A Filha da Magia escrita por Felipe Stark


Capítulo 5
Caça a Bandeira


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, os deuses nunca se lembram dos filhos. Carol continua vivendo sem saber quem é sua mãe. Na noite da Caça a Bandeira, histórias antigas são reveladas para os novos personagens.



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Os dias que se passaram foram extremamente longos para Carol, que esperava ser reclamada todas as noites em volta da fogueira. O dia da Caça a Bandeira chegou no Acampamento, e todos os campistas estavam animados. As equipes foram formadas na noite na anterior, ao redor da fogueira, e os times seriam:

Azul: Poseidon, Atena, Afrodite, Hefesto, Hermes e Hécate.

Vermelho: Zeus, Deméter, Ares, Apolo, Dionisio, Hades e Íris.

As equipes se reuniram no Punho de Zeus. Percy, o líder da equipe Azul, cumprimentou Jason Grace, o filho de Zeus, líder da equipe Vermelha, e levou a equipe para um local com várias colinas e disse:

– Malcolm, distribua nossos homens nestas colinas do melhor jeito que conseguir. Quero uma frente de batalha que vai ataca-los logo de principio, para a distração. Leo, Carol e Piper. Vocês três vem comigo.

Os três o seguiram enquanto ouviam Malcolm, conselheiro do chalé de Atena gritando instruções para os campitas.

– Aonde nós vamos Percy? – perguntou a garota morena com uma pena na cabeça. A garota chamada Piper.

– Primeiro vamos fincar essa bandeira, depois, vamos pegar a bandeira deles. – Percy tinha um tom superior na voz, que passava confiança.

– Mas, cara, a gente já tá longe da guarda. – disse o garoto magricela, Leo.

– Esse é o objetivo Leo. Distração. Vamos leva-los para onde a guarnição está, enquanto a bandeira está bem longe dela. – Percy tinha um sorriso travesso como o dos filhos de Hermes no rosto enquanto olhava para os amigos e andava de costas. Virou-se e disse, colocando um dedo na lateral da cabeça: - Tática meu amigo, é tudo uma questão de tática.

Leo e Piper se olharam e deram de ombros. Seguiram Percy até a parte baixa de um monte, onde Percy fincou a bandeira.

– Leo, você fica aqui. Mas nada de usar o fogo. É contra as regras. – disse Percy virando-se para os amigos.

– Ah! Que coisa. Eu estava planejando um churrasquinho à lá Leo. – Percy e Piper riram. Os três continuaram a andar pela orla da floresta, abandonando Leo para guardar a bandeira.

– Espero que nenhum filho de Ares encontre a bandeira. Leo estaria morto. – comentou Piper.

– Ah! Eles vão encontrar a bandeira. Pode ter certeza disso Piper. E é por isso que o plano é tão bom.

– Não estou entendo Percy. – disse Carol. – Como assim é por isso que o plano é bom?

– Leo não pode usar o fogo contra os inimigos. Mas pode ter absoluta certeza de que ele vai dar um jeito de proteger a si e a bandeira com o fogo. Os filhos de Ares são fortes e ágeis, isso é verdade, mas não são lá muito inteligentes. Enquanto tentam dar um jeito de entrar e pegar a bandeira para que o chalé deles saia como o vitorioso, vão deixar o restante da equipe lutando contra nossa frente e nossa guarnição, que não sabem onde a bandeira está. E a bandeira deles vai estar praticamente desprotegida. Só precisamos ter cuidado com os filhos de Apolo.

– Uau! Você pensou em tudo mesmo. – disse Piper, rindo.

– Desde que as alianças terminaram de serem feitas. Agora, Piper, espero ter feito uma boa escolha ao me juntar ao seu chalé. Fiz isso porque precisava de você na equipe principal. Mas, vou ser realista, seu chalé não é lá grande coisa nos jogos.

– Andei treinando todos eles Percy. Eles sabem o que fazer.

– Espero que não seja passar maquiagem. Isso elas já faziam. – todos riram.

Andaram por mais alguns minutos antes de começarem a ouvir gritos de guerra e retinir de espadas ao longe. Foi então que Carol lembrou de algo.

– É... Percy. – o garoto olhou. – Cadê a sua espada? Eu tenho uma, a Piper também, mas não vejo a sua. – Percy limitou-se a piscar para ela.

– Você vai ver Carol. Só posso te dizer que ele tem uma espada. – Piper confidenciou.

Carol deu de ombros e continuaram andando em silêncio. Percy agachou-se algum tempo depois e apontou para alguns pontos acima deles. Carol pode ver alguns campistas com arcos olhando à procura de inimigos.

– Filhos de Apolo. Temos que despista-los. – Percy tirou uma pequena caneta esferográfica do bolso da calça e a destampou. Uma lâmina de bronze de noventa centímetros surgiu no momento em que a tampa da caneta foi retirada. Percy fez um gesto para que dessem a volta. – Vou despista-los para vocês. Piper, guie Carol até a bandeira.

– Mas Percy... – Piper começou.

– Leve-a. Agora. – Piper acenou e levou Carol para longe. Carol pode ver Percy saltar de galho em galho e ficar atrás de um dos arqueiros. Ele posicionou a espada na garganta do garoto enquanto chamava a atenção dos outros, que tentavam encontrar um ponto onde pudessem atirar sem ferir o amigo e sem matar Percy. Carol e Piper encontraram a bandeira não muito depois.

– Bem que o Percy disse. Quando encontrássemos os guardas, encontraríamos a bandeira. – disse Carol.

– Ele é mais esperto do que parece. – concordou Piper. – Mas não vejo ninguém protegendo a bandeira.

– Espere. – Carol segurou o braço de Piper. – Ali, tem alguém ali. – apontou para um canto dentro da mata.

– Vou pega-lo por trás. Você pega a bandeira. – Piper se afastou em direção à sentinela.

Carol viu uma pequena adaga roçar o pescoço do garoto quando Piper o agarrou. Ela correu em direção à bandeira, mas um segundo guarda apareceu em sua direção. A garota sacou a espada a tempo de bloquear o golpe do rapaz.

Carol esquivou-se do segundo golpe e golpeou a lateral esquerda do corpo dele com a lateral da espada. O rapaz revidou com um golpe na perna direita. Carol cambaleou para longe se defendendo enquanto o garoto dava estocadas. Carol golpeou a cabeça dele depois de uma pirueta para se livrar de um golpe na cintura, o que fez o rapaz cair no chão por tempo suficiente para que Carol pegasse a bandeira e desse a vitória para o time Azul.

● ● ●

– Bom trabalho Carol. – disse-lhe Leo ao se encontrarem na fogueira. – Lutou muito bem lá.

– Verdade. – disse Malcolm. – Você foi bem. Ainda mais para o primeiro dia. Talvez até melhor que o Percy.

– Não, melhor que ele não. Eu teria que ter vencido sem nenhum arranhão pra isso. – Carol levou os outros à gargalhada.

– O Percy? Ele apanhou muito de mim na primeira Caça a Bandeira dele. Você nem imagina o quanto ele se machucou. – disse Clarisse.

– Como assim? – perguntou Carol.

– Eu o surpreendi perto do lago, eis meu erro, e comecei a atacá-lo o máximo que pude, e ele apanhou demais. Mas ele tocou na água e se curou, além de ficar mais forte, foi assim que ele foi reclamado pelo pai e que ele ganhou a bandeira.

– Jura? Que demais. – disse Leo. – Você nunca me contou sobre como foi reclamado Percy.

– Você nunca perguntou. – defendeu-se Percy. – Se tivesse perguntado eu tinha contado.

Leo ficou quieto, o que levou aos demais ao riso outra vez, já que Leo raramente ficava quieto. Eles comeram marshmallows e depois foram dormir.

Carol ficou acordada na cama por um momento antes de adormecer. “Queria ser tão corajosa quanto Percy.”, pensou. Então adormeceu envolta de pensamentos sobre quem seria sua mãe.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Fiz esse capitulo pensando em vocês, sobre como foi quando leram sobre a Caça a Bandeira pela primeira vez. Qualquer erro ortográfico, por favor, relevem. Quando postei já estava com sono. Tenho certeza de que não consegui consertar todos.



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