Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 52
Disparo Certeiro


Notas iniciais do capítulo

Voltei para felicidade de vocês!! eeeeeeeeeeee
Aqui está mais um capítulo!!



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Cath temeu ao apertar o gatilho de sua arma. Temeu não conseguir acertar o alvo e atingir seu amigo. Não que ela não fosse boa com a pontaria, ela era, mas sempre havia a possibilidade de se errar o alvo devido alguma interferência. Julgou ter visto nos olhos de seu amigo um pedido para que ela realizasse o disparo. E assim o fez. Ela respirou fundo, fechou os olhos por cinco segundos. Abriu o olho direito e disparou. Bem no alvo. Sara não a perdoaria caso atingisse Grissom.

Grissom fechou os olhos no momento em que ouviu o disparo. Mesmo conhecendo a pontaria de Cath, como ele conhecia, temeu por sua vida. Com um frio na espinha sentiu o projétil passar bem perto de si. Viu sua vida, toda sua maldita vida, passar pelos seus olhos como flash. Lembrou de todo sofrimento que causou a Sara, do dia da bebedeira e da descoberta que eles haviam se casado. Lembrou também de quando soube que iria ser pai. Rezou silenciosamente para que tivesse a oportunidade de ver seus filhos crescerem.

Ele ouviu o som da bala acertar um corpo. Não sentiu dor. Abriu os olhos lentamente e pôde escutar o baque do corpo de Bia atingir o chão. Por sorte ela não estava atrás de si, mas sim ao seu lado. Desse modo Cath, a corajosa Cath, pôde acertá-la sem colocar sua vida em risco. O tiro acertara em cheio o peito de Bia. Não havia nada que pudesse ser feito para salvá-la. Restava-lhe pouco tempo de vida.

— Você mentiu para mim. Você nunca me amou – ela disse com dificuldade, percebendo a dura realidade, como se estar próximo a morte lhe retirasse o véu da ignorância que tapava seus olhos.

— Não – Grissom confirmou – Eu nunca amei você. Quando te beijei senti nojo, as palavras que eu te disse foram palavras vazias, sem significado. Sempre amei Sara. Sempre foi ela e sempre será. Sinto que a amarei por toda minha vida – Ele disse baixinho para que somente Bia pudesse escutar – Você morrerá sozinha. Você nunca amou ninguém. Sempre quis o que não poderia ter. Agora acabará aqui, nesse fim de mundo, sozinha, sem ninguém para chorar por sua perda.

Como se fosse uma deixa para a última fala do último ato de um espetáculo, após Grissom proferir essas palavras, Bia deu seu último suspiro. A vida que havia nela deixou de existir.

Os companheiros de Grissom permaneciam imóveis. Ele falava baixinho, por isso não dava para ouvir o que seu chefe dizia, no entanto, podiam sentir a hostilidade em suas feições. Ele estava irado. Ainda não compreendiam o que de fato havia acontecido ali. Nick foi quem teve a coragem de perguntar o que todos tinham receio:

— O que foi aquela cena que presenciamos agora a pouco? Você de braços dados com Bia? De onde ela surgiu?

— Não tenho tempo para explicações agora. No devido momento esclareço tudo a vocês. Ou pelo menos o que eu puder falar – Grissom falou rispidamente – Venham! Vamos resgatar minha esposa.

—o-

Suas costas doíam muito. Provavelmente fora resultado da que queda que sofrera. Assim que Grissom e Bia deixaram o local, Patrick e Tom prontamente a endireitaram. Colocaram-na novamente na mesma posição de sempre: sentada na cadeira com os pulsos e tornozelos amarrados. Além da dor nas costas, sentia muita dor no baixo ventre. Ela respirava fundo, talvez assim a dor passasse. Não passou. Pelo contrário, a cada minuto que passava a dor intensificava mais. Não conseguiu ouvir nada mais, a dor aguda atrapalhava sua concentração. Os dois brutamontes permaneceram ali, aguardando que sua contratante voltasse e lhes desse as ordens do que deveriam fazer. Ela contraiu o rosto ao sentir uma forte pontada como se fosse uma cólica, porém dez vezes pior. Rezou para que pudesse sair dali o quanto antes.

—o-

Os cinco seguiram em direção ao porão, todos com suas armas em punho. Abriram a porta devagar e deram de cara com os dois guarda- costas parados, vigiando Sara.

— Quer dizer então Tom, que você nunca tinha visto Sara antes... O que faz aqui? Visitando a vovozinha? – comentou Catherine com ironia.

— Sabia que mentir é crime? Principalmente quando se trata de uma investigação? – indagou Warrick.

— Não sei do que vocês estão falando!-Tom contestou.

— Acho que sabe sim – contrapôs Nick – Aquela moça ali - Nick apontou para a perita morena – é a Sara, a mulher da foto que a Catherine lhe mostrou, a qual você disse nunca ter visto.

— E eu tenho a impressão de que se eu procurar bem, encontrarei uma longa ficha criminal de vocês – advertiu Greg.

Tom logo percebeu que estava em maus lençóis e estava perdido, porém era orgulhoso demais para admitir. Patrick, por outro lado, percebendo a enrascada em que estavam, pediu:

— Por favor, não façam nada contra nós! Não queríamos machucar a mulher, apenas seguimos ordens.

— Se você nos ajudarem talvez consiga um acordo que reduza o tempo de prisão de vocês – propôs Grissom.

— E a senhora Bia? O que aconteceu com ela? Ela vai nos matar se descobrir que ajudamos vocês com a convidada dela – argumentou Tom.

— Não se preocupem com ela. Bia não pode fazer mal a mais ninguém – declarou Grissom – Agora como principio de colaboração com a justiça, me ajudem a soltar Sara rápido.

Tom e Patrick desataram os nós que prendiam Sara à cadeira. Ela enfim pode levantar-se.

Algo estava errado. Disso ele tinha certeza. Sara estava pálida e seu rosto transparecia dor.

— Sara querida, você está bem? – ele perguntou preocupado.

— Está doendo Grissom. Muito – ela choramingou.

— Onde está doendo? – indagou Grissom

— Aqui e aqui – ela respondeu apontando as costas e o baixo ventre.

Grissom virou-se para Greg e ordenou:

— Ligue para a ambulância urgente, Greg. Vamos precisar da ajuda deles.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do que aconteceu com Bia? Satisfez as expectativas?
Aguardando o comentário lindo de vocês!!



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