— Anda pega ela Tom! Deixa de ser mole! – ordenou o outro homem que estava no veículo que bateu no do de Nick e Sara.

Tom desafivelou o cinto de segurança e pegou Sara no colo. Mesmo com toda a sua força, a mulher grávida era muito pesada para ele. Mal conseguia andar direito.

— Mole? Queria ver se fosse você, Patrick, carregando todo esse peso – queixou-se Tom – Do jeito que você é fraco, seria bem fácil não conseguir dar nem um passo.

— Vamos parar de enrolação. Temos que ir antes que o outro ou ela acorde – ordenou Patrick o qual parecia ser o líder da operação.

Eles a colocaram na parte de trás da van com muito cuidado. Precisavam dela viva como sua contratante lhes havia ordenado. E para garantir que ela não acordaria antes da hora certa, fizeram com que ela inalasse clorofórmio. Seguiram para o local indicado.

Chegaram a um casebre. O local era bem afastado da cidade. Ficava em meio ao deserto. Foram recepcionados pela sua contratante.

—A trouxeram? Onde ela está? – ela perguntou com extrema curiosidade.

— Sim a trouxemos. Ela está na parte de trás da van. Onde a senhora quer que a coloquemos?

— Podem colocá-la aqui – indicou uma cadeira.

— Numa cadeira? – estranhou Patrick – Mas ela está grávida!

— Sim, cadeira. Você queria o que? Que eu a colocasse em um colchão macio com travesseiros com pena de ganso? Ela é minha refém, idiota! – ela explicou exasperada.

Patrick a pôs na cadeira como a chefe ordenara. A mulher logo atou os pulsos e os tornozelos de Sara.

— O que vocês ainda estão fazendo aqui? Já podem ir – ela os expulsou – Eu cuidarei da minha hóspede pessoalmente. Quando precisar de vocês, eu chamo.

— Estamos aguardando nosso pagamento madame.

A contratante jogou um bolo de cédulas de cem dólares para eles. Patrick e Tom saíram contentes com o pagamento. Porém não puderam deixar de sentir pena da mulher grávida que raptaram. Mas trabalho era trabalho. Era assim que ganhavam a vida.

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Não tardou muito para que soasse o alerta de cena de crime. Grissom havia estranhado a demora de Nick e Sara, no entanto julgou que eles estivessem enrolados com seu caso. Catherine, Warrick e Greg chegaram com as evidências de seu caso. O telefone de Gil tocou e ele prontamente atendeu:

— Grissom!

— Grissom, temos uma nova cena de crime, mas acredito que você não vá gostar – garantiu a voz do outro lado da linha.

— Por que eu não gostaria Jim? – indagou Grissom - Estamos aqui para elucidar crimes. É o nosso trabalho.

— Você não vai gostar porque envolve membros de sua equipe.

Um sinal de alerta soou na mente de Gil.

— Quero que você fique calmo Gil... – Jim Brass pediu para o amigo.

— Calmo? – ele já estava desesperado – Como você quer que eu fique calmo sabendo que um membro da minha equipe está em perigo?

— Dois membros. Um está ferido levemente, o outro desaparecido.

— Quem são? – ele indagou temendo a resposta.

Jim não se conteve e começou a chorar copiosamente.

— Diga-me Jim, quem são os membros da minha equipe que estão envolvidos neste caso – ele rogou.

— Nick e Sara.

O mundo de Grissom ruiu. Era tudo o que ele mais temia. Ele não tinha nada contra Nick, mas torcia para que a pessoa desaparecida fosse ele.

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Sara abriu lentamente seus olhos. Tudo estava escuro. Não fazia ideia de que horas eram ou de onde se encontrava. Seu corpo inteiro doía devido à batida, além de sua cabeça. Certamente havia um corte em sua testa como resultado do choque. Sentia algo pegajoso correr por sua face. Ao tentar movimentar-se, percebeu que estava presa pelos pulsos e tornozelos. Estava sentada em uma cadeira desconfortável. Tinha medo de que tivesse perdido seus meninos por causa da colisão. Deu uma olhada superficial – da melhor maneira possível através da escuridão – parecia que tudo estava bem. Pelo menos era o que esperava. Respirou aliviada. Um problema a menos. Restava saber onde estava e quem a havia sequestrado.

— Socorro! – ela gritou a plenos pulmões.

Nenhuma resposta. Ela desejou fortemente que Grissom a viesse salvar. Se não fosse por ela, que pelo menos fosse por seus filhos.