The system of factions escrita por Bruh Sevilha


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Na minha opinião, esse é o melhor capitulo.
Preciso que vocês sejam TOTALMENTE honestos com este capítulo, está bem? Quero que tenham olhares de críticos; famintos por um erro.
Eu escrevi esse capítulo 5 vezes na esperança de fazê-lo perfeito e na minha concepção, ele está ótimo mas preciso do comentário honesto de vocês.
Aliás, tem uma música que eu recomendo que ouçam, mas eu avisarei quando colocá-la.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/500557/chapter/11

Eu acordo super leve. Como se tivesse descansado por anos e acordado super disposta. O que uma 'Sam super disposta' faria logo de manhã? Exato!

Solto um grito alto que ecoa pelo dormitório. Todos acordam confusos e Peter salta caindo da cama.

— O que aconteceu? — ele pergunta confuso. — Incêndio?

— Não, só eu dando bom-dia. — eu grito para que ele ouça do outro lado do dormitório.

Todos riem e eu fecho os olhos de tanto gargalhar.

— Eu acho que vou apodrecer de tanto rir. — eu digo rolando pela minha cama.

Até que caio no chão e dou mais risada ainda.

— Barriga. Barriga. — eu digo entre risadas.

Tris ajuda a me levantar e vejo que Quatro apareceu na porta do nada.

— Por que gritaram? — pergunta ele olhando de um lado para o outro.

— Sou eu dando BOM DIAAAA! — eu digo.

Ele revira os olhos rindo e sai.

Começo a me arrumar para o café.

+++

Depois do café vamos para a sala de treinamento que é enorme. Já estivemos aqui boa parte do primeiro estágio. No fundo da sala tem os três ringues. No centro tem algumas placas para treinamento de arremesso de facas e perto da porta, os bonecos duros para treinamento de tiros.

Estamos indo em direção aos ringues. Que há um painel do lado que diz a posição de cada um na classificação geral de cada um. O painel está apagado agora.

Eric sobe em um dos ringues e todos os iniciandos — transferidos e nascidos da Audácia — ficaram em volta do ringue. Quatro sobe também.

— Hoje vocês começam o 2º estágio, para os que ficarem, claro. O placar vai ser anunciado agora e quem não passou do primeiro estágio, vão embora e quem passou, sigam o Quatro. Daremos dois minutos para verem o placar e quando ele apagar, vão até a porta.

Ele aperta um botão no controle remoto e então os nomes aparecem. Estou em 4º lugar. Todos passaram menos Myra e outro garoto que não sei quem é.

Olho para Tris e ela me olha super animada. Nos abraçamos.

— Conseguimos!!! — nós falamos ainda nos abraçando. Rimos.

+++

— Este é o segundo estágio de treinamento. — diz Quatro andando de um lado para o outro no Fosso. — Teremos simulações alucinatórias que vocês perderão a consciência temporariamente.

— Como o teste de aptidão? — pergunta Tris.

— Quase isso. — ele responde. — Terão quarenta minutos de almoço e depois vão para a sala de espera.

— Onde é a sala de espera? — eu pergunto.

— É onde irei mostrar agora. — ele responde começando a andar em direção a tal sala.

+++

Quatro já nos mostrou onde é a sala de espera e já nos liberou para o almoço. O que não para de girar na minha cabeça é a preocupação com meu irmão e seja lá o que estou sentindo pelo Zeke. Minha divergência é secreta e já disse para Tris. Mas ela também é Divergente então... Acho que pelo menos com ela é seguro guardar os meus segredos.

Mas Zeke não é Divergente. Ou... Não. Não é. Deve ser delírio achar que todos meus amigos são Divergentes. Se bem que se ele fosse, seria entre Audácia e Amizade com certeza. Will ainda tem rastros de erudito. Al é um bebê chorão que com certeza ainda é da Franqueza. Christina tem um pouco da Franqueza em si mas é Audácia, sim. Quatro parece ser um pouco da Abnegação e Audácia ao mesmo tempo. Eu não duvido que ele seja Divergente. Lynn é só Audácia, certeza. Marlene deve ser Audácia também mas é bem engraçada então tem um pouco de Amizade na veia. Uriah é da Audácia mas tem um pouco de Franqueza.

Lembro-me que o segundo estágio é o que preciso tomar mais cuidado. Deve ser Quatro quem manipula os testes. Ele pode não gostar dos líderes da Audácia e nem de seu regime mas parece ser fiel a facção ao mesmo tempo que parece não pertencer a ela. Ele é estranho, mas um bom amigo. Mesmo que eu não falei muito com ele, é legal.

O horário de almoço acaba e todos vamos para a sala de espera, em começo do segundo estágio.

+++

Molly sai da sala tremendo e aos prantos. Nunca vi aquela garota grande e assustadora com a aparência tão pequena e vulnerável. Depois de Molly é Tris.

— Boa sorte. — eu sussurro.

Ela assente com um gesto de 'Obrigada' e entra.

Me sento ao lado de Zeke com extrema vergonha do que houve no caça-bandeira. Ele deve ter esquecido, mas eu não.
Eu acho que generalizo muito o Zeke como um garoto qualquer. Assim como não gostaria de ser generalizada assim, acho que não deveria fazer isso. A razão de eu me apaixonar por Zeke é exatamente por que ele não é qualquer garoto.

— Sabe sobre alguma coisa desse estágio? — eu pergunto cautelosa.

— Não. Minha mãe não falou nada sobre isso por que não pode divulgar nada sobre a iniciação das facções. — ele diz e me encara. — Por isso nos seus livros tinham tão pouca informação.

Assinto com a cabeça. E volto olhar para frente. Deve estar arrependido do que houve no parque ontem, pode estar me evitando para me afastar ou deve apenas estar nervoso com o início do estágio. Parte de mim quer acreditar na terceira opção e outra parte grita para a primeira e segunda que são mais reais.

— Está nervoso? — eu pergunto.

— Muito. Muito mesmo. — ele diz. — Desculpa se eu estou sendo meio grosso, eu realmente não estou bem com isso.

— Você... Ãhn... Depois eu posso falar com você?

— Depois do teste? Provavelmente não vai querer falar com ninguém. — ele diz.

Apoio minha cabeça em seu ombro. Começo a ficar sonolenta por que não dormi direito. Fiquei conversando com Zeke, Uriah, Lynn, Marlene, Shauna, Tris, Christina, Will e Al até mais tarde.

Quatro sai da sala sem Tris. Ela deve ter saído pela porta dos fundos. Meu Deus, eu vou começar a shippar estes dois. Geralmente fazemos isso com os atores e atrizes da Amizade que fazem os filmes. Eu amo o ramo de cinema de Chicago, por que os membros da Amizade são os atores, os membros da Erudição mexem com a produção e os membros da Franqueza, que são bons líderes, claro, lidam com a direção. É o único conjunto de empregos que juntam mais de duas facções.

— Sam. — chama Quatro.

Eu troco um olhar apreensivo com Zeke e entro na sala.

Paro no meio do caminho quando vejo a cadeira do teste de aptidão. Demonstro indiferença. Eu sempre gostei de atuar, por isso sei esconder tudo nas minhas expressões. Claro que quando se trata da minha divergência que corresponde meu risco de morte, eu dou alguns deslizes. Acontece.

— Já sabe como isso funciona ou precisa que eu explique? — pergunta Quatro quando eu me sento na cadeira.

— Não é só por que era uma erudita que sei como tudo funciona. Se forem iguais aos do teste de aptidão eu sei. — eu digo.

— A diferença é que aqui você tem que controlar os batimentos cardíacos para sair da simulação. Ou se você tiver um ataque cardíaco, posso parar a simulação.

Ele ri e eu o acompanho.

— Sei como funciona então. — eu digo. — Já que eu não posso falar com você nunca senão vai me responder "O que te faz pensar que pode falar comigo?" então vou te perguntar agora: você gosta da Tris?

Ele pressiona o embolo da seringa no meu pescoço e eu fico tonta.

— Boa sorte, Sam. — ele diz e eu apago.

Desgraçado!


+++

Nem percebo que dormi, mas nem parece que o fiz mesmo. Acho que pisquei, não sei.

Acordo sentada na mesma cadeira e tudo ao meu redor sumiu, apenas eu e a cadeira na sala que nem porta tem. Pelo menos não tem nada a ver com o escuro, preciso agradecer mentalmente por isso.

Vou experimentar não sair da cadeira, se eu for sofrer algum medo agora pelo menos estou confortável. A cadeira some e eu choco contra o chão.

Maravilha.

Fico em pé e gravo a mensagem "Não é real". O que um Divergente não faria nisso aqui? Sei lá, não aconteceu nada.

De repente ouço sua voz como um sussurro. Me viro devagar tentando ter certeza de é quem eu penso e eu o vejo. Seus olhos cor de mel cintilam incrivelmente parecidos com os meus. Grandes e fofos. Mas... Vazios. Pouco detalhados.

— Cameron! Ah meu Deus. — eu digo.

Eu vou correr para ele mas meus pés fincam no chão, como se alguém os puxassem ou simplesmente derreteu-se lá.

Vejo Zeke chegar no canto da sala com uma arma na mão.

— Zeke, me ajuda, eu não consigo sair daqui. — eu lhe peço.

Ah, isso não é real. Estou falando com uma ilustração.

Mesmo que este Cameron não seja real... Queria tanto abraçá-lo só para lembrar da sensação mesmo sendo irreal. Sinto falta dele e algo que possa amenizar minha dor está bem na minha frente.

Suspiro. Meu coração está acelerado e isso dói.

Fico tentando me soltar e vejo que isso só piora. Estou aqui há quanto tempo? Horas?

Começo a me acalmar até perceber o motivo de Zeke estar com uma arma na mão. Ele dá um tiro no no braço de Cameron e o mesmo grita de dor.

— Zeke! O que você está fazendo? — eu grito.

Ele dá um tiro no meu braço e eu não sinto a dor tão nítida quando deveria.

Os olhos de Zeke estão escuros e vazios como jamais havia visto antes.

Ele atira na minha perna e depois na de Cameron e ele grita cada vez mais alto, desabando no chão.

— Zeke, ele está perdendo muito sangue. Por que está fazendo isso? — eu grito para Zeke mas ele parece tão monótono.

Lágrimas de desespero rolam pelo meu rosto. Suspiro tentando me acalmar.

— Não é real! — eu berro. — Não é real!

Tapo meus ouvidos e ajoelho no chão, não permitindo os gritos de dor do meu irmão ecoarem na minha mente. Começo a gritar e mais lágrimas rolam.

Meus pés começam a soltar e eu os puxo com força, conseguindo escapar de quaisquer amarras. Corro para abraçar Cameron, mas ele desaparece, assim como todo o resto.

Uma mão toca meu ombro e eu dou um tapa de susto.

Me levanto da cadeira de metal, tirando os eletrodos da minha cabeça e esfregando as mãos nos braços. Respiro fundo e passo a mão pelo meu rosto. Ando de um lado para o outro.

— Quanto tempo? — eu pergunto ainda nervosa.

— Quanto acha? — ele pergunta me encarando criticamente.

— Quarenta minutos?

— Cinco minutos.

O encaro estupefata.

— Aliás... Já que você está sempre rodeada de amigos e provavelmente não conseguiria perguntar isso para você; você gosta do Zeke?

— Meu Deus, Quatro. Eu acabo de ver meu irmão sangrar até a morte e você quer me perguntar disso?

— Fugindo da pergunta...

— Por que acha que eu gosto dele? — eu pergunto cruzando os braços.

— Por que acha que eu gosto dela? — ele diz e faz o mesmo.

Reviro os olhos.

— Dessa vez deu empate, mas ainda sou melhor instrutora que você. — eu digo.

— Claro, claro. Aliás, preciso falar alguma coisa com você. — ele diz com a aparência séria novamente.

— Conselhos amorosos? — eu pergunto me sentando na cadeira. — A Tris não gosta de...

— Eu estou falando sério. — ele diz.

— Está bem. Prossiga. Desculpe. — eu digo.

— Você... — ele sussurra. — É Divergente. Acho melhor tentar esconder melhor.

Relaxo meus ombros numa tentativa de parecer convincente mas isso não depende de como convenço-o por atuação e sim pela gravação da minha simulação.

— Por que acha isso? — eu pergunto com um tom confuso bem convincente.

— Não adianta fazer essa cara. — ele diz. — É a simulação que mostra isso e não como você vai me convencer do contrário.

Olho para os meus dedos. É, mais uma pessoa.

— Vai me denunciar? — eu pergunto. — Por que se for, já te dou a certeza de que vou fugir desse complexo ainda hoje.

— Não vou te denunciar. — ele diz. — Está me confundindo muito com o Eric. Eu não sou o Eric. Só toma mais cuidado. Já contou para alguém?

— Sim. Mas é segredo. Não posso falar quem é. Só não sei se posso confiar em você. É minha vida que está em jogo.

— Aposto que é o Zeke. E não vou dizer nada. Não tenho motivos pra acabar com a sua vida, mesmo você sendo insuportável. — ele diz e revira os olhos.

Eu dou risada e bato no braço dele.

— Está bem, Quatro. Preciso analisar um pouco sobre tudo isso. Não é fácil ver seu irmão sangrando até a morte. É difícil.

Ele abre a porta e me deixa passar. Saio desnorteada e não olho para ninguém, apenas corro para a sala de treinamento.


+++

Fico sentada no canto direito da sala de treinamento. Devo ter passado horas aqui, o lugar já até fechou mas ninguém reparou na minha presença já que a sala é maior que um ginásio e eu estou no canto encolhida. Só estou de regata e short, estou com frio mas não ligo. Não ligo para nada.

A porta se abre e Uriah, Marlene, Tris, Lynn e Shauna entram.

Uriah pega uma arma com tiros de mentira e Marlene, com um bolinho na mão, fica em frente ao alvo e coloca o bolinho no topo da cabeça.

— Espera! — ela diz para Uriah que estava prestes a atirar. Ela dá uma dentada no bolinho e coloca-o nq cabeça de novo. — Pode ir agora.

Uriah sorri, se posiciona e atira. O bolinho se esparrama pelo alvo.

Lynn pega o bolinho e o divide com Shauna.

Quatro entra na sala com Zeke.

— Pessoal, essa sala está fechada, não podem mais ficar aqui. — diz Quatro. — Se não vou ter que chamar o Eric...

Todos saem e Shauna dá um abraço em Zeke antes de ir. Por que ela acha que pode fazer isso? Ela não tem o direito. Só eu posso abraçar o Zeke.

— Você também, Sam. — diz Quatro.

Eu resmungo e não saio do lugar. Quatro cochicha alguma coisa no oudivo de Zeke e o mesmo vem até mim. Quatro sai da sala.

— Você não está bêbada, não é? — ele pergunta se ajoelhando na minha frente. Seus olhos cor de mel cintilam à pouca iluminação.

(Coloquem a música Sweater Weather - The Neighbourhood para tocar ao ler esta cena — opcional)

— Não. Mas estou com sintomas de uma. — eu digo tombando a cabeça para o lado. — Não vou fazer baderna nessa sala, só me deixa aqui, por favor.

Ele reflete um tempo e suspira.

— Eu vi meu irmão sangrar até morrer e fiquei colado no chão sem poder fazer nada. — ele diz me encarando.

Ele se levanta e fica andando de um lado para o outro. Eu me levanto e me apoio na parede, tentando esconder meu medo, raiva e nervosismo.

— Pelo menos quando acordou teve a certeza de que ele está, de fato, vivo. — eu digo entredentes.

— Eu já fui obrigado a bater nele e agora não pude salvá-lo da minha própria mente o matando, Sam, não sei mais quem eu sou. — ele grita.

— Não, Zeke, você sabe quem é! — eu grito. — Sabe onde pertence! Tive a mesma simulação que a sua e não sei se meu irmão está vivo ou não, está bem? Desde que cheguei na Audácia não sei se minha família está a salvo!

— E por que acha que não estariam a salvo numa facção que as únicas coisas que tem são livros? Acha que os livros e os computadores deles vão fazer uma invasão e matar sua família? — ele grita novamente.

Eu ando de um lado para o outro, passo a mão pelo cabelo e esmurro um saco de pancada com tanta força que ele vai para trás violentamente.

— Não importa para que facção eu vá, sempre estarei sozinha. — eu grito e dessa vez lágrimas rolam pelo meu rosto e não faço questão de impedi-las. — Há um problema comigo que ninguém nunca entenderá! Nem você.

— Não, Sam! — ele grita e fica vermelho. Dessa vez pensa um pouco e sussurra chegando um pouco perto: — Você é... Divergente?

Coloco uma mão na testa, enterro meu rosto nas mãos e me recomponho.

— Sim. — eu digo e grito novamente: — Eu sou uma aberração! Você sabe disso, Tris sabe disso e Quatro descobriu isso! Vão me denunciar e alguém vai me matar, eu estou sozinha! A partir do momento que pulei no vagão do trem que me trouxe para cá, eu fiquei sozinha. EU ESTOU SOZINHA, ZEKE.

Um soluço escapa e eu ofego. Falei rápido demais. Zeke se aproxima de mim, segura meu rosto entre suas mãos.

— Você não está sozinha! — ele grita e depois a abaixa o tom de voz: — Você não está sozinha.

Acho que nunca perdi minha sanidade tão rápido antes. Meus olhos alternam entre sua boca e seus olhos e eu me choco com ele, o beijando. Não faço igual nos filmes que precisa de um momento romântico e calmo. Eu simplesmente avancei nele, num beijo faminto e desesperado e ele retribuiu. Segurou minhas costas firmemente como se nunca mais quisesse soltá-las e eu seguro sua nuca. Enquanto uma das minhas mãos segura sua nuca, a outra aperta seu braço. Não sei como mas ele vai andando para trás e eu, sem querer, o acompanho. Mordo seu lábio inferior e ele solta um grunhido frustrado. Finco minhas unhas rapidamente em sua nuca.

Ele segura na minha cintura e aperta, me fazendo sentir alguma sensação estranhamente maravilhosa. Ele se choca contra uma pilastra e eu volto pra realidade. Será que ele está se aproveitando de mim? Ele pode gostar da Shauna, teria motivos para ela o abraçar? Eu paro o beijo devagar por que essa é a coisa mais torturante que já fiz. Seguro em sua nuca, ainda incapaz de me afastar e ofego. Estou com o meu corpo apoiado no dele e ele apoiado na pilastra.

Dou risada da situação.

— Como é que viemos parar desse jeito? — eu pergunto ofegante.

— Não sei. — ele ri.

Eu o beijo novamente, desta vez com mais calma. Ele aperta minha cintura novamente e eu tenho vontade de falar "para de fazer isso", mas não paro esse beijo por nada. Entrelaço meus dedos por seu cabelo e puxo levemente. Ele solta um grunhido frustrado.

Desta vez, ele aperta minha cintura dos dois lados e eu não aguento. Me afasto e digo:

— Para de fazer isso!

— O quê? Isso? — ele diz e aperta só de um lado de novo.

Solto um grunhido frustrado por que isso é estranhamente maravilhoso.

— É, isso. — eu digo recuperando minha respiração. — Uma coisa de cada vez, está bem?

Ele assente com a cabeça e ficamos com as testas coladas.

— Aliás, eu também sou... Divergente. — ele sussurra.

Sorrio e ele também. Dou-lhe beijo rápido, volto a fechar os olhos e colar minha testa na dele.

Não me lembro nem como vim parar aqui. O que acontecerá depois, amanhã ou na janta mesmo?

Será que ele e a Shauna tem alguma coisa? Quer dizer, se eles estiverem namorando, eu sou a amante no meio disso tudo?

Não sei. Mas meu corpo não se afasta dele. É como se eu não mandasse nos meus próprios movimentos. Talvez eu possa descobrir tudo isso depois. Quando eu estiver sã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Não se esqueçam: uma falha no capítulo e eu o reescrevo por inteiro. Fiquei muito perfeccionista com este final, por isso, por favor, sejam honesto com os erros. Obrigada. Até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The system of factions" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.