Safe and Sound escrita por Imagineland


Capítulo 1
Capítulo l: Let the right one in


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bem, primeiro queria agradecer por terem vindo aqui mesmo depois daquela sinopse horrível hahaha
Essa é a minha primeira fic publicada, então por favor me ajudem dando suas opiniões!
Espero que gostem :)



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Corpos de pelo menos vinte walkers mortos se encontravam entulhados do lado de fora de uma pequena e simples casa, que tinha suas portas e janelas bloqueadas por varias camadas de tabuas de madeira já muito envelhecidas pelo tempo e toras de madeiras bem afiadas com alguns walkers presos se contorcendo encontravam-se em torno de toda a propriedade como uma espécie de cerca improvisada. Visivelmente era o lar de algum sobrevivente da epidemia.

Foi por pensar que existia alguém que respirava morando na casa que Ryan Miller pulou a cerca de madeira e bateu na porta fortemente protegida da casa. Recebeu como resposta o silencio absoluto.

Talvez o morador tivesse saído em busca de suprimentos ou talvez ele agora se encontrasse com um buraco de bala na cabeça. Bem, isso não importava realmente, a questão era que Ryan havia caminhado o dia inteiro e aquele foi o lugar mais perto do seguro que ele encontrou para descansar.

Examinou a casa para se assegurar que não tinha nenhuma brecha em que um morto-vivo pudesse passar e para achar alguma janela desprotegida em que desse para se infiltrar.

Para a sua sorte a casa estava em perfeito estado e para seu azar a única janela livre de tabuas estava no segundo andar e era bem estreita. Mas como já estava anoitecendo, passar a noite ali não era mais uma opção, era agora a único jeito de sobreviver aquela noite. Ryan rodou pela propriedade tentando achar uma maneira de passar por aquela janela, até encontrar uma arvore que estava com alguns dos galhos praticamente ligados ao telhado da casa, vendo isso o garoto não teve duvidas, correu até o encontro dela e começou a escalar.

A arvore era provavelmente um carvalho que estava com o tronco muito fraco e sem folhas, provavelmente por causa dos corpos mortos que prejudicavam o solo. Como estava subindo rápido demais, acabou se apoiando em um galho trincado que se quebrou e caiu em uma lata de lixo vazia ao pé da arvore. Ele conseguiu manter o equilíbrio se apoiando em outro galho mais resistente e continuou a escalada, mas o barulho que o galho fez em choque com o metal atraiu dois walkers que sairão das pilhas de corpos podres e caminharam até a fonte do som.

O barulho feito pelos mortos que aranhavam o tronco da arvore assustou o garoto que em um movimento descuidado de olhar para baixo, perdeu o equilíbrio e caiu. O tombo foi amortecido por um dos walkers que ao tentar segura-lo com a única mão que tinha, o aranhou gravemente no braço, e com todas as suas forças tentava interruptamente morde-lo.

Ryan desesperado pela dor que sentia em seu braço direito batia com o cotovelo esquerdo no cranio do morto até que ele se quebrasse virando uma poça de sangue no chão. Depois de se levantar com dificuldade é jogado novamente no chão pelo segundo morto que o prende ao chão segurando seus braços e tentando morder seu pescoço a todo o custo. O garoto com seus pés e todas suas forças tenta afasta-lo.

–Eu não vou morrer hoje! -Grita Ryan desesperado.

–Não vai mesmo.

Um barulho muito alto invade seus ouvidos enquanto sangue e restos do carne podre caem em sua direção, sujando sua jaqueta de couro preta, sua calça jeans escura rasgada nos joelhos e seu rosto. O menino ainda em choque olha para frente e vê uma garota de cabelos loiros muito compridos e de olhos castanhos usando uma bandana preta com desenhos geométricos para tampar sua boca e seu nariz, parada segurando firmemente um rifle.

–Não precisa me agradecer por isso.

A garota caminha até Ryan e o ajuda a levantar do chão, agora todo vermelho do que sobrou dos monstros. Depois de analisa-lo de cima a baixo ela tira a bandana deixando seu rosto totalmente exposto para limpar seu rosto enquanto pergunta:

–Eles te morderam?

–Não. Graças a você.

–Eu não podia deixar eles te jantarem. Vem, entra, vamos cuidar desse seu braço.

Ryan segue a garota até um galpão subterrâneo coberto por um monte de folhas secas, do lado da porta dos fundos da casa. Depois dos dois entrarem , a garota tranca a porta do galpão novamente, pega uma lanterna na cós da calça e a liga, fazendo com que uma luz branca muito forte iluminasse um ambiente cheio de estantes que guardavam todos os tipos de armas imagináveis, desde revolveres de uso policial até Snipers. Também se encontrava lá, caixas cheias de munições variadas e uma parede estava repleta de facas e espadas de todos os tamanhos.

Ryan ao ver aquilo abriu a boca para dizer algo, mas antes que emitisse um som sequer a garota tampa sua boca com uma das mãos revestidas por luvas meio dedo pretas e com a outra faz sinal para que permanecesse quieto. Ela continuou caminhando e ele a seguiu.

Depois de subirem uma escada, chegaram a um cômodo iluminado pela luz do sol que passava por entre frestas nas janelas cobertas por tabuas velhas e comidas por cupins.

–Acho que não vamos precisar mais disso, não é? -Disse a garota desligando a lanterna e a pondo em cima de uma mesinha do lado de um sofá de aparência muito antiga como todo o resto da mobília presente no cômodo.

–Qual é o seu nome? -Ryan perguntou a ela.

–Califórnia.

–Você não confia em mim pra dizer seu nome? Cara é o fim do mundo e…

–Não é isso. -Interrompeu a garota. - O meu nome é mesmo Califórnia.

–Serio? O que seus pais tinham na cabeça? -Disse rindo.

–Não foram eles que me deram esse nome. -Ela fez uma pausa para sorrir. -Fui eu.

–Porque você mudou seu nome? -Voltou a ficar serio.

–Bem, meus pais me deram o nome de Leah, eu até gostava dele, mas… -Começou a mirar o chão. -Quando eles morreram, foi difícil sabe. Então eu mudei de nome pra esquecer tudo isso.

–Desculpa por ter te feito lembrar dessas coisas. -Passou a mirar o chão também. -Eu não sabia.

–Tudo bem. -Voltou seu olhar ao garoto. -E qual é o seu nome?

–Ryan. Porra, nunca tinha notado como o meu nome é chato.

–Se você quiser posso te ajudar a achar outro. -Diz Califórnia rindo.

–Não, eu não quero esquecer nada.

Os dois ficam em silencio enquanto a luz presente no cômodo dava lugar a escuridão da noite.

–Tá com fome? -Pergunta Califórnia.

–To faminto!

Califórnia vai com a lanterna acessa, que liberava uma luz consideravelmente mais fraca do que quando ela foi usada dentro do galpão, até outro cômodo e depois de poucos minutos volta segurando com as mãos uma embalagem já aberta de salgadinhos.

–Pronto. -Diz passando a embalagem de suas mãos para as do garoto. -Coma rápido para que eu possa cuidar do seu ferimento pra você seguir caminho.

–Como assim “seguir caminho”? -Ryan deixa escapar uma cara de preocupação.

–Você vai embora amanhã não vai? - Califórnia diz calmamente.

Ryan fica em silencio enquanto come o salgadinho de batata assada. Depois de terminar, Califórnia vai novamente à sala, que Ryan achava ser a “cozinha” e volta com uma caixa de ferramentas enferrujada cheia de remédios e bandagens. Ela faz sinal para que ele se sentasse no sofá e depois de analisar o ferimento limpa o com água e álcool, depois o enfaixa com bandagens seu braço.

–Prontinho Senhor. -Diz se levantando do sofá e indo até outro cômodo trancado por uma chave que já estava na maçaneta e volta trazendo um travesseiro envolto por uma fronha floral cheia de buracos de traça e uma coberta azul empoeirada.

–Pode passar a noite aqui. -Diz a garota jogando o travesseiro e a coberta em cima do sofá. -Boa noite e cuidado com os walkers debaixo da cama.


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Notas finais do capítulo

*Let the right one in- Na minha opinião o melhor filme de vampiros da história e um dos melhores do gênero terror, traduzido como: Deixa ela entrar.



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