Eu definitivamente não tinha sorte, aquele que por toda vida implicou comigo e me chama pra sair só por que comecei na escola e agora eu me descubro apaixonada por aquele playboyzinho popular que mostra para todo mundo dentro e fora da escola e com esses pensamentos eu ia andando pelas ruas de Londres em direção ao barzinho mais chique da cidade cantar essa noite, como essa noite ia ser mais calma eu estava com um short jeans desfiado, uma blusa enorme que cobria o short com estampa de caveira, uma jaqueta de couro com as mangas até o cotovelo, três pulseiras e três anéis com Spikes tudo no braço direito e nos meus cabelos ruivos e ondulados um gorro verde e um coturno marrom nos pés.

Quando cheguei lá eram 18hrs50min e o local só abria as 19hrs00min, entrei no barzinho enquanto todo mundo da fila de espera me olhava, sentei em um banquinho no palco e comecei a afinar o violão, quando, quando as pessoas começaram a entrar elas me olhavam e seu olhar era de confusão com um pouco de raiva até seus olhos caírem para o violão em meu colo sua confusão se esvaia e se transformava em um sorriso e aqueles que já me conheciam só sorriam e se sentavam.

Quando já tinha pelo menos umas vinte pessoas eu comecei a cantar o meu repertorio, que são varias musicas misturadas de vários cantores e de varias línguas.

Quando eu estava no final da musica Innocence- Avril Lavigne, ele apareceu na porta rindo com os amigos, quando eu dei o ultimo acorde ele olhou em minha direção e vi que seus olhos em questões de segundos ficaram mais claros. Cantei mais algumas musicas enquanto ele ainda me olhava:

-Pessoal me desculpa, mas eu preciso de 15 minutos de pausa- falei e como resposta recebi uma vaia e ri com isso, o dono do bar riu também e me entregou um suco e um salgado, enquanto eu comia senti um olhar sobre mim, me virei e percebi que ele me olhava serio, me limitei a sustentar seu olhar e voltar a comer.

Depois que comi o salgado e terminei meu suco, voltei a subir no palco com a nuca formigando pelo seu olhar. No momento que coloquei o violão em meu colo uma musica me veio à cabeça e resolvi canta-la mesmo sendo em outra língua.

Expressões confusas olhavam para mim quando comecei a dedilhar no violão, continuei com uma expressão impassível e comecei a cantar.

Eu odeio o seu sorriso
E seu jeito de falar
Eu odeio quando você me olha e dou risada sem pensar
Eu odeio quando você me chama para conversar
Eu odeio quando você vem, odeio mais ainda te esperar

Eu não sei o que fazer
Não tem ninguém aqui pra me impedir de te escrever
Outra canção pra me fazer entender
Que eu te odeio tanto porque gosto de você

A cada palavra que era cantada seu olhar se intensificava sobre mim, porem sustentei seu olhar até perceber que eu tinha cometido um enorme erro, ele sabia a tradução daquela musica, porem não parei porque não era só ele a minha plateia.

Eu nunca acreditei que era mesmo pra valer
Eu nunca admiti que me importava com você
Agora tanto faz, não quero mais me esconder
Estou falando na sua frente que eu te odeio
Por gostar tanto assim de você

Eu odeio dar conselhos que você nem vai usar
Eu odeio quando você fala dela e eu finjo não ligar
Eu odeio ver você com alguém que não tem nada a ver
Eu odeio ela ser tão sem graça
E você nem perceber

Desviei deu seu olhar por alguns segundos para olhar a plateia e me surpreendi com cada rosto que encontrei porque ali, todos sem exceções estavam olhando sorrindo para mim e para ele.

Eu não sei o que fazer
Não tem ninguém aqui pra me impedir de te escrever
Outra canção pra me fazer entender
Que eu te odeio tanto porque gosto de você

Eu nunca acreditei que era mesmo pra valer
Eu nunca admiti que me importava com você
Agora tanto faz não, quero mais me esconder
Estou falando na sua frente que eu te odeio
Por gostar tanto assim de você

Ali naquele momento eu percebi uma coisa eu conhecia todos que ali estavam, eles eram pessoas de minha escola e mais no fundo quase invisível estavam minhas melhores amigas Marlene McKinnon e Dorcas Meadowes, cada pessoa que ali estava já tinham visto minhas milhares de brigas com ele. Quando percebi tudo aquilo levei um choque tão grande que até errei uma nota e ele percebeu não que eu errei, mas sim que eu vi todas aquelas pessoas.

Vai acordar num dia e perceber
Que mesmo sendo um pouco estranha do meu jeito
Eu tentei te convencer
Que hoje eu acredito que é mesmo pra valer
Confesso, eu admito, que me importo com você
Agora tanto faz, não quero mais me esconder
Estou falando na sua frente que eu te odeio
Por gostar tanto assim de você

Ele sorriu eu retribui o seu sorriso, quando ele levantou meu coração deu um pulo e quando ele chegava meu coração e meu estomago revirava, soltei o violão mas continuei a cantar e comecei a andar em sua direção quando nos aproximamos o bastante ele me abraçou pela cintura:

-E eu te odeio tanto...

-Porque gosta de mim- ele completou e veio àquela costumeira sensação de borboleta no estomago quando ele me beijou:

-Você é muito convencido- disse rindo.

-E você canta muito bem- Ele disse sorrindo

-Mas você já me ouviu cantar- Eu disse estranhando.

-Já, mas não uma musica pra mim- Ele disse cheio de si.

-E quem disse que aquela mus...- Nunca completei a frase, pois ele me calou com outro beijo, enquanto toda nossa aplaudia e ria porque jamais que Lily Evans e James Potter ficariam sem brigar.