Games of the Hunger Flames escrita por Neon


Capítulo 2
Capitulo II APRESENTO-LHES, OS TRIBUTOS DO DISTRITO DOZE!


Notas iniciais do capítulo

Olá! Faz um bom tempo né? Espero que não tenha demorado muito com a atualização, estou me divertindo bastante em escrever essa fic! Eu sei que deveria estar escrevendo minhas outras histórias mais agora só consigo pensar nessa, me desculpem!?!

Gostaria também de agradecer o apoio de Natsume Yukki-san e Walker Sophia que me deram comentários bastante positivos e motivação para continuar com essa história.

MUITO OBRIGADA SUAS LINDAS

Espero ter desenvolvido bem esse capitulo.

Boa Leitura!



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APRESENTO-LHES, OS

TRIBUTOS DO DISTRITO DOZE!

*

"Do tratado a traição:

Como penitência pela revolta,
cada distrito deverá oferecer um menino e menina entre
12 e 18 anos numa "colheita" pública.
Os Tributos serão entregues à custódia da capital.
E depois transferidos a uma arena pública,
onde irão lutar até a morte, restando apenas um vencedor.
De agora e para sempre esta cerimônia será conhecida como,

JOGOS VORAZES."

...

O pessoal da capital eram facilmente detectados por seus figurinos luxuosos e cabelos coloridos.Corriam de um lado para outro, como formigas coloridas, apressadas para terminar os últimos preparativos para o início da colheita.

Esse era uma, das poucas vantagens ou desvantagens (dependendo do seu ponto de vista) de pertencer ao último distrito que compunha a Millefiore, a colheita sempre era realizada mais tarde do que nos primeiros distritos.

Os olhos chocolate de Tsuna olhou em volta e capturou o brilho prateado das câmeras e microfones de vários tamanhos que estavam sendo colocados em quase todos os ângulos possíveis no grande átrio, juntamente com telões gigantes estalados em cada canto do lugar, inclusive um bastante colossal a cima do palco.

Com o canto dos olhos, o moreno visualizou uma corrente de uniformes brancos.

A White Spell um grupo de soldados originalmente vindos da capital ou do distrito dois, eram liderados por um único comandante designado a cada distrito. Eram responsáveis por manter a ordem e garantir que as regras da Millefiore sejam compridas.

Qualquer tolo que ousasse quebrar as regras seria punido com brutalidade (flagelações públicas) ou em casos mais azarados (pessoas que se opõem a Byakuran e seu império, e que abertamente falou mal do mesmo), os idiotas suicidas (só pessoas que eram incrivelmente estupidas ou suicidas ousavam falar mal de Byakuran) eram considerados traidores e imediatamente eliminados, juntamente com suas famílias.

Seus pertences “suspeitos” eram imediatamente confiscados e posteriormente incinerados.

Tsuna estremeceu quando teve um vislumbre de suas armas. Qualquer outro morador era proibido de portar qualquer tipo de arma, especialmente automáticas. Mas por outro lado, os guardas em branco eram sempre vistos carregando algum tipo de armas automáticas e metralhadoras. Esse era um dos principais motivos por serem temidos, além de suas características intimidades.

A sua direita Gokudera Hayato estava lançando olhares mortais para qualquer White Spell que ousasse se aproximar. O rapaz de cabelos prateados nunca gostou dos “Cães de Briga da Capital”, como acostumava chamá-los pelas costas. Tsuna deu graças aos céus que o garoto explosivo não fizera nada além de grunhir entre dentes e lançar brilhos mortais.

Caso o contrário, seu amigo teria virado uma peneira há anos.

Yamamoto estava do outro lado do moreno, olhando inexpressivo para as “formigas multe coloridas” carregando para o centro do palco duas estruturas esféricas, as “loterias” eram fixadas no mesmo ponto todos os anos. Tsuna sentiu o estomago revirar e se contorcer em ansiedade. Seu coração acelerado subiu para sua garganta, fazendo-o engolir em seco.

Seria esse objeto, aparentemente inofensivo, que decidiria quem iria sobreviver ou morrer. A visão das esferas translúcidas, por algum motivo, faziam os instintos do adolescente gritarem em alerta ainda mais do que o normal.

Tsuna não poderia suprimir um sentimento de mal estar, algo muito ruim estava prestes a acontecer.Ele só esperava que não tinha nada a ver com qualquer um de sua família ou amigos.

Nauseado, ele desvio os olhos das esferas da morte a procura deKyoko. A jovem, foi facilmente identificada entre as garotas da fileira dos 16 anos de idade, graças aos seus brilhantes cabelos alaranjados.A menina estava distraída conversando com outra jovem esguia, com longos cabelos escuros amarrados em um rabo de cavalo baixo.

Tsuna não pode identificá-la, pois a mulher misteriosa estava de constas pra ele. Na verdade a identidade da garota não importante, no momento o rapaz estava aliviado que Kyoko já não estava mais tão preocupada.

Por enquanto.

Seus olhos então se deslocaram para Lambo e Futta, ambas as crianças pareciam pálidas e trêmulas, especialmente Lambo.O suor frio escorria pelo pequeno rosto do menino e pingava na sua camiseta nova, seus grandes olhos verdes tentavam parecer corajosos e autoconfiantes, mas Tsuna podia ver que o pirralho chato estava com medo.

Apesar da arrogância, Lambo sempre fora um bebê chorão.

O jovem suspirou.

Ele queria estar confortando Lambo e Futta, mais a interação entre “candidatos” de idades diferentes era proibido durante a colheita. Se tentasse quebrar essa regra, era provável que não apenas o adolescente, mais também as duas crianças seria cruelmente punidos.

Tsuna lembrou-se de como o garotinho parecia aterrorizado,na noite passada depois de acordar de um pesadelo, o menino vaca tremia descontroladamente enquanto se agarrava ao pijama do irmão mais velho, grossas lágrimas caiam de seus olhos arregalados.

O moreno, se viu obrigado a acalmá-lo contando algumas “aventuras” de Primo e a Vongola (as mesmas histórias que seu pai costumava contar a ele antes de morrer).Futta, que também havia despertado de seu sono conturbado pelo choro de Lambo, se aconchegou do outro lado de Tsunaouvindo a história com olhos brilhantes.

Foi só quando o adolescente mais velho pensou que ambas as crianças havia sucumbido ao sono mais uma vez, Lambo finalmente expressou seus medos.

.::&::.

–Tsuna-nii?

Tsuna que havia acabado de embalar Futta em seus cobertores, olhou surpreso para a criança vaca, era raro ouvir Lambo e referir a ele como “irmão mais velho”.Normalmente o pirralho preferia chamá-lo de “Dame-Tsuna”, “BakaTsuna” ou simplesmente “Baka”, mais aparentemente hoje o menino de doze anos estava com muito medo para se fazer de durão ou chamá-lo por apelidos degradantes.

– Lambo-san está com medo. - Havia apenas honestidade na voz tremula do menino quando ele continuou. - Lambo-san não que ser escolhido, não quero deixar de comer a comida deliciosa da Mama ou brincar com Futta e I-pin... Eu não quero deixar Tsuna-nii também... Lambo-san não quer dizer adeus para NINGUÉM!!!

Tsuna olhou tristemente para criança agarrada a ele como um bote salva vidas, o que ele poderia fazer para tranquilizar o menino soluçando em sua camisa? Nunca fora muito bom em dar em encorajar pessoas!Nessas ocasiões ele deixava sua mãe lidar com a situação por si mesma, afinal a mulher era muito boa em consolar pessoas.

Respirando fundo, o rapaz tentou manter uma voz confiante quando ele bagunçou o cabelo de Lambo. O menino vaca olhou pra cima com grandes olhos verdes marejados com lágrimas não derramadas.

– Hey! não se preocupe tanto Lambo. - Falou o adolescente sorrindo gentilmente, com a mão ainda estava reconfortante sobre a cabeça da criança vaca. – Você não vai ser escolhido. Seu nome está apenas uma vez na loteria, é quase impossível para ele ser sorteado.- Ao ver o olhar duvidoso da criança, rapidamente acrescentou. - As chances estão completamente a seu favor!

Isso era verdade, normalmente se eles precisassem pegar “Tessela” (algo muito raro que acontecia apenas em épocas de inverno rigoroso e prolongados) todas as entradas eram colocadas no nome de Tsuna e ainda mais raramente no de Futta.

– Você vai ficar bem, eu prometo!

Os olhos verdes esmeraldas brilharam ligeiramente e o menino deu um pequeno sorriso de alivio.Tsuna raramente fazia promessas, pois acreditava que se uma promessa deveria ser comprida.Isso foi um dos poucos ensinamentos deixados pelo pai antes de partir.

“Lembre-se Tsu-kun. Nunca faça promessas que não pode cumprir,se você quebrar uma promessa a alguém, será como se tivesse quebrado sua confiança ...”

O dezesseis anos de idade sabia que era tolice prometer tal coisa a Lambo, pois já houve vários casos de tributos serem crianças de doze anos que foram colhidos e posteriormente mortas, mais ele não se importava com nada disso, tudo que Tsuna queria no momento era reconfortar Lambo e aparentemente o seu discurso improvisado havia funcionado pois a criança havia parado de chorar e agora olhava para Tsuna com grandes olhos vivos e um pequeno sorriso, houve uma pausa, onde ambos permaneceram abraçados em um silencio reconfortante.

Quando finalmente o adolescente de cabelos fofos pensou que o menino mais novo havia adormecido, Lambo falou novamente.

– Mais, se ainda assim eu for? -Sua voz saiu em um sussurro quase inaudível. Tsuna olho-o intensamente por alguns segundos.

– Você não vai. - Lambo se encolheu no tom duro, quase frio na voz do irmão. Ele nunca vira Tsuna tão sério antes, foi perturbador ouvir o moreno normalmente gentil agir tão fora de personagem.

Mais, por algum motivo egoísta Lambo estava feliz que Tsuna-nii levava a sério suas preocupações. Houve outro silêncio entre os irmãos apenas quebrado pela respiração suave de Futta vindo de trás de Tsuna (os três haviam unido os futonsparaformar uma única cama onde poderem passar a noite juntos).

–Agora, durma um pouco Lambo. - Tsuna finalmente se pronunciou, seu tom de voz de volta ao normal. - Você vai precisar de toda a sua energia amanhã!

Lambo bocejou em resposta e voltou a deitar no travesseiro seus olhos pesados pelo sono. Tsuna também se deitou exausto, pronto para cair de volta em um sono bem merecido.O moreno já estava semi inconsciente quando ele ouvir novamente a voz de Lambo.

– Eu te amo, Tsuna-nii...

O jovem arregalou os olhos imediatamente desperto e olhou para a criança vaca inconsciente, então lentamente sorriu.

– Eu também te amo Lambo.

O menino resmungou e o canto dos seus lábios se curvaram em resposta.

.::&::.

–Sawada!

O adolescente foi tirado dos seus pensamentos pela voz profunda de Ryohei, o menino mais velho estava na fileira a frente do trio onde os meninos de dezessete e dezoito anos eram enfileirados, milagrosamente o jovem enérgico havia estado todo esse tempo em silêncio, olhando o tempo todo para Kyoko com preocupação ou franzindo a testa para as “formigas coloridas” da capital enquanto abria e fechava os punhos em impaciência.

Tsuna olhou para o boxeador comexpectativa, mais o garoto mais velho apenas apontou para o telão onde o logotipo da Millefiore apareceu piscando a tela gigantesca, em sincronia com hino.

O filme começou a rodar.

O moreno magricela desviou o olhar. Não querendo rever o clipe deprimente que a capital criara dos dias escuros para tentar intimida-los. Ele já o vira um milhão de vezes afinal, as cenas nunca foram alteradas em anos e não seria hoje que isso mudaria. Por isso ele não via nenhuma necessidade de revê-lo novamente, afinal o filme o fazia se sentir doente e aterrorizado.

Seus olhos amendoados pousaram novamente sobre Lambo, o menino assistia ao clipe com olhos arregalados como se estivesse vendo-o pela a primeira vez em sua curta vida...

Tsuna soltou um suspiro melancólico.

Mais uma vez se sentindo inútil.

O tempo pareceu acelerar e antes que o adolescente de dezesseis anos percebesse, uma última nota sonora foi ouvida e o filme terminou deixando apenas uma tela branca que poucos minutos depois se acendeu novamente e se focalizou em Aria Giglio Nero, a prefeita responsável pelo distrito doze.

A bela mulher com repicados cabelos negros que tocavam levemente seus ombros delicados tinha uma marca nascença em forma de flor no lado esquerdo de seu rosto pálido e aparentava estar no final dos seus trinta anos. Possuía bondosos olhos azul meia noite que transmitiam serenidade.

A prefeita parou de frente para o microfone e olhou melancolicamente por alguns minutospara as crianças enfileiradas aos pés do palco, então finalmente soltou um suspirou e seus lábios finos se curvaram em um sorriso amargo.

– Hoje nos reunimos mais uma vez para lembrar e padecer dos dias escuros que outrora...

O adolescente a assistiu com uma pitada de tristeza e admiração. Era obvio que a mulher preferiria estar fazendo algo mais construtivo do seu tempo para ajudar seu povo, do que enviar crianças inocentes para morrer apenas para divertir pessoas dissimuladas que tratavam esse massacre como algum tipo de Reality show torcido.

Era apenas... Doentio.

Quando assumira o cargo, logo depois do súbito falecimento de sua mãe Luce. Aria começou a seguir os passos de Luce em ajudar da melhor maneira possível os moradores do doze.

Através de medicina, alimentos ou vestimentas que conseguira reunir graças a sua pouca influência. Doava o que tinha em excesso para os mais desesperados, às vezes se arriscando mais do que o necessário sem chamar a atenção da capital ou da White Spell apenas para ajudar na sobrevivência de seu povo.

Se não fosse por ela e Luce, a situação do distrito doze estaria ainda mais crítica. Mais apesar de todos os seus esforços o distrito doze ainda era o distrito mais pobre em toda a Millefiore.

A cada ano na época da colheita, a mulher se tornava mais pálida do que o normal, sua expressão transmitia exaustão apesar do seu pequeno sorriso gentil que enfeitava suas feições delicadas, seus olhos vividos se tornavam cinzentos quase sem vida. Aria parecia estar em uma constante batalha interna contra a si mesma e a sua moral quando permitia que a capital levasse duas das crianças que supostamente, deveria manter vivas.

Não havia escolha.

Nunca houve realmente uma escolha, há um longo tempo.

Aria sabia disso, se quisesse manter sua própria família viva e impedir a destruição eminente de seu distrito, ela teria que seguir obedientemente às ordens de Byakuran. Tinha que ser feito, mais não significava que doesse menos. A cada ano que se passava a prefeita assistia suas crianças morrer uma por uma, isso a destruía interiormente.

Após seu discurso, a mulher leu mais algumas palavras então se dirigiu a lista de vencedores do distrito doze. Não era muito longa, afinal só haviam três deles.

O mais velho, Timoteo di Nona o vencedor do 26 Jogos Vorazes, infelizmente havia falecido há alguns meses atrás. Pouco depois do seu último desempenho fracassado como mentor, não que o gentil velhinho não era bom no que fazia, afinal havia trazido dois de seus aprendizes vivos, mas por algum motivo os tributos do distrito doze sempre acabavam morrendo de maneiras lentas e dolorosas. Alguns acreditavam que o distrito era amaldiçoado e Tsuna não poderia deixar de concordar, apesar de quão absurdo essa teoria soava.

Apesar de ser um “assassino” o moreno respeitava e amava o velho Vector, pois o homem sempre havia sido gentil com ele - Especialmente depois do acidente e desaparecimento do pai, o garotinho tímido e o Vector haviam se tornado tão próximos que as pessoas poderiam confundi-los com avô e neto. Como Aria e Luce, o velho sempre tentou apoiar os necessitados tratando-os com respeito e amizade apesar de haver pessoas que o encaravam com desconfiança.

As crianças amavam o homem, especialmente quando ele lhes contava histórias sobre os dias sombrios antes da criação da Millefiore, juntamente com velhos contos de fadas esquecidos atualmente, ele também gostava de esclarecer qualquer coisa que despertava a curiosidade das crianças. Timótio tratava as como se fosse os netos que nunca teve. Quando ouviram sobre a morte do velho, Tsuna juntamente com a grande maioria dos moradores do distrito doze ficaram bastante abatidos com a perda.

Depois havia Lal Mirch, a mais recente vencedora do 75 Jogos Vorazes.

A linda mulher que parecia estar nos seus vinte anos ou mais. Tinha cabelos escuros azulados e olhos castanhos rigorosos que no momento encaravam venenosamente a mulher de cabelos rosa ao seu lado enquanto esta admirava suas unhas perfeitamente aparadas enfeitadas com esmalte púrpura e pequenas pedras preciosas, ignorando propositalmente o discurso da prefeita.

Tsuna estremeceu. Lal Mirch era absolutamente assustadora! Especialmente quando irritada, ele ainda podia se lembrar quando ela espancou impiedosamente com o seu chicote o tributo do Distrito I que havia sido suficientemente estúpido em tentar se “divertir” com a presa antes de matá-la.

O garoto gritou como uma menininha durante todo o processo até que a mulher se cansou e acabou com sua miséria decapitando-o com um único movimento do seu próprio machado. Foi uma cena perturbadora que até hoje fazia o moreno estremecer ao lembrar.

E finalmente havia Reborn, o mais jovem vencedor em toda a história dos Jogos Vorazes e também o mais letal assassino. Ele foi colhido quando tinha apenas 12 anos, tinha uma aparência frágil e pálida e profundos olhos frios cor de carvão, no começo do 65 Jogos Vorazes todo mundo pensou que o coitado como os outros assustados doze anos de idade não sobreviveria no banho de sangue, mais o aparentemente frágil menino surpreendeu todos quando sua pontuação foi revelada ser um grande e surpreendentemente doze.

No começo todos pensavam que era apenas sorte. Era impossível para uma criança de doze anos de idade ter ganhado a pontuação máxima sem nenhum tipo de treino, alguém deve ter tido pena dele, foi o que pensaram, mais mal sabiam eles que estavam muito enganados.

Na arena, apesar da óbvia desvantagem, Reborn não se intimidou. Armado com uma balestra que havia conseguido roubar em baixo dos narizes do grupo de carreiras ignorantes além da comida e outras coisas que iriam garantir sua sobrevivência por um longo período de tempo.

O menino aproveitou a oportunidade para instalar minas terrestres (que deveriam manter os tributos mais “animados” de dispara na frente antes da contagem regressiva ser concluída) no acampamento antes de sair. O grupo arrogante nunca soube o que os atingiu quando as minas escondidas sob seus pés explodiram pelos ares levando com sigo os adolescente e a cornucópia. Depois disso não foi difícil se rastrear os outros concorrentes e eliminá-los um por um como se fossem insetos insignificantes, o doze anos de idade, se movia com elegância e graça de um assassino treinado.

Seu grande feito rendeu-lhe o titulo do maior Hitman em toda a Millefiore. O homem parecia gostar do título.

Tsuna olhou ansiosamente para a figura desinteressada.

Reborn estava em seu acento aparentemente adormecido, seu chapéu de fedora caia sobre seu rosto fino escondendo-o da vista de todos. Com o falecimento de Timóteo, Reborn seria responsável por orientar o tributo masculino esse ano. Esse tipo de comportamento desrespeitoso era típico do assassino, então ninguém lhe dava mais atenção, ou simplesmente morriam de medo do que o homem poderia fazer a eles se ousassem falar demais. Tsuna temia o que o homem perigoso poderia fazer ao pobre coitado que caísse em suas garras...

– Agora passaremos a palavra a Lady Cervello.

Houve uma educada, mais pouco empolgada, salva de palmas enquanto a escolta estóica da capital, a mulher sentada ao lado de Lal Mirch, se levantou de seu assento e se dirigiu para o centro do palco. A mulher esguia apertando a mão da prefeita, antes de se dirigir ao microfone no pódio.

– Sejam todos bem vindos nesse dia fabuloso! - Tsuna se encolheu ao tom obviamente falso da mulher mascarada. Sua pele bronzeada fazia um grande contraste com o seu vestido balone branco puro e empoleirado sobre o seu longo cabelo rosa bebê havia uma mine cartola branca enfeitada com pequenas flores de cerejeira.

– Feliz Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre a seu favor!!!

Gokudera soltou um bufo irônico e revirou os olhos, Tsuna sabia que a mulher estava apenas usando termos técnicos como todas as outras de sua “espécie”. As Cervello eram um grupo de mulheres praticamente idênticas, dês da estrutura corporal até o ultimo fio de cabelo genético.

A única diferença entre elas era a altura e vestimentas.

O adolescente havia ouvido boatos que essas mulheres eram parecidas como os “vira-latas” vistos nos jogos. Mais diferentes deles, Byakuran as clonou e programou seus cérebros com o único objetivo de seguir-lo lealmente, obedecendo apenas as suas ordens.

Bem era o que diziam.

– Eu vejo que todos nós estamos empolgados! - O silencio era sua única resposta. –Não quero mantê-los em suspense, então vamos começar!

Ela se dirige para o primeiro globo de vidro.

Todos, especialmente as garotas enrijeceram-se e começaram a suar, algumas se tornaram assustadoramente pálidas enquanto outras pareciam quase às lágrimas. Tsuna viu Kyoko agarrar a mão da garota morena em apoio silencioso.

– Como sempre, le signoras primeiro.

A esfera começou a girar velosmente transformando-se em um redemoinho de cores, o rapaz cruzou os dedos e torceu: Qualquer uma menos Kyoko, qualquer um menos Kyoko, qualquer um...

– Uni Giglio Nero!

Houve um suspiro coletivo, alguns de alivio, mais a maioria era de tristeza e horror, a prefeita parecia estóica mais a dor em seus profundos olhos azul meia noite era bastante obvia.

Oh não, porque tinha que ser ela?

Tsuna fez uma careta de desgosto, apesar do seu alivio por não ser Kyoko ele reconhecia Uni, a garota era amiga de Kyoko e filha da prefeita. Ele não tinha muito contato com a adolescente, pois ela era de outra sala. Mais as poucas vezes em que se falaram o moreno notou que Uni era uma garota muito bonita (é claro que todos os meninos do doze também notaram) e amável que, como sua mãe e avó, estava sempre disposta a ajudar as pessoas.

Tsuna a conheceu a três anos, quando Nana adoecera no meio do inverno mais rigoroso que o distrito doze sofreu em anos, graças à neve e a falta de renda a situação da família havia se tornado desesperadora, para manter sua família viva e conseguir os remédios que a mãe precisava para se recuperar, Tsuna foi obrigado a procurar um emprego. Apesar dos seus esforços o rapaz não foi capaz de encontrar nada permanente graças a sua falta de jeito e força física exigida na mineração.

Ninguém queria um idiota desajeitado que mal conseguia levantar um saco de arroz sem suar.

Então Uni apareceu, e ofereceu um emprego com ajudante na sua mansão onde o menino fazia um pouco de tudo, dês de levar recados a jardinagem. Ela também se ofereceu para cuidar das crianças e Nana quando o adolescente estava fora, no começo Tsuna recusou dizendo que ela já havia feito muito. Mais no final a jovem era muito persistente e depois de cair inconsciente de exaustão (e ouvir a reprimenda de Kyoko e Nana) o rapaz não teve opção além de aceitar a oferta com gratidão e um pouco de constrangimento.

Em suma, Uni era muito amada, não apenas por sua família, mais por todos no distrito. Tsuna se sentia mal por ela e terrivelmente culpado por se esquecer temporariamente da garota que fez tanto por ele e sua família, Uni de todas as pessoas não merecia acabar assim.

Com o canto do olho viu a parede de adolescentes se abriu para revelar a misteriosa jovem de longos cabelos escuros, seu rosto pálido se moveu alguns sentimentos e Tsuna imediatamente reconheceu o delicado rosto de Uni Giglio Nero.

A jovem parecia estar paralisada em estado de choque por longos segundos, mas quando a With Spell se aproximou com intenção de escoltá-la para o palco a jovem rapidamente se recompôs e colocou de volta a sua usual fachada de calma e serenidade. Uni deu um pequeno sorriu educado para os seguranças carrancudos, se livrando do aperto em seu braço, a linda jovem caminho em direção ao palco com elegância e magnificência. Naquele momento a garota meiga e bondosa, filha da prefeita do distrito doze parecia a personificação de uma princesa imperial sendo escoltada para seu trono em vez de sua execução.

Tsuna a observou ir com admiração e uma pitada de fascinação. O moreno estava impressionado com a força de vontade inabalável da garota aparentemente frágil.

Uni sabia que esse poderia ser o seu fim, mais apesar dessa decepção ela não iria perder a esperança.

– Adorável! - A voz da escolta soou sem emoção apesar do sorriso animado que enfeitava suas características, quando a menina finalmente chegou ao seu lugar no palco, Cervello continuou. - Voluntários?

Não foi surpresa nenhuma quando ninguém se adiantou.

Houve apenas um silencio desconfortável, quando a maioria das garotas mais velhas desviaram os olhos, algumas pareciam lutar contra as lágrimas. Tsuna podia ver que estavam se sentindo culpadas, mais diferente dos distritos um, dois e quatro, que acreditavam que os Jogos Vorazes era um meio de adquirir gloria e se orgulhavam de participar do evento.

Eles até treinavam pra isso.

O distrito doze por outro lado sabia que entrar no jogo era o mesmo que assinar seu atestado de óbito. Ninguém era tolo o suficiente para se oferecer para tomar o lugar de outra pessoa, a não ser tivesse o desejo de morte. Por isso fazia anos que essa regra não era usada e na opinião de Tsuna ela já havia perdido seu valor, até mesmo a mulher mascarada a usava apenas por causa do roteiro.

Uni não se abalou com a falta de motivação das suas companheiras, muito pelo contrario, ela parecia quase aliviada?

Kyoko tinha lágrimas silenciosas caindo dos seus olhos cor de caramelo, seus lábios estavam firmemente selados enquanto ruiva lutava com os soluços, suas pequenas mãos estavam em punhos cerrados firmemente contra a saia de seu vestido verde pálido. Tsuna desejou desesperadamente poder confortá-la, ele odiava ver a menina angelical chorando.

Por um momento, os olhos úmidos cor de mel de Kyoko se encontraram com os de Uni e a ruiva imediatamente secou suas lágrimas olhando determinada ela abriu a boca, Tsuna prendeu a respiração, mas a princesa balançou a cabeça quase imperceptivelmente e olhou com firmeza para a amiga. A ruiva pareceu murchar e perder toda sua determinação, uma nova onda de lágrimas escorreu por seu rosto pálido e pingou sobre seu vestido.

Tsuna assistiu a troca silenciosa entre ambas as garotas com perplexidade, Kyoko estava prestes a...

– Agora para os signoris!

Foi à vez dos meninos empalidecerem ainda mais e começar a suar nervosamente. Tsuna apertou barra de sua camiseta desbotada que parecia muito mais um pêssego sujo do que laranja e prendeu a respiração.

A mulher esguia andou, quase flutuando, para o globo dos candidatos masculinos onde seu nome, Lambo, Fuuta, Gokudera, Yamamoto e Ryohei, estavam juntamente com dezenas de outros jovens.

O recipiente esférico começou a girar, girar e girar...

Tsuna queria desviar olhos, mais alguma coisa o obrigava a assistir hipnotizado à rotação multicolorida do orbe de vidro. Ele rezou interiormente para si mesmo, sua família e amigos.

Por Favor, Por Favor, Por Favor...

Depois do que pareceram horas, a rotação finalmente parou e Cervello tirou do fundo do recipiente um único papel cujo nome do novo tributo masculino estava escrito em uma caligrafia elegante, então cuidadosamente o abriu (Tsuna pensou que esse era o movimento mais torturante de toda sua vida patética).

Seus olhos correr pelas letras cuidadosamente redigidas pelo que pareceram horas, a mulher misteriosa finalmente olhou pra cima e falou no microfone com uma voz alta e clara.

– Lambo Bovino!


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Notas finais do capítulo

Eu escrevi um pouco mais do que isso, mais resolvi deixar-lo para o próximo capitulo para causar impacto maior.

Kufufu, eu sei que sou uma garota muito má! Mais não pude evitar. Espero que esse capitulo esteja satisfatório, já que eu introduzi novos personagens. O que vocês acharam de Uni? Ela futuramente pode ser um pouco OC, já que terei que fazer algumas modificações para o desenvolvimento da história.

Outra coisa que eu gostaria de perguntar, não faço ideia de que arma eles deveriam usar, especialmente Tsuna. Se alguém tiver alguma sugestão ela sera bem vinda, obrigada.

É só isso por hoje. Obrigada pela atenção, eu não sei quando o próximo capitulo poderá sair que agora vou me concentrar em escrever Nura + Vampire!

Beijos, até breve.
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