A Carta escrita por Eileen Ross


Capítulo 1
A solidão,A carta, O amor e o Arrependimento...


Notas iniciais do capítulo

outra one-shot minha ;p
espero que gostem dessa.
leiam ouvindo Lost in Paradise, sei que talvez a letra não tenha nada have com a história, mas acho que se encaixa com o clima da fic.



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A tarde chuvosa com o céu cinza-grafite contrastava bem com o seu humor. Estava trancado em seu escritório, entre penas e papéis, pelas janelas entravam o vento frio desalinhando seus belos cabelos loiros.

Malfoy tomara de conta dos negócios da família, depois que seu pai Lucius falecera, deixando algumas contas e sua mãe inconsolável. Haviam se passados 10 anos desde a guerra, A derrota de Voldemort e a libertação do mundo bruxo. Dez anos que ela se foi. Pensava ele frequentemente. Procurava alguns papéis nas gavetas da sua escrivaninha, quando achou uma carta endereçada a ele, ele reconhecia aquela caligrafia, Relaxou na poltrona e abriu a carta, ainda hesitante começou a ler.

Caro Draco

Sei que talvez estarei morta quando ler isso, bom, por onde começar? Pelo começo lógico.

Sei que nesta guerra somos de lados opostos, você preferiu as trevas, eu a luz, mas talvez sua escolha não fosse realmente sua e sim do seu pai. Quero que saiba que por mais que briguei com você, eu continuei te amando intensamente e pretendo amar até o fim desta vida.

Por mais que meus amigos tentassem me afastar de você, não conseguiriam. Eu imaginava que o que eu sentia era apenas uma paixonite boba de adolescente, mas quando vi a guerra iniciar-se diante de meus olhos, percebi que o que realmente eu sentia era amor. Pois tinha medo de perder você.

Bom, agora cá estamos nós, eu com Harry e você com Voldemort, meio irônico não? Duas pessoas que se amam de serem de lados opostos em uma guerra, daria uma bela história de romance.

O Objetivo desta carta é descrever o que eu sinto por você, e então lá vai.

Draco, quando estávamos juntos, eu me sentia estranhamente segura, sentia como se não houvesse mais guerra ou preconceito. Sentia como se estivéssemos em uma redoma, um mundo particular, sem problemas. Apenas Amor. Seus beijos faziam me sentir viva, livre.

Então por força do destino nos separamos. Pra mim foi uma das experiências mais dolorosas da minha vida. Os dias se arrastavam sem sua presença, eu sentia desânimo, tristeza e dor, emagreci devido à eu não me alimentar direito. Ron e Harry ficaram preocupados lógico, me forçavam a comer nem que fosse um grão de arroz. Na frente deles e de Gina, eu forçava um sorriso e dizia que estava bem e só. Harry porém desconfiou e veio falar comigo...eu contei todas as minhas dores a ele, que me compreendeu e me consolou. Harry é como um irmão pra mim.

A cada dia que se passava eram anunciadas mortes, e eu rezava para você não estar no meio. Conforme Voldemort se fortalecia, eu tinha certeza que você estava bem. Mas minhas dores nunca passam. Sinto sua falta.

Quero que saiba, que te amo mais que tudo! Depois dessa guerra prometo que ficaremos juntos sem ninguém nos incomodando, ou ameaças de morte.

Com Amor

Hermione G.

Ele não pode conter duas grossas lágrimas de caírem, quando terminou de ler a carta. Não, nunca ficaremos juntos. Pensava e mais lágrimas caíram.

Ela era forte e corajosa, porém, fora morta pelas mãos de Voldemort. Hermione estava duelando quando viu ele erguer a varinha em direção a Harry, que estava de costas duelando com um comensal, Sem pensar duas vezes atirara-se na frente de Harry, o protegendo da Maldição Imperdoável. Ele lembrara-se bem de como Potter havia ficado ao ver Hermione cair morta, ele entrara em choque e começara a correr atrás de Voldemort, Já ele Draco, manteve a máscara fria, mas quando finalmente Voldemort fora derrotado, ele juntara-se a Potter e os dois choraram livremente a morte da Castanha. No seu enterro, foram feitos várias homenagens a ela pelos Weasley, Por Potter e Por todo mundo bruxo, e ele ficara de longe assistindo o enterro, com o coração dolorido.

Memórias dela vinham a sua cabeça. Lembrava-se de quando eles se beijaram pela primeira vez. Fora durante uma detenção com Filch, ela estava com o balde de sabão na mão para limpar os troféus, quando derramou o conteúdo, escorregou e caiu em cima dele o beijando.

Lógico que naquela época eles ficaram com nojo e raiva um do outro. Mas demorou para Draco aceitar que aquele beijo fora bom demais. Ele lembrara –se do segundo, havia sido no corredor da sala precisa, quando ele a viu andando só, caminhou até ela, enlaçou a sua cintura e a beijou intensamente, e ela correspondeu de tal forma. Eles começaram a namorar escondido, na frente dos outros xingamentos, sozinhos beijos e abraços.

O maior choque fora de Potter e Weasley quando descobriram, eles pararam de falar com ela por um mês, e ela lógico ficara deprimida, mas depois de algum tempo Potter aceitara se aquilo a fazia feliz, e Weasley, ele aprovara também, mas não queria vê-los se beijando.

E fora um longo e bom namoro até a despedida.

Flashback

Era a noite do último dia de aula em Hogwarts, alunos felizes trocavam endereço, todos estavam feliz, menos é claro duas pessoas de lados opostos. Hermione lhe mandara um bilhete dizendo que queria vê-lo. Depois do jantar, eles se encontraram numa sala vazia, A primeira reação dele foi beijá-la intensamente, mas ela se desvencilhou rápido do beijo.

-O que houve? -indagara confuso

-Draco...- ela respirou fundo e continuou- não vamos fugir da realidade, por favor...

-Hermione eu não compreendo- disse passando a mão nos cabelos.

-Nessa guerra somos de lados opostos, lados inimigos... acho que já está na hora de definir o que é prioridade- Ela falou encostando-se numa mesa e abaixando a cabeça.

-Está terminando comigo? - havia um tom de mágoa em sua voz

-Sim, eu estou! Mas não é fácil... veja pelo meu lado, Você é meu ponto fraco, Voldemort pode muito bem chantagear Harry com você! – as lágrimas já molhavam seu rosto.

- O que ele não sabe Hermione... é que Potter e eu temos o mesmo ponto fraco...Você – ele a olhou nos olhos.

-Às vezes eu queria que não houvesse essa guerra, que eu não tivesse que fazer escolhas dolorosas a mim...- ela chorava copiosamente e Draco não a deixara terminar porque a envolvera num abraço.

Ele afastou-se um pouco para beijar seus lábios com ardor e desejo, sendo correspondido da mesma forma.

Depois disso veio a guerra, ele confinado na mansão Malfoy e ela lutando ao lado de Potter. Mortes e mais mortes. Destruição de famílias.

Ele levantou-se da poltrona e pegara a capa, dirigia-se a porta, quando ouviu uma voz:

-Vai pra onde Amor? - perguntou uma loira

-Vou resolver umas coisas no ministério Asty – e saiu sem dar tempo a esposa de fazer mais perguntas, ele se casara com Astória Greengrass, na esperança de esquecer Hermione, amava a esposa, mas não tanto quanto amava Hermione.

Ele aparatou em frente ao cemitério de Godric´s Hollow. Potter queria que ela fosse enterrada ali, junto aos seus pais, já que, ele a considerava uma irmã. Começou a caminhar por entre os túmulos sem se importar com a chuva. Quando finalmente achara o túmulo dela ao lado dos de Lílian e Tiago Potter. O amigo de olhos verdes queria que ela fosse enterrada ao lado de seus pais.

Ele ajoelhou-se em frente ao túmulo e começou a chorar, se perguntando se tudo que havia feito por ela fora o suficiente, não claro que não. Ela discutira com seus melhores amigos por causa dele, tentava protege-lo a todo custo quando estavam juntos. E ele não fizera praticamente nada por ela.

-Se eu tivesse sido mais corajoso talvez você não estivesse morta! – Murmurou baixinho em meio as lágrimas.

-Nunca me acostumarei com a falta que ela faz..- disse uma voz atrás dele, quando virou viu Potter em pé o encarando, imediatamente limpou as lágrimas - Não, não as limpe você tem direito de chorar por ela, afinal a amava e ela te amava.

Potter conjurara flores e as colocou no túmulo dela, as rosas brancas contrastavam com a lápide negra.

- Às vezes eu acho que se eu tivesse me arriscado mais, talvez ela não teria morrido – disse amargo

-O problema Malfoy é que nós tínhamos um ponto fraco em comum...ela, ele descobriu isso e usou em seu proveito, as vezes eu não me perdoou pela morte dela. - disse Harry deixando uma lágrima cair.

Ele juntou-se ao antigo inimigo, e juntos lamentaram a morte de Hermione.

Ele entendeu, Potter também amava Hermione, mas de forma fraternal, e perde-la foi como perder uma irmã querida.

No final nenhum dos dois se perdoava pela morte dela.


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Notas finais do capítulo

Bom aí esta, espero que tenham gostado, mandem Reviews okay?
pode ser elogiando ou criticando, eu aceito de qualquer forma ;)
obs:pros que acharam q não está boa, digo que ainda estou aprimorando minha habilidade de escrever fanfics.
Beijos Eileen Ross :-*