The system of factions escrita por Bruh Sevilha


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,
Queria agradecer uma das minhas leitoras que há muitos capítulos atrás fez uma recomendação e eu ainda não tinha agradecido corretamente. Desculpe. Obrigada para a Mrs Hawkins
Aliás, a fic ta acabando, não é?
Mas relaxem, vai ter ainda duas continuações pela frente. Mas aí vem mais espera :(
E vou soltar um pequeno spoiler deste capítulo: lembra que nos avisos da fic tem "alcool"? Pois é, sentiram falta disso? Hahaha'
Não falo mais nada,
Boa leitura *---*



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Após um tempo caminhando abraçada com Zeke, passamos pelo Fosso e em frente ao refeitório, quando Uriah, Marlene e Shauna nos vê.

Estou tão alheia olhando para o rosto de Zeke e conversando tão animada com ele que não reparo que eles me chamam. Então Uriah toca meu ombro e os três aparecem na minha frente.

— Ah, oi. — eu digo com meu rosto fervendo, queimando de vergonha. Mas, quando vou me afastar de Zeke, ele me aperta mais, não deixando eu largar meu braço que está à sua volta.

— E aí? O que estavam fazendo? — Zeke pergunta sorrindo para eles e eu ainda estou com meu rosto fervendo!

— Iríamos beber um pouco, o que acha? — diz Uriah.

— Já estão querendo converter a garota? Coitada! — diz Marlene apoiando o braço no ombro de Uriah, quando ele estremece.

— Estão namorando? — pergunta Lynn para mim. Estremeço.

— As vezes, acho que você é da Franqueza. — eu digo.

— Está fugindo da pergunta. Estão namorando? — ela pergunta novamente, cruzando os braços.

— Lynn, para, deixa eles... — diz Shauna, mas é interrompida por Zeke:

— Sim, estamos. — ele diz e dá um beijo no topo da minha cabeça.

Deito minha cabeça em seu braço, já que quase não alcanço o ombro. Fecho os olhos por alguns instantes e tento respirar fundo e perder todo aquele rubor do meu rosto, mas é quase impossível. Abro os olhos novamente.

— Awnnnnn... — ronrona Marlene, tendo um ataque de 'fofura'. — Eu sabia! Mentira, não sabia. Pensei que só iriam ser melhores amigos, como "BFF's" mas estão realmente namorando! Não é lindo, Shauna?

— É, sim. — ela diz sorrindo e tão eufórica quanto Marlene. — Já podemos preparar o casamento? Quem vão ser os padrinhos?

Eu resmungo com tanta vergonha e afogo meu rosto nas mãos e Zeke me abraça, sussurrando alguma coisa para Marlene e Shauna.

— Então vamos beber para comemorar! — diz Uriah. — Então... Desde quando estão ficando?

Eu e Zeke contamos do modo menos vergonhoso possível como chegamos até aqui, mas a cada palavra "beijo" ou qualquer coisa fofa demais, meu rosto esquentava. É besteira, eu sei, mas eu nunca beijei ninguém, muito menos namorei. Portanto, é algo estranho e bom para mim. Um dia eu me acostumo.

+++

Chegamos a um... Pub? Tem um pub dentro do Fosso. Pois é, eu não sabia de sua existência. Shauna foi embora, dizendo que iria falar com... Ahn... Não me lembro, não estou no meu melhor estado. E Lynn também estava no pub quando chegamos.

Eu já bebi vários copos de algo que chamam de vodka com energético e eu não estou no meu estado mais normal.

Trajo uma camiseta meia manga preta e um short jeans azul tão escuro que parece preto, com alguns rasgos superficiais, mas cobertos pelos bolsos. E claro, um tênis de pano preto*.

Tem uma pequena pista de dança no centro do pub, mas eu não sei dançar e não estou tão fora de mim para ir até lá.

— E vocês... Ainda não transaram? — pergunta Uriah.

Dou um empurrão e ele quase cai da cadeira de tão bêbado, porém Lynn o estabiliza.

— Isso foi um sim ou um não? — ele pergunta novamente.

— Não! — eu resmungo.

É, acho que estou bêbada.

( Coloque Neon Lights – Demi Lovato para tocar, agora - opcional )

Começa a tocar uma música que eu AMO. Se chama... Hum... Acho que é... Neon Lights. Não lembro de quem é agora, mas eu sei que eu dou um pulo da cadeira e deixo a caneca de metal no balcão.

— BABY WHEN THEY LOOK UP AT THE SKY! — eu grito indo para pista e vejo todos me seguindo, inclusive Lynn! — WE'LL BE SHOOTIN' STARS JUST PASSIN' BY! YOU'LL BE COMING HOME WITH ME TONIGHT! AND WE'LL BE BURNING UP LIKE NEON LIGHTS!

Então eu começo a dançar igual a uma louca, que eu já sou, mas três vezes pior. Zeke não sabe muito bem o que fazer, já que só tomou um copo de bebida e está sóbrio. Uriah dança mais ou menos, cambaleando, mais bêbado que eu. Lynn fica de braços cruzados e volta a sentar. Marlene dança comigo, igualmente sem jeito. Cantamos aos gritos e Uriah e Zeke se juntam a nossa "rodinha". O dono do pub aumenta o volume, vendo que dançamos.

Levanto os braços e giro, quase caindo quando Zeke me estabiliza. Sorrio para ele e seguro suas mãos, dançando com ele. Ele dá risada dos meus movimentos mas tenta se agitar. Marlene tenta agitar Uriah e nós nos entreolhamos, rindo.

Seguro a mão de Zeke em cima da minha cabeça e dou um giro, me segurando em seus ombros e rindo. Roço o nariz em seu pescoço lentamente e ele se arrepia. Dou uma risada e me afasto dele. Ele fica meio estático e recupera os sentidos. Continuo dançando sozinha abrindo as mão e colocando para o alto, pulando.

( Pause Neon Lights e coloque: Lurk – The Neighbourhood )

A música acaba após um curto tempo e começa a tocar minha música favorita! Lurk ( The Neighbourhood ). A música é lenta e eu não danço, apenas pareço cambalear olhando ao redor. É estranho, mas como estou bêbada, a música me leva as nuvens, a outro mundo. Fecho os olhos e suspiro. Ando de um lado para o outro, balançando a cabeça e talvez meus joelhos, não sinto meu corpo. Eu amo tanto essa música...

Chegando ao refrão, eu reabro os olhos e olho para Zeke que apenas me observa. Vou até ele, sorrindo e passo os braços por seu pescoço. Ele fica confuso mas segura minha cintura.

— Só não aperta. — sussurro, grogue em seu ouvido. Os pelos de sua nuca se enriçam e ele engole em seco.

Apoio minha cabeça entre seu peito e seu pescoço. Nós damos um passo ao lado, e para o outro, lento, quase degustando a própria música.

— Seria nojento se eu pedisse para essa ser nossa música? — eu pergunto baixo, mas suficiente para ele ouvir.

— Pode ser. — ele responde, sereno. Parece tão alheio quanto eu.

Sorrio e fecho os olhos, enterrando novamente minha cabeça entre seu peito e seu pescoço. Reabro os olhos e vejo que Marlene e Uriah dançam igual a nós. Será que é mais um casal? Ah... Sei lá.

Subo minha cabeça para encarar Zeke e ele reabre os olhos, que estavam aparentemente fechados. Sorrio e dou-lhe um beijo no peito, apoiando minha testa lá. Isso é tão bom.

Sinto meu corpo mais pesado e meus joelhos cedem, mas estou tão lerda que nem sinto que estou quase caindo em cima de Zeke, só quando ele me segura mais forte e me levanta um pouco. A música acaba.

— Acho melhor eu te deixar no meu apartamento, você não está be... — ele começa a dizer.

— Seu quarto? Você não dorme no dormitório dos iniciandos? — eu pergunto com a voz esganiçada de tanta bebida.

— Sim, mas de vez em quando eu durmo no meu quarto. Eu nasci na audácia, tenho meu apartamento aqui.

Eu dou risada. De quê mesmo? Ah, não sei. É tudo tão engraçado.

Eu vou andando lentamente, tropeçando quase a cada passo.

— Argh, vou ter que te levar no colo. — ele disse já passando um braço por debaixo dos meus joelhos e minhas costas.

Afundo minha cabeça em seu pescoço e cheiro, o que batizei de, Cheiro do Zeke. Tão bom... E seus músculos, tão fortes. Dou uma risada que não consigo conter enquanto ele me leva em seus braços, não como num conto de fadas, mas de verdade.

+++

Ele chega em um corredor, eu não consigo prestar atenção em nada, estou quase dormindo sendo levada por ele. Vejo Quatro correndo pelo corredor e eu até que ouço alguns gritos bem abafados, mas pode ser efeito da bebida. Ele olha para nós, confuso, mas não para de correr por nenhum minuto.

Zeke abre a porta do quarto, ainda me carregando, e empurra a porta com as costas. Passa por uma sala pequena e me leva até seu quarto, abrindo a mesma novamente com as costas. Ele me deita delicadamente na cama, se afasta e diz:

— Pode dormir, eu vou trocar de roupa no banheiro e vou dormir na sala. Se precisar de alguma coisa é só chamar.

Ele abre o guarda-roupa, analisa bem, pega uma bermuda verde-escura e vai para o banheiro da suite. Me sento na ponta da cama, esfregando minha mão na cabeça. Ainda estou muito desorientada, mas luto contra isso um pouco. Levanto e me apoio em uma estante. Nem consigo analisar o quarto direito mas é tudo de madeira. Tão diferente de tudo que via na Erudição que era tudo de um metal impecável e branco ou azul. Suspiro e sorrio. É tão bom ver o rústico que eu nunca vou deixar de amar.

Zeke sai do banheiro e me olha espantado, talvez imaginando que eu estivesse dormindo. Mas... Não é isso que me chama atenção. O físico dele, não coberto por uma camisa me chama atenção. Ele está só com bermuda, sem camisa. Um rubor cresce no meu rosto quando vejo que estou encarando-o. É que... Eu estou muito lenta, portanto demorei um tempo para reparar que estava encarando bastante tempo.

— Eu... Eu vou colocar uma camisa, desculpa, é que eu pensei que você estivesse... — ele começa e eu balanço a cabeça, caminhando até ele e beijando-lhe.

Sorrio contra sua boca e volto a lhe beijar. Coloco uma mão em seu bíceps, sentindo os músculos grandes, mas não abundantes. Pouso a outra mão em sua nuca e sinto a mão dele indo até minha cintura e a outra em minhas costas, correspondendo o beijo. Decerto, ele está confuso e eu nem sei o que estou fazendo. Desço minha mão da nuca até a curvatura entre o pescoço e ombro, descendo lentamente até o peitoral. Onde aprendi a fazer isso?

Paro o beijo para recuperar o fôlego que estava por um fio de morrer sufocada e ele diz meio relutante:

— Sam, não...

O calo com outro beijo, cada vez mais intenso e profundo. Ele tenta me afastar mas isso se torna cada vez mais difícil, tanto por conta de mim quanto por conta dele. O empurro de leve, prensando-o na porta.

— Não, Sam... — ele diz me empurrando e finalmente consegue me deter, eu dou risada. Não sei por que, mas o faço. — Sam. Não. — ele diz mais confiante. Me encara sério. — Você está bêbada.

Solto um resmungo.

— Tudo bem, eu te perdoo. — ele diz e me abraça, fazendo-me sentir todos seus músculos perfeitamente em harmonia me envolvendo. — Eu já fiquei bêbado antes e sei como é perder o controle.

Ele me afasta levemente, apenas para me encarar:

— Eu não vou transar com você enquanto está bêbada. É abuso.

"Eu queria ser abusada por você", penso olhando para seu físico e solto uma outra gargalhada.

— O que é tão engraçado? — ele pergunta.

— Você. — eu digo com a voz esganiçada, já que é a primeira vez que me pronuncio em... 40 minutos? Desde que saímos do pub. — É... Tudo. Tão engraçado.

— Aquela música... Lurk? É nossa mesmo ou você só estava muito bêbada?

— Nossa.

— Gostei. — ele diz sorrindo. — Ela é meio assim...

Então ele toca meu pulso esquerdo, com a tatuagem.

Aperto suas bochechas e digo com uma careta engraçada:

— Que menino mais fofo, meu Deus!

— Vai dormir, você precisa. — ele diz rindo.

Me leva até a cama novamente, me deita e quando se vira para ir embora eu seguro sua mão e digo manhosa:

— Fica comigo.

— Sam, eu já disse que... — ele começa e eu interrompo:

— Não, Zeke, prometo que não vou tentar abusar de você. — eu digo e ele levemente ri, completo: — No dormitório dos iniciandos, não tem luz mas eu ouço a respiração de todos enquanto estão dormindo e isso me faz sentir melhor. Me faz sentir que, posso estar no escuro porém sei que há pessoas ao meu redor.

Ele pensa por alguns instantes e assente, hesitante. Ele se senta do outro lado da cama — de casal — e antes de deitar diz:

— Ah, esqueci, vou pegar uma camisa...

Puxo o braço dele e digo:

— Para, deita logo, eu tô com sono!

Ele se deita sem reclamar e eu passo um braço por cima de seu tronco e ele me abraça. Apoio minha cabeça em seu peito e suspiro o Cheiro de Zeke. Ele apoia sua cabeça no topo da minha. Não vou abusar dele, é um promessa que eu faço a mim mesma.

— Estou com um cheiro muito pútrido? — pergunto com a voz esganiçada, de novo.

— Não muito. — ele diz. — Você ainda tem seu cheiro.

— Obrigada.

Então eu apago.

+++

Acordo em um quarto... De quem é esse quarto? Minha cabeça dói absurdamente e eu preciso de água urgente.

Ouço uma porta batendo e então Zeke entra correndo no quarto.

— Sam, desculpa o barulho. Aconteceu muita coisa. — ele diz ofegante.

— O que houve? Meu Deus, respira. — eu digo levantando da cama. — Antes de tudo; preciso de um comprimido para dor de cabeça e um litro de água. Só me mostra onde fica.

Ele me leva rapidamente até a cozinha e me entrega o comprimido e um copo.

— Tris, foi espancada no Fosso, o Quatro resgatou ela e o Al foi um dos agressores. Ela está dormindo mas... Tiveram uma discussão na janta e o Al... Ele...

— O Al foi um dos agressores? — eu pergunto horrorizada.

— Sim.

— Por que?

— Ninguém sabe.

Minha cabeça dá pontadas mais fortes. É muita coisa para processar. Esfrego minhas têmporas e digo:

— Então quer dizer que Tris foi espancada e...

— Acho que não tem mais.

— E EU ESTAVA DORMINDO! — eu digo frustrada, mas não berrando, apenas elevando um pouco a voz.

— É. Desculpa. A Tris está bem, o Drew na enfermaria e o Peter com alguns belos machucados.

— Drew e Peter? — eu digo sentindo o amargo na boca. — Eles pagam.

— Sam, eles já pagaram. — ele diz. — O Quatro deu bons cassetes neles.

— Não suficiente. — eu digo. — Aliás... Como eu vim parar aqui?

Dito isso, Zeke ficou um pouco vermelho. Um pouco. Talvez muito.

— Você... Uriah te convenceu a ir para um pub e todos fomos, então você ficou bêbada e... Não era seguro ficar assim no dormitório.

— Eu me lembro de ter dançado Neon Lights e Lurk e ficar gargalhando. Uriah e Marlene dançaram e eu e você também. Depois...

As imagens vêem como flash's na minha cabeça mas não se encaixam muito bem.

— E depois você dormiu.

Ele fica cada vez mais vermelho me observando em uma expressão pensativa.

— Não, teve mais alguma coisa. — eu digo. — Não consigo me lembrar.

Ele fica mais e mais vermelho e acho que ele vai explodir a qualquer momento.

Mais um flash de nós nos beijando aparece. Mas é um beijo faminto e desesperado. Não como nosso primeiro beijo. Era um mais... Mais... Não sei explicar. Era mais intenso, não sei. Me apoio na parede e mais um flash vem, de mim prensando ele na porta e então tudo veio a tona.

— Zeke, nós... Nós... — eu começo a dizer mas minha voz falha. — Meu Deus, nós transamos ontem?

Ele coloca as mãos no bolso da calça.

— Não. — ele diz sem conseguir me encarar. — Você meio que tentou, mas não deixei. Eu disse que eu não iria transar com você enquanto estivesse bêbada, pois seria abuso.

— Zeke, desculpe. Você sabe que se eu estivesse sóbria eu não te atacaria daquele jeito. — eu digo frustrada. Enterro meu rosto nas mãos.

— Não fica assim! — ele diz e me abraça.

Mais um flash vem, ele estava... SEM CAMISA.

— Espera, Zeke. Tem certeza que nada realmente aconteceu? — eu pergunto mas não me retiro de seu abraço. — Você estava sem camisa.

— Você não deixou eu colocar uma camisa! — ele diz frustrado e voltando a ficar vermelho. — Eu juro que não aconteceu nada.

— Confio em você.

Dou de ombros e dou um beijo em seu peito.

— Desculpa. — eu digo envergonhada.

— E se você estivesse sóbria você me atacaria daquele jeito, sim! — ele diz.

— É. — eu digo dando de ombros. — Não gosto de enrolar e dessa coisa nojenta.

— Mas gosta de romance. Tem até uma música. — ele diz.

— I'm thinkin we should, ride... To a place that we don't know. To a place where no one has seen us before. — eu cantarolo com a voz que geralmente uso para cantar. A voz sai abafada, devido ao abraço.

— Sua voz é linda. — ele diz admirado. — Canta outra música.

— The Neighbourhood?

— Pode ser.

— Thinkin about her ( Pense nela ). She's gone all the time ( Ela vai o tempo todo ). I think if you found her ( Eu acho que se você encontra-la ). That even you would know ( Mesmo assim, saberia ).

(Caso queira saber, o nome da música acima é: Baby Came Home — The Neighbourhood )

Ele suspira um pouco e eu digo me afastando do abraço:

— A Tris está acessível agora? Quero ver o que houve com ela.

— Ela está dormindo.

Penso por alguns instantes e mordo o interior da bochecha.

— Preciso matar o Uriah. — eu digo zombando. — Ele me fez ir para o lado negro da força.

— Não, você não sabe qual é o lado negro da força. — ele diz, sério. Sério.

— O que? — eu pergunto confusa.

— Sam, preciso falar com você sobre uma coisa... Importante.

— Claro. — eu digo.

Vamos para a sala e eu me sento no sofá marrom e macio. Cruzo as pernas de índio e deixo ele prosseguir.

— Hoje, na janta, o Eric nos disse que o estágio da paisagem do medo — o terceiro — só vai ser depois de amanhã, por que a Erudição ainda não entregou as seringas.

— Eles atrasaram? Espera, deixa eu ver se entendi. — eu digo endireitando minha postura. — Se eles não entregaram as seringas, o que é algo que eles se programam para fazer todo ano da iniciação, para todas as facções, deve ter um motivo este atraso.

— Pois é. Na janta, eu estava conversando com a Tris, que foi recentemente na sede da Erudição e ela apenas disse que o irmão dela falou alguma coisa sobre isto. Ela disse que algo muito importante está para acontecer, mas ambos não sabem o que é. Sam, me escute. — ele diz e se inclina na minha direção, me encarando seriamente. — No período em que você viveu na sede da Erudição, sabe alguma coisa, qualquer que seja, sobre os relatórios de pesquisa?

— Meu pai era um dos cientistas próximos da Jeanine e eu já cheguei a fuxicar seus papeis. Dentre todas as informações contidas lá, tinham muitos soros que eu não entendia seu efeito, por causa da minha falta de aptidão para Erudição. Porém... Um deles eu entendi. Não completamente, mas entendi. Ele funcionava como uma espécie das simulações do nosso segundo estágio, mas consegue controlar por outros dispositivos ou bases próprias instaladas em algum lugar. No sistema de segurança de Erudição, por exemplo.

— Controlar... Controlar especificamente o que? — ele pergunta centrado em tudo que disse.

— Os movimentos ou uma ação mental, não sei, não entendi muito bem, mas a mistura dos componentes mexia muito com a parte do cérebro em que controla os movimentos musculares e outra controla... Basicamente o lugar onde "vemos" nossos sonhos.

Ele assente e fica um pouco pensativo.

— Sam. — ele diz.

— O que?

— Acho que estamos próximos de uma.... guerra.

"Guerra", a palavra ecoa na minha mente, como se fosse um tipo de vocabulário novo.

— Já teve isso antes? — eu pergunto.

— Eu não sei. — ele diz tão aflito quanto eu.


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Notas finais do capítulo

Pois bem, gente, o outro capítulo já está pronto e eu o programei para ser postado nesta quinta-feira, enquanto escrevo para minha outra fic.
Desculpem a demora, novamente.
Para compensar, aí vai um spoiler do próximo capítulo:

(...) A forma desaba com um ruído seco contra a pedra. Braços inchados, pernas atrofiadas e ossos das costelas expostos, fora da pele. Uma aparência macabra. Mas quando olho o rosto, cabeça, da forma, vejo quem é. Al. Ele... Ele... Está... Morto. Olhos abertos e vazios, sem vida. Escuros. Olhos de porcelana. Lábios azuis porém manchados com o sangue seco. Ele não é o Al. Não é aquele cara alto, inseguro, e inutilmente chorão. Ele é só um brinquedo quebrado, uma miniatura do Al. (...)



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