POV Tony

Fury me chamou na base da SHIELD, não sei porque mas ele disse que era urgente. Eu entrei numa sala onde ele estava além de ter uma menina de bem uns 13 ou 15 anos.

– Tony, que bom que chegou – a menina continuava me olhando desde que eu apareci no corredor, ela tinha cabelos pretos e olhos castanho-esverdeados penetrantes, pele branca e pálida. Ela me dá um pouco de medo.

– O que eu estou fazendo aqui? – perguntei logo.

– Venha comigo – ele me levou até fora da sala – essa menina é um tesouro para a SHIELD, ela tem poderes e será útil, quero que fique cuidando dela.

– Eu tenho cara de babá por acaso? Por que ela não fica com os pais?

– Porque eu não tenho pais, eles morreram – uma voz falou na minha cabeça, olhei para a menina que me olhava com uma das sobrancelhas arqueada.

– Os pais dela morreram, a encontramos roubando pelas ruas.

– É verdade, eu precisava comer né? – a voz falou.

– Então ela é órfã e querem que eu sirva de babá até ela ter alguma utilidade para vocês. É isso?

– Não exatamente, você funcionará como um irmão mais velho adotivo – disse o caolho.

– Chamando ele assim pelas costas, bonito hein – a voz de novo.

– Não tem nenhum outro para tomar conta dela?

– Não, vai ter que ser você.

– Por que?

– Vocês se parecem e para dar um jeito na sua maneira de viver.

– Deixa eu viver do meu jeito.

– Vai ficar com ela, é sua missão.

– Eu não sou agente, só consultor.

– Mas vai cuidar dela e pronto.

– Não tem jeito mesmo?

– Não.

– Então tá, eu fico com ela – olhei para ela que estava sorrindo e me assustando e mexendo num papel de chocolate, que ela já tinha comido. Entramos na sala.

– Tony Stark, esta é Amanda, Amanda, este é Tony Stark.

– Prazer em te conhecer Sr. Stark.

– Igualmente – depois disso nada mais foi o mesmo.

POV Amanda (agora Stark)

Eu estava na mais nova Torre Stark, em Nova York, faz dois anos que estou com Tony, a torre tem sua própria fonte de energia. Eu tenho um andar cheio de “brinquedinhos” só pra mim, Tony e Pepper estavam tendo 12% de um clima e eu estava no meu quarto, no computador, observando a conversa deles, eu sei ler mentes, tá. Eles foram interrompidos por um agente da SHIELD, o Phil, ele é legal, Pepper foi logo para Washington, deixando Tony ocupado, já que Phil veio falar de negócios, Phil levou ela até lá.

– O que foi Tony? – eu entrei perguntando.

– Trabalho, muito trabalho.

– Loki? O deus do fogo da mitologia nórdica.

– Quem?

– O cara que está com o Tesseract.

– Ah, tá.

– Você vai ter que ir até a SHIELD né?

– Vou, mas primeiro tenho que ver tudo isso.

– Eu te ajudo, mas não me deixa sozinha, você sabe o que acontecerá, um desastre.

– Sim, nunca mais te deixo sozinha de novo.

– É bom mesmo – eu mudei a vida dele, e ele a minha, ele era mais responsável e eu só aprendi a me descontrair, ele é um amigão, o considero meu irmão.

Não paravam de sair as notícias de que em Stuttgart, na Alemanha, um estranho vindo de outro planeta estava ameaçando dominar o mundo, Tony estava quase acabando, com a minha ajuda, é claro, depois disso ele foi até a fonte das notícias, Alemanha, depois fui levada até o Aero - Porta Aviões da SHIELD, eu também tinha um lugar só pra mim lá, uma espécie de quarto, eu tinha levado o básico, meu notebook, não vou a nenhum lugar sem ele e meu celular, roupas eu sei que me dariam lá.

Tony foi conversando com Phil sobre a namorada dele violoncelista que voltou a Portland, achei triste isso, ele foi até onde os outros que foram chamados estavam, como eu sei que ele vai tentar invadir a SHIELD, eu vou garantir isso a ele, o sistema dele é devagar, sem ofensa JARVIS, mas é sim, rapidinho eu entrei e sabia qualquer código, todos os podres da SHIELD eu sabia agora.

Eles tinham trazido um prisioneiro, o Loki, que quer dominar o mundo. Eu preciso falar com ele. Sei que consigo descobrir os segredos dele mais rápido que os da SHIELD, não que eu não saiba sobre ele, eu sei tudo sobre ele, sem precisar ler a mente dele. Tony entrou no meu “quarto”.

– Quero que fique longe do prisioneiro tá.

– Por que?

– Não quero que ele acabe fazendo algum mal a você.

– Então não deviam ter prendido ele em uma jaula de vidro.

– Nada vai acontecer com você, eu prometo.

– Eu sei me cuidar, sabe isso melhor que ninguém.

– Sei, mas se qualquer coisa acontecer com você, eu não me perdoaria.

– Nada vai acontecer.

– Ótimo, agora vem comer, você deve estar morrendo de fome.

– Não, eu ainda não estou tão agressiva assim, se eu tô com fome eu fico irritada e agressiva, eu não estou nenhum dos dois.

– Mas vamos comer, porque quem tá com fome sou eu.

– Eu sabia – rimos e conversamos, ele é muito divertido e responsável em relação a mim, as vezes é muito protetor e esquece que eu tenho 15 anos e sei me virar muito bem, mas é até bom ter alguém para me proteger que não seja do “além”.

Fomos tomar café com os outros, o dia já tinha amanhecido, eu precisava falar com o Loki, tenho assuntos a tratar com ele, a muito tempo tenho coisas a falar.

Isso vem desde minha mãe muito querida, que deve estar no céu agora, mentira, mas o importante é que eu tenho que falar com ele, só que não sei onde ele está, brincadeirinha, eu só preciso escapar deles, depois de pegar o que ia comer, ir para onde Tony estava, eu ia comer e claro, estava começando a ficar irritada e a ironia vem automaticamente, então eu preciso comer.

– Então, quem é ela – perguntou Steve Rogers.

– Minha irmãzinha – disse Tony tentando mexer em meu cabelo, o que é impossível, ninguém mexe no meu cabelo, eu segurei sua mão antes de ele chegar perto.

– Que reflexo – disse Steve.

– Sou rápida, lembre-se Tony, eu sei tudo o que você vai fazer.

– Às vezes esqueço.

– Mas como? – Steve de novo.

– Como o quê? – eu perguntei de volta.

– Como pode saber tudo o que ele vai fazer?

– Sabendo.

– Mas como você sabe?

– Sabendo.

– Como?

– Sabendo.

– Por que?

– Porque eu sei.

– Mas eu quero saber como? – Tony já estava com um leve sorrido, se segurando pra não rir da situação.

– Simples, eu sei ler mentes – ele até recuou um pouco, eu falei na cabeça dele.

– Foi você? – eu assenti, Tony sabia o que estava acontecendo ali.

– Foi ela sim, agora que sabe vamos voltar a comer, foi a primeira coisa que eu soube, que me falaram sobre ela.

– Quem te disse?

– O próprio Fury.