Sai daquele lugar acabada, ele estava mentindo, eu vi em seus olhos. Fui ao refeitório, iria matar aula de Edu. Física, não estava muito afim, de ir para lá. Sentei-me em uma mesa no canto do refeitório, abaixei minha cabeça, tentando absorver o que estava acontecendo. Eu havia brigado com meus pais, o menino de olhos bonitos havia me enganado, meu irmão me fizera cantar na frente de minha sala, meu primo voltara da Itália, um idiota colocou a mão em minha coxa. Era coisa de mais para absorver!

Lagrimas tomaram conta de meus olhos, logo estavam soltas pelo meu rosto, senti uma mão em minhas costas, ergui meu rosto e vi Marco

–Maninho- minha voz quase não sai, ele me abraçou forte.

–Calma vai passar- ele disse em meu ouvido

–Por tudo isso em menos de uma semana!- falo chorosa

–É a vida maninha, temos que aprender a conviver assim!

Continuava abraçado a ele, quando o sinal bateu, ele teve que ir, eu voltei a ficar daquele jeito

–Vilu?- ouvi a voz da Fran, senti ela se sentar ao meu lado

–Hey amiga- ela me abraçou- esta tudo bem?- neguei

–Fique calma o.k.?- assenti

–Acho que vou embora não estou me sentindo muito bem- me levanto, ela assentiu, fui para casa a pé mesmo, cheguei à mesma recebi a noticia que meus pais haviam viajado, bufei e subi ao meu quarto, resolvi sair um pouco.

Fiz uma caminhada longa, estava anoitecendo já, mais eu continuava andando, sem rumo, sem um lugar correto. Estava andando quando sinto alguém me seguindo, olho para trás e vejo um homem muito mais velho que eu, ele estava com uma arma na mão, sai correndo desesperada, mas estava escuro, e parecia que estava em uma floresta. O homem me alcançou, me pegou por trás, eu já chorava, ele começou a tirar minha blusa, eu chutei sua parte intima e sai correndo, de repente escuto um disparo e uma dor enorme em meu braço quase ao lado do meu coração, cai ajoelhada, estava ficando tudo preto, minha visão estava embaçada, mas o preto venceu...

Por Federico

A escola estava chata, a Vilu não apareceu mais, Fran avisou que ela havia ido embora cedo, vi que Marco havia ficado pálido enquanto falava ao telefone, ele sai correndo chorando, recebi uma mensagem e vi que era da Vilu.

“Sua prima esta comigo, obviamente o irmãozinho dela caio na minha armadilha, só devolvo sua prima com 2.0000.000.00, sei que vocês são ricos”

Fiquei desesperado, mandei uma mensagem para marco falando que era armadilha, eu já chorava desesperado, as meninas me perguntaram por que, mas não conseguia falar o porquê, Marco voltou e me abraçou

–Obrigado por me avisar- ele disse soluçando- recebi outra mensagem

“Sua priminha esta ferida e esta chorando olha que dó” o cara havia me mandado um vídeo, onde a Vilu estava jogada no chão, havia sangue escorrendo em seu braço, quase ao lado do seu coração, ela chorava desesperada, meu coração estava apertado, as meninas e o León haviam visto o vídeo e começou a chorar, meu celular tocou

–Fede- era a voz da Vilu coloquei na viva-voz

–Vilu fica calma eu vou te salvar

–Fede não, por favor, não vem- escutei um disparo e o grito de Violetta e um choro

–NÃO FAÇA NADA COM ELA- gritei

–tarde de mais, acabei de atingir uma das pernas dela- uma mulher falava- fala adeus, fala- escuto uma respiração ofegante

–Fede- ela gemeu – eu sei que ta na viva-voz eu amo todos vocês, não venham atrás de mim- ela falava fraca- León?- ela falou rouca

–Estou aqui pequena- ele disse chorando

–Eu te amo- escutamos mais um disparo e um grito de dor

–JADE VOCÊ ATINGIU PERTO DO PEITO DELA- escutamos um homem gritar

–NÃO- gritei desesperado

O telefone cai, mas continuamos escutando

–MENINA ACORDA POR FAVOR- escutamos a voz da mulher

–Sua burra por que fez isso- o Homem falava, escutamos barulho de porta se abrindo, e o barulho de policiais gritando, León estava sentado em uma cadeira chorando

–Alo?- uma voz masculina falou

–Oi- gaguejei

–Sua irmã? Filha? Prima?

–Minha prima- eu ainda chorava

–Estaremos tentando salvar a vida dela, conto os detalhes no hospital

–O.k – falei desligando e correndo pro hospital central de Buenos

O pessoal veio atrás, todos choravam, vimos movimentação no hospital, e vimos que era a Violetta, eram médicos vindo e indo, vi o policial

–Como ela esta?- Pergunto preocupado

–Ela estava muito ferida, três tiros, uma na perna, outro no braço, e um na costela-ele disse abaixando a cabeça- Não sei se ela vai... –ele me olhou com um olhar triste, eu apenas comecei a chorar mais que o Normal

–Parentes e amigos de Violetta Castilho- uma enfermeira baixinha gritou, todos levantamos –Sinto muito- ela deu uma pausa- ela esta morta