Chocolate escrita por A Garota dos Is


Capítulo 1
Chocolate


Notas iniciais do capítulo

continuação de Caramelo. Feita com os incentivos de Hinata Plusle, obrigada! Dedicado para você, Sweetie.



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Eu odeio chocolate.

Da forma como ele tem uma superfície dura e fria, apesar de ser tão doce.

Ele faz mal a saúde.

Você vai ficar obeso e morrer.

Tudo por causa do chocolate.

Mas por que o chocolate tem de ser tão bom?

Eu odeio chocolate.

Porém eu amo também.

É possível amar e odiar algo ou alguém nas mesmas proporções? Sim, e eu posso te dizer ambas: chocolate e Ivan, por mais que sejam praticamente a mesma coisa.

Odeio como mantém aquela maldita fachada aparentemente impenetrável, duro como rocha, mas que, por algum motivo, quebra-se rapidamente com uma pressão bem colocada.

Porém, tudo que é quebrado pode ser reconstruído.

Amo como são doces, viciantes, não a como não amar!

Aquele cheiro maravilhoso, uma textura única!

Um pacote com todos os caprichos de laços amarrados numa caixa branca, laços, que, ironicamente, são da mesma cor daqueles olhos tão bonitos, aquele roxo que me amarrou, prendendo-me eternamente ao seu dono.

Eles são isso e muito mais!

Sim, eles, pois Ivan é chocolate, mais igual é impossível.

Ele se esbalda de vodka, mas é chocolate.

Às vezes, quando olho para Ivan, só penso em como estou melhor com o chocolate. É claro, essa é minha mentira induzida para evitar a dor da cárie depois.

Entretanto, eu ainda tento acreditar que chocolate tira a falta que eu sinto dele.

Pondero. Sua pele não é cor de chocolate, certo?

Errado.

Ele é como um chocolate branco por fora, que aparenta ter um gosto diferente.

Mas para mim, continua com o gosto negro de sua alma.

Com o gosto de chocolate amargo.

Sim, amargo, amarguíssimo! Foi esse o sabor que eu provei ao vê-lo entregando-se a Natália. Maldita seja a garota! Fria como um sorvete num dia de calor, apenas almejada quando necessário, mas no inverno é descartada.

Por uma semana eu não consegui comer chocolate, coisa rara, pois eu sempre dava um jeito de deliciar-me com uma barrinha, sempre pensando no gosto de seus lábios.

Por uma semana eu vivi numa melancolia enorme, até aquele dia.

O dia em que Toris,um garoto, que, por alguma razão, me lembra quebra-queixo, doce, mas resistente, bateu em minha porte e me pediu abrigo.

Aceitei seu pedido, o deixei à vontade.

Contudo, não demorou para ele começar a perguntar.

Não sei se ele me conhecia, mas era como uma mãe: sabia que algo estava errado, me fez sentar e ter consigo uma conversa franca.

Ele levou consigo parte de minhas dores, de meu fardo.

Sua voz foi como um carinho para meu coração debilitado.

Foi como chocolate quente.

Então eu vi em Toris a esperança que eu nunca tive. Aquelas palavras, sinceras e puras de um homem imaculado, me fizeram perceber que talvez, somente talvez, ele pudesse derreter aquela maldita barra de chocolate, esquentar aquele maldito coração congelado.

Fazer com que Ivan me amasse.

Apesar de não fazer sentido para ninguém, nem mesmo para mim.

Entretanto as palavras deste lituano são mágicas como a primeira barra de chocolate.

Assim como vi aquele loiro pela primeira vez.

Por que raios, eu amo Ivan, por mais que odeie sua voz grave e sedutora, sua aura maligna que me causam calafrios que vão além do medo, seus comentários sarcásticos que incitam uma fera dentro de mim, seu frio inevitável e envolvente…

Chocolate é uma droga no qual me viciei.

Mas não passa de um tapa-buracos.

Ivan é aquele que eu preciso.

Apesar dele não me amar.


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Notas finais do capítulo

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