Os Vampiros De Ohio escrita por katnissberry


Capítulo 46
Capítulo 46




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Damon continuava com a estaca nas costas de Blaine, que mirava a sua no pescoço de Katherine. Ela, por sua vez, se esquivou rapidamente, deixando Blaine na mesma posição.

–Quero ver quem é rápido agora. –ela disse sorrindo, longe da estaca de Blaine.

–Certamente não é o seu amigo aqui. –disse Blaine, deixando os dois sozinhos na sala.

Era isso, Blaine tinha escapado, de tal maneira que Katherine e Damon se encaravam perplexos.

–Droga! –gritou Damon, saindo da sala. –Blaine fugiu. –ele disse para Klaus. –Como estão as coisas aqui? –ele perguntou encarando o corredor.

–Os alunos fugiram faz tempo, sendo que Caroline fez questão de avisá-los que tudo não passava de uma briga de escola, e que estava tudo resolvido. Precisamos inventar uma desculpa pra policia, ou hipnotiza-los pra explicar o porque do sumiço desses Warblers. –disse Klaus olhando para o chão do corredor. Eram uns 10 corpos com estacas de madeira enfiadas em seus corações.

–Alguém fugiu? Além do Blaine... –perguntou Katherine.

–Não. Sebastian... –ele disse apontando para o menino amarrado com um pano na boca, que estava sentado no fim do corredor. –Deve nos contar tudo que precisamos saber. Vou levá-lo pra casa, afinal é o único motivo por ele estar vivo. Além disso, nenhum dos nossos ficou machucado ou morreu, só precisamos cuidar daquele garoto, que segundo a tradição, vai virar lobisomem.

–A Lexi cuida disso. –disse Damon. –Vou mandar uma mensagem pra ela daqui a pouco.

–Ok. –suspirou Klaus. –Quinn, Sebastian, Sam e July podem vir no meu carro. Damon, você leva a Caroline, a Katherine, a Santana e o Stefan?

–Pode ser. –ele falou. –Algum lugar em especial?

–Vamos lá pra casa. Eu ponho esse idiota no porão –ele disse apontando pro Sebastian. – e depois a gente pode ficar conversando ou coisa do tipo. Afinal, temos muitas damas presentes. –ele disse, com um sorriso malicioso.

Eles entraram nos carros e foram para a mansão do original. Assim que seu refém estava no devido lugar, os vampiros e July começaram a conversar sobre concurso do fim de semana do dia 30.

–Então... Já sabem se vão competir no sábado ou não? –perguntou Caroline.

–Ah... Nem sei. –disse Quinn. –Tenho que arranjar vestido, par... –nessa última sílaba, os olhos verdes da vampiram se fixaram em Stefan, quase que implorando por um convite, enquanto ele olhava paras meninas, procurando por uma saída. A hipnose estava realmente funcionando.

–Gostei. –disse Katherine. –Aposto que vou ganhar isso. O que acha de ir comigo, Tefinho? –ela perguntou olhando pra ele.

–Pode ser. –ele respondeu, aliviado por não correr o risco de acabar indo com Quinn.

–Mudando de assunto rapidinho... –falou Santana.- Cadê aquela sua amiga bruxa, Caroline? A tal de Bonnily. Ela bem que podia ter ajudado.

–A “Bonily”, que na verdade se chama Bonnie, estava no hospital com a avó doente. –ela falou erguendo as sobrancelhas.

–Claro... –disse Santana, irônica. –Se duvidar deve ser uma bruxa só nas noites de Halloween. Nunca ouvi falar dessa aí.

–Assim como ela nunca ouviu falar de você. –riu Caroline, fazendo Santana bufar.

–Sam, vai comigo no sábado? –perguntou Santana.

–Ok. –ele disse indiferente.

July estava apenas olhando os outros, mas sua cabeça parecia estar em outro lugar.

–July. –disse Damon bem perto, fazendo sua bolha de pensamentos estourar. –Já arranjou um par?

–Não. Por que o assunto? Que eu saiba, você vai com a sua amada Elena.

Ao falar isso, o desespero tomou conta do rosto de Damon, e depois do de July, assim que se tocaram do que tinha acabado de acontecer. Eles olharam para os outros e falaram quase que ao mesmo tempo: -Esquecemos a Elena!

...

Enquanto isso, Elena continuava em esconderijo, quieta, olhando pra parede, esperando um sinal pra sair de lá. De repente, seus olhos, que quase se fechavam de tédio abriram na maior rapidez. A porta tinha finalmente sido aberta, mas ao contrário do que esperava, não era Damon, Stefan ou July que estava lá.

–Oi. –disse Blaine entrando e batendo a porta.

–O que você ta fazendo? –ela disse se esquivando pra trás. –Eu sei que você é do mal.

–Eu não sou do mal. Eu juro. –ele disse sorrindo de leve. –Eu fui só hipnotizado. Eu sou normal como você.

–Como assim hipnotizado? –ela perguntou confusa.

–O Sebatian me fez assumir a culpa e lutar com seus amigos. Eu sou um humano, que nem você.

–E o Sebastian é o que? Um mágico? –ela perguntou rindo.

–Você não sabe? –ele perguntou sério. –Meu Deus! Você não sabe. –ele disse olhando em seus olhos.

–Você ta me deixando nervosa.

–Ele é um vampiro. –ele disse duro e seco. –Um vampiro, Elena. –ela riu de novo. –É sério. E ele não é único. Damon, Klaus, Quinn, Stefan, Katherine... Você não viu a Katherine? Não tem como alguém ser tão parecido com você sem ser seu gêmeo, Elena. Tem algo sobrenatural por de trás. Os anéis estranhos que eles usam, as armas da luta serem estacas de madeira e não armas, os assassinatos. Eles são monstros!

–Não é possível... –ela disse suspirando. –Isso é muito, muito doido.

–O que não faz sentido pra você Elena? Eles são monstros! Monstros reais! Não aqueles que tem medo de cruz e não veem o seu reflexo, mas aqueles que olham nos seus olhos e te convencem de coisas terríveis.

–Eles são meus amigos. Você é o mau. –ela disse, com o desespero claro nos olhos.

–Não, Elena. –ele disse olhando para os seus olhos.

–Se tudo o que você disse for verdade, você deveria estar hipnotizado.

–Alguma coisa aconteceu na briga. Eu sei tanto quanto você sobre esse fim da hipnose.

–Mas, mesmo assim... Eles são meus amigos!

–Amigos? –ele perguntou com um sorriso irônico. –Elena, eles te deixaram pra trás. –ele falou abrindo a porta. O corredor estava vazio, os corpos já tinham sido levados pelos Originais e Salvatore. Os olhos cheios de lágrimas de Elena começaram a ficar cada vez mais evidentes.

–Como eu sei que isso tudo é verdade? –ela perguntou, chorando. –Eu não acredito que eles são vampiros.

–Elena, eu sei que você acredita. E sei como provar. Vampiros só podem entrar na sua casa quando convidados a entrar pelo dono da residência. No dia que a sua tia morreu, o Damon entrou na sua casa?

–Não. Ficamos a noite toda na parte de fora conversando com policais. –ela falou, ainda assustada.

–Então confia em mim, que vai dar tudo certo. Quer uma prova que eu não sou um deles? Olha só. –ele disse mostrando as mãos. –Nenhum anel, mas continuo aqui, em frente a janela, mesmo com um dia ensolarado.

Ele estava certo, não tinha nenhum anel. Ao invés do anel, ele usava um broche, muitas vezes aparente no blazer e as vezes escondido atrás da gravata borboleta.

–O que eu preciso fazer? –ela perguntou encarando seus olhos.

...

Já era de noite. Damon tinha ligado para Elena diversas vezes, mas como Blaine tinha aconselhado, ela não atendeu nenhuma ligação. Ele tocou a campainha de sua casa, mas ela também não fez nada. Blaine tinha sido convidado pra entrar, e já estava na sua casa, mas seu pedido tinha sido tão sutil, que Elena pensou que não passavam de boas maneiras.

20h. Elena pegou o celular e mandou uma mensagem para Damon: “Estou em casa. Blaine me encontrou. Me ajuda, por favor”.

Blaine lhe explicou que conseguiu fugir no meio da briga sem explicar da hipnose pra ninguém, por isso Damon ainda acreditava que ele era do mal.

–Eu estava na porta de casa, pronto pra me convencer de que tudo não tinha passado de um pesadelo. Não importa qual dos lados daquela luta bizarra eu estava, afinal eram todos monstros. Assim que eu botei a chave na fechadura, dois carros passaram por mim. Por mais que rápido, prestei atenção em cada rosto, mesmo que o mais importante era o seu. Eu precisei voltar assim que notei sua ausência e então fiquei tão feliz por saber que você não era um deles. Eu sempre gostei de você Elena. Aquilo com a July não passou de uma atitude involuntária, mas meus sentimentos por você sempre foram a minha única certeza. Eu sou louco por você.

Cada palavra que ele dizia deixava todas aquelas mentiras mais absurdas. Ela sorriu, um tanto sem graça. Ela queria aquele tipo de atenção a tanto tempo, mas de repente os acontecimentos a sua volta pesaram como uma mochila de 20 quilos nas costas de um esquilo.

–Eu não sei se esse é o melhor momento pra uma declaração linda dessas. –ela disse o encarando.

–Eu entendo.

Bem nesse momento, a campainha toca. As falas e as marcações estava decoradas e ensaiadas. Blaine abriu a porta.

–Cadê ela? –gritou Damon.

–Não trouxe reforço? –ele perguntou rindo.

–Não preciso de reforço. –ele respondeu sério.

Elena estava sentada numa cadeira, fingindo estar amarrada, ela olhava com desespero pra Damon, que ainda estava na porta.

–Me ajuda! –ela gritou.

–Vai ficar aí olhando ou vai ajudá-la? –perguntou Blaine. –Quer um convite pra entrar? Ah eu esqueci! Você precisa de um, né?

Damon tentou entrar, mas Blaine estava certo. Ele podia fazer todo o esforço que quisesse, mas não ia conseguir sair dali.

–Eu disse, Elena. –falou Blaine olhando pra trás.

Elena largou a corda e levantou da cadeira, chegando bem perto da porta.

–Você é um monstro. –ela suspirou. –Eu sei de tudo. Você é um vampiro abominável. Mentiu pra mim todo esse tempo. –ela disse chorando.

–Elena! Eu posso explicar! Mas acredita em mim! Esse cara é do mal!

–Eu não acredito em mais nada que você diz. –ela disse batendo a porta na sua cara.

E os dois, ficaram ali, encarando a porta de madeira, enquanto Blaine olhava contente por dentro, mas carinhoso por fora para Elena. Ele tinha conseguido enganar aquela pobre menina, e tinha sido mais fácil que roubar doce de criança. Estava tudo certo, se Elena não fosse inteligente.

–Pronto, agora você ta segura. –disse Blaine.

–E você também vai estar. No inferno. –ela falou enfiando uma estaca de madeira em seu coração.

–Elena? –ele perguntou, quase morto.

–Eu sou a Katherine, seu babaca.


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