Não chores porque cada vez que derramas uma lágrima, uma estrela se apaga e o mundo perde um pouco da sua beleza.

Bonnie Leao Barbosa

Já faz alguns minutos que estamos na estrada e o silencio que paira entre nós por algum motivo não constrangedor só é... estranho, é estranho seria a palavra certa.

Por uns instantes foi como se eu estivesse com Tyler... a Ty, como você e o resto do pessoal estão, eu daria tudo para saber, mas assim é o certo. Sinto saudades.

– Ei! Susi! Está me ouvindo? – Susi? Minha mãe me chamava assim.

– N-não me chame assim, s-só... me chame de Susan. Por favor – Nas ultimas palavras minha voz saiu quase inaudível e tão involuntariamente uma lágrima rolou pelo meu rosto que eu podia sentir estar quente.

A morte dos meus pais não é algo tão recente, bom na verdade sim, essas lembranças doem. Dói estar só, dói não poder mais abraça-los não poder mais sentir a paz que um simples olhar deles passava, dói ter certeza de que nunca mais poderia velos.

– Susana oque houve? – Agora percebi que estávamos parados no acostamento e, podia sentir Castiel me observando seriamente mas eu não tinha coragem de olha-lo, sabia que teria que falar algo e no momento, a verdade não esta preparada para o mundo, no momento minha cabeça esta apenas abarrotada de lembranças.

– Apenas me olhe – pele se arrepiou ao sentir o seu toque gélido em meu rosto fazendo-me olha-lo – Realmente não sei oque aconteceu, até porque a alguns minutos atrás você aparentemente estava bem. - Ele respirou fundo – Se você não quiser falar oque te frustra, tudo bem eu entendo, só quero que saiba que apesar de você ter nos conhecido a tão pouco tempo tenha certeza que você já tem amigos fiéis, que se importam com você e querem apenas seu bem. Acredite se quiser, até mesmo eu. – Dei um pequeno sorriso – Você não está e nunca estará sozinha – ele pegou em minha mão e me olhou nos olhos. Naquele simples olhar foi como se eu estivesse liberando os meus segredos mais obscuros até os meus piores medos, foi como se ele me radiografasse.

Ali, naquele momento, não vi aquele cara irônico e sarcástico, cheio de marra, pude ver um cara, que com toda certeza, poucos tem o privilégio de conhecer.

– Está melhor? Podemos continuar a estrada? Caso contrario, daqui a uns... – ele olhou no seu relógio de pulso imaginário- 5 minutos estaremos sendo interrogados pela equipe da Swat. Rimos.

– Claro, podemos ir, não estou a fim de ser interrogada novamente. – Ele me olhou, então percebi a grande besteira que u havia dito. DROGA. – Q-quer dizer, eu não gostaria de ser interrogada deve ser horrível e vai que nos atrasemos mais alguma vez, he-he ( Risadinha sem graça do pica pau ). Ele gargalhou e, que gargalhada gostosa.

– Vamos logo, antes que a mongolisse ( não sei se esta palavra existia, se não, agora existe ) vire contagiosa.

Empurrei de leve seu ombro enquanto ele ligava o carro, assim partimos.