The system of factions escrita por Bruh Sevilha


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Eu to amando os comentários de vocês, sério.
Os três primeiros capítulos eu postei um em cada dia para vocês conseguirem entender melhor a história e o que quero passar.
É isso que direi.
P.s.: leiam as notas finais. É importante. Mas depois de ler o capítulo, por favor.



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Sento-me com os membros da Audácia que estão aplaudindo-me e esmurrando o ar, como os membros da Audácia fazem.

Talvez eu não seja apenas corajosa, já que sou Divergente e tenho três aptidões. Sou corajosa, pacífica e altruísta. Mas eu escolhi ser corajosa.

Talvez eu retire minha divergência se entrar finalmente para a Audácia, pois eles vão reforçar minha coragem e distanciar minhas atitudes altruístas e pacíficas.

Mas é isso que eu quero? Virar uma pessoa totalmente corajosa e deixar de ser altruísta e pacífica?

Não sei.

Quando chamam Cameron, ele olha para nossos pais e abraça minha mãe. Eles dois sempre tiveram uma conexão incrível. Depois ele abraça papai, que também há uma conexão, mas ainda não tão forte.

Ele caminha até as bacias. Não enxergo quando ele deixa seu sangue pingar, por que há muitas pessoas em pé na minha frente. A Cerimônia está acabando. A única coisa que ouço é Marcus dizer em alto e bom som:

— Franqueza.

Então as pessoas da Franqueza aplaudem e abrem espaço para Cameron sentar-se.

Ele olha para mim e eu o olho de volta. Isto foi um adeus.

Um curto tempo depois, a cerimônia logo se encerra e os membros da Audácia começam a correr para a saída da escola, descendo as escadas. Todos gritam, correm, riem e conversam enquanto fazem tudo isso. Gosto deste êxtase, mas não sou enérgica por que passei minha vida toda estudando e não correndo.

Saímos da escola e corremos em direção ao trem. Esperamos o trem chegar. Todos estão extasiados.

Olho para os transferidos e reparo que tem alguém da Erudição. Uma garota de cabelos pretos que mesmo preso num rabo de cavalo, chega até o meio das costas. Seus olhos parecem ser verdes, mas não tenho certeza, pois ela está longe. Ela tem uma estatura média, que vai ficar forte por entrar na Audácia.

O que chama-me um pouco mais a atenção é a garota de cabelo loiro, preso num coque. Seus olhos são grandes e redondos e ela é baixa. Mas o mais bizarro é ela ser da Abnegação.

Uma transferida da Abnegação para a Audácia?

Da última vez que ouvi falar nisto foi há 2 anos. Um tal de Tobias... Eaton? É, acho que é isso.

O primeiro vagão do trem passa pelo meu lado e eu não percebi. Começo a correr. Os membros da Audácia pulam nos primeiros. Olho para trás e o trem está quase me passando; restam 3 vagões. Deixo para pular no último, pois já estudei outros fazendo isto e não é algo tão complicado.

Impulso-me em direção a barra de metal ao lado da porta do vagão e a agarro. Puxo-me para dentro facilmente e sento-me na beirada. Levanto-me e quando vou entrar no vagão para esperar nós chegarmos ao complexo da Audácia, vejo a garota da Abnegação correndo com o coque frouxo na cabeça. Não vou deixá-la virar uma sem facção.

Estico minha mão em direção a ela e ela agarra. Puxo ela com força para cima e uma garota da Franqueza me ajuda a puxá-la. Ela entra no vagão finalmente e se senta ao lado da garota da Franqueza, me sento na frente das duas.

A garota da Franqueza é morena, de cabelo curto até o queixo, olhos grandes e escuros e dentes meio tortos.

— É impressão minha ou estão querendo nos matar? — diz a garota da Franqueza. A garota da Abnegação ri. — Sou Christina.

— Beatrice. — diz a garota da Abnegação que agora tem um nome; Beatrice.

— Pesley. — eu digo. — Abnegação? — aponto para Beatrice. — Para a Audácia? Nossa, parabéns, eu acho.

— Obrigada. — ela sorri.

Eu assinto com a cabeça.

— Deve achar que sou idiota igual a maioria das pessoas da Erudição, certo? — eu digo olhando para minhas mãos, então eu encaro-a.

— Nem todos eruditos são iguais à Jeanine Matthews. — diz Christina.

Eu dou risada e Beatrice também.

— Só fique ciente disso. — eu digo para Beatrice. — Não sou contra sua, agora antiga, facção. Nunca fui.

Nós rimos um pouco e vemos a paisagem desaparecendo e o complexo da Audácia chegando.

+++

Estamos passando por em cima dos prédios e então recebemos o alerta de um garoto da Franqueza que está na porta:

— Eles estão pulando! É para pular!

Os transferidos se acumulam na porta e como estou sentada, vejo entre as pernas das pessoas em pé. Os membros da Audácia estão saltando no telhado dos prédios, e há um grande espaço entre o trem e o prédio.

Podemos cair.

Olho para Christina e Beatrice e elas se levantam rapidamente. O vagão vai esvaziando na frequência que todos pulam. Fico ao lado de Beatrice e Christina vai para o outro lado dela.

— Juntas? — pergunta Beatrice para mim e Christina.

— Sim. — respondemos ao mesmo tempo.

Então vamos para o fim do vagão já vazio e nos impulsionamos. Caímos no telhado do prédio que está cheio de pedrinhas que grudam em nossa roupa quando tropeçamos e caímos. Pelo menos conseguimos alcançar o telhado.

Beatrice olha para a beirada do telhado que há um garoto da Amizade se lamentando. A irmã dele caiu do prédio.

— Rita! — ele diz entre soluços.

Coloco a mão no ombro de Beatrice para tentar lhe confortá-la de alguma maneira. Ele olha pra mim e assente a cabeça.

Vamos em direção ao outro lado do telhado que um dos líderes que já avistei antes, Max, esperar por nós.

— Bem-vindos iniciandos. — diz Max. Ele está na beirada do prédio, andando de um lado para o outro. — Sou Max, um dos líderes de sua nova facção. Hoje vocês começarão a sua iniciação para entrarem na nossa facção. Espero que honrem isto. — ele para de andar, olha para todos nós e pergunta casualmente: — Quem vai ser o primeiro?

— Vamos ter que pular? — pergunta um garoto transferido da Erudição que não tinha reparado. Ele o cabelo curto, porém enrolado, leve e solto em vez de ajeitado com gel igual aos eruditos. Seu rosto é achatado e seus olhos um pouco estreitos.

Max assente à pergunta do garoto.

— Tem água ou algo do tipo lá embaixo? — pergunta o garoto da Erudição novamente.

— Terão que descobrir. — responde Max. — Então, quem será o primeiro?

Ele olha para todos, desde os transferidos até os nascidos da Audácia. Nem os nascidos da facção se volutearam.

— Eu. — diz Beatrice.

Eu a olho estupefata. Max assente e todos abrem espaço para ela passar. Ela caminha devagar em direção a borda do edifício. Olha para baixo e se afasta da borda.

— Vamos, Careta. Só não vomite! — diz um garoto da Franqueza.

— Cala a boca, Peter. — diz Christina.

Beatrice tira seu casaco pesado e joga em direção a Peter. Ela sobe com cuidado na borda do telhado e se equilibra.

Não vejo sua expressão pois ela está de costas, mas ela apenas coloca um pé á frente e se impulsiona para baixo.

Olho para os lados. O que deve ter acontecido à ela?

Max olha para baixo, espera e depois diz:

— Próximo!

Então um garoto nascido da Audácia corre e se atira sem mais nem menos ao buraco. Ouço seu grito desaparecendo enquanto ele cai.

Max olha para baixo novamente, espera e diz novamente:

— Próximo!

Eu vou até a borda, olho para baixo. É um enorme buraco negro no chão. O prédio tem sete andares. Mas se eu não cair lá, nunca chegarei ao dia da visita e nunca poderei rever minha família de pelo menos uma vez ao ano. Virarei uma sem facção e não quero isto. É arriscar agora, ou perder o resto da minha vida virando alguém pobre e solitário.

Subo na borda e sem cerimônias, pulo. Diferente do que pensei, o vento me atinge de todos os lado e gosto desta sensação. Livre. Não tenho necessidade de um chão para me sustentar ou de qualquer coisa para me manter. Sou só eu e o vento que me leva. Pelo menos se eu morrer eu saberei disso; que em algum momento estive livre de amarras que me manteram neste mundo em que suas escolhas são delimitadas. Me sinto como... Um pássaro. E adoro me sentir assim.

Quando me aproximo mais para dentro do buraco, meu peso pressiona algo... Leve que me puxa para cima novamente e eu vou para frente novamente, pulando, por causa da rede que acabei de cair.

Ela para de me jogar para cima e eu sorrio, meu sorriso vira uma risada e eu adorei esta sensação.

Três mãos me oferecem ajuda quando engatinho sobre a rede até a borda dela. Não enxergo os donos das mãos, então agarro a da ponta. Essa mão me puxa e um homem me deixa no chão, ajudando-me a ficar estável.

— Uma erudita... — o garoto diz.

Ele tem um cabelo castanho claro leve e bem caído, olhos castanhos claro parecidos com mel, rosto magro e é forte.

— Meu nome é Zeke. — ele diz. — E o seu nome? Pode escolher um.

Eu penso por um momento. Talvez mudar meu nome seja bom... Não que eu não goste do meu, mas mudança de facção; mudança de vida. Um recomeço.

— Samantha. — eu digo.

Lembro-me que estava conversando com Cameron e ele disse que este seria o nome de sua filha. Terá que repensar nisso. Tínhamos nove anos. Eu prefiro meu nome assim. Pelo menos em meu nome há uma lembrança de Cameron que posso carregar, além de nossas aparências gêmeas.

— Apresente-se como Sam. — ele diz. — Acredite, é um apelido que qualquer um daria a alguém chamada Samantha.

Assinto com a cabeça. Ele se vira para a rede quando a próxima pessoa cai na rede.

Eu olho para os lados, perdida.

— Ah, esqueci. Transferida. — o garoto diz se virando para mim. — Venha, vou te levar para esperar até que todos caiam e depois iremos para o Fosso.

Ele me guia até Beatrice e diz:

— A propósito, bem-vinda Sam.

Sorrio, assinto com a cabeça e ele sai.

Sento-me no canto da sala, olhando as pessoas caírem, sentada ao lado de Beatrice.

— Escolheu algum novo nome? — pergunto-a.

— Tris. — ela diz.

— Tris... Gostei. — eu digo.

— O meu é Samantha. Mas pode me chamar de Sam.

— Sam... Gostei. — diz Tris.


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Notas finais do capítulo

Gente... Eu sei que vocês vão dizer: COMO ASSIM? VAI DEMORAR UMA ETERNIDADE!
Mas como podem ver, eu tive a ideia de colocar os personagens do livro de Divergente em sua história quase real ao livro, mas com Sam no meio de tudo. Eu vou fazer três fanfics para esta história, por que não irei apenas narrar a história de Tris, por que irei fazer a história de Sam esclarecer bem mais as coisas.
Mas eu garanto que as três fanfics compensarão, eu prometo.
Mas comentem do mesmo jeito. Eu ainda estou pensando nesta questão, e se vocês não quiserem que tenha as três fanfics, eu paro na primeira mesmo.
Meus motivos para fazer três é que eu iria esclarecer algumas coisas que na trilogia da Veronica ela não deixou tão claro e tudo mais. E acho que vocês gostarão do que vou fazer com a história — sem querer ser pretensiosa.
Mas é isso pessoal. Espero que tenham gostado deste capítulo.
Obrigada e comentem por que amei os comentários de vocês



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