Prelúdio escrita por Yenor


Capítulo 8
Capitulo VII




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Chegando a Amazônia, Robert pousou entre a vegetação na parte noroeste da floreste próximo à fronteira com a Colômbia.

– O que estamos procurando?

– Uma flor.

– Então pronto, aqui achei uma, vamos embora.

– Engraçadinha, é uma flor a pouco descoberta, ela será muito útil pra meu experimento.

– E como saberemos que é ela?

– Essa flor é única, mas não vi uma imagem dela ainda apenas algumas discrições, mas o mais importante ela cresce alojada em árvores grandes ela suga toda a vida da outra planta, quando está desabrochando a planta na qual ela se hospedou já esta quase morta.

– Ou seja, precisamos achar uma flor em uma planta morta.

– Quase isso.

Após meia hora de caminhada, uma espécie rara e modificada de borboleta passou próximo a Natasha, ela se encantou com a beleza do inseto, e levou a mão em sua direção para que ela pousasse.

Robert ao ver a cena deu um tapa na mão de Natasha no momento em que a borboleta estava quase a tocar seus dedos.

– O que foi isso? Você esta louco?

– Eu louco? Acabei de salvar sua vida. Isso não era uma borboleta, seja lá o que você pensou que fosse, ela é conhecida pelos biólogos como eclyptoctius-egyptiusloncus.

– Não dá pra você falar minha língua?

– Olha só para onde ela está indo. – Disse Robert enquanto apontava para o invertebrado que há poucos minutos quase havia paralisado sua amiga.

A pequena máquina mortífera agora se aproximava de outra vítima, um porco do mato que no momento não imaginava que aqueles seriam seus últimos minutos de vida, enquanto Robert e Natasha observavam, ela ainda sem entender o mal que aquele inseto poderia causar.

A borboleta estava voando em direção de sua vitima, sua presença nem foi notada, para o porco do mato não era um caçador hábil e grande que estava o perseguindo apenas um simples e insignificante inseto pairando e levemente pousando sobre seu lombo. Agora já era tarde de mais, o veneno paralisante estava sendo injetado e o porco já não conseguia mais se mexer, esse era apenas o começo, ele então fez um pequeno voo circular sobre a vitima e logo outras dezenas estavam se aproximando, Natasha até o momento apenas estava encantada com a quantidade de cores que estava sendo formada, ela ainda não imaginava o que estava pra acontecer. O ataque então começou e todos pousaram formando uma camada em volta do porco, nem trinta segundos depois alguns voaram e saíram de cima da pobre vitima mostrando a verdadeira face que a natureza esconde atrás de suas mais belas criações, 60% do corpo do animal havia sumido. Natasha perplexa pelo que acabara de assistir caiu sentada, pensando que, o mesmo, poderia ter lhe acontecido se Robert não tivesse avisado.

– O show acabou agora vamos continuar na busca. Disse Robert rindo e debochando de Natasha.

– S-Show... E-eu... - Ela quase não conseguiu falar suas palavras saíram forçadas até que explodiu de raiva. – Eu quase fui comida de inseto e você fica ai rindo como se nada tivesse acontecido, eu não vou mais te ajudar. Ela então cruzou os braços e torceu o rosto insinuando que não iria mais acompanhar ele.

– Tá bom, só que vou te avisando, tem outros muito maiores e piores que aquele simples inseto, fique por sua conta você é quem sabe. Ele então saiu andando como se não tivesse nem ai para a amiga.

Natasha então ficou de cara fechada, enquanto Robert seguia, e então sentiu algo encostar na sua perna, seu rosto começou a ficar com expressão de medo, seus olhos começaram a arregalar, morde os lábios e num súbito grito saiu correndo parando do lado de seu amigo, fingindo ter mudado de ideia.

Continuaram caminhando já passava do meio dia, ela estava de cara feia pela demora.

– De onde saiu aquela borboleta carnívora? Não existe uma borboleta assim.

– Não existia, Muitos cientistas fizeram modificações em vários animais aqui na Amazônia, e esse é o menor deles.

Natasha agora estava mais atenta aos arredores, pronta para combate.

– Robert você sabe pra onde esta indo, já faz duas horas que estamos procurando essa flor e até agora nem sinal, e esta ficando muito escuro. Disse ela com um olhar interrogativo.

– Claro que sei, estamos quase chegando. Disse ele desviando o olhar para não mostrar que na verdade ele não fazia ideia de onde estava indo.

– Tem certeza Robert, é melhor falar a verdade assim a gente volta pro caça e outro dia eu te ajudo a procurar essa flor. Ela estava se aproximando dele quando ao dar um ultimo passo ouviu um estralo e perdeu o equilíbrio. Ela acabara de pisar num galho que a fez desiquilibrar e cair numa ribanceira abaixo, tentando se segurar em Robert que estava de costas, puxou a mochila dele que também foi arrastado por ela ladeira abaixo, os dois começaram a rolar, ficando todos sujos de lama e folhas até que Natasha parou deitada diante de um desfiladeiro, e ouviu um grito de Robert se aproximando ela percebeu que ele não iria parar a tempo e ele quando percebeu o penhasco já era tarde se viu caindo fechou os olhos e gritou balançando os braços pensando estar em queda livre.

– Para de ser idiota, assim não vou aguentar por muito tempo. Disse Natasha enquanto o segurava pela calça.

Ele então abriu os olhos lentamente com receio do que poderia ver, se viu pendurado pela calça e Natasha o segurado e demonstrando por sua expressão, que não aguentaria por muito tempo, por que Robert era muito pesado.

Então ao olhar para o lado viu uma flor branca com um contorno laranja e no centro da pétala um azul celeste, no caule seus espinhos grandes e venenosos com as pontas vermelhas. Olhando para a flor seus olhos brilharam, ele estava a uns dois metros dela, ele então se esticando para tentar alcançar, fazendo com que Natasha, ficasse mais próxima da beira do precipício.

– O que você esta fazendo idiota?

– A flor esta aqui em baixo, a poucos metros. Disse ele se esticando para alcançar segurando uma pinça, evitando o contato com os espinhos.

– Para de ser cabeça oca, volta pra cá e desce com o apoio de uma corda, parece que não pensa.

– É mesmo. Disse ele coçando a cabeça sem graça pela idiotice que estava fazendo.

Agora os dois a salvos estavam amarrando uma corda em volta de uma árvore próxima dali, Robert então começou a descer se apoiando na corda, com um recipiente de vidro e uma pinça, se aproximou da flor e então a cortou colocando cuidadosamente dentro do recipiente e fechando.

Os dois agora estavam prontos para voltar ao caça, mas agora outro problema em que direção ele estava.

– Já sei me segue. Disse Natasha. Ela então subiu o morro no qual eles despencaram, e escalou uma árvore grande, quando chegou ao topo pode ver uma área muito extensa, ela então olhou para o horizonte em todos os ângulos até que olhando em direção sudeste viu o caça.

Seguiram os dois exaustos sujos e com arranhões pelo corpo, ao chegar ao caça só podiam pensar em uma coisa um bom e relaxante banho.


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