Coelhinha Ruiva escrita por Doctor Vader


Capítulo 1
Capítulo único - Páscoa em Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Hey people!! Estou aqui, mas não para postar minha fanfic usual, e sim para postar essa pequena one que está concorrendo a um desafio de fanfics do site.

Essa fic concorre ao "Desafio Relâmpago: As festividades do mês de Abril" e os temas que eu escolhi, foram Mentira (01/04 Dia da mentira) e Páscoa (20/04 Dia da Páscoa), como eu já disse nas notas da fic.

Achei meio bobinha, mas amei ela. Espero que gostem e me desejem sorte.
Enjoy !



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Scorpius estava perdido. Não no sentido literal da palavra, conhecia o castelo como a palma de sua mão, afinal, estudava lá a praticamente 7 anos. Mas sim perdido em seu próprio cérebro. Alvo tinha lhe dito para seguir um estranho bilhete, que tinha como enfeite ovos de páscoa. Não via grande sentido na páscoa, além de ser uma comemoração trouxa. Não gostava de chocolate, e coelhos não eram seus animais favoritos, só que sua curiosidade falou mais alto que sua opinião sobre a páscoa. Falou até mais alto que o medo de ser uma pegadinha de 1° de Abril atrasada, em vingança da tinta rosa no shampoo do companheiro de quarto.

Alvo tinha lhe dito para seguir as dicas no bilhete: “Se lembra de onde você levava as pobres meninas iludidas que achavam que eram importantes para você? Encontre outro bilhete lá”.

Ok, agora ele tinha ficado completamente curioso. Apesar de ter entregado o bilhete, Alvo se recusou a falar de quem era, apenas disse que era de “uma fã”. Conhecia o sonserino bem o suficiente para saber que ele estava mentindo, seu olhar de malicia o entregava, junto com o sorriso de canto, típico da sua amada casa. E ainda estava esperando a vingança do moreno.

Essa charada não é a das mais difíceis, principalmente para ele, que apesar de ser loiro era mais inteligente que muita gente da Corvinal, na sua humilde opinião. Claro que o bilhete se referia o armário de vassouras, ótimo lugar para pegações, dica para os desavisados.

Ao entrar no armário viu outro bilhete preso a parede, com outra charada. Ótimo, pensou. Já amava páscoa, e ainda tinha que ficar brincando de caça ao tesouro. Pensou em ir embora, mas olhou para o bilhete e suspirou. Quem ele queria enganar? A curiosidade nunca o deixaria desistir agora, e ainda tinha seu orgulho soserino.

“Muito bem, você é mais esperto do que seu cabelo oxigenado mostra. Nada contra loiros, mas sobe como é, certo? Agora, mais um desses te espera no local do seu melhor beijo. Boa sorte.”

Meu melhor beijo? Já tinha beijado tantas, como se lembraria de um? Tudo bem que o melhor é sempre memorável, mas memória não é com ele. Só que bastou apenas um segundo para lembrar-se qual era. O único que disparou seu coração, o único que mexeu com sua alma, não com seu amiguinho, se é que me entende. Com um sorriso no rosto, devido à memória do beijo, se dirigiu ao Lago Negro. Lembrava como se fosse hoje, a lua cheia no céu, iluminado o cabelo ruivo dela. Mas seu sorriso durou pouco, nunca esqueceria o tapa estralado que levou depois, e que ficou marcado durante dois dias em seu lindo rostinho.

Preso no carvalho em frente ao lago, mais um bilhete. Merlin, isso era tortura, queria chagar ao final disso logo. “Bem, como eu sei que a curiosidade está te consumindo, esse será o penúltimo bilhete, mas prometo, irá valer a pena. A cozinha ainda é seu lugar favorito do castelo ?”

Franzindo o cenho levantou a blusa e deu uma olhada em sua barriga definida. Sentiu-se gordo com aquele pergunta, e mais gordo ainda quando a resposta que veio a sua mente foi “Sim”. E daí que gostava de comer? Comida é importante.

Arrumando a blusa foi em direção ao castelo novamente. Essa caminhada estava o cansando, certo que ele não queria ficar gordo, mas justo hoje que não teria treino de quadribol ele teria que ficar andando por todo terreno de Hogwarts? Sacanagem com a sua preguiça. Mas já que era o penúltimo, porque não continuar.

Chegando ao quadro de fruteira que escondia a cozinha, fez cosquinhas na pera, o que deu passagem para um local onde vários elfos corriam de um lado para o outro. Devia estar perto do almoço. No meio da confusão, um elfo chegou perto de si e puxou suas vestes, e ao olhar para baixo o pequeno entregou a ele o último bilhete com um sorriso no rosto. Com outro sorriso pegou o bilhete agradecendo, enquanto se retirava da cozinha.

“Muito bem, apesar de ser um Malfoy você come tanto quanto o meu pai. Acho que a essa altura já sabe quem eu sou, não é? Então vamos lá, Scorp, venha para o corredor do 7° andar e siga as pegadas.“

Tinha uma leve noção de quem poderia ser, mas a ruiva não tramaria tudo isso. Mas ao levar o bilhete a nariz para sentir melhor a fragrância que emanava no papel, soube que era ela; Esse cheiro de pôr-do-sol era inconfundível.

De repente, não se importava mais de andar, não se importava mais com a curiosidade, só pensava na garota que o esperava. E era um cavalheiro afinal, seu pai tinha o ensinado que nunca se deve deixar uma dama esperando. Com isso em mente, saiu em disparada em direção ao 7° andar, os bilhetes guardados no bolso da calça como recordação, o coração saltando para fora do peito e um sorriso largo nos lábios finos. Sua garota o tinha perdoado por ser um idiota, afinal.

Ao chegar ao corredor, viu pequenas patas de coelhos no chão. A garota tinha tido realmente muito trabalho, mas agora tinha certeza que Alvo tinha a ajudado, só que ainda tinha um mau pressentimento sobre o garoto.

Seguindo as patinhas, deu de cara com a Sala Precisa. Um sorriso malicioso surgiu no rosto do loiro. Qual é, todos sabemos o que um casal faz na Sala Precisa. E ainda com o sorriso, empurrou a porta e encontrou um ambiente iluminado por velas, com toneladas de chocolate em volta e uma ruiva com orelhas de coelhinho no centro da cama de casal.

– Achei que não viria mais, Scorp. - Minha perdição disse de forma manhosa. Rose Weasley seria minha fraqueza eterna. Me aproximei alguns passos e ela levantou da cama, parando na minha frente.

– E eu achei que você não queria mais olhar na minha cara - Respondi da mesma forma, afinal não iria ceder primeiro, apesar de querer a tocar desesperadamente. Duas semanas; Fazia duas semanas que eles tinham brigado, fazia duas semanas que ele tinha dito que não sabia se podia continuar com esse relacionamento, fazia duas semanas que ele se arrependia de ter dito isso, fazia duas semanas que estava em crise de abstinência dela.

– Eu posso ir embora, se for assim - Ela comentou, brava, tentando dar a volta no meu corpo e sair pela porta. Mas, sem querer me gabar, meus reflexos são melhores. Tinha esquecido como sua cintura encaixava perfeitamente em suas mãos, mas quando a segurou por ela e a puxou para perto, tudo ficou em branco. E torpor que sentia com na presença dela o atingiu mais rápido que um feitiço.

Quando suas bocas se tocaram, o pouco controle que o loiro tinha se esvaiu. Com pressa retirou as orelhas da cabeleira ruiva, jogando-as no chão enquanto aprofundava o beijo e segurava os cabelos de sua nuca com a mão. Merlin, dentre todas que ele já tinha estado, Rose sem dúvida era a mais deliciosa, em todos os sentidos.

Com o último folego, ele mordeu o lábio inferior da ruiva e puxou, dando espaço para os dois recuperarem o folego perdido. Ele esperava um “Eu te amo”, ou que eles fossem se divertir um pouco na cama antes do almoço, mas o que aconteceu foi uma coisa muito diferente.

Com um sorriso sapeca no rosto, a ruiva se abaixou para pegar as orelhas, e colocando na cabeça, se afastou dando risada. De repente, os quilos de chocolate que estavam à volta deles desapareceram de forma misteriosa e suspeita. Nesse momento ele pensou se não estaria sonhando. Nunca pensou que Rose faria uma coisa dessas, não que estivesse reclamando, claro que não, mas não era do feitio da ruiva. E chocolates não desapareciam, não desse jeito, mesmo na sala precisa. Deu um passo e olhou em volta procurando a ruiva.

– Rose, o que esta... - Sua frase foi interrompida por um alto estalo que veio do teto. E foi o tempo exato de olhar para cima e ver uma espécie de alçapão abrindo, e o chocolate que estava na sala, cair derretido na sua cabeça, o fazendo de um ovo de páscoa gigante. Uma risada rouca e escandalosa veio do fundo da sala, junto com uma feminina. Alvo. Aquele maldito iria sofrer em dobro, ou seu nome não era Scorpius Malfoy. E a Rose ainda tinha ajudado ele, aquela traíra. Tudo bem que eles são primos e melhores amigos, mas ele era o cara que ela ama, poxa.

– Ahhhh, o doce gosto da vingança, esta sentindo isso Scorp?– Sua frase destilava veneno e irônia. E ainda tinha gente com a cara de pau o suficiente para perguntar como ele foi parar na sonserina. Já tem sua resposta, senhora Potter.

– Se você tem amor a sua bela vida, Severo, acho melhor evaporar dessa sala, ou melhor, evaporar do castelo, da face da terra. Porque se eu te achar, irei te cobrir com outra coisa marrom, mas não será chocolate. - Com uma risada sarcástica, e uma piscada de desafio, ele saiu da sala, deixando um Scorpius muito bravo a sós com uma coelhinha ruiva chorando de rir. Ela tentou se aproximar mas ele desviou do toque com uma cara nada amigável.

– Ah, qual é Scorp. Olhe pelo lado bom, assim você ficou muito mais delicioso. - Com uma risada gostosa, ela passou um dedo na bochecha do maior e levou a boca, provando o chocolate. Ele limpou o chocolate dos olhos, contrariado, vendo o olhar intenso da ruiva sobre si. Respondeu o olhar à altura, sua fama procedia. - Eu amo chocolate, sabe. E eu amo você. Então eu posso dar um jeito nisso.

“Talvez páscoa, chocolates e coelhinhas não sejam tão ruins quanto eu imaginava”


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Notas finais do capítulo

Bem , foi isso Gostei de escreve-la e espero que vocês gostem, prometo não demorar de postar as próximas, ok ? That's all folks!
Beijocas :P
~~ Juuh~~