McGorys - Hiatus escrita por EvansPotter


Capítulo 6
Preocupações


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeey amores!!!
Nada a declarar aqui então leaim e comentem :)
Beijão e até segunda que vem!!



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– Se comportem vocês dois. Podem sair de casa, mas pelo amor de Deus não vão para muito longe e...

– Mãe, não temos cinco anos sabia?

– É. Eu sei, Adam. – Maggie o olhou severa. – Mas também sei que você não é o garoto mais comportado do mundo.

– Vai ficar tudo bem Maggie. Prometo.

Os três estavam na cozinha. Adam e Liz tomavam café enquanto Maggie arrumava suas coisas dentro de uma grande bolsa preta.

– Qualquer coisa me liguem. Liz, você tem o telefone do meu trabalho, não tem?

– Sim.

– Claro que ela tem, mãe. Você mandou ela anotar em uns cinco lugares diferentes ontem a noite.

– Quieto, Adam. Ah! Mas que merda. Não quero voltar pra o trabalho agora!

– Calma, Maggie. Nós vamos ficar bem. – Liz disse outra vez sorrindo.

– Certo. Não se esqueça de tomar o seu remédio, Liz. Adam , fique de olho para que ela tome e não a deixe sozinha em casa.

– Você vai se atrasar, mãe. – O garoto disse revirando os olhos.

Maggie suspirou, fechou bruscamente o zíper da Bolsa e a colocou no ombro.

– Se comportem!

Ela deu um beijo em cada e finalmente saiu de casa, entrou no carro e desapareceu no final da rua em direção a grande avenida próxima.

– Vem, Liz. Vamos sair. – Adam falou alguns minutos depois.

– O que? Essa hora? Para onde vamos?

– Para a casa do Jack, de lá nós vemos algum lugar legal para irmos.

– Adam, a Maggie...

– Não vamos longe, mamãe. – Ele revirou os olhos.

– Ok, Ok. Vamos logo.

Os dois irmãos trancaram a casa e caminharam por alguns minutos, já estavam quase na frente da casa de Jack quando uma voz chamou a atenção deles.

– Oi, Elizabeth!

A menina se virou e deu de cara com o mesmo garoto moreno de olhos brilhantes que havia batido nas pernas dela com uma velha bicicleta.

– Oi, Charles! Como vai? – Ela sorriu.

– Tudo bem. E você?

– É... tudo bem.

Adam tossiu ao lado da irmã sem tirar os olhos de Charles.

– Esse é meu irmão. – Liz disse revirando os olhos. – Adam, você já o viu.

Os dois apertaram as mãos e ficaram em silêncio.

– Vamos, Liz? – Adam chamou. – Minha mãe ia amar saber que estamos parados no meio da rua.

– Vamos. Er... a gente se vê por ai, Charles.

– Claro.

Adam e Elizabeth se viraram e continuaram seu caminho em direção a casa no final da rua.

– Quem é esse ai? Onde foi que ele me viu?

– Ele te viu pedalando e gritando no meio da rua. Desviou de você e bateu com a bicicleta em mim. – Ela revirou os olhos. – E você podia ter sido um pouco mais simpático.

...

A manhã já estava bem clara quando Margareth entrou no amplo escritório de advocacia onde trabalhava. Como sempre cumprimentou formal e educadamente o porteiro e a recepcionista, entrou no elevador cheio e apertou o botão do sétimo andar.

– Maggie! Você voltou! - Marlene, a secretária e antiga amiga a abraçou no instante em que a loira saiu do elevador.

– Oi, Lene! Estava com saudades!

– Eu também! Já faz mais de um mês que você está afastada e praticamente incomunicável. – Lene revirou os olhos. – Como estão as coisas?

– Trouxemos Elizabeth de Londres, ela saiu do hospital há uma semana, chora todo dia pela mãe, Lewis está viajando e Adam... bom nada novo sobre o Adam a não ser que ele está ficando cada dia mais irritado.

– E você?

– Eu quero matar o Adam por que ele está cada dia mais irritado. – Ela sorriu fraco jogando a bolsa em cima da mesa. – E estou vendo que tenho bastante trabalho. – Acrescentou olhando uma enorme pilha de pastas na mesinha ao lado.

– Eu vivo dizendo que acho que você precisa sair para beber. Têm uns dois anos que estou dizendo isso.

– Não acho que essa seja a solução para os meus problemas, Lene. – Maggie riu.

– Mas ajudaria. Enfim, preciso trabalhar e obviamente você também. Vamos almoçar juntas mais tarde?

– Vamos! Claro!
Marlene saiu da sala deixando Maggie com seus pensamentos. Pensando se Adam e Liz estavam bem em casa, pensando se o marido estava bem onde quer que estivesse, pensando quando tudo isso acabaria, se acabaria. Como ela queria contar para a melhor amiga tudo que acontecia, mas é obvio que ela não podia sair espalhando sobre o trabalho do marido por ai, nem mesmo para Lene.

Já passava das duas horas da tarde quando Marlene bateu na porta de Margareth e a abriu sem esperar resposta.

– Estou morrendo de fome! Vamos almoçar?

– Vamos! Estava só esperando você chamar. Também estou faminta!

As duas amigas saíram e passaram mais de uma hora no restaurante a algumas quadras do escritório, conversando tudo o que não tinham conversado no ultimo mês, relembrando antigas histórias e principalmente, se distraindo da pesada e estressante rotina.

– Ai, merda. – Lene cochichou quando as duas já estavam no meio do caminho de volta para o trabalho.

– O que foi?

– Acho que têm um cara seguindo a gente. – Marlene disse baixinho.

Margareth olhou para trás discretamente e viu um homem andando rápido bem próximo a elas.

– Ai meu Deus! Vamos andar rápido, Lene! Achar algum policial ou...

– Calma, Maggie. Você está completamente pálida. Calma. Aposto que ele só quer nossos celulares.

– Anda logo, Marlene! Vamos! – Maggie puxou o braço da amiga quase correndo e definitivamente quase chorando.

– Se você correr só vai piorar as coisas. Calma, estamos quase chegando ao escritório.

– Não! Não podemos ir para o escritório. Ele não pode ver onde eu trabalho!

– Margareth, está ficando louca? É claro que...

Uma mão encostou nas costas de Margareth que deu um pulo perdeu completamente o controle da respiração. Então era isso. Eles tinham a encontrado. E ela com certeza iria morrer. Assim como Susan. E Marlene iria com ela apenas por estar em sua companhia. Seria tudo mais um alerta para Lewis.

– Me passem os celulares e todo o dinheiro que têm ai. – Uma voz grossa disse. – E esses brincos também. – Acrescentou olhando para Marlene.

As duas fizeram exatamente o que o homem sujo e maltrapilho pediu e ele saiu andando rápido pela rua a frente delas. Maggie soltou a respiração aliviada, mas ainda tremendo e extremamente pálida.

– Meu Deus, Margareth! Fica calma, eu sei que é horrível, mas foi só um assalto. – Marlene disse com um tom de preocupação. – Vem, vamos voltar logo para o escritório.

Elas andaram apressadas o pouco caminho restante até o prédio espelhado na esquina, Lene deu um copo d’água à Maggie quando chegaram a sala dela e a observou preocupada.

– Acho que vou para casa, Lene. Vou ver se as crianças estão bem. Tentar ligar para o Lewis e...

– Maggie, o que foi isso? Você nunca tinha sido assaltada antes, é isso?

– É. Aham. Isso mesmo. – A mulher confirmou apressada. – Eu preciso ir. – Falou se levantando. – Tenho que ver se aqueles dois estão bem.

– É claro que eles estão bem, Maggie. Por que não estariam? – Lene falou estreitando os olhos.

– É. Não tem motivo.

– Olha, se está preocupada liga para eles, ok? Mas não precisa ir embora, Maggie. Está tudo bem. – Ela sorriu amigavelmente.

– Tem razão. – Maggie falou em voz baixa. – Está tudo bem. Está tudo bem.


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