The system of factions escrita por Bruh Sevilha


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, estou muito chateado com vocês. A fic tem 306 visualizações e 16 comentários? Se esforcem só um pouquinho mais né?
Amo vcs, leiam notas finais. Boa leitura e espero que gostem.
P.s.: LEIAM AS NOTAS FINAIS INTEIRAMENTE PQ É MUITO IMPORTANTE.



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Quando chego na porta do dormitório ouço risadas vindo de dentro dele. Peter, Molly e Edward. Estou prestes a criar um ship para eles... Talvez Pellyward. Eles não se desgrudam, que droga! Parece que dependem uns dos outros para viver.

Peter está com um esparadrapo na têmpora esquerda, quer dizer que Tris fez um belo trabalho.

Adentro o dormitório quieta e Peter diz:

— Olha quem está ai!

Respiro fundo e continuo indo até minha cama sem parar.

Eles dão risada novamente e eu decido sair. Dou meia volta mas Edward entra na minha frente.

Cerro meus punhos. Não vou bater neles, por que quando bati em Peter no dormitório foi algo de sorte.

— Edward... — eu digo. — Sua namorada não gostará de saber que fica espancando garotas indefesas.

— Eu não fiz nada. — ele diz.

— É bom que não faça. — eu digo. — Com licença?

Ele permanece parado e vejo Peter e Molly correndo para fora da porta. Inclino a cabeça para o lado, confusa.

Então Edward também corre e apaga luz e fecha a porta do dormitório. Estou no escuro.

Não tenho saída.

Começo a soar, soar e soar. Ouço vozes como sussurros de todos os lados e vultos pretos e brancos passarem pela minha frente. Grito por socorro mas ninguém me ouve. Quanto mais grito, mais forte os vultos passam por mim.

Caio no chão e bato as costas na parede. Me encolho cada vez mais, só que não consigo desaparecer ou evaporar.

Preciso sair daqui. Preciso. Isso não é real. É apenas meu consciente brincando comigo. É meu medo agindo.

Lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto e meu corpo inteiro começa a tremer. Desta vez não consigo mais gritar por socorro, eu apenas sussurro.

Não consigo me mover a não ser meu corpo trêmulo. Não paro de me apertar. Minhas unhas arranham minha pele e eu não enxergo nada a minha frente.

Luz. Eu preciso da luz. Mas como ter luz se não posso me mover?

Ofego. Me falta ar. Parece que algo suga o ar dos meus pulmões.

Estou ficando tonta, sem raciocínio.

Só penso em sair daqui. Sair. Daqui.

Qual é o problema da minha mente? Ser masoquista?

— Por favor! — consigo gritar em meio ao desespero. — Alguém... — começo a sussurrar de medo novamente. — Ajuda...

Minhas pernas estão com algum líquido saindo delas. Deve ser suor. Os vultos passam com cada vez mais violência na minha frente e eu fico cada vez mais tonta, cada vez mais inconsciente, cada vez mais fora de mim.

Eu bato minha cabeça na parede, para tentar desmaiar e acabar logo com isso. Não posso tirar a mim mesma daqui e ninguém virá me buscar, preciso apagar.

Não adianta; barulho! Eu tapo meus ouvidos com as palmas da mão que estão molhadas e grudando, deve ser suor.

— POR FAVOR, PAREM! — eu grito.

Solto soluços desesperados, as lágrimas rolam excessivamente. Minha visão embaça e não estou mais com lucidez suficiente para ouvir nem sentir mais vultos.

Vejo alguma luz saindo da porta ao meu lado e ela se abre, mas eu já apaguei.

+++

Abro os meus olhos que estão grudados um no outro e vejo Zeke.

— Zeke? — eu pergunto aliviada. — Zeke, você está aqui, foi horrível, você não tem noção o que acabou de... Espera. Zeke?

Ele me encara e passa a mão pela minha bochecha. Solto um suspiro mas... Por que?

— Sam, precisamos ir para a enfermaria. Agora. — ele diz.

— Por que? — eu pergunto. — Eu desmaiei e não me feri.

Ele está me carregando então olha para minhas pernas. Eu também olho e vejo que estão arranhadas com sangue saindo delas e marcas de unhas.

— Eu... — eu digo, mas minha voz não sai muito bem. — Sou um fracasso.

Enterro minha cabeça em seu pescoço, mas não choro. Apenas estou envergonhada demais para encará-lo. Para ele ver a minha vergonha e minha fraqueza.

Ele não diz nada, para meu alívio, apenas continua andando até a enfermaria.

+++

Ele me deixa na maca e olho para a direita. Uriah.

— Zeke... Me desculpe. — eu murmuro.

— Se desculpar de que? — ele pergunta.

— Te dar trabalho, essas coisas na minha perna, não ser capaz de dar um conselho amigável sem decepcioná-lo...

— Para. — ele diz. — Eu não me importo. Você me tira do tédio.

Rimos um pouco.

— Como você chegou lá? — eu pergunto.

— Marlene pediu para eu te chamar e eu disse que sabia onde você estava. — ele diz dando de ombros.

— Já deu hora do almoço? — eu pergunto.

— Falta meia hora, Srta. Gorducha. — ele diz olhando o relógio de pulso.

Rimos um pouco.

Ficamos um tempo em silêncio.

— Obrigada. — sussurro.

— Não foi nada...

— Não só por isso. — eu digo o encarando. — Por tudo.

Ele recolhe os ombros e diz:

— Não precisa agradecer. Gosto o bastante de você para te deixar nessa facção cheia de loucos sozinha.

Assinto com a cabeça com um sorriso e quando a enfermeira chega, ela passa anti-séptico e coloca esparadrapos, cuidando dos meus ferimentos.

Me levanto da maca e Zeke logo vem ao meu lado me ajudar.

— Não precisa, meus ferimentos são superficiais, Zeke. — eu digo.

Ele se afasta e caminhamos até o refeitório. Antes de entrar ele diz:

— Tudo bem entrar com os ferimentos à mostra?

— Tudo... Não tem problema.

— Aliás... Desculpe não te perguntar antes, mas como você ficou no escuro?

Eu explico para ele desde eu ter visto Peter e sua gangue até o momento que apaguei.

Ele digere um pouco minhas palavras e depois assente e entramos no refeitório.

— Pode ficar na minha mesa? — ele pergunta. — Uriah e Lynn não estão, só a Marlene então...

— Posso. — eu digo e coloco a mão em seu ombro.

Ele parece estremecer então eu a tiro de lá.

Caminhamos até a mesa dele.

— Oi Mar! — eu digo.

— Sam! — ela diz. Sem querer acaba olhando para minha perna. — O que...?

Eu explico novamente o que aconteceu.

— Aquele garoto tem problema. — ela diz. — Não que seja algum tipo de novidade, mas é um psicopata. Existe diferença entre caçoar de alguém e fazer algo deste tipo.

Zeke segura o garfo com tanta força que suas juntas estão brancas. Não entendo mas continuo conversando com Marlene e o resto do pessoal. Ele está calado, nunca o vi assim.

— É... Gente, eu vou para minha outra mesa e depois eu volto. — eu digo para todo mundo.

Olho para Zeke e ele assente com a cabeça. Caminho até a minha mesa.

— Oi pessoal, desculpe por não sentar com vocês hoje. — eu digo sentando-me com eles.

Percebo que Tris não está aqui.

— A Tris ainda não voltou da enfermaria? — eu pergunto.

— Não. — diz Christina. — Peter já saiu faz tempo.

— É... Fiquei sabendo. — eu digo. — E como foi a luta?

— Perdi de Myra e acordei a pouco tempo. — diz Will.

— E eu também perdi. — diz Christina

— E Al está na enfermaria? — eu pergunto envergonhada.

— Sim, ele vai sair daqui a pouco, é por que estão fazendo curativos no nariz dele que talvez quebrou.

Me mexo desconfortável. Eu fiz isso.

Determinado momento, Eric sobre numa mesa do refeitório e chama atenção de todos.

— Agora os iniciandos transferidos irão para as aulas de tiros. Hoje teremos uma atividade surpresa a noite. Nascidos da Audácia terão arremesso de facas. Hoje o horário ultrapassará o limite que é 18:00h, sendo assim, Quatro e Lauren guiarão vocês até a linha do trem quando o horário normal acabar e vocês jantarem.

Ele sai de cima da mesa, como sempre, e volta a sentar em sua mesa.

+++

Estamos na sala de treinamento treinando os tiros. Tris não acertou nenhum tiro até agora.

— Sabia que era para você ter acertado pelo menos uma vez no alvo? — diz Will para Tris. — Nem que fosse por acidente.

— Interessante. — ela diz.

Eu já acertei vários tiros que meu boneco está estourado. Deixo a arma apoiada sobre a mesa no fundo da sala e estico meus braços.

— Você é boa. — diz Quatro se aproximando. — Talvez se treinasse bastante pudesse ser um prodígio em atirar, afinal, quem começa levando jeito já tem certa vantagem.

É a primeira vez que o vejo assim, calmo, sem seu jeito autoritário. Ele não pareceu sarcástico e sim... Amigável.

— Obrigada. — eu digo e cruzo os braços. — E você? Qual seu talento na Audácia? Luta?

Eu aponto para seus músculos. Ele pareceu incomodado.

— Arremesso de facas, eu acho. — ele diz ainda incomodado.

— Tem vergonha? É sério? — eu digo.

— De que? — ele diz arqueando as sobrancelhas numa tentativa de parecer confuso.

— Qual é, Quatro? Tem vergonha que eu diga que você é forte? — eu digo, mas ninguém escuta, por que estamos afastados. — Você é amigo do Zeke, certo? Ele nunca caçoou de você? Não sobre isso, claro, por que seria estranho, mas nunca caçoou?

— Claro que ele já caçoou de mim, afinal é o Zeke. Mas é algo que incomoda, falar nisso.

— Quatro, estamos falando de corpo. Nunca teve aula de ciências? Ou de física, por que só falei de sua força.

— Está bem. Eu entendi. — ele diz quase rindo. — Não acha melhor ajudar sua amiga?

— Você é o instrutor! — eu retruco.

— Você é o prodígio em armas! — ele defende.

Eu rio e balanço a cabeça. Vou até Tris e digo:

— Tris, seu instrutor é um preguiçoso. — eu digo e Quatro ouve e ri. — Quer ajuda?

Ela fica em dúvida. Tem vergonha de pedir ajuda. Eu caminho até a mesa que deixei minha arma e pego-a, levando até onde Tris está.

— Segure a arma deste jeito. — eu digo posicionando meus braços corretamente com minha arma na mão. — Firme a mão em que você coordena e atire.

Eu atiro e a bala vai bem onde eu queria, na cabeça do boneco. Ela me imita e a bala vai na lateral do boneco, mas ainda sim acertou-o.

— Isso! — eu digo e batemos as palmas das mãos. — Agora é só lembrar que a mão que você ajusta a mira é a direita, certo? Então é o pé direito que vai na frente. Finque estes pés no chão.

— Não me subestime, Quatro. — eu digo deixando minha arma novamente na mesa.

— Quero ver você dizendo isto no segundo estágio. — ele diz.

— A única coisa que sei sobre o segundo estágio é um livro que meu amigo, Fernando, encontrou na biblioteca e me emprestou. Alucinações hipnóticas?

— Pior.

Eu bufo impaciente. Ele não vai me dizer e tão cedo não descobrirei.

— Então... O dia da visita é amanhã não é? — eu digo.

— Seus pais vão vir te visitar?

— Já disse isso para sua amiga e talvez eu tenha que repetir por que não entenderam: O que te faz pensar que pode falar comigo? — ele diz ficando de frente comigo.

Eu o encaro de cabeça erguida.

— Quatro, não acha que está sendo... Esnobe com os transferidos? — eu digo. — Está tentando mostrar quem é que manda? Pois eu lhe digo: ninguém manda em mim. Nem Eric, nem você, nem Peter e nem ninguém.

— Acha que estou tentando parecer autoritário? Eu não estou! — ele diz recostando novamente na mesa, eu faço o mesmo. Cruzo os braços e observo as pessoas atirarem. — Não estou tentando ser nada, só não sou assim, animado como vocês. Quanto mais você se exalta, mais as pessoas tem a chance de te enxergar por dentro.

— Sério? Como você tem uma vida social?

— Com as pessoas que me aceitam e me conhecem. — ele diz pegando minha arma e empurrando-a para mim. — Agora aperfeiçoe seu talento, prodígio.

Eu dou uma risada leve e vou treinar meu "talento".


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Notas finais do capítulo

Então gente... Comentem a fic, 306 visualizações e 16 comentários?
Ah, claro, tem mais uma coisa IMPORTANTE.
Eu to aceitando recomendações pelos comentários. Eu tenho ideias mas sempre que alguém me dá mais uma eu comsigo misturar a minha ideia com a ideia de outra pessoa e transformar em uma coisa bem legal, então tentem, está bem?
Mais uma coisa MUITO IMPORTANTE.
Eu vou começar a fazer as cenas de romance, não quero dizer sexo, quero dizer começar a acoplar o romance na história. Então me dêem algumas ideias nos comentários, mas não se esqueçam que eu vou torturar vocês um pouquinho antes de acontecer o beijo do casal principal.
MUITO EXTREMAMENTE IMPORTANTE:
Vocês podem achar que foi exagero meu sobre a cena que a Sam passou mal no escuro, mas eu tenho escotofobia e posso lhes dizer que o ataque de pânico real é ainda pior.
Kkkk' é isso, amo vcs, até o próximo capítulo!



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