A cor do amor escrita por Cyn
Notas iniciais do capítulo
Galera, último capitulo da história! Espero que gostem!!!!!!!!!
–Della.
Virei-me e meu coração parou quando vi minha mãe sorrindo para mim mais linda do que nunca. Seu cabelo loiro baloiçava suavemente á volta de seu frágil rosto e vestia um vestido branco lindo. Parecia um anjo.
–Mamãe?
–Olá meu amor.
Minhas lágrimas caíram e corri até ela por entre as flores do campo. Fechei os olhos e deixei-me sentir sua pele contra a minha. Era tão bom voltar a abraça-la.
–Mamãe… tive tantas saudades.
–Também eu meu anjo. Imensas.
–Mas…- Afastei-me dela e olhei-a confusa.- O que fazes aqui? Eu morri?
Olhei em volta e reconheci o local.
A casa do lago.
–Não, Della. Nada disso. E nem penses em faze-lo! Sou tua mãe e eu mando!
Ri com a cara de brava dela e abracei-a de novo.
–Ok, mamãe. Mas então que faço aqui?
–Della, neste preciso momento, estás a lutar entre a vida e a morte, minha filha. Tens a mesma coisa que eu tive, mas é diferente, porque tu és jovem e ainda não é a tua hora de ir.
–Tu também não devias ter ido.
Ela sorriu tristemente e tocou-me no rosto levemente.
–Eu devia. Era a minha hora. Mas bebé, nunca deixei de olhar por ti. Nunca. E ouve tantas vezes que me apeteceu ir até lá e bater-te nessa cabeça dura para acordares. – Disse fazendo-me rir.- Delly, Aiden te ama. Não desistas dele.
–Ele odeia-me, mamãe. Entre nós… nunca vai dar.- Murmurei sentando-me na grama.
–Não minha filha.- Ela sentou-se ao meu lado e abraçou-me.- Ele ama-te. Ele sempre amou mais do que ninguém. Mas é a tua vez de correr atrás dele.
–Tenho medo que ele me magoe de novo.
–Della, o que é pior? Perder Aiden, ou ele magoar-te? Tens de tentar anjo. Pelo menos tens de tentar. Aiden é um rapaz incrível. Ele nunca te fará sofrer, não de prepósito. Se o amas, vais enfrentar esse amor de cabeça e deixar-te levar pelo aqui e agora e não pelo que irá acontecer. Farás isso?
Perder Aiden não estava nos meus peleanos. Nunca.
Mordi o lábio inferior e assenti.
–Farei, mamãe. Eu … farei. Se ele me der uma oportunidade.
–Ele dará, criança. Ele dará. – Disse rindo.- Ele não pode viver sem ti.
Ri com ela e beijei-a no rosto.
–Te amo, mamã.
–E eu a ti meu anjo. Amo-te imenso. Assim como ao teu pai. Cuida dele por mim, princesa.
–Não tens de te preocupar com isso. E muito menos deixarei que ele venda a casa do lago. Ela é a nossa casa do lago! Nem que tenha de trabalhar. Ele não vai!
Ela sorriu misteriosamente e beijou-me na testa.
–Essa é a minha Della.
–Gostava tanto que estivesses aqui.
–Eu também ia gostar, amor. Mas eu estou bem. Estou feliz. E nunca deixo de dar uma passadinha em ti. E sempre que essa cabeça dura não estiver a fazer a escolha certa, ouve com atenção. Eu estarei lá a tentar acordar-te.
Ri e olhei para o enorme campo de flores. Adorava este lugar. Era tão simples. Tão bonito. Tão calmo. Tão em paz.
–Só mais uma coisa, meu amor.
–O quê?- Perguntei olhando-a.
–Volta para o Aiden.
Della
Minha cabeça já não doía.
O silencio era agradável se não o pi-pi-pi-pi.
Façam aquilo parar!
A minha boca estava seca mas já não havia o sabor amargo.
Por sorte.
–…anjo serei. Teu destino teu protector.
Alguém cantava.
Uma melodia simples mas bonita. Assim como a voz.
Abri os olhos e tive de os fechar algumas vezes até me habituar á claridade do quarto.
O quarto era branco iluminado por uma janela á minha direita.
Sabia que era o hospital.
Já tinha estado num quarto destes antes.
Mas não foi o que mais me chocou.
Ver Aiden com a cabeça na minha mão foi o que mais me chamou a atenção.
Ele estava a chorar.
Um som fraco mas forte.
Porque está a chorar?
Toquei de leve no seu cabelo negro e ele congelou.
–Porque estás a chorar, Aiden?
Minha voz falhou um pouco.
Lentamente ele levantou a cabeça e dois olhos negros me olharam com várias emoções. Dois olhos negros que eu amava.
Ya, eu amava. Ouviram bem pessoal.
Mesmo tendo os olhos vermelhos do choro, a barba por fazer e uma expressão cansada, ele continuava belo. Ainda era o meu Aiden. Sempre o seria por mais idiota que eu fosse.
Fechou os olhos por um tempo, um sorriso crescendo lentamente.
–Obrigado.- Sussurrou.
Franzi a testa.
–Porquê?
Ele riu um pouco abrindo os olhos e beijou-me a testa.
–Não é a ti, princesa. Não é a ti. – Segurou-me no rosto delicadamente como se eu me pudesse partir a qualquer momento.- Queres-me matar do susto? Hmm? Nunca mais me faças isto.
–Desculpa- Sussurrei.- Eu… não sei o que aconteceu. Estava a pensar no que disseste sobre ser anoréctica e então um homem ligou para comprar a casa do lago e meu pai confirmou eu apenas…
Ele interrompeu-me, beijando as lágrimas que me caíram.
–Está tudo bem, bebé. Está tudo bem. Sssssh, calma, sim? Já passou.
–Mas a casa do lago, Aiden. Ele vai vender a casa do lago- Choraminguei.
–Ele já a vendeu, Della.
Meu coração apertou-se o pi da máquina ficou mais forte.
–Della, não! Acalma-te. Acalma-te, anjo.- Disse aflito.- Deixa-me acabar. Sim?
Assenti e respirei fundo.
–Isso. Devagarinho. Calma.- Disse suavemente.- Della, tenho um presente para ti.
–Para mim? Porquê?
Ele sorriu e tirou uma capa azul de cima da mesinha de cabeceira.
–Aqui. O teu aniversário foi á 2 semanas, mas mesmo assim Feliz aniversário.
–2 Semanas?
–Sim. Ficas inconsciente muito tempo, Delly.- Disse caindo o sorriso do seu rosto.
Mordi o lábio inferior.
–O meu pai?
–Está lá fora assim como Mylla, meus pais, teus avós, G, Alex e Spencer. Havia também outros garotos mas não conheci nenhum deles.- Deu de ombros e voltou a sorrir- És importante para todos nós, Delly. Mas agora abre a capa. Não os vês encanto não a abrires.
Ri um pouco e abri a capa com a testa franzida.
Papeis?
–O que é isto?- Perguntei folheando as folhas.
–O contrato da casa do lago.
Olhei para ele, supressa. Em comparação ele sorria radiante como se me tivesse dado um grande presente.
–Porquê?- Sussurrei.
–Eu comprei-a mas ela é tua. Totalmente tua. Basta assinares aqui e tu passas a ser a sua oficial dona.
Olhei para os papéis em choque.
Ele comprou-me a casa?
–Não posso aceitar, Aiden.
–Porque não?- Perguntou ficando sério.
–Compraste-a, Aiden. Ela é tua. É o teu dinheiro. E não posso sustentá-la se não meu pai não a vendia.
–Della, Delly…- Disse segurando nas mãos.- Eu comprei-a para ti. É o meu presente de aniversário.
–Uma prenda de dois mil e quinhentos euros, Aiden!
Ele sorriu de novo e beijou-me a testa.
–Parabéns.
–Aiden- Gemi.
–Della, eu sustentarei a casa, tu apenas tens de ir para lá sempre que quiseres.
Esfreguei a cara e xinguei.
–És um idiota.
O seu sorriso apenas cresceu ainda mais.
–Eu sei.
Sorri um pouco e abracei-o.
–Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado!
Ele riu e abraçou-me de volta apertando-me como se a qualquer momento pudesse fugir.
–Sempre, miúda. Estarei aqui sempre. Para ti.
Escondi a cara no pescoço dele e mordi o lábio inferior.
–Della?
–Sim?
Ele afastou-me um pouco para me olhar nos olhos.
–Sabes que eu estarei sempre aqui, certo?- Perguntou acariciando-me a bochecha.
O simples contacto de pele com pele faz-me sentir tanto calor.
E ele comprou a casa do lago para mim!
PARA MIM!
"Della, o que é pior? Perder Aiden, ou ele magoar-te? Tens de tentar anjo. Pelo menos tens de tentar. Aiden é um rapaz incrível. Ele nunca te fará sofrer, não de prepósito. Se o amas, vais enfrentar esse amor de cabeça e deixar-te levar pelo aqui e agora e não pelo que irá acontecer. Farás isso?"
Aquele sonho... não sabia se era da minha cabeça ou não, mas eu ia torná-lo real. Ele iria pertencer-me sempre.
Porque eu te amo, mamãe.
–Certo.- Disse sorrindo.
Ele sorriu e ia a beijar-me mas parei-o.
–Della, não me pares, eu amo-te. Amo-te tanto, princesa. Fui um idiota ciumento, eu sei e desculpa. Mas Delly, eu amo-te como nunca amei ninguém. Eu amo-te o máximo que posso amar alguém. Amo-te mais que minha vida. Amo-te... simplesmente, amo-te. - Implorou com aflição.
Ri e beijei-o no nariz.
Meu Aiden...
–Eu sei, mas tenho de esclarecer uma coisa.
–O quê?- Perguntou com a testa franzida.
–Tu disseste que na festa de aniversário de Mylla á 5 anos eu estive com um rapaz.
–Sim, e não lidei bem com os ciúmes por isso te tratei da forma que tratei. Se não poderias ser minha então… não queria gostar de ti. Mas foi em vão. Continuarei a gostar de ti mesmo que me arranques o coração mais mil vezes. És a minha vida. Não posso fazer nada quanto a isso.
Sorri mexendo na gola da camisola dele.
–Já entendi isso. Mas Aiden, o único rapaz que com estive foi Adam e apenas falei com ele por causa de Mylla.
–Como assim?
–Mylla queria dançar com ele e pediu-me para o chamar para dançar por ela. Ele dançou com Mylla, não comigo. Eu não estive com ninguém nesse dia.
Ele olhou-me de boca aberta.
–Aiden?
–Estás a dizer-me que chamaste-o para dançar com Mylla?
–Sim.
–Não estives-te com ninguém nesse dia?
–Não.
–Então eu fiquei com ciúmes porque Mylla foi cobarde demais para chamar um miúdo para dançar?
–É.
–E cortei a minha mão por nada?
–O quê?!
–Á eu esmurrei a porta e cortei a mão. Nada demais.- Disse dando de ombros.
Revirei os olhos.
Oh, Aiden!
–Mas então, a Mylla estragou-me a vida por causa de uma dança?
–Não! Deixa a Mylla em paz. Tu é que percebes-te mal. E em vez de te portares como gente civilizada e vires falar comigo preferiste armar-te em idiota resmungão.
Deu de ombros na mesma e sorriu.
–Tens razão. Para a próxima ouvirei a conversa do princípio.
Rimos e empurrei-o.
–Será que já te posso beijar?- Implorou com os olhos.
Mordi o lábio e assenti.
Ele sorriu e inclinou-se para mim devagarinho.
Tão devagarinho que me deu nervos.
–Vais demorar muito?- Perguntei irritada.
Ele levantou as sobrancelhas e antes que pudesse falar pôs a mão atrás da cabeça dele e puxei-o para mim.
Ele sorriu enquanto nos beijávamos e aproveitei cada momento.
Spencer tinha razão.
Eu não podia deixar isto fugir.
Era a coisa que mais me mantinha viva.
Não a ia perder.
Atirar-me-ia de cabeça desta vez.
Seguiria meu coração até onde ele me quisesse levar porque…
–Aiden?- Perguntei sem fôlego.
–Sim?- Disse igualmente afectado.
–Eu amo-te.
Ele sorriu e beijou-me uma vez.
–Eu sei. Eu nunca te vou deixar, Delly. És a minha menina. Vou cuidar de ti, sempre. Serei o teu anjo. Teu pesadelo. Noite e dia. SEMPRE!
–Eu sei, Aiden. Eu sei.
… eu o amava e sem ele eu estaria perdida.
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