Os Vampiros De Ohio escrita por katnissberry


Capítulo 5
Capítulo 5




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*Diário da July

27 de agosto de 2013

Eu espero que o Stefan esteja certo, e que esse diário me ajude mesmo. É que... é meio complicado descobrir de uma hora para outra que você está sozinha no mundo, sem ninguém para confiar, a não ser, é claro... Vampiros. Um matou meus avós, a outra é a minha cópia e com certeza quer se livrar de mim, o outro me hipnotizou e me levou para o sofá, e o Stefan... Ele me ajudou, e é realmente muito bonito... Mas é um vampiro! July! Ai, ai! 

Até que foi bom ter sido hipnotizada por ele. Digo, não no sofá claro, mas por Stefan. Essas coisas todas me desesperaram tanto que se não fosse por isso, eu não sei se estaria aqui hoje. Eu mal conseguia respirar. Não estou defendendo hipnoses ou coisa assim, é só que... Com tantas coisas acontecendo e passando pela minha cabeça, ele conseguiu me dar um pouco de paz. O jeito que tentou me distrair, acalmar. Não quero defende-lo, até porque se não fosse por vampiros como ele, eu estaria em casa com meus avós. Mas com certeza ele foi essencial para que eu não enlouquecesse. Sem contar que se eu estou passando por tudo isso, é por causa de Sam, e não por ele ou Damon.

Ok... Voltando... Eu estava indo para a escola com verbena pela primeira vez. Quinn estava treinando, então era a minha chance de dar uma voltinha. É claro, que com o Stefan. Por ser uma doppelgänger, eu era importante para o Sam, então sozinha eu não podia ficar.

—Jura que vou precisar ser levada para lá e para cá por alguém? Como uma criancinha?

—Se o Sam quer alguma com você, é porque você é importante. Só estou aqui pelo seu bem.

—Eu sei. –falei meio chateada. –Eu não quero ficar andando por aí com um vampiro, afinal... Se não fosse por vocês eu estaria em Nova Iorque com a minha família!

—Sabe do que você precisa?- perguntou uma garota se aproximando.

—Do que?- perguntei animada.

—Pelo que eu ouvi, seus avós morreram. Eu não ouvi de que.

—Eles... –olhei bem para o Stefan, ele não queria que eu falasse e era o único que estava me "protegendo". Mesmo que eu contasse a verdade para a menina, nada que ela fizesse poderia me ajudar. – Minha casa pegou fogo, e eles estavam dentro na hora.

—Que pena, meus pêsames. -ela disse, acariciando minha mão. -Olha, o meu nome é Rachel, se precisar de alguma coisa é só falar. De qualquer forma, na sexta, depois de amanha, faremos um baile, acho que você precisa ir e se divertir!

Como se o que eu precisasse naquele momento fosse de diversão... Só queria chorar e ficar sozinha. Mas mesmo querendo, Stefan não deixaria essa última parte, já que eu "corria perigo". Fui educada mesmo assim. Seria bom ter uma amiga pelo menos.

—Obrigada, Rachel. Meu nome é July.

—Você é a irmã da Quinn, né? São iguais... De qualquer forma, preciso ir! Foi um prazer te conhecer, July. Tchau, Stefan.

—Tchau!- falei.

Ela saiu, e Stefan continuou olhando para ela.

—Você conhece a Rachel?

—Sim. Mas... Só nos vimos uma vez.

—Ela sabe que você é...

—Não.

—Ah... E você vai levá-la ao baile?

—Não, ela tem namorado.

—Então, o que você acha de ir comigo?

—Com você?- ele respondeu sorrindo.

—É, comigo. Já que não posso ficar sozinha mesmo, e nada do que eu faça vai trazer minha vida de volta... Talvez seja melhor me divertir. 

—Acho ótimo.

Dei um grande sorriso e fui para a sala de aula.

Diversão não era bem do que eu precisava, mas... Levando em conta que eu não tinha opção... Era melhor do que ficar trancada na casa dos vampiros, com os vampiros.

Como eu tinha dito, a ficha de que nada que eu fizesse traria minha vida de volta, estava começando a cair. Precisava entender melhor o que estava acontecendo e talvez o baile me trouxesse alguma pista. Até aquele momento, eu só sabia que eu tinha uma cópia vampira e tinha sido sequestrada por um vampiro muito poderoso que me achava especial para algum plano secreto. Mais estranho, impossível.

...

Assim que acabou a aula, eu iria me encontrar com Stefan no corredor. Avisei que ia ao banheiro, mas assim que voltei, não encontrei o sozinho, e sim junto com a minha “irmã”. Louca de curiosidade, fiquei atrás da porta do banheiro, e já que a maioria dos alunos já tinha ido embora, ouvi tudo o que eles disseram.

—O que eu preciso fazer para você me perdoar?

—Esquece, Quinn. Por sua causa eu e o Damon brigamos por anos. Você não tem noção do que é isso. Nunca mais seremos amigos da mesma forma.

—Não diga isso, Stefan! A culpa não é minha se sou tão atraente.

—E metida, e egoísta...

—Está bem, Stefan. Já sei o que fazer para você me perdoar. Vem comigo para o campo...

—Eu preciso esperar a July.

—Vai ser rápido, vamos!

Ela o puxou, e ele acabou indo atrás. Fiquei no banheiro um pouco, mas logo a curiosidade falou mais alto. Assim que abri a porta, percebi que tinha mais alguém no banheiro.

—Oi, July! Tudo bem?

—Oi, Rachel. Tudo bem, sim. Já estava de saída.

—Eu também. Estou indo para o campo ver o Finn, e você?

—Também estou indo para lá. –falei sorrindo.

Saí ao lado de Rachel até o campo, onde Finn estava bem no meio. Stefan estava em pé, na arquibancada, e Quinn estava em frente ao jogador.

—O que ela está fazendo com Finn?- perguntou Rachel, nervosa do meu lado.

Assim que Rachel se aproximou, Quinn arrancou um beijo do Finn, e olhou no fundo dos olhos do menino sussurrando alguma coisa, provavelmente lhe hipnotizando. Rachel correu até os dois.

—Finn! O que você está fazendo com ela?! -gritou irritada e segurando o choro.

—Nada... Eu só estava conversando com ela sobre o tempo em que namorávamos e aí... O beijo rolou.- ele disse encarando a garota.

—O beijo rolou? É tudo culpa sua, Quinn!

—Não é culpa dela, Rach. É minha.

—Você não presta, Finn Hudson!- ela gritou e saiu correndo pro outro lado da escola. Ele a seguiu.

—Por que você fez isso? Você não tem coração?- gritei.

—Olha aqui, garota. –ela disse correndo como a luz até chegar bem na minha frente. – Você pode ser igual a mim, mas não é tão inteligente ou poderosa quanto eu, então vê se muda o seu jeitinho de falar comigo, ok?

—Stefan, como pôde fazer isso com a Rachel?- perguntei olhando para ele.

—Eu não sabia, ela simplesmente fez isso sem ninguém saber. Mas por que?

—Pelo seu perdão. Eu vi você olhando para ela. Assim, ela termina com ele, e você vai com ela ao baile! Todos felizes.- ela falou olhando para ele, com um sorriso no rosto, como se aquilo fosse engraçado. -Não sei o que você viu na Hobbit, mas pode me agradecer...

—Você é muito baixa, Quinn. Acha mesmo que vai conseguir o meu perdão assim?

—Bom, Stefan... Faz o que você quiser. Mas eu te conheço: você não vai deixá-la chorando por conta do ex. Você vai chamá-la para o baile. E eu pensando que você e a Lana eram apenas amigos...

—Nós éramos.

—Okay... Boa sorte com isso. –ela falou desaparecendo.

—Me leva para casa, por favor. –eu disse triste.

Ele me botou no carro e voltamos rapidamente.

O mais estranho é que eu não estava preocupada com a Rachel e sim, em quem o Stefan levaria ao baile. Eu sou tão egoísta assim?  Não... Eu não posso estar gostando dele. Eu o vi pela primeira vez ontem. Isso é... É impossível... Eu devo estar delirando... Mas ele tinha sido tão legal comigo no meio de toda aquela confusão. Me manteve calma, se preocupou. Talvez chamá-lo para o baile fosse uma chance de me aproximar dele. No meio de tanta gente má e perigosa, ele me trazia uma certa segurança. O Damon tinha me usado para satisfazer seus "desejos" e o Sam que tinha me colocado naquela situação. O Stefan estava só tentando me ajudar, e realmente nunca tinha conhecido alguém como ele. Na minha escola em Nova Iorque quase ninguém prestava. Estava ficando maluca... Mas uma coisa eu tenho que admitir: feio ele com certeza não era.


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