Khaos - Izcamds mör escrita por Gato Cinza


Capítulo 7
Imboscada


Notas iniciais do capítulo

Mais um reeditado



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Todos ergueram suas armas prontos para atacar, mesmo sendo obvio que não venceriam. Se um deles dessem um passo seriam massacrados como formigas.

– O que quer?

Perguntou Gatir irritado com um controle perfeito de seu medo para Liriel que se aproximava em passos lentos.

– Os meus queridos irmãos de destino Grel e Ionpell os Mïr do ar e de metal, o alienígena do planeta Terra e minha irmã de sangue Miralyen a quem vocês devem chamar por algo começado pela letra G.

Os homens olharam para o quarteto que estavam lado a lado, Azulão se colocou atrás do grupo, era mais que uma montaria, era um Rac’shee.

– Terá que passar por mim para colocar as mãos nessas crianças – rosnou Gatir se colocando na frente do quarteto.

– Será um prazer – Liriel deu a ordem para os Gert’ns que atacaram o acampamento.

Em menos de um minutos apenas Bris, Coute e Gatir dos cinco homens estavam em pé, Bris extremamente ferido. David se abaixou e soltou Edric entregando a ele uma espada longa, mais que rápido o traidor se colocou em ação atacando um Gert’n.

Bell usava sua corrente fina feita de aço como um chicote destrutivo que destruía ao seres de sombra em golpes rápidos e precisos. G usava sua besta. Gael usava a adaga e erguia escudo sempre uma das sombras chegavam perto demais de um dos aliados. Os outros usavam com precisão suas habilidades de ataque e defesa. Azulão escoiceava e logo os Gert’ns atingidos se tornavam cinzas e desapareciam em fumaça negra.

Liriel mantinha os olhos em Bell, quando ela estava ao seu alcance ela lançou uma bola de fogo que atingiria em cheio as costas da garota de cabelos brancos se ela não fizesse um incrível movimento de evasiva, ela se contorceu inclinando o corpo em um ângulo de 160º graus para trás enviando uma de suas kunais em direção da mïr de fogo. Errou o alvo.

A batalha perdurou por mais cinco minutos parando quando Liriel pegou David.

– NÃO!

Bell gritou ao ver o amigo preso em um circulo de fogo.

– Não? – o tom de Liriel era debochado – ele não é útil em nada, é só um humano perdido em nosso mundo

– Se o matar será pior para você, mas se o deixar

Bell olhou para as pessoas, os Gert’ns não estavam atacando, apenas Edric dos criminosos estavam em pé ainda. G estava ferida e Gael exausto.

– Se eu o deixar? – perguntou Liriel impaciente

– Eu vou com você de livre e espontânea vontade sob a condição de deixar os outros aqui presentes como estão e mandar seus assassinos de cinza e sombra desaparecerem daqui.

Bell falou em idioma humano, a loira pensou por alguns segundos, sabia bem o quão resistente e detestável o grupo era, além de que era o modo mais fácil de acabar com Bell.

– Aceito.

– NÃO FAÇA ISSO – gritou David de dentro do circulo

Dois gert’ns se aproximaram de Bell e a arrastaram até sua mestra de fogo, foram envolvidos em sombras e desapareceram. David pulou o circulo de fogo caindo em seguida na relava para apagar as chamas que queimavam sua roupa. Se colocou em pé olhando para o resultado da batalha.

G estava ferida sentada no chão, Gael olhava estatelado para onde Bell e Liriel sumiram, Edric buscava vida entre os homens caídos, David se juntou á ele nessa tarefa. Ninguém estava vivo, além dos quatro e do Rac’shee que se alimentava tranquilamente de capim.

– O que faremos agora?

Perguntou Gael sentando ao lado da irmã olhando o braço dela que estava ferido. David se ajoelhou com um odre lavando o ferimento e enfaixando o braço de G. O que fariam agora?

– Breneesh – David falou sem saber ao certo se estava dizendo o nome sem erro

– O que? – perguntou Gael

– Era para onde Bell iria, atrás dos Surma e é para onde devemos ir.

– Sabe onde fica isso?

– Eu não – ele se virou para Edric que remexia nas coisas dos mortos – mas ele sabe.

Conversaram com Edric que depois de alguns minutos de discussão concordou em ajuda-los á chegar ao vale das montanhas. Pegaram tudo que julgavam útil, odres, bolsas de alimentos e ervas medicinais, armas e partiram para Breneesh.

Ao amanhecer pararam para descansar, dormiram por horas e voltaram a viajem por mais algumas horas, parando novamente na terceira hora da segunda parte do dia. Dormiram por mais um tempo a conta gosto e voltaram a viajem pela noite.

Foi David quem impôs essa ordem de viajem para que ficassem seguros. Embora seguissem Edric que conhecia um pouco a região – Gael mantinha vigilância telepática nos pensamentos dele – eram á David que os três seguiam, G simplesmente se decidiu em não contesta-lo e Gael preferiu se manter neutro, era o enfermeiro quem conhecia Bell e se ele achava que deviam ir para Breneesh então que fossem.

Edric não conhecia o grupo, conversava bastante com a que foi levada, Iwbell. Quando chegaram no acampamento pensou que fosse a arqueira a líder do grupo pelo comando que tinha entre os quatro, David ele tomou no inicio pelo cura do grupo pelo modo com que ajudava Brís a cuidar de Iwbell. Quando Iwbell acordou repensou a ordem dos lideres do grupo, a arqueira discutia sobre caça e ordens com Gatir, mas era a outra garota quem fazia perguntas sobre tudo e conversava como uma criança curiosa que não tem medo de ouvir certas respostas.

Entretanto G mantinha Gael na linha que estava sempre discutindo com Bell, Gael e Bell mantinha ordem nas ações de G que eram bem impulsivas e era á David quem a mïr respeitava de igual para igual não contestando as ordens dele. Logo ele julgava David mais apto á líder entre os quatro devido ao seu modo tranquilo de se impor sem causar conflito entre os outros.

...

Estavam em viagem pela cercania das montanhas há dois dias seis desde que foram atacados. Quando encontraram uma armadilha para animais, estavam pertos. Era dia alto quando pararam para descansar. Edric e G foram procurar por alimentos enquanto David e Gael faziam um reconhecimento geral da região onde estavam. Era uma floresta de arvores altas de espécies extremamente desconhecida pelos humanos.

Comeram algumas frutinhas de gosto agridoce que eram as únicas que Edric tinha certeza que eram comestíveis. Ele e Gael foram os primeiros a dormir, depois G e por ultimo vencido pelo cansaço foi David que dormiu depois de ver Azulão se afastando deles.

...

Estava anoitecendo quando o Rac’shee foi encontrado por um grupo formado por dois homens adultos um de 30 e outro de 36 e uma adolescente de 17 anos que discutia sem parar com o mais velho sobre o perigo de embrenhar na floresta á noite.

O cavalo azul das lendas que conheciam de muitas gerações os observou por um tempo e deu as costas voltando de onde viera, o grupo curioso e fascinado o seguiu.

...

– Onde esta o Azulão?

Perguntou David preocupado com o cavalo que não ficava tanto tempo fora de vista desde que se conheceram.

– Deve ter ido embora

Respondeu Gael desanimado, estava triste por estar continuando a viagem sem Bell e temeroso pelo que Liriel estaria fazendo com ela.

– Não foi não – respondeu G olhando para o cavalo que se aproximava trotando

O sorriso de David se desmanchou ao ver os três desconhecidos armados com um modelo exótico de arco e flecha – arco longo e grosso feito com um material parecido com escamas de cor azul fluorescente e as flechas finas de madeira.

– Mos inklopx rá – perguntou um dos homens

David já estava se habituando a palavras daquele idioma, sabia que frases terminadas em rá eram perguntas. E mo era você então estavam provavelmente perguntando quem eram eles. Ou algo semelhante. A conversa se seguiu em vyrtem sendo parcialmente traduzida telepaticamente por Gael a ele.

– Estamos apenas de passagem – respondeu Edric á pergunta sobre o que faziam naquele lugar

– E vão para onde?

– Para o norte

David olhou de viés para Azulão, ele parecia calmo diante dos desconhecidos, não a mesma calma confiante que ele mostrou diante dele quando se conheceram na praia, mas ainda assim certa calma.

Gael de onde eles são?

Gael entrou na mente da garota que estava em silêncio observando com atenção os desconhecidos

Do vale!

– Surma, Breneesh – falou David devagar

O homem que falava algo qualquer silenciou-se olhando para aquele que obviamente não era de Vytrel.

– Explique a ele que estamos buscando por ajuda dos Surma – disse David á G

– Que? Por quê?

– Por que eles são de lá – informou Gael á irmã.

G explicou aos desconhecidos que estavam em busca dos surma, que o grupo em que estavam fora atacado e que uma de suas amigas haviam sido levada pelos assassinos gert’ns. Levaram um tempo conversando e entraram em um consenso de que não pareciam mentir e os levaram para a entrada do vale.

Após duas longas horas andando pela floresta chegaram ao vale cercado pelas montanhas conhecidas como montanhas das bruxas do medo, Breneesh. Foram interrogados individualmente por cinco solados cada um. Apenas David foi deixado de lado por não conhecer o idioma deles. Gael teve dificuldade apenas em responder já que usava telepatia para entender s perguntas. Foram interrogados por uma hora e libertados, estavam livres para ficarem entre os surma.

– Não entendo o porquê nem tentaram me interrogar

Disse David olhando as pessoas que os olhavam desconfiados enquanto seguiam os dois homens que os encontrou na floresta, Teiv e Hilen.

– Fique feliz por isso, devem ter sacado que você não é daqui - Comentou Gael seguindo com os olhos todas as coisas que conseguia ver.

Chegaram á uma casa de arquitetura interessante, na verdade o modelo era o mesmo de todas as casas, só que esta era maior e mais baixa, talvez de menos andares. As casas eram todas circulares uma sobre as outras como se fossem pedras empilhas com perfeição, as portas eram finas, ovais e altas, as janelas eram gradeadas pequenas e circulares disformes, nas casas de andares as escadas unia umas as outras pelo lado de fora, evitando que as pessoas entrassem nas casas umas das outras para que chegassem as suas.

Foram atendidos por uma jovem alta de cabelos negros e pele com pequenas listras brancas pelo corpo de pele vermelha, lábios finos e dentes serrilhados de coloração cinzenta, olhos grandes e amarelos com orelhas redonas e afastadas da cabeça, não era de Vytrel. Gael e David se lembraram de Gatir ao ver a jovem.

– São os visitantes – disse Teiv em vyrtem e a garota os deixou passar

Foram levados por ela até uma saleta com uma mesa circular e cadeiras altas esculpidas em rocha e madeira. Dois homens os esperavam, ambos com porte elegante e determinados, postura de lords e roupas de guerreiros, pareciam soldados da guarda real britânica.

– Sejam bem vindos ao vale dos surma, á Breneesh – disse o mais jovem dos dois

David fez uma reverencia sem saber bem o porquê, mas tinha naquele jovem algo ligeiramente familiar e sedutoramente selvagem. Gael e Edric também fizeram uma rápida reverencia para os homens sem saber exatamente a quem estavam demonstrando graça, faziam mais por que David fez. G manteve-se logo atrás do irmão sem nenhuma vontade de se curvar diante daqueles desconhecidos, eles pareciam importantes, mas não eram reis, disso ela tinha certeza.

– Não precisam de tal formalidade comigo – disse o mais jovem – sou Zart e este é meu tio Narkeize, sentem-se.

– David?!

O coração do humano deu um salto quase saindo fora do corpo quando ouviu a voz delicada e cruel atrás dele, se virou junto com os outros que fizeram o mesmo ao ouvirem aquela voz.

Bell estava na porta com os cabelos brancos soltos moldurando o rosto de inexpressível de olhos violetas e traços delicados, vestia uma túnica azul curta e justa de gola em v decotado com manga longa folgada e uma calça transparente preta bordada na barra próxima aos pés que estavam descalços.

David correu e a abraçou assim que se virou enquanto os outros ainda conferiam se era mesmo ela.

– Como conseguiu fugir dela? – perguntou o humano se afastando


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