Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 12
Capítulo 11: Chamas rubras


Notas iniciais do capítulo

Bem.... eu tenho sinceras desculpas a pedir, mas não farei isso agora... não vou perder o tempo de vocês nessas notas aqui, farei isso nas finais. Enquanto isso, aproveitem o cap :3



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Jake

Trouxe Finn para casa. A luta que teve foi tensa, e o inimigo misterioso tinha algumas habilidades esquisitas. Como meu irmão lidou com ele, não saberei tão cedo.

Enquanto ele se arrumava dentro da casa da árvore, eu ficava do lado de fora junto de Canela, apreciando o pôr do sol enquanto dava para fazê-lo

– Ei Canela, sabe por que a princesa que ver a gente? - Perguntei

– Rainha - Respondeu ele - Não, não faço a mínima ideia do por que...

Resmunguei

Estranho ela nos chamar agora, ela não tem nenhum assunto a que tratar conosco

A brisa ia e vinha, dando-nos a sorte de aprecia-la enquanto esperávamos.

Nada acontecia naquele calmo momento, e eu apenas descansava, esperando, pensando... recentemente, algumas coisas de meu passado tem vindo a mim, mas não algo que fosse sério. Alguns problemas deixados por Joshua com alguns demônios por aí, mas... sei lá, tenho me sentido estranho... observado por algo, como se alguém estivesse olhando pra mim... Ah, eu sempre me sentia assim quando roubava umas coisas de alguns parceiros meus... mas, talvez isso se tornasse algo a se preocupar mais tarde

Ouvimos o rangido da porta. De lá, saiu Finn. Utilizava uma camisa azul clara, que em vez de uma gola, estava um capuz branco, com as clássicas ''orelhas''. Seu braço direito ainda estava enfaixado, e seu esquerdo, utilizava uma luva meio-dedo, que se estendia de sua mão até próximo a seu cotovelo. Vestia calçados negros com alguns poucos detalhes brancos, e sua mochila verde estava em suas costas

– Beleza, tão prontos? - Perguntou

– Finn, você que foi se arrumar - Respondeu Canela - Já estamos prontos

Meu irmão olhou para mim, e em seus olhos estava aquela dúvida

– Tá.... vamos então

Pomos-nos a caminhar sem mais alarde, indo em direção ao reino de fogo. Durante tal, vimos diversos animais pela paisagem, porém nem sequer paramos para ver o término do pôr do sol. Nada pudemos fazer contra a vontade de Canela de chegar ao reino o quanto antes, e logo, seguimos seus comandos.

Após algum tempo, vi os dois caminhando lado a lado. Como será que estava a mente de meu irmão naquele momento? A princesa de fogo, agora rainha, havia nos chamado por algum motivo, mas Finn ficaria preso a isso? Ele se tornou bem diferente nesse tempo que esteve fora, com certeza algo mudou no garoto, porém tinha sido o suficiente. Eu não sabia por onde ele esteve, e pelo visto, nem ele sabe onde esteve... eu estava pensando demais nisso, mas era pelo bem de meu irmão, então valia a pena

– Ei, Canela - Disse ele, interrompendo meu pensamento - Como tem sido servir a princesa?

Ele ficou de cabeça baixa, pensando por alguns momentos, conforme o vento da noite soprava em nossos ouvidos

– Tem sido divertido - Respondeu

O jovem se virou para ele

– E...?

– Ela é uma pessoa boa. Reina através da verdade, e apesar de as vezes exagerar um pouco, ela faz isso pelo bem de seus cidadãos...

– Dizer sempre a verdade nem sempre te livra dos problemas - Respondi

– Sim Jake... a verdade pode até criar mais problemas do que resolver os anteriores, algo que se aprende na prática.....

– Além disso, com a verdade, você pode acabar magoando as pessoas, gerando ainda mais problemas

– Sim Jake... mas, não é a atitude que tomamos durante as adversidades, que nos definem? Quanto maior o problema que você passar for, mais facilmente você lidará com os outros. É como uma prática com espada - Disse ele, removendo sua arma da bainha, e cortando o ar - Se você apenas balança-la no ar, nunca saberá qual força será necessária para cortar uma estaca de madeira ao meio. Porém, quando começar a cortar-las, sua prática se iniciará difícil, e tal dificuldade vai começar a sumir aos poucos, porém você pode até mudar seu jeito de manejar a lâmina, seja isso bom, ou mal. A mentira, seria o mesmo que você evitar cortar a madeira, e a verdade, corta-la, mesmo que seja difícil ou mesmo doloroso no começo, e sua mudança de estilo de luta, seria o mesmo que a perda da amizade, e o ganho dela

Eu encarava o ser doce com certo espanto, porém não aparente. Virou filósofo. Mas, havia sentido no que ele dizia, apesar de que o fato de eu não usar espada afetava ligeiramente o sentido para mim

– Se você magoar certas pessoas, isso mudará bastante o que elas acham de você, mas... Elas não o veram como um mentiroso, só como um idiota, dependendo do que for que você tenha feito - Continuou ele - A verdade não pode ser escondida, afinal, se você sabe sobre ela, ela existe. Tudo depende se você a aceita ou não.... A princesa Jujuba, nunca mentiu para mim, por nem sequer uma única vez, eu apenas não fazia as perguntas certas, e Phoebe nunca sequer tentou esconder de mim o que achava, falando sobre o como eu era meio ''pancada'', sem medo de me magoar ou algo do tipo. Porém ela também não escondia o fato de que achava essa minha personalidade, algo ''legal'', pois era meu jeito único de ser. Alguns tipos de pessoas, se magoam com coisas simples, já outras, nunca se abalam. Você é que decidirá o que fará com cada uma, para deixa-la feliz, ou deixa-la forte

Era estranho. Canela não havia sequer negado o fato de que eu a mentira era útil... isso é raro em alguém que defende fielmente a verdade.... Mas, não estava errada sua frase, há aquelas pessoas que merecem a verdade, e que saberão lidar com ela, e as que são sensíveis demais para ouvir a verdade nua e crua....

– É cara, você realmente tem razão - Disse Finn - Quanto mais abaladora for a verdade, mais esforço teremos de fazer para aceita-la... e mais fortes nos tornaremos a partir desse esforço. Talvez a verdade magoe, mas isso depende se vamos querer aceita-la ou não!

Meu irmão balançou a cabeça, e com um rápido ''tapinha'' no canto de seu rosto, ele se virou e sorriu

– É, parece que algo estranho aconteceu... começamos em um assunto, e terminamos em outro. Enfim, vamos logo, não podemos deixar a rainha esperando né? - Disse ele, animado

Canela e eu sorrimos. Aquele havia sido um bom momento... agora que Canela estava diferente, ele poderia expressar melhor suas ideias... e acima de tudo, ele estava livre das impurezas de alguém como eu...

– Vamos Finn, Jake...

Antes que ele se virasse para continuar sua caminhada, Finn segurou seu braço, e após um curto momento, finalmente falou

– Ei, cara... cuide bem da Rainha... ela tem muita coisa pra provar para os outros ainda... tendo alguém como você ao lado dela, de certa forma, me deixa feliz

...

Finn

As chamas se tornavam gradativamente mais poderosas, e a temperatura do ambiente me fazia suar com facilidade. A rainha se aproximava cada vez mais, sempre colocando seu fogo poderoso em meu caminho para tornar falhas as minhas tentativas de levar isso para um espaço mais aberto... se bem que, ela poderia transformar tal espaço aberto, em um forno maior do que já era, em um curto instante.

Até aquele momento, ela hesitava em me tornar churrasco, por motivos que não eram de minha sabedoria. Jake e Canela estavam além das chamas, fazendo o que for que fosse... Jake não hesitaria em tentar me ajudar, porém o controle sob o fogo de Phoebe o impedia de vir, e eu teria que criar uma brecha.

Mas enfim, por que demônios ela estava me atacando?

Após chegarmos, algumas discussões se inciaram entre nós, aleatórias, pelo menos até Canela terminar seu relatório, e ela se enfurecer, e partir enraivecida para cima de mim

– Você é fraco Finn - Disse ela, interrompendo meu pensamento - Eu superestimei você, até demais

– Acha isso mesmo é? - Perguntei

– É óbvio, alguém que não sabe nem sequer ganhar força através do Julgador, não pode ser considerado nem um guerreiro - Respondeu

– Pera aí... você sabe o nome do machado também?

Por algum motivo, as chamas que chegavam em mim, e o abordar deste assunto, me fizeram lembrar da dor sentida quando o machado de guerra quase carbonizou meu braço

– Depois de tanto estudo, e tanto esforço, é óbvio que eu saberia o nome dele - Continuou - Mas você não tem ideia da magnitude de tal poder, e se provou fraco

Soltei uma curta risada

– Quando começou a se importar com a minha fraqueza? - Perguntei

– Nunca me importei... mas agora, ela está em meu caminho, me atrapalhando - Respondeu - Não posso permitir isso

– Por que quer tanto o machado?

– Ele tem poder. Poder que eu preciso

– Você está sedenta por poder é? - Tentei a provocação

– Não se engane... o poder guia esse mundo, e sem poder, você não pode proteger nada - Afirmou, aumentando suas chamas a um ponto que, se desse alguns passos para qualquer direção, eu seria carbonizado

– Você sabe o por que do Julgador ter me escolhido?

– Não faço ideia - Respondeu Phoebe, sem nenhuma hesitação

Merda... ela não se distraía por nada, e eu não conseguia criar brecha alguma. Enxuguei o suor em minha testa, e ergui-me

– O que fará ao me matar? O que lhe garante que o Julgador não voltará a se teletransportar de novo? Além do mais, o que dirá aos outros? Que simplesmente me matou, porque me considerava fraco? - Continuei tentando, era a única escolha que eu tinha

– Você costumava nunca colocar outros assuntos no meio de suas decisões Finn. Mas não... não há garantias de que eu possa dominar o Julgador ao te matar, mas... vale a pena... Você saiu para treinar, para se tornar mais forte, e em sua ausência, a paz se instaurava aos poucos... mas, nos últimos tempos, parece que as coisas foram piorando, vagarosamente... coincidência isso acontecer, algumas semanas antes da sua volta não é?

Pensava por um segundo. Agora era ela que me distraía, mas... será que fazia sentido o que ela dizia?

– E qual o problema? Não podemos derrota-los como sempre fazemos? - Perguntei

Phoebe me encarava, não com desdém, mas com seriedade

– Há muitas monstruosidades que não foram criadas para este mundo Finn, mas que ainda residem nele - Disse ela - Eu sou uma delas garoto.... as únicas que deveriam saber o máximo de minha capacidade, eram eu e Bonnibel, porém, parece que nós duas ainda não sabemos... Eu não posso defender aquilo que acho importante, sem poder, e tais monstruosidades, estão cada dia mais ousadas

Um silêncio, a única coisa que se ouvia, era o bruxulear das chamas rubras da rainha. Nunca havia pensado assim, ''monstruosidades que não foram criadas para este mundo''... eu havia ficado forte para lutar contra tais monstruosidades....

– Aquele inimigo que vocês enfrentaram.... nem sequer deve ter usado trinta porcento de seu potencial... a visita dele, foi para analisar com quem estava lidando. Você me perguntou o que eu diria aos outros... mas, eu sabia que todos estavam no castelo doce, como sempre... eu iria lá, hoje, para...

– Me carbonizar, na frente deles.....

– Isso mesmo... não poderia haver remorsos depois disso, mas... mandei Canela... senti que algo estranho aconteceria... senti a presença de um ser poderoso, e o mandei para lá como ajuda, você deveria ficar vivo, para que eu pegasse o machado

– Que frieza...

Ela preparava um gesto, mas logo o interrompeu, fazendo certa careta, desanimada

Em meu subconsciente, eu o chamava, tentando, e tentando

'' Julgador! ''

Sem resposta

'' Julgador! ''

Nada....

'' Ei, demônio ancião de merda! Você me escolheu pra ser seu portador, e isso tá me ferrando aqui, me dá uma ajuda aí pelo amor de Glob! ''

Senti algo vindo a mim, e um medo inexplicável se instaurou por todo o meu corpo. Por um momento, mesmo em meio ao fogaréu provocado por Phoebe, senti minha espinha gelar

Como um flash, as respostas vieram em um instante, como faziam antes

– Antes de fazer o que sei que quer fazer, me deixe te dizer... você está certa... Julgador carbonizou meu braço, porque minha alma era fraca, pequena e patética - Minha fala, atraíu um pouco de sua atenção - Mas essa minha fraqueza que o atraiu. Minha alma estava agarrada a unhas e dentes ao Julgador, porém, logo que ele a atacou, ela já não tinha mais condições de ficar sozinha, muito menos, de se largar da arma... por isso, ele se juntou a ela... Ele subestimou minha fraqueza, achando que espantaria-a com apenas um ataque daqueles, e no final, achou interessante ver que algo tão frágil conseguiu sobreviver ao ataque... era como uma fraqueza na medida certa

Phoebe riu por um momento, abaixando suas chamas, mas não a ponto de abrir qualquer brecha para a passagem de Jake

– Ele tentou atacar minha alma, mas nem sequer chegou nela, tentou me queimar, e nem me feriu... - Disse - Não faça piadas, como essa da ''fraqueza na medida certa''

Suas chamas voltaram a queimar fortes, e agora, as únicas cores em minha visão, eram o laranja e o vermelho, produzidos pelo fogo

– O Julgador é um demônio poderoso, você não pode simplesmente conquista-lo, tem que ser aprovado por ele! - Berrei

– Se você foi, não há dúvidas que ele esteja errado. Mostrarei ao demônio deste machado, quem ele devia ter sido aceito

– Ele é antigo princesa! Ninguém em nosso tempo tem o poder de controla-lo, ele me escolheu, pois se interessou por mim - Afirmei, retirando as ataduras de meu braço direito, revelando-o totalmente curado para minha surpresa, e mostrando a marca a ela - Ele se interessou por isso!

Ela hesitou por um momento. Se interessou na marca? Não sabia, mas algo nela, a chamou atenção. Senti que podia distraí-la, mas não podia abrir uma brecha em suas chamas. Pelo que parecia, sua curiosidade aumentava, porém, Phoebe fez um gesto livre com seu rosto, e voltou sua atenção

– Você mesmo disse, ele subestimou sua fraqueza. Você nem sequer conseguiu derrotar-nos enquanto estava possuído por ele! - Retrucou - Vou forçar ele fora de você! Não posso lidar com a ância de luta dele, com você o utilizando

Eu o chamei em meu subcosciente, com força total

'' Julgador! ''

Meu braço esquerdo se envolveu por um curto momento em chamas azuis, que perto das chamas rubras de Phoebe, pareciam mais fagulhas insignificantes.... em minha mão, materializou-se o machado. Focalizei todas as minhas forças, e em um embalo, cortei o vento com a arma, indo verticalmente em direção ao chão.

O poder produzido por Julgador focalizado, havia feito o chão tremer com o impacto, e produzir uma rajada, não longa, porém concentrada, de chamas azuis durante o corte, que seguiu em uma direção ao lado da princesa... a muralha de chamas que estava ali, foi consumida pelo fogo azul, e após ele sumir, uma brecha havia sido criada, deixando um espaço livre para a passagem de um pequeno ser... uma abertura!


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Notas finais do capítulo

Bem... agora é a parte chata. A duas semanas, eu já estava escrevendo dois capítulos da fic, começando a escrever o terceiro, sem perder a inspiração em nenhum momento, com cenas bem descritas (era o que eu achava) e etc. Aí, em uma bela tarde, eu ligo o pc, e quando vou voltar a escrever, o capítulo buga (eu não havia separado em 3 caps diferentes) e eu perco os caps... aí, bate a raiva e a preguiça de escrever dnv... fico mais um tempo sem escrever.... Alguns jogos tinham tomado minha situação, e a rotina se tornava estudar, e nos tempos livres, jogar (especifícamente, RE4 e sua versão Separate Ways, essa primeira, eu tendo zerado duas vezes em duas semanas). Até voltar a vontade de escrever, demorou um bocado, mesmo eu tendo falado que iria postar mais cedo.... ENFIM. A partir de agora, sempre farei backup dos caps.... depois dessa, virou trauma :p



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