Felizes... para sempre? escrita por Enthralling Books


Capítulo 14
Difícil de acreditar?


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas... Voltei com mais um capítulo para vocês.
Quero agradecer a RobertaHunter pela minha terceira recomendação... Eu tinha acabado de fazer uma prova em pleno DOMINGO, cheguei em casa cansada e estressada e então vi... Melhorou o meu dia e eu amei cada uma de suas palavras, obrigada.

Para quem ainda não votou sobre o que querem que aconteça com Clarkson, esta é a última oportunidade. Se alguém quiser mudar o voto depois de ler este capítulo, fique a vontade.

Boa leitura...



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Acordei com a luz do sol no meu rosto. Olhei em volta e percebi que o álbum de Nicole ainda estava aberto na cama, e a nota de America estava por cima dele. Sorri.

Rei Maxon,

Este será o último DVD, o último álbum de fotos e a última nota que escrevo. Às vezes imagino que vossa majestade compare os álbuns e perceba o quanto Nicole cresceu. Onze anos é muito tempo. Um pensamento infantil, não acha? Que fique vendo todos os álbuns num mesmo dia. Nicole está bem. Cercada por guardas vinte e quatro horas, mas feliz por estar de volta. Costumava ter pesadelos e ainda tem alguns, mas cada vez menos frequentes. Deve estar se perguntando o porquê de este ser seu último presente. Nicole e eu voltaremos para Illéa em breve. Vai esperar sua filha no aeroporto?

Despeço-me pela última vez,

Lady America.

P.S: Vai ser estranho ouvir todos me chamarem de Lady outra vez. Aqui me chamam Signora.

Quando comecei a ler, quase entrei em desespero. America não podia estar me privando daquelas lembranças da minha filha. Simplesmente não podia! De repente America confessa que me imagina vendo os álbuns e diz ser um pensamento infantil. Não sei o porquê, já que é exatamente isso que eu faço nos aniversários de Nicole. Desde que fiz da data um feriado, tenho evitado marcar reuniões para que eu também possa comemorar, e comemoro justamente comparando os álbuns. Antes, minha mãe me acompanhava, mas agora ela prefere me deixar com meus pensamentos. Eu deixo o álbum com ela sempre no dia seguinte.

Sabendo que eu ainda estava preocupado com nossa filha desde o sequestro, America fez questão de me notificar sobre o estado dela. Fiquei feliz com a notícia de que Nicole estava bem e feliz com o fato de America me manter presente na vida dela, mesmo com a distância. Temi que nossa filha pudesse ter ficado traumatizada, mas America me livrou desse medo.

Finalmente, acabando com meu desespero inicial, recebo a notícia de que ambas voltarão para Illéa. Não sei se hoje, amanhã, daqui a um mês ou a seis, mas seria em breve e em menos de um ano, já que esse seria meu último presente. Eu poderia ter chorado de alegria, ou começado a gritar, ou a andar em círculos como eu normalmente faço, mas só fiquei lá, parado como uma estátua, com um sorriso bobo no rosto, e pensando em não mais do que cinco palavras: “America e Nicole vão voltar!”.

Eu precisava muito me lembrar de agradecer Nicolleta, May e Kiah pelo que fizeram. A verdade é que America fez muito mais do que eu nos últimos anos: o DVD extra para os conselheiros que ela mandou ano após ano abriu os olhos da maioria deles para a líder poderosa que Nicole poderia ser. Aprendendo com líderes e generais das grandes nações, minha filha tem potencial para elevar Illéa à estabilidade e ao desenvolvimento, e sete conselheiros, relutantes, admitiram isso. Os dois que faltavam estavam irredutíveis, mas com a pressão das três rainhas não tiveram para onde correr.

Me levantei da cama, tomei um bom banho quente, me arrumei e desci para o café da manhã, logo após chamar Nicole pelo Holograma, que não mostrou imagem nenhuma. Estranho.

– Bom dia. – Cumprimentei meus pais, que já estavam comendo.

– Bom dia – Responderam em uníssono.

Entreguei o álbum de fotos para minha mãe e reparei na ansiedade que ela sentia por ter aquilo nas mãos.

– Já soube da notícia? – Meu pai perguntou ainda olhando para seu prato.

– Que notícia? – Encarei-o.

– Shalom Singer sofreu um acidente. Não sei em que condições, mas soube que ele está no Hospital da Monarquia. – Respondeu.

– Sabe o que aconteceu com ele, Clarkson? – Minha mãe perguntou antes que eu pudesse tê-lo feito.

– Não, não sei. Sei apenas o que um repórter que estava no palácio agora de manhã me contou. Ao que parece, ele também não sabia.

– Vou me lembrar de ligar para Magda e perguntar como ele está e se está precisando de algo. – Comentei.

Algum tempo depois vejo um mensageiro vindo em minha direção, e me preparo para ouvir oficialmente a notícia que meu pai me dera segundos antes.

– Majestade, há um homem querendo falar com o senhor, diz que é urgente.

– Quem é?

– Aspen Leger, majestade. – Aspen? O que estaria fazendo aqui? Ele não foi para a Itália também?

– Peça que entre, obrigado.

O mensageiro fez uma segunda reverência e saiu pela porta lateral por onde Aspen entrou, segundos depois.

– Aspen? Não esperava vê-lo. Quer sentar-se e tomar café conosco? – Perguntei cortês. Aspen e eu desenvolvemos uma estranha amizade quando passamos a entender o ponto de vista um do outro. Desde que ele ficou noivo de Lucy, o meu ciúme dele com America se abrandou e criamos uma espécie de companheirismo. Eu podia confiar nele para cuidar dela caso eu não pudesse e foi exatamente isso que ele fez.

– Não, obrigado. Vim trazer a notícia de que o senhor Singer está em coma no Hospital da Monarquia – Em coma?!

– Eu soub... – comecei.

– E que Lady America e a princesa Nicole estão em Illéa. – Completou.

– O que?! Quando foi que elas chegaram?! – Perguntei alarmado.

– Ontem à noite. America pretendia dormir na casa dos pais e vir ao palácio pela manhã, mas quando recebeu a notícia foi imediatamente ver o pai.

– Nicole está na casa dos Singer ou no Hospital? – Precisava ter uma visão geral do que estava acontecendo para saber o que fazer.

– No Hospital. America pagou por um quarto para ela dormir e Lady Kenna ficou com ela.

– Alguém mais sabe da chegada das duas? – Perguntei.

– Provavelmente boa parte do país, já que as enfermeiras contataram a imprensa. A sala de visitas está cheia de câmeras.

– Trouxeram guardas com vocês? – Se a imprensa foi chamada, não dava pra contar com sigilo e muito menos descuidar da segurança.

– Sim. Vieram dez conosco e estão lá com as duas. – Menos mal. Somados aos guardas da família de America, devem dar uma boa proteção. – America pediu para avisá-lo que ela deixará Nicole vir para o palácio sem ela, se você for buscá-la. Disse que o Hospital não é um bom lugar para a filha e ela não pode ver o avô, de qualquer jeito, por causa da idade. Não há razão para mantê-la lá.

– E por que não deixaram a menina na casa dos Singer? – Meu pai perguntou.

– Para não ter que dividir os guardas. Além disso, duvido muito que America se separaria da filha.

– Não disse que ela autorizou a vinda de Nicole para o palácio? – Minha mãe entrou na conversa.

– Sim, autorizou. Mas apenas se Maxon for buscá-la.

– Maxon, eu posso ir, se quiser. Nicole é minha neta e America me considerava como sua mãe. Não vai desconfiar de mim. – Minha mãe se ofereceu.

– Obrigado, mãe, mas eu mesmo tenho que fazer isso. Prepare tudo por aqui, logo teremos uma princesa neste palácio.

Não terminei meu café da manhã, apenas saí em direção ao meu quarto, com Aspen me acompanhando.

– Acho que nunca vou te agradecer o suficiente por ter cuidado da minha família. – Comentei sinceramente.

– Você já agradeceu: cuidou da minha mãe e dos meus irmãos. Não precisava fazer isso, eu sempre enviava dinheiro pra casa, mas mesmo assim cuidou deles. – Respondeu.

– Era o mínimo que eu podia fazer. Já foi visitá-los? – Mudei de assunto.

– Ainda não. Vou até o Hospital ver se está tudo certo com os guardas italianos primeiro. Lucy e Evans estão com os Singer me esperando.

– Ainda não conheço seu filho, – Notei – mas sinto como se o conhecesse. Nicole me falou dele.

– Nicole e Evans são muito parecidos. Ela acha que tem cuidar dele porque é mais velha, mas ele acha que tem que cuidar dela porque é menino. Lucy conta histórias; diz que “cavalheiros tem que cuidar das damas”. Ele é um bom garoto.

– E quer ser estrategista militar e o Guardião da Família Real como o pai? – Perguntei para ver a reação dele.

– O que? America me falou sobre ser estrategista, mas não sei da parte de ser Guardião. – Paramos no meio do corredor.

– Confio em você para cuidar de America e de Nicole. É um bom amigo, Aspen. Se não quiser uma responsabilidade a mais, eu vou entender, mas...

– Eu quero. É o que eu sei fazer de melhor... Mas por que Guardião? Achei que o título fosse Chefe da Guarda Real e não Guardião da Família Real.

– É porque não é a mesma coisa. Sei que aprendeu muito lá fora. Quero que monte sua equipe, com os soldados de sua confiança e apenas os mais capacitados. Quero que os treine da forma que desejar e que ensine tudo o que sabe. Vai ser uma espécie de elite entre os guardas e o cargo será vitalício. Além disso, gosto de como a palavra Guardião soa. Você não?

– Sim. É uma palavra legal. – Reparei que ele estava pensativo. Provavelmente pensando em quem escolheria ou o que faria.

Quando chegamos ao terceiro andar disse que ia pegar algumas coisas e depois o encontraria para irmos. Ele disse que iria chamar dez guardas para iniciar o treinamento de imediato. Questionei sobre isso, afinal ele passou onze anos na Itália, mas ele apenas respondeu que tinha um amigo aqui dentro que poderia ajudá-lo: Soldado Avery, um dos poucos remanescentes da época da Seleção.

Os soldados mais velhos geralmente ajudavam com o treinamento dos mais jovens, já que o condicionamento físico deles não era mais o mesmo. Soldado Avery ainda está forte, mas prefere treinar os recém-chegados, então com certeza vai saber os que têm potencial.

Não sabia quanto tempo ficaria fora do palácio, mas acreditava que não seria muito. Preparei uma mala com três calças, quatro camisas, dois pares de sapatos, toalha, escova e creme dental e outros itens de higiene pessoal. Inclui os DVDs de Nicole - que eu não sei para que vou levar, mas não consegui deixá-los no palácio - e uma de minhas câmeras fotográficas.

Voltei a percorrer os mesmos corredores, mas não fui para a Sala de Jantar, e sim para a saída. Encontrei com meus pais e me despedi brevemente, garantindo que voltaria logo.

Três carros nos levariam para o Hospital da Monarquia na província. Quatro guardas iriam no carro da frente; eu, Aspen e Avery no carro do meio; e mais quatro guardas no carro de trás. Devemos ter levado cerca de uma hora para chegar, mas, com a minha ansiedade, pareceu uma eternidade.

Fui conversando em boa parte do caminho, mas nos minutos finais já não conseguia me concentrar na conversa. Acho que Aspen deve ter notado porque de repente começou a falar do filho para Avery.

E então o carro parou.

Os guardas dos outros carros saíram primeiro para conter a imprensa. Eu saí depois, com meus dois companheiros de viagem fazendo a minha escolta para dentro do Hospital.

As imagens foram se passando como um borrão na minha frente: Pessoas. Câmeras. Flashes. Recepção. Corredor. Elevador. Sala de visitas. Pessoas. Câmeras. Flashes. Corredor. Uma porta. Pessoas.

Primeira imagem focalizada: America.

Segunda imagem focalizada: Shalom Singer.

Vesti o roupão e a touca numa velocidade impressionante para poder entrar.

– America?

Ela virou em minha direção. Não importa quantas vezes eu a tenha visto pelo Holograma, a beleza dela me impressionou. O tempo fez muito bem a ela. E havia algo diferente em vê-la agora: Realidade.

– Oi, Maxon.

– Oi. – Isso é o melhor que eu posso fazer? Sério isso? – Eu sinto muito por seu pai.

– Não sinta. A culpa não é sua.

– Como ele está?

– Eu não sei. O médico disse que não tem como saber se ele escuta quando falamos ou se sente quando o tocamos, mas a situação está estável. Isso não é exatamente um consolo, mas... – Ela abaixou a cabeça, provavelmente sem saber como completar a frase. Odiei vê-la tão impotente.

– Vai ficar tudo bem. Precisa ter esperanças. – Ela assentiu – E como aconteceu?

– Um problema no carro, eu acho. Tentaram me explicar, mas não consigo me concentrar em nada do que dizem.

– Ele vai acordar logo. – Abracei-a de lado. Senti tanta falta de tê-la em meus braços! Apenas queria que tivéssemos nos reencontrado em uma situação diferente. Ela se manteve rígida durante o abraço. Tentei minimizar minha frustração pensando que a distância dela era apenas resultado da angústia pelo pai.

– Venha. – Ela se levantou – Já estou aqui há horas. Preciso comer alguma coisa e tenho certeza que você quer conhecer certo alguém.

A segui para fora e ela me levou por um caminho diferente de por onde entrei. Quando chegamos a um corredor mais distante, America colocou a mão sobre a maçaneta de uma porta branca e pediu que eu esperasse ali.

Magda, Kenna, Astra – que já tem dezessete anos – e cinco guardas saíram porta afora e me cumprimentaram. Depois a porta se abriu novamente.

– Entre. Tem alguém aqui que quer muito vê-lo.

Estava nervoso. Acho que, se me concentrasse, poderia ouvir meus batimentos cardíacos. Caminhei até a porta e quando a atravessei, vi Nicole sentada em uma cama hospitalar, provavelmente tão assustada quanto eu.

– Papai? – Meu coração disparou.

– Filha. – Finalmente.

Em um segundo vi minha filha. Em outro, vi um vulto e uma cama vazia. Em outro fui jogado para trás, sentindo dois braços ao redor do meu pescoço. Segurei-a, tirando-a do chão. Apertei sua cintura com toda a força que me permiti, sem machucá-la.

– Minha filha. – Coloquei-a em pé, segurei seu rosto com as duas mãos e comecei a beijá-la. Na testa, nas bochechas, no queixo, no nariz. Ela ria e chorava. Não me preocupei com as lágrimas dela. Eu estava chorando também.

– Esperei tanto por isso, pai. – Ela me abraçou outra vez, agora pela cintura.

– Eu também, filha, eu também. – Curvei-me um pouco para corresponder seu abraço.

– Pai? – Nicole olhou para mim.

– O que? – Olhei para ela. Ainda tinha os meus olhos e a cor do meu cabelo, mas agora tinha outros traços meus também. Ela é a mistura perfeita entre America e eu.

– Nós três vamos ser uma família agora? – Me fitou esperançosa.

Olhei para America. Seus olhos estavam vermelhos e lacrimejantes, suas mãos tremiam. Ela sorriu.

– Nós sempre fomos uma família, Nicole. Mas, sim, agora vamos ficar juntos.

– Promete que, não importa quanto tempo passe, vamos sempre voltar pra casa? – Ela pediu.

– Eu prometo. – Respondi sinceramente. E não importa o custo que eu teria que pagar, me empenharia ao máximo para cumprir esta promessa durante toda a minha vida.

Conversamos muito, America, Nicole e eu, mas percebi que ela ainda estava distante. Provavelmente a situação do pai impedia que ela ficasse muito contente.

– Querem saber? Que tal comermos alguma coisa na lanchonete do hospital? Só nos três.

– Nosso primeiro lanche em família vai ser numa lanchonete de hospital? – America perguntou com uma sobrancelha arqueada.

– Quem se importa de onde estamos, mãe? Pessoas no hospital também têm que comer. Vamos? Por favor. – Nicole respondeu por mim.

– Passou trinta minutos com o pai e já está contra mim? – Brincou. – Que posso fazer? Vamos, então.

Sorri. Pela primeira vez em muito tempo, senti como se tudo o que eu precisasse estivesse bem na minha frente.

Quinze minutos e muitas fotos depois, estávamos na lanchonete comendo e brincando de adivinhar do que a comida era feita. Saí em desvantagem já que estava acostumado às comidas enfeitadas do palácio. Nicole e America passeavam muito pelo mundo todo. Conheciam culinárias que até eu, que recebi inúmeros líderes internacionais em recepções, desconheço. Além disso, sabiam o que era uma comida simples, matéria em que eu seria reprovado.

Minutos depois, America fixou os olhos em alguma coisa atrás de mim, e ficou tensa imediatamente.

– Mãe? Aconteceu alguma coisa?

– Filha, pode voltar para o quarto? Chame sua vó, sua tia e sua prima para ficarem com você lá. Eu preciso conversar com seu pai. – Estranhei o tom de voz dela. Definitivamente, tinha acontecido alguma coisa.

– Mas... – Percebi que Nicole não gosta de ser excluída.

– Depois eu conto o que é, mas preciso ficar sozinha com seu pai agora. Vai.

Nicole me deu um beijo na bochecha, deu um beijo na mãe, chamou dois guardas e saiu.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei preocupado.

– O Jornal Oficial ainda é apenas às sextas-feiras? – Estranhei a pergunta.

– Sim, por quê?

– Porque Clarkson está na televisão fazendo um anúncio ao vivo.

– O que? – Virei-me para ver o que ela olhava e vi uma televisão no outro lado da lanchonete. O que meu pai pensa que está fazendo?

Filhos e filhas de Illéa, é com grande pesar que lhes digo que mais um membro da família real foi considerado indigno. Eu recebi o trono de meu pai, o rei Porter Schreave I, e o passei para meu filho, para que governasse com equidade e justiça. Por causa de seu despreparo e da minha preocupação com Illéa, concordei em carregar o fardo que é sustentar toda uma nação por cinco anos além do que eu deveria. Mas não sou perfeito. Não pude instruir meu herdeiro de maneira que ele viesse a atender os anseios do povo, representado através de um conselheiro de cada província. Ao contrário, meu filho mostrou-se um tirano, impondo sua vontade através de vias corruptas e vergonhosas. Maxon Calix Schreave não pôde tolerar que discordassem de suas ideias, e baniu do conselho, através de testes fraudulentos e alianças invasivas, todos aqueles que assim o fizeram. Todos sabemos ainda da sua falta de perspicácia em apoiar a deposição de sua própria esposa, grávida da menina que poderia vir a ser a herdeira de Illéa, em que eu, há muitos anos atrás, apenas anunciei. Mas se naquela época sua atitude fora precipitada, hoje tomo uma decisão que os surpreenderá, mas que é necessária para o desenvolvimento de uma Illéa forte e justa, decisão esta baseada em muitas reflexões, que me tiraram o sono por muitas noites e fizeram cair muitas lágrimas dos meus olhos, tendo em vista que falo de meu filho.

Eu, Clarkson Schreave I, fui quem investiu autoridade sobre Maxon Calix Schreave I, que jurou agir honestamente e de acordo com as leis, os costumes e as tradições dos filhos e filhas de Illéa, mas mostrou-se perjuro. Sou, portanto, o único digno de retomar esta mesma autoridade que o concedi. De hoje em diante, e para sempre, declaro Maxon Calix Schreave I de Illéa deposto do seu trono e destituído de toda a sua autoridade, domínio e poder. Seus descendentes não poderão reinar e a coroa jamais tornará à sua família.

Retomo este pesado fardo, e ponho sobre a minha cabeça a coroa de Illéa, uma vez mais. Sem herdeiros, a coroa de Illéa passará, após a minha morte, ao homem que, em vida, eu julgar digno de sustentá-la. Ele não terá o meu sangue, mas terá o meu nome e será como meu filho, meu único filho.

Felicitem e saúdem o seu rei, Clarkson Schreave I.

Boa noite, Illéa.

– Maxon? – Ouvi a voz de America, carregada de preocupação, me chamando.

– Eu fui deposto? – Perguntei incrédulo.

– Eu sei. É difícil de acreditar que esteja acontecendo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E o Maxon continua sofrendo as consequências de sua precipitação em depor America. Mas não me joguem pedras, já podiam esperar que America voltaria da Itália junto com as confusões. Estou esperando as ameaças de morte aos personagens nos comentários... kkkkk.
Beijos e até lá.



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