Uma noite escura e chuvosa escrita por Zoey


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

É minha primeira Fiction, eu aceito/amaria receber opiniões, reclamações e dicas. "Não escrevo para mim, escrevo para vocês."



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Uma noite escura e chuvosa

Em uma noite escura e chuvosa, Henry Hawked, em seu Ford azul, trafegava por uma estrada desconhecida a ele. De repente, o motor para de funcionar. À sua frente – quilômetros para ser mais preciso-, visualiza uma construção antiga e decide ir até a casa e pedir ajuda.

Chegando na frente dela, na porta, ele bate três vezes na aldrava e, após alguns segundos, uma mulher ruiva como uma espingarda na mão, aparece. Sua expressão furiosa, sonolenta e a camisola denunciavam que Henry havia despertado-a de seu precioso sono. Então, ela diz:

– O que a corujinha deseja? Ou devo dizer, sonâmbulo?

– O que disse? – Henry pergunta confuso.

– São duas horas da manhã. O que quer?

– O motor do meu carro parou de funcionar, acredito que preciso apenas de água para o radiador. A senhora pode me ajudar?

Peça ajuda ao diabo, amaldiçoado!

– Como dis...

Mas a frase nunca foi completada. Após o tiro certeiro, Henry caiu morto na soleira da porta e a mulher ruiva descamou-se até se reduzir e criar asas negras, uma capa prata rastejante, olhos com apenas um preto vazio e a pele muito pálida.

– Eu sou a morte – ela disse -, vago entre o mundo dos vivos e dos mortos e levo quase todas almas à seu destino final, o descanso. Você veio aqui achando que mataria mais um, mas quem morreu foi você. Tenha uma boa penitência, eterna. E ela sumiu.

Vi meu corpo desfalecido e com sangue ainda escorrendo, a qualquer segundo minhas células explodiriam e havia o tiro certeiro no meu coração, a precisão daquele tiro, a causa de minha morte. Olhei para minha atual forma, era preta como gelo, eu sentia como se algo houvesse sido roubado de mim, mas não sabia o quê. Lembrei da frase que a mulher de olhos violeta havia dito para mim dois dias atrás:

“- Quem tanto mata, um dia não terá mais quem matar, a não ser a morte, mas se você matar a morte, como ela vai morrer?”

Não fazia sentido, até agora. Eu matei muitas pessoas, mas agora eu não me lembro porquê. Eu me sentia incompleto, algo estava errado. Então pensei em como eu havia ido parar ali e também não entendi porque estava ali. Logo, ao piscar os olhos, eu estava entre quatro paredes vermelhas, cada uma era um telão passando imagens de mim. Pequeno, médio, crescido. Era eu, apenas eu nas fases da minha vida, então todos os “eus” morriam de maneiras diferentes e inimagináveis. E estavam acontecendo com a minha forma atual depois de morto. Facas, espadas, bombas, tiros, paredes se fechando. Tudo estava me matando. De novo.

“Tenha uma boa penitência, eterna.”


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