Era a hora do intervalo. Desci até o pátio, pois era o ponto de encontro entre eu e meus amigos, quando cheguei lá, vi que não havia nenhum dos meus amigos lá achei estranho, então resolvi ir para a biblioteca onde era o nosso segundo local combinado. Também ninguém estava lá, apenas algumas meninas de alguns anos inferiores. Decidi ficar por lá mesmo. Coloquei meus fones de ouvido e deixei as músicas no aleatório.

Depois de aproximadamente cinco minutos sozinha, vi o menino que eu amava secretamente passar, ele era maravilhoso, alto, de olhos e cabelos castanhos, ele tinha um sorriso que você consegue perder-se, aquele sorriso que quando via, apaixonava-me cada vez mais. Ele estava no 3° colegial, enquanto eu no 2°. E só de pensar que no próximo ano ele iria para a faculdade, eu sentia um aperto no coração, um ano de escola sem uma aquela distração seria terrível.

Olhando para ele, reparei que ele segurava um buque de rosas brancas, que provavelmente ele iria entregar a uma menina qualquer, provavelmente da sala dele. Fiquei muito triste quando vi as rosas em sua mão, mas não pude fazer nada porque quem estava errada na história era eu, apaixonada por um menino que nem sabia da minha existência, e além de tudo com um buque de rosas.

Acabando o intervalo subi direto para a minha sala, tentando esquecer o fato não muito agradável que eu observara. Tive aulas de biologia e química, mas a única coisa que eu realmente pensava era nele, aquele menino, nunca havia gostado de alguém da mesma maneira.

Cada aula parecia levar uma eternidade. Finalmente estas acabaram e, guardei minhas coisas o mais rápido que consegui, peguei minha mochila e desci correndo as escadas, olhando para o chão. Quando cheguei no 1° andar, esbarrei em alguém, não poderia ser ninguém além do garoto que estava apaixonada. Pedi desculpas e estava indo embora quando ele segurou a minha mão e me entregou as flores. Olhei para ele e sorri.

“Nunca ninguém me dera flores tão lindas.” – disse com a voz baixa.

“É porque eu quero ser o primeiro e único.” – ele sussurrou no meu ouvido e me beijou.