinho na floresta enquanto treinava. “Sozinho”.

*~*~*~*

– Neji!! Neji-kun, espere!! – Gritava a pequena Hyuuga enquanto perseguia o primo pelo gramado.

– Não, Hinata!! Vou treinar sozinho hoje! Nos vemos depois... – respondia de longe.

Ela parou e ele corria para a floresta deixando-a para trás. Entristeceu olhando para o primeiro kanzashi[1] que havia feito sem ajuda. Suspirou e viu alguém se aproximar, assustando-se.

– Q-Quem é você? – perguntou.

– Eu? Meu nome é Tenten! – falou a garotinha de cabelos curtos e castanhos presos dos dois lados da cabeça, apontando para o rosto rosado e sorrindo.

– V-Você deve ser a colega de classe do Neji-kun... – comentou corando levemente.

– Sim – disse simpaticamente – Seu nome é Hinata, certo? O Neji já me falou de você. Por que está aqui sozinha? – perguntou enquanto sentavam-se juntas.

– N-Neji-kun... Não gosta de treinar comigo... P-por perto – disse estranhando a risada de Tenten.

– Não fique triste com isso – falou olhando para o rosto confuso da Hyuuga – Quer saber, vou te contar uma coisa. Eu acho que quando o Neji esconde algo por muito tempo é porque ele quer surpreender alguém – disse sussurrando.

– P-Por que pensa assim?

– Você vai ver. Quando ele voltar para casa, pergunte o que ele aprendeu de novo hoje!

– E... E se ele não quiser dizer?

– Ora! Esconda algo especial para surpreendê-lo também – e mais um sorriso brotava de seus lábios.

*~*~*~*

A moldura não estava envelhecida ou gasta e a tinta se mostrava em traços tão nítidos e fortes que parecia fresca. Era uma admiradora secreta? Seria absurdo pensar que sim. Alguém que conhecesse talvez, porém se confirmasse seu primeiro pensamento, seria uma opção a descartar.

Tratou de olhar em volta mais uma vez. Menos de quinze minutos e a vontade de voltar para casa já o atordoava. Próximo à cama, no canto, havia mais uma mesa, menor, com um abajur e um porta-retratos emborcado ao lado. Quase vislumbrou a fotografia quando um estalo do piso de madeira fê-lo virar e acertar a mão que tentava alcançar a máscara com uma kunai. A figura recuou, desequilibrou-se e caiu, batendo fortemente a cabeça no interruptor antes de atingir o chão.

A luz forte refletiu nos cabelos longos e soltos que escondiam o rosto da garota. Tentou escapar pela porta, porém fora detida pelo braço que impedia a movimentação de suas clavículas, apoiando-se sobre elas. Ficou difícil respirar. Ele resolveu dar-lhe uma chance. Com a mão livre fechou a porta e trancou-a, afastando-se alguns metros e repreendendo com um olhar duro a criatura antes agitada.

– Quem é você? - foi rápido – E o que quer?

– Fala como se a casa fosse sua – disse arfando ainda cabisbaixa – Ainda sinto dor desde a última vez. Aquelas raízes machucam muito...

As pérolas oculares abriram-se ainda mais. O que via era tão improvável para ele... Aquela lembrança... Aquela voz...

– Você... - falou fazendo menção a se aproximar. Ela era a raposa e seus olhos pareciam ser as uvas, pois bastou que o encarasse para que um nome fosse lentamente pronunciado através do rosto vacilante.

*~*~*~*

– Neji-kun...?

– Hinata! Boa noite – disse indo de encontro à prima – Não deveria estar aqui, seu pai vai ficar preocupado.

– Err... É que... E-Eu queria mostrar uma coisa...

– Ah, é mesmo! – memorou algo – Eu aprendi uma coisa nova hoje! – segurou sua mão e correu levando-a para o quintal de casa, para o qual ela seguiu sem ter chance de se pronunciar.

Mal havia começado a treinar e já dominava o Junken com perfeição. Hinata ficou feliz por ele, apesar de ser algo simples comparado ao que os outros do clã faziam. Neji veio correndo até ela.

– E então? Você acha que o Hizashi-sama vai gostar?

– S-Sim... Muito – Murmurou ela escondendo algo nas mãos.

– Era uma surpresa, por isso que não queria que viesse comigo. Mas o que queria me mostrar? – perguntou.

– Er... Nada! A-A gente se vê! – E sai correndo para dentro de casa.

*~*~*~*

– Hanabi-chan? Hanabi-chan, está dormindo? – perguntou batendo a porta gentilmente e abrindo-a quando viu que não obtinha resposta – Hanabi, a água já está quente, você não vai... – parou vendo que o quarto estava vazio – Ah... – suspirou – Eu deveria saber...

[1] Referente a adornos de cabelo comumente utilizados por gueixas. Podem ser flores, leques, dentre outros e podem ser feitos artesanalmente.


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Notas finais do capítulo

Músicas, Dedicatória e Extras: http://japan11kawaii.blogspot.com.br/2014/05/fanfiction-innocence-panorama-by-mieko.html

Nota: Terceira dedicatória para a leitora Annie-chan *-* Meus parabéns!! ^O^/ *Vuvuzela no ouvido~comemoração* >w< XD

Favor comentem. Amo vocês



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