The Legend of Zelda - Branca de Neve escrita por AnaLee


Capítulo 4
As crianças Kokiri


Notas iniciais do capítulo

Decidi já postar o capítulo 4 pra compensar a demora ^^'
Quem já assistiu a animação da Branca de Neve vai reconhecer as referências que usei nesse capítulo, haha!
Mido é tipo o Zangado da nossa história :P

Espero que gostem, boa leitura! E não deixem de dar seus reviews! Sua opinião é importante pra que eu me sinta inspirada a postar os outros capítulos ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/499211/chapter/4

Quando amanheceu o dia, uma multidão de crianças se reunira perto da misteriosa mulher que dormia ao chão, no centro de seu pequeno vilarejo. Os olhinhos pequenos se estreitavam com curiosidade e todos se aproximavam para tentar examinar mais de perto a estranha moça que aparecera misteriosamente na noite passada.

— Não se aproximem! Deve ser uma bruxa! – gritou Mido, o chefe das crianças Kokiri. – Se chegarem muito perto ela vai transformar todos vocês em lagartixas e vai usá-los para fazer uma sopa!

— Não diga besteiras, Mido! – disse Saria, uma garotinha de cabelos verdes da cor da copa das árvores. – Ela não me parece uma bruxa! Veja como parece um anjo quando dorme...

— Anjo? Há! Espere só até ver quando ela acordar e fazer ensopado de nós!

— Mido, não grite muito alto! Vai acordá-la! – sussurrou Saria, tentando não acordar a jovem.

— Ora, deixe acordar! Ela não mora neste vilarejo!

— Shiiiiiu! Olhem! – disse uma garotinha – Ela está acordando! O que faremos?

— Depressa! Escondam-se! – disse Mido, correndo para a árvore mais próxima enquanto os outros o seguiam.

Aos poucos, Zelda foi despertando e ao olhar em volta, percebeu que estava em um pequeno vilarejo, cheio de pequenas casinhas. Ela estranhou o fato, pois na noite passada não vira nada parecido. Talvez a escuridão e o cansaço a tivessem impedido de ver direito o lugar onde ela estava.

— Q-que lugar é este? – ela perguntou a si mesma enquanto observava o lugar.

Saria saiu cuidadosamente de trás de uma pedra e passou a fitar a moça com um olhar curioso.

— Você está na Floresta Kokiri. – Saria respondeu educadamente. Zelda assustou-se com a presença da garotinha.

— Não tenha medo! Está tudo bem! Eu sou Saria, a sábia da floresta e aquele ali é Mido, o chefe das crianças Kokiri. Nós somos os guardiões dessa floresta.

Saria disse com um sorriso no rosto, que fez Zelda se sentir mais segura. Vendo que não havia sinal de perigo, Saria fez um sinal para que seus amigos Kokiri se aproximassem da jovem. Porém, Mido permaneceu onde estava, olhando furiosamente para a moça.

— Nós já sabemos quem somos, Saria, mas e ela? Quem é, de onde veio e por que está aqui?

— Oh, sim... – disse Saria, olhando para a princesa. – E quem é você, moça?

— Oh! Desculpe –me! Eu sou Zelda. – ela respondeu timidamente.

— Zelda??? A princesa??? – gritaram todos ao mesmo tempo, com espanto.

— Isso mesmo!

— Mas que surpresa! Estamos muito honrados com sua presença aqui, Vossa Alteza! – Saria respondeu, curvando-se em respeito.

Todos os outros Kokiri fizeram o mesmo, com exceção de Mido, que continuava olhando torto para a princesa.

— Ora! Que seja! Ela não pode ficar aqui! Essa floresta não tem mais lugar pra gente de fora! Já não basta o Link ter que viver aqui e agora vamos ter que conviver com mais uma? Mande-a embora!

— Oh, por favor, não me mandem embora! Não tenho pra onde ir! – implorou Zelda, com um olhar triste. – Se eu voltar, ela vai me matar!

— Matar? A você, princesa? - perguntou Saria, espantada. – Quem ousaria?

— Minha madrasta, a rainha Midna! Desde que meu pai se foi para a guerra, ela tem me tratado muito mal, fazendo eu cuidar dos afazeres do castelo... Ela até ordenou a um caçador para me matasse! Mas ele teve piedade de mim e me deixou fugir! Se me deixarem ficar aqui, prometo que cuidarei de todos! – a princesa olhou fixamente para Mido, para convencê-lo de que estava falando sério.

— Não podemos permitir isso! – gritou Mido, sem olhá-la nos olhos. – A rainha é uma feiticeira! Estou avisando! Se ela descobrir, virá voando para cá e se vingará de todos nós!

— Mas ela não sabe onde eu estou!

— Não sabe, é? Ela sabe de tudo!!! Ela faz bruxarias! Pode até se tornar invisível! Ela pode estar aqui agora mesmo! Sem nem mesmo nos darmos conta! – disse Mido, aterrorizado.

— Ela nunca me encontrará aqui, eu sei disso! Por favor, me deixem ficar! Se me deixarem ficar eu tomo conta de tudo! Eu varro, lavo, costuro, cozinho... Cuidarei muito bem de vocês. Por favor, eu imploro! – Zelda ajoelhou-se e apertou as mãos de Mido, quase chorando.

Todos os outros Kokiri olharam para Zelda com compaixão. Eles se reuniram em torno de um círculo e depois de uma discussão, Saria virou-se e disse para a princesa:

— É claro que você pode ficar! Você sempre será bem-vinda. Se quiser, pode ficar em minha casa, lá tem bastante espaço. Além do mais, Link ia gostar de ter uma amiga da mesma idade que ele!

— Oh, muito obrigada! – Zelda abraçou a pequena garota de cabelos verdes com muita alegria.

Todos os outros Kokiri envolveram a jovem princesa num longo abraço, com exceção de Mido, que ficou num canto de braços cruzados, fazendo careta.

No entanto, ninguém se importara com o comportamento rebelde do colega. Saria levou Zelda até sua pequena casinha e preparou um cantinho aconchegante para a princesa.

— Bem... você poderá dormir aqui. Eu sei que não é muito confortável, mas é o melhor que posso lhe oferecer.

— Não, tudo bem, está perfeito! – Zelda disse, animada. – É até melhor do que o quartinho que a minha madrasta me obrigava a dormir.

Saria olhou para a princesa com pena e imaginou o quanto sua vida deveria ser difícil naquele castelo junto com uma madrasta que a detestava.

— Ei, você deve estar com fome, não é? Afinal, veio de tão longe... Tem algumas frutas lá na cozinha, se quiser, pode ir lá comer algumas. Sinta-se à vontade!

— Eu poderia fazer uma torta! – disse a jovem princesa com algum embaraço – Assim poderia demonstrar minha gratidão. O que acha?

A pequena Saria deu um salto de alegria.

— Eu adoro tortas! E se é você quem as faz, devem ser uma delícia, princesa!

Zelda correu até a cozinha e abriu os armários, pegando um pote de farinha, ovos, manteiga e leite e começou a preparar uma deliciosa torta de maçã. O cheiro inundava o ar fazendo os Kokiri ficarem com água na boca. Assim que a torta ficou pronta, todos foram até a casa de Saria para experimentá-la. Nem mesmo Mido, o mais rabugento das crianças Kokiri conseguiu resistir ao cheiro da deliciosa torta preparada pela princesa. Porém quando estava prestes a pegar um pedaço...

— Nananinanão, mocinho! – repreendeu Zelda. – Por acaso você lavou as mãos?

— Hunf! Mas é claro! – resmungou Mido, fazendo careta.

— Quando? – ela perguntou de novo, olhando feio para ele.

— Agora há pouco!

— Agora há pouco, é? Deixe-me ver suas mãos!

— E se eu não quiser mostrar? – ele rosnou.

— Então não vai comer a torta. – Zelda respondeu, tirando a torta do alcance do garoto.

Ele se afastou, bufando de raiva.

— Hunf! Já começou a arranjar encrenca! – ele grunhiu enquanto caminhava em direção a tina de água.

Ele parou na frente da tina e ficou observando seu reflexo na água por um momento, com receio de por a mão na água gelada. Até que ele sentiu algo o empurrar com força para dentro da tina, fazendo-o se encharcar por inteiro.

Quando tirou a cabeça para fora da água, viu seus amigos Kokiri rindo dele.

— Hahahahaha! Precisa ficar limpo se quiser agradar a princesa, Mido! – riu Riduki, um de seus amigos. O grupo de garotos mal conseguia respirar de tanto que riam da cara ensopada do amigo.

— Riam enquanto podem! Daqui a pouco ela vai colocar lacinhos em vocês e vai lavá-los com aquela água chamada... PERFUME!!! – ele retrucou, enojado só de pronunciar a palavra perfume.

Mas os garotos nem se importaram. Apenas continuaram rindo enquanto Mido se levantava e saía de dentro da tina com as roupas encharcadas. Ele ajeitou a touca em sua cabeça e saiu em direção à cozinha, na esperança de ainda ter sobrado algum pedaço de torta para ele. No entanto, quando chegou lá, não havia mais nenhum vestígio de que havia uma torta ali antes. Mas antes mesmo que ele pudesse resmungar alguma coisa, Zelda se aproximou dele e estendeu um pequeno pedaço de torta de maçã que estava em suas mãos.

— Eu guardei um pedaço para você, quando você foi se lavar. – ela pronunciou gentilmente enquanto o olhava nos olhos. – Já que vamos viver juntos por algum tempo, temos que ser amigos, não é? – ela disse com um sorriso doce.

Mido encarou a torta por um tempo, um pouco surpreso com a atitude generosa da princesa. Sentiu um pouco de arrependimento, o que não era comum da parte dele, mas para manter sua imagem e orgulho, fechou novamente a cara e tomou a torta das mãos da princesa grosseiramente.

— Não fez mais do que deveria! – ele grunhiu, encarando a princesa com um olhar zangado.

Em seguida, caminhou em direção à porta e sem dizer mais nenhuma palavra, saiu, deixando Saria e Zelda sozinhas na cozinha.

— Puxa... O que faço para Mido gostar de mim? – Zelda suspirou enquanto observava o garoto se afastar, emburrado.

— Ora, não ligue para isso. Mido sempre foi assim. – respondeu Saria, tentando consolar sua nova amiga. – Só está com ciúmes porque você está recebendo mais atenção do que ele. Foi a mesma coisa quando acolhemos Link.

— Link? Quem é Link? Vocês falam tanto dele... – perguntou Zelda, curiosa.

— Ah sim... Bem... Nós o acolhemos quando ele ainda era um bebê. Foi encontrado perto de nossa floresta, abandonado, então decidimos cuidar dele. Ele é um belo moço, um hyruleano assim como você, mais ou menos da sua idade. Tem os cabelos curtos e louros e lindos olhos azuis, da cor do céu. É muito gentil e educado, tenho certeza de que vocês dois vão se dar muito bem!

Saria sorriu gentilmente para Zelda, que no momento parecia meio intrigada com a descrição que Saria acabara de fazer. Por um instante, ela se lembrou do jovem que conhecera no jardim do palácio outro dia. Ele também tinhas cabelos louros e olhos azuis e era gentil e muito educado.

“Não... Não pode ser ele... Seria muita coincidência... Além do mais, o castelo fica muito longe daqui...” – ela pensou desanimada, perdendo as suas esperanças de rever o rapaz que conhecera no outro dia.

— O que foi, princesa? Você está bem? – Saria perguntou, interrompendo os pensamentos da jovem princesa.

— Hã? Nada... Estava apenas... pensando – ela enrubesceu um pouco. – Mas afinal, por que eu ainda não o vi por aqui?

— Oh, sim... Ele foi à cidade para comprar algumas coisas. – Saria olhou em volta, como se estivesse tentando localizar algo. - Estranho... ele já deveria estar de volta... ou a cidade deve estar bem cheia ou ele conheceu alguém por lá. Ele faz muito sucesso entre as garotas!

— Ah... – a voz de Zelda soou um pouco desanimada.

De repente, um grande alvoroço pôde ser ouvido do lado de fora da casa de Saria. A pequena Kokiri aproximou-se da janela para tentar ver o que estava acontecendo.

— Mas o que será isso? Que algazarra é essa? – ela espiou pela janela e pôde ver que, cercado por um grupo de crianças agitadas, estava um belo rapaz acompanhado de sua fiel égua castanha. – Ora, veja! É Link! Ele voltou!

Saria ficou tão animada ao rever seu velho amigo que saltou pela janela e correu de encontro a ele.

— Link!!! Finalmente!!!! – Saria gritou, enquanto corria apressadamente na direção dele. – Por que demorou tanto?

Quando a garotinha se aproximou, Link a pegou no colo e a abraçou forte.

— É bom te ver também, Saria! – ele respondeu, fazendo um cafuné nos cabelos verdes da menina. – Eu demorei porque tive alguns probleminhas lá na cidade...

— Que bom que você chegou! Há tanta coisa que eu quero lhe contar! Eu—

— Eu também tenho muita coisa pra contar! – disse Link, interrompendo Saria e a descendo de seu colo, colocando-a de volta no chão. – Não vai acreditar no que eu vi ontem, quando eu estava passando perto do castelo! Eu conheci uma...

— Não temos tempo pra isso! Depois você conta tudo o que aconteceu! Primeiro eu quero te apresentar uma pessoa! Vem comigo! – ela disse animadamente, puxando os braços de Link, que não estava entendo nada do que estava acontecendo.

Enquanto isso, Zelda, curiosa, decidiu dar uma espiada pela janela para ver quem acabava de chegar. Seus olhos se arregalaram de surpresa quando ela viu o jovem que conversava com Saria. Ele vestia as mesmas roupas que o rapaz que ela conhecera outro dia, no jardim do castelo. E tinha o mesmo rosto, os mesmos cabelos, os mesmos olhos. Ele era o mesmo rapaz que ela abandonara no jardim, com receio de que sua madrasta o fizesse algum mal.

Quando viu que eles estavam se aproximando da casa, ela se escondeu por trás da janela.

Seu coração batia com fúria e ela suava incontrolavelmente. Estava feliz por rever o amigo que conhecera nos jardins do castelo, mas estava tão nervosa que ela não sabia o que fazer, nem mesmo o que dizer quando o encontrasse. Sua mente girava em torno de pensamentos diversos, deixando-a ainda mais confusa e aflita.

Logo se ouviu o barulho da maçaneta girando lentamente e o som de vozes vindas do lado de fora. Saria foi entrando devagar, puxando Link pelo braço, que estava muito confuso com a situação.

— Saria, posso saber o que... – sua voz parou abruptamente quando seus olhos se depararam com a jovem que estava de pé, ao lado da pequena mesa. Seus olhos se arregalaram, surpresos.

Era a mesma garota que ele conhecera no jardim do palácio. A mesma garota por quem ele havia se encantado.

Saria limpou a garganta.

— Link, esta é Zelda, a princesa. Ela vai ficar aqui conosco a partir de hoje. – disse a pequena Kokiri, olhando para os dois com alegria.

Link continuou imóvel. Seus olhos não se desgrudaram da jovem princesa nem por um segundo. Era difícil acreditar no que via, principalmente no que ouvia.

Depois de um certo tempo de silêncio, Link finalmente falou:

— M-mas você é... Você é a garota que eu conheci ontem no jardim do castelo... – ele caminhou lentamente na direção dela – Quer dizer então que esse tempo todo você era a princesa Zelda? Estou muito surpreso!

Zelda abaixou a cabeça, constrangida. Link estava agora tão próximo dela que ela pôde ouvi-lo falando baixinho para que ninguém mais além dela ouvisse:

— Então foi por isso que você fugiu de mim?

Ela forçou-se a olhar para seu rosto para ver seus olhos azuis e desviar o olhar do chão. Quando ela fez isso, seu coração disparou mais ainda com o brilho dos olhos dele. Zelda não conseguiu falar por um tempo. Sua mente girava e ela estava confusa. Engolindo em seco, ela disse com a voz trêmula:

— M-me desculpe... E-eu não queria que.... – sua voz foi sumindo, enquanto ela abaixava o olhar, fitando novamente o chão de madeira abaixo dela.

De repente, Zelda sentiu seu queixo ser tocado por uma mão suave e levemente sendo levantado, de modo a olhar novamente para Link. Eles se entreolharam por um tempo até que ele perguntou baixinho:

— Não queria que...?

Sua voz suave e calorosa pareceu acalmar um pouco os ânimos de Zelda, que respirou profundamente antes de começar a responder, tentando se manter calma.

— Não queria que minha madrasta nos visse... – ela suspirou tristemente e continuou depois de uma pausa – É por causa dela que estou aqui.

Link franziu as sobrancelhas, em dúvida, mas antes que ele fizesse alguma pergunta, Saria surgiu no meio da sala e falou num tom sério:

— Link, a rainha é uma bruxa muito má e invejosa. Zelda nos contou que enquanto ela vivia no castelo, a rainha a obrigava a fazer todas as tarefas. Ela trabalhava como uma criada para ela. Um dia, a rainha mandou que um caçador a levasse para a floresta e a matasse. O homem, porém, deixou que ela fugisse. Ela correu pelo Bosque Perdido até chegar em nossa floresta. É por isso que ela está escondida aqui. Se a rainha descobre que ela ainda está viva, fará de tudo para.... matá-la.

Link olhou novamente para Zelda e começou a entender. Tudo começava a fazer sentido agora.

— Ah, então por isso você correu de mim aquele dia... Por isso que estava vestida como uma criada, com aquelas roupas velhas... Bem que eu estranhei quando a vi agora vestida como uma dama. – ele sorriu. - Mas tenho que admitir que mesmo aquelas roupas velhas e sujas não conseguiram disfarçar a sua beleza... – ele disse suavemente, deslizando seus dedos pelo rosto dela.

Zelda corou. Ele era a única pessoa, além de seu pai, que dizia o quanto ela era bonita. Nos anos em que ela viveu no castelo com sua madrasta, qualquer um que ousasse elogiá-la era jogado nas masmorras pela terrível mulher. Ela sempre gritava e dizia que a beleza de Zelda nunca se compararia a dela.

“Abra seus olhos, menina!” – Midna berrava. – “Veja que cabelos sebosos! E essas mãos enrugadas de tanto mexer com água! E que roupas imundas! Você é horrorosa! Quem iria querer amar alguém assim? Veja como sou bela! Veja que cabelos sedosos e brilhantes, veja que mãos suaves e macias eu tenho! Eu sou a mais bela de todas! Você não é e nunca será nada comparada a mim!”

O olhar de Zelda entristeceu com aquelas lembranças terríveis. Ela cresceu acreditando que era horrorosa, o que não passava de uma grande mentira inventada por sua madrasta invejosa. Mas Link a via de um jeito diferente. Ele conseguia ver nela algo especial que ninguém mais conseguia ver. Ela pôde perceber isso desde o dia em que se conheceram no jardim.

Link ergueu o rosto dela mais uma vez para que ela o olhasse nos olhos novamente. Ele percebeu seu olhar triste e murmurou numa tentativa de consolá-la:

— Ouça princesa, digo... Zelda. Será que posso chamá-la assim? – ele perguntou educadamente. Ela apenas acenou com a cabeça, concordando. – Ouça, Zelda. Enquanto você estiver por aqui, eu prometo que não deixarei ninguém lhe fazer algum mal. Eu e meus amigos Kokiri vamos fazer de tudo para protegê-la, está bem? Então não há motivos para se preocupar. – ele sorriu levemente para ela.

Aquele sorriso caloroso e reconfortante fez com que Zelda se sentisse mais segura. Ela sorriu de volta para ele e os dois ficaram trocando olhares por um tempo até que Saria os interrompeu:

— Link, você podia mostrar o vilarejo para ela! Ela chegou aqui tão cansada e faminta que nem tive tempo de apresentar nada a ela...

— Ah, sim... – ele virou-se novamente para Zelda e disse timidamente – Bem... O que você acha? Quer vir comigo conhecer o resto do vilarejo?

— Claro! Eu adoraria! – ela respondeu empolgada, pegando a mão esquerda de Link em suas mãos finas e frágeis de princesa, o que o fez corar ligeiramente. Ele a conduziu para fora da casa. Zelda estava muito ansiosa para conhecer o pequeno vilarejo que a partir de agora, seria seu novo lar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Legend of Zelda - Branca de Neve" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.