Futari to Himitsu escrita por Nezushi Twining


Capítulo 2
Dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Bem, este capítulo é um pouco maior que o primeiro... E não, ainda não desenvolveu muito a relação entre as nossas duas personagens principais! Focou-se mais nas dúvidas de Len e nos acontecimentos que vão levar a esse tão esperado desenvolvimento! Por isso esperem, pois agora nas férias irei postar mais cedo cada capítulo. E peço desculpa caso haja algum erro. Desde já agradeço a quem acompanha esta história e comentou! Arigatou minna! Boa leitura.



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Passou-se uma semana desde aquele incidente… Devido ao choque implorei à minha irmã para ficar estes dias em casa, mas claro que não lhe disse o verdadeiro motivo. Ao que tudo indica, fui apanhado de surpresa por uma grave constipação (devia ir para ator, pois ela caiu direitinho hahaha). Ok, eu não sei porque me estou a rir… NÃO tem piada nenhuma. Como já sabem, descobri que ‘’a’’ romancista que tanto admirava era nada mais, nada menos do que um homem estranho que fala sozinho. E por mais constrangedor que pareça, não consigo tirar isto da cabeça! Hoje acordei feito um neko assustado por causa de um pesadelo horrível! Preciso mesmo de tirar isto a limpo!

Hoje retomo o trabalho. Enquanto a minha cabeça tentava manter-se firme tive de fazer uns trabalhinhos que a minha irmã me mandou. Segundo ela, constipação não é razão para não trabalhar. Felizmente pude ficar em casa. Tive também tempo, muito tempo, para pensar numa boa segunda impressão na impressa e num melhor entendimento com o Kurogami-san. Mas bem, vou trabalhar!

Lembrei-me quando ia a sair do apartamento que ainda não me tinha apresentado ao irmão do Yuki, nem a quem vive no último andar (com aquilo tudo que se passou naquele dia, nem fui ver se estava alguém no apartamento). Bati a porta cerca de umas 5 vezes e ninguém veio… Deduzi logo que quem vive lá deve ser realmente ocupado! Ia a sair novamente quando fui abordado, e para minha surpresa era novamente o Yuki (energético como sempre):

–Ohayoooo Len-kun! Para um garotinho levantas-te muito cedo! Vais para um encontro? Não se deve deixar uma dama à espera hahaha!

–Bom dia Yuki-san. Eu não tenho namorada e-

–Não tens namorada? Que surpresa! Com esse rosto deves ter muitas admiradoras e se calhar até alguns homens!...

– (Isto foi um elogio?) O-Obrigado acho eu…! Na verdade, vinha-me apresentar ao teu irmão, mas ele deve ser uma pessoa muito ocupada…

–Se é! Acho que vocês se iam dar bem. Esta noite ele irá sair mais cedo e podes vir aqui conhece-lo.

–Obrigado outra vez. Gosto de conhecer os meus vizinhos e de me dar bem com todos! Fico-te a dever uma mas agora tenho de ir para o trabalho. Até logo!

–Até logo Len-kunnnnnn! (É por isto que eles se iam dar bem hahahaha, admito que estou curioso….)

Quando cheguei à empresa ainda quase ninguém tinha chegado, só a minha irmã que provavelmente nem dela saiu. Ouvi um ressonar muito característico vindo do seu gabinete e vi logo a cena toda: passou a noite a trabalhar e adormeceu. Acho melhor ir acordá-la.

Bati á porta sei lá, várias vezes e nem um pio! Vou entrar, afinal de contas sou irmão dela.

–Com licença! Vou entrar!! Alice, já é de man- ……………………………………...

…………….

…………….

…………….

–MAS QUE PORRAAAAAAAAA É ESTA?!

–‘Ahn’? Len? Bom dia irmãozinho, chegas-te cedo, os meus parabé-

–Parabéns UMA OVA!!

Antes de isto continuar, permitam-me descrever o cenário: a minha irmã seminua abraçada ao KUROGAMI-SAN que se encontrava apenas com umas simples calças de fato-de-treino. – Já posso continuar-

–Que se passa?! Tanta confusão pela manhã, um homem já não se pode divertir um bocadinho que de manhã é logo castigado com isto (o Kurogami começou a levantar-se lentamente meio sonolento).

–Isto, isto …. (comecei a corar do nada, não sei se era pelo constrangimento daquela situação, de ver a minha irmã seminua ou no pior dos casos…)

–Irmãozinho estás todo vermelho… Será por veres a tua irmãzinha neste estado? Que tarado…!

–Não estás a perceber! Para que saibas já te vi muitas vezes completamente … (ela atirou-me com uma lata de cerveja meia bebida para a cara, isto está mesmo fora de controlo!)

–NÃOOOOOO continues!!

–E-E-Eu vou-me embora! (Corri para a porta totalmente vermelho).

–Azaya-san espere…

Era a voz do Kurogami-san. Talvez ele se quisesse explicar mas eu já tinha topado a coisa toda! Todinha mesmo! Eles os dois tiveram uma noite bem divertida e adormeceram com tudo o que se passou. Eu ainda não sei como lidar com tudo. Primeiro ele era uma mulher, depois vira um homem, e por fim (para já) f-faz coisas impróprias na própria empresa?! Que raio de romancista é ele?

Fui para o pátio da empresa pensar um pouco. Pensei… Pensei… E concluí que se ficar mais um pouco naquele sítio vou ficar com uma ideia muito errada da minha irmã Alice, e que vou ficar doido. Além disso tenho a universidade e não quero ficar para trás… Foi uma ideia realmente estúpida. Ainda por cima, descobri que ‘a minha deusa’ é quem é, logo não tenho razões para ficar! É isso, vou demitir-me agora mesmo! Bem… Vou só descansar um pouco, afinal de contas acordei muito cedo… Acho que não faz mal.

Não tardou que adormecesse, pois quele ambiente era fantástico: as flores de cerejeira a deixar cair as mais delicadas flores, o vento suave que fazia os meus cabelos esvoaçarem pelo ar e um estranho perfume que pairava no ar. Conseguia ouvir também um sussurro angelical, que outrora já havia ouvido. Não conseguia perceber o que dizia. Era intrigante… Pensei um pouco nas atitudes que tinha vindo a tomar e concluí que pusera as emoções à frente da razão. Acontecera várias coisas em tão curto período de tempo e eu não tinha capacidade para aguentar tudo, então, mesmo sendo uma escapatória ou um ato de covardia, tinha de sair da empresa… Não havia opção.

Os sinos de uma igreja ali perto despertaram-me já um pouco tarde. Não costumo fazer este tipo de sestas, então ainda mal me sentia. Apenas conseguia ouvir aqueles belos sussurros vindo de uma bela voz, bastante próximos… Foi então que olhei para o meu lado direito e vi um rosto familiar deitado no meu ombro. As suas respirações faziam o meu corpo arrepiar por todos os lados e a aura daquele rosto, (que estava tão perto…) fez-me corar completamente. Foi então que percebi que era… Era o Kurogami-san. Estava novamente a falar sozinho, mas desta vez estava a dormir e as suas palavras eram impossíveis de se perceberem. Pergunto-me quando ali chegara e porque ali estaria. E o mais importante, o porquê desta minha reação. Acho que ainda não aceitei o facto de ele ser um homem, deve ser isso!

Tirei o meu casaco, dobrei-o e coloquei-o no chão. Com o meu coração a bater a mil peguei suavemente no seu rosto e deitei-o sobre o casaco (afinal de contas, era demasiada crueldade deitá-lo sobre o chão gélido, apesar de tudo o que ele fez…). Preparava-me para sair quando senti uma forte mão a puxar-me. Era tão forte e firme que rapidamente me paralisou. Quando olhei, o Kurogami-san já estava levantado e aproximou-se de uma forma gentil. Ele esboçou um sorriso e aproximou-se do meu ouvido.

–Obrigado Azaya-san.

–P-Porquê? (Apanhou-me completamente de surpresa).

–Não contaste a ninguém sobre quem eu sou realmente, não é verdade?

–Bem… É verdade…

–Queria te pedir para assim continuares. A minha carreira provavelmente não duraria se descobrissem que sou um homem. É por isso que é importante que te mantenhas neste cargo quanto mais tempo for possível. Quantas menos pessoas souberem melhor… E além disso vim esclarecer o que se passara à pouco.

–Desculpe, mas eu não estou interessado neste cargo. Na verdade nunca estive! Vim para aqui por razões estúpidas e não é um por um pedido egoísta que vou ficar (eu puxei o meu braço com a minha força toda…). Além disso, eu já sei o que se passou! Apenas recomendo que não repitam esse tipo de cenas pois seria vergonhoso para a empresa! Agora, com licença!

–Espera! Len! (Ele agarrou na minha mão) Por favor, atende apenas desta vez ao meu pedido egoísta… (Ele apertou-a de uma forma, que chegava a ser doloroso de ouvir e sentir...) Eu transmito tudo o que sinto nos meus romances, sem eles não seria nada. Antes de escrever, quanto mais tempo passava, mais dor sentia, e um sentimento de arrependimento apoderava-se de mim, não sei por que motivo, só sei que começou a desaparecer a partir do momento em que pensei numa história onde o amor era o tema principal. Eu realmente….

–CALE-SE! Você não faz ideia do que é sentir realmente algo desse género. Alguém que ‘dorme’ com o seu superior na própria empresa e mente sobre a própria identidade não tem o direito de dizer uma única palavra que o Kurogami-san disse. Agora, com licença, mas tenho uma carta de demissão para escrever! (Desta vez soltei-me da mão dele e corri para fora do pátio. Não lhe dei tempo para sequer dizer uma palavra…)

Esta agitação toda está me a por velho, MUITO VELHO, mais velho que a minha irmã sem vergonha. Já nem me sinto.

Depois daquela situação no pátio fui imediatamente para casa escrever a carta de demissão e pensar numa forma de deixar bem claro o que penso sobre aquela empresa. Irei esclarecer que não foi devido aos outros funcionários, porque eles eram pessoas educadas e acolhedoras (acho que não merecem ser castigados por causa da minha querida irmã e o travesti que se denomina escritor. E sim, a partir de agora vou lhe chamar travesti…)

Finalmente terminei a carta. Reescrevi-a várias vezes e por isso demorei bastante tempo, quando dei por mim já se fazia muito tarde. Mas se calhar era uma boa altura para ir conhecer os dois vizinhos, já que nunca estavam de dia. Talvez fossem noturnos ou sei lá. E acabou por ser uma boa ideia: cruzei-me com o Ryuki. Combinamos amanhã irmos juntos outra vez para a universidade e por mais incrível que pareça conversamos bastante! Depois fui conhecer um dos vizinhos e apanhei uma grande surpresa! No último apartamento mora uma mulher muito bela, com cabelos compridos louros, super simpática. Chama-se Himabe Chie e tem 24 anos. Depois fui bater novamente à porta do primeiro andar e não estava ninguém… Bati à porta do apartamento do Yuki mas também não estava ninguém. Foi estranho, mas pronto!

Hoje acordei bem-disposto. Fui para a universidade com o Ryuki como combinado e foi bem divertido, convidei-o para vir jogar um pouco esta noite e ele gostou da ideia! Agora só falta entregar a carta.

Mal cheguei à empresa fui logo bem recebido por todos, é mesmo uma pena. Mas bem! Vou mas é direto para o escritório da Alice, não vá encontrar o travesti-san...

–Com licença, posso entr-

Do nada comecei a ouvir barulhos e vozes. Vinham de dentro do escritório… Sei que é errado mas pus-me a escutar e…

–Aki, tão de repente… Nem sei o que dizer! E-Eu aceito!

Nisto de repente sai do escritório o travesti-san e a Alice, e todo o mundo os aplaude. Não percebo nadinha do que se está a passar…! Mas nem me interessa, vim aqui por causa da demissão!

–Irmã, tenho aqui uma carta de… (Não consegui terminar porque a minha irmã veio ter comigo, histérica. Já o Kurogami-san olhou para mim, com uns olhos profundos e magoados, como se já soubesse o que eu ia dizer… Quer dizer, o travesti-san…!)

– Len! Nem sabes! Eu e o Akihiko vamos casar!


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado! Irei tentar postar o terceiro capítulo logo logo! Arigatou :3



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