Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 45
Novidades no Caso


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu! Sei que demorei um pouquinho (tudo bem! confesso que foi muito kkkk), mas aqui está mais um capítulo para vocês!! Espero que gostem!!



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O dia amanheceu nublado e chuvoso da mesma forma como ele sentia sua vida sem Sara. Sem ela tudo era sem graça. Estava deitado no sofá de sua casa. Estava muito triste e extremamente abalado pelo que havia acontecido. A falta de notícias do paradeiro de Sara o deixava sem chão. Hank, seu amigo inseparável, fazia-lhe companhia e parecia compartilhar a mesma tristeza que o dono. O animal não comia e vivia amuado e choramingando pelos cantos. Grissom afagou o pêlo do cão carinhosamente que se deitou junto ao lugar onde estava.

— Ela voltará amigão. Ela voltará – ele disse para o cachorro de estimação ao mesmo tempo em que tentava convencer-se – A mamãe voltará logo.

Rogou a Deus para que estivesse certo.

  -o-

Ele andava cabisbaixo pelos corredores do Laboratório, com ombros caídos. Naquele momento ele aparentava ter oitenta anos e não apenas os seus cinquenta e poucos anos. Seu abatimento era visível e compreendido por todos. Era perfeitamente compreensível o estado em que o supervisor do turno noturno se encontrava. Não saber onde a esposa grávida estava não era fácil para ninguém.

Ao entrar na sala de convivência do Laboratório de Criminalística, com um copo de café em suas mãos, encontrou toda sua equipe – os que estavam disponíveis – reunida.

— Conseguiu alguma coisa com os arquivos? – ele indagou dirigindo a pergunta a Catherine. Ele fez movimentos circulares na região dos olhos por debaixo dos óculos e na região das têmporas. Tinha o aspecto de evidente cansaço. Tinha olheiras profundas, prova irrefutável de que não dormia há algum tempo. Fazia dois ininterruptos dias que ele não pregava o olho.

— Nada! – respondeu Catherine desanimada. Ela havia passado os dois dias anteriores pesquisando nos arquivos algo que pudesse ajudar com a investigação – Não encontrei nada. Analisei cada caso em que você e Sara estiveram envolvidos, mas não descobri nenhuma pista que pudesse nos dizer quem a sequestrou ou onde ela pode estar.

Grissom suspirou resignado. Cath observando o estado do amigo de longa data, o abraçou carinhosamente tentando passar-lhe toda sua confiança de que conseguiriam encerrar aquele caso positivamente.

— Nós a encontraremos Gil. Nós a encontraremos – ela garantiu.

— O tempo está passando Cath. E nós não temos nenhuma informação que possa nos levar a ela – ele comentou desesperançado – Você sabe tão bem quanto eu o que isso significa – ele não queria pensar nessa possibilidade.

— Eu sei o que isso significa Gil – ela era uma das poucas pessoas que o chamava assim – Mas prefiro acreditar que logo a encontraremos e com vida – ela comentou segura.

— Eu quero minha mulher de volta Cath! Quero minha mulher e meus filhos de volta – ele anunciou sem conseguir conter as lágrimas.

— Você a terá, eu garanto. Somos CSI’s conseguiremos descobrir onde Sara está e resgatá-la.

Naquele momento Grissom não era o supervisor do Laboratório. Naquele exato momento em que as lágrimas insistiam em cair sobre sua face, ele era o marido e o pai que tivera seu parente sequestrado. Agora ele sabia exatamente o que os parentes das vítimas de seus casos sentiam. E desejou nunca mais estar naquele lado da investigação. Sentia suas forças irem embora. Sentia-se fraco e impotente. Preferiu mudar de assunto. Aquele doía demais.

— Você tem notícias do Nick?

— Ele está bem. Ficará de repouso por mais dois dias. O médico disse que ele teve sorte de ter tido apenas uma concussão e uma luxação no braço. O pobrezinho ainda se culpa por não ter conseguido defender Sara.

— Ele não teve culpa. Foi até bom que ele tenha desmaiado, caso contrário poderia ter acontecido coisa pior e ao invés de investigarmos apenas o desaparecimento de Sara, o que já é muito doloroso, poderíamos estar também investigando um caso de homicídio de um dos nossos – ele comentou tristemente. Ele possuía um carinho especial por cada membro de sua equipe, a final eles faziam parte de sua família. Família de trabalho, mas não deixava de ser família.

Desde que soubera que Sara estava desaparecida – o pior momento de sua vida, vale a pena frisar – ele não tinha mais paz. Sua vida se tornara sem cor e um grande vazio, assim como sua casa. Ela enchia o ambiente com sua vivacidade e alegria contagiante. Ela era tudo para ele. Era a sua própria vida, o ar que respirava. Ele não conseguia imaginar sua vida sem ela e sem seus filhos que ainda estavam por nascer.

Havia dois dias, dois torturantes dias que investigavam o caso e não tinham avançado em nada. Estava tão perdido em sua tristeza que não ouviu quando Greg entrou na sala, anunciando que tinha uma novidade:

— Eu estava periciando o carro em que Nick e Sara estavam e descobri uma coisa – ele anunciou com um lindo sorriso nos lábios.

— O que? – Grissom e Cath perguntaram ao mesmo tempo. O coração do supervisor encheu-se de esperança.

— Uma parcial – ele mostrou satisfeito o adesivo que continha a parcial encontrada na porta do lado do carona – Vou passá-la pelo CODIS e pelo AFIS para ver se consigo algum resultado -  ele falou animado, seguindo para a sala de análises.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Um viva para o Greg!
Vejo vocês no próximo capítulo!!
Bjinhos da Bia (autora)