The Legend of Zelda - Branca de Neve escrita por AnaLee


Capítulo 13
O casamento


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, o último capítulo xD
Espero que tenham gostado da história, pessoal! Deixem comentários dizendo o que acharam, por favor! ^^



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O dia seguinte foi a celebração do casamento de Link e Zelda. Todos no reino estavam muito felizes com o retorno da princesa e com o surgimento de um novo rei. Link estava um pouco nervoso, pois agora ele deixaria de ser um simples garoto da floresta, ou um simples jovem cavaleiro para se tornar um rei. Ele nunca imaginou que algum dia ele faria parte da realeza, ele apenas sonhava em ser um cavaleiro para defender as pessoas, mas agora ele seria bem mais do que isso. Agora ele teria que cuidar de um reino inteiro, e mesmo sabendo que essa era uma enorme responsabilidade, ele estava muito feliz, pois ele estava se casando com a mulher que ele amava. E ele prometeu a si mesmo que faria de tudo para ser um bom rei e marido para sua esposa.

O castelo todo tinha sido decorado com flores de todos os tipos, desde rosas, a cravos e crisântemos com as mais variadas cores. Mais de cem empregados, vestidos com roupas elegantes, adequadas para a ocasião, estavam no portão principal do castelo, prontos para receber os convidados que já estavam começando a entrar pelo jardim do palácio. Parecia que todas as pessoas do reino estavam ali para presenciar a união da filha do rei com o jovem Link. O pátio estava lotado com a realeza dos reinos vizinhos, todos esperando para o casamento começar.

Zelda estava sozinha em seu novo aposento real, olhando para seu belo reflexo no espelho, que a encarava cada vez mais nervoso. Ela agora estaria se tornando a nova Rainha para o povo de Hyrule, já que sua madrasta estava morta. Ela deveria estar feliz, pois agora ela iria se casar com o homem que ela amava com todo seu coração, mas ela ainda estava um pouco triste em relação ao suicídio de sua madrasta. Ela estava ganhando um marido, mas havia perdido outra mãe.

— Acho que tudo tem seu preço. – ela murmurou para si mesma. – Não se pode ter tudo...

Impa, a fiel criada da princesa, pigarreou para anunciar sua presença e entrou no aposento real. Seus olhos da cor de rubis encararam a princesa com ternura. Zelda sorriu fracamente enquanto Impa se aproximava dela.

— Impa, estou feliz por você estar aqui.

— Princesa, o que está fazendo aqui? Deveria estar se preparando para o casamento! Hoje é seu grande dia!

— Eu sei... mas... – ela abaixou o olhar. - ... Mas eu queria que minha madrasta estivesse aqui pra me ver...

Impa arregalou os olhos, incrédula.

— Midna??? Justo ela, Zelda? Se fosse sua mãe, eu até entenderia, mas logo ela? Depois de tudo o que ela fez com você, ainda queria que ela estivesse aqui para o seu casamento?

Zelda suspirou um pouco antes de falar.

— Eu sei, Impa, mas ainda assim, ela era uma mãe pra mim. Ela era boa. Não sei o que a fez mudar tão de repente, mas não acho que tenha sido culpa dela. Eu não queria que ela tivesse tido um fim tão triste... Apesar de tudo o que ela fez comigo esses anos todos, eu não acho que ela merecia morrer. Eu até me sinto agradecida por ela, porque, se não fosse por ela, eu jamais teria fugido para o vilarejo Kokiri. Jamais teria a chance de ficar com Link. Sem querer ou não, a maçã envenenada que ela me ofereceu também trouxe Link de volta pra mim...

— Entendo... Eu sinto muito, então... – Impa falou, um pouco envergonhada.

— Não tem de que se desculpar Impa, está tudo bem... – Zelda disse, abraçando-a.

Após um breve momento de silêncio, Impa disse, afastando-se um pouco de Zelda.

— Você precisa terminar de se arrumar. O casamento irá começar em breve.

— Sim, Impa. Você tem razão.

Impa chamou as outras criadas para ajudarem a preparar Zelda para o casamento. As servas ajudaram a princesa a colocar o véu em sua cabeça e a vestir a crinolina que ajudaria a acrescentar volume ao vestido, o que era um costume bastante comum para ocasiões especiais como essa. Assim que terminaram os preparativos básicos, elas trouxeram o vestido de casamento da princesa. Seu vestido era feito dos tecidos mais refinados e caros de todo o reino. Tinha sido bordado com uma textura luxuosa de triforces e adornado com cristais brancos que brilhavam na luz. O coração da princesa acelerou, mas em seguida, se apertou. Que maravilhoso seria ter suas duas mães aqui com ela hoje.

“Você está linda, minha filha” – ela imaginou a imagem de sua primeira mãe ao seu lado, falando com ela.

A princesa havia conhecido sua mãe biológica apenas pelos quadros que decoravam o palácio, já que ela tinha morrido quando Zelda era muito pequena. Ela tinha cabelos longos e castanhos assim como os dela e belos olhos azuis da cor do céu.

“Você realmente está deslumbrante hoje, minha pequena Branca de Neve” – ela também imaginou sua madrasta ao lado dela.

Ela estava com o mesmo sorriso calmo e doce do dia em que Zelda a conheceu, no dia do casamento de seu pai.

Zelda sorriu para as duas mães imaginárias, por um momento acreditando que elas fossem reais. Mas suas imagens desapareceram quando uma empregada entrou no quarto e anunciou:

— O casamento está pra começar. Todos estão esperando pela princesa.

— Não se preocupe, já estamos indo. – Impa falou calmamente. Virando-se para Zelda, ela disse – Você está pronta, princesa?

— Acho que sim... – ela respondeu em seguida, um pouco ansiosa e nervosa.

— Então vamos. – Impa pegou a mão de Zelda e juntas, elas desceram as escadarias e foram até a entrada do salão principal, onde todos os convidados estavam esperando pela entrada da noiva.

Seu pai, o rei, entrou de mãos dadas com ela no salão. O salão do castelo estava lotado com pessoas de todas as partes do reino que vieram para testemunhar a união do casal e também para homenagear o novo rei e a nova rainha. Zelda viu que seus amigos Kokiri também foram convidados para assistir a cerimônia. Eles sorriam e acenavam para a princesa com muita alegria. A princesa se encheu de emoção com a presença de seus amigos Kokiri e ela também sorriu e acenou para eles. Mas no meio da multidão também havia pessoas que não estavam muito empolgadas com a união dos pombinhos, como por exemplo, alguns membros da corte que não aceitavam a união da princesa com um mero plebeu e também duas garotas, uma loira de cabelos curtos, chamada Ilia e uma garota ruiva de cabelos longos, chamada Malon. As duas encaravam a noiva com um olhar de desprezo e inveja, pois ambas eram apaixonadas por Link, mas foram derrotadas na batalha do amor pela princesa.

O coração de Zelda batia forte, e ela estava muito nervosa e ansiosa, mas estava feliz, pois ela estava se casando com um homem que ela realmente amava. A única coisa que a entristecia era o fato de não ter suas duas mães para vê-la se casar, mas ela sabia que no fundo, elas estavam assistindo a cerimônia junto com as Deusas de Hyrule, onde quer que estivessem.

De repente, seu coração saltou quando ela viu Link próximo ao altar. Ele estava vestindo uma luxuosa túnica branca decorada com diamantes e ouro puro. E ele também estava usando um gorro branco parecido com o que ele costumava usar, com bordados dourados e uma longa capa vermelha. Link estava tão lindo que parecia que ele realmente era um príncipe.

O pai de Zelda estava tão feliz que ele tinha lágrimas em seus olhos. Link pegou as mãos de Zelda e eles ficaram juntos em frente ao altar. Ele sorriu ternamente para ela.

— Você está tão linda, minha princesa. – ele sussurrou para ela.

As bochechas de Zelda coraram levemente com o elogio.

— Você também, meu príncipe. – Ela disse timidamente.

Em seguida, o sacerdote começou a falar:

— Caríssimos irmãos e irmãs. Estamos aqui reunidos hoje para celebrar a união da Princesa Zelda com o jovem Link. Como veem, o amor é uma força poderosa, capaz de unir uma princesa com um jovem cavaleiro. E o que torna esse momento tão especial é que o amor que vocês dois tem um pelo outro afetará todos nesse reino. Através de sua alegria, ficaremos felizes. Através de seu amor um pelo outro, nós nos amaremos uns aos outros. O amor de vocês terá de ser forte o suficiente para governar um povo que precisa de alegria em suas vidas. Princesa Zelda, jura, perante as Três Deusas, que aceitará Link como seu legítimo esposo a partir desse dia em diante, para amar e respeitar, na fortaleza e na fraqueza, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, no melhor e no pior, todos os dias da sua vida até que a morte os separe?

— Juro. Enquanto eu viver, eu irei amá-lo com a força de cada batida do meu coração.

— Link, jura, perante as Três Deusas, que aceitará Zelda como sua legítima esposa a partir desse dia em diante, para amar e respeitar, na fortaleza e na fraqueza, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, no melhor e no pior, todos os dias da sua vida até que a morte os separe?

— Juro, com todo o meu coração, que irei amá-la até os últimos dias de minha vida.

— Então, pelo poder concedido a mim pelas Três Deusas de Hyrule, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Link, de imediato, tomou-a nos braços e a beijou apaixonadamente. Zelda se agarrou a ele, beijando-o de volta com todo o seu coração.

A maioria das pessoas que estavam no salão aplaudiu o casal com muita alegria, inclusive o rei, que estava muito emocionado. Depois de alguns minutos, Link e Zelda separaram os lábios e sorriram um para o outro. Em seguida, o rei aproximou-se do casal e falou em voz alta para que todo mundo ouvisse:

— Que as Deusas, com sua bondade, fortaleçam seu consentimento e encham vocês dois com suas bênçãos! Eu desejo com todo o meu coração que vocês dois possam ser muito felizes a partir desse momento em diante. Que vocês dois possam reinar sobre essas terras com o mesmo amor e sabedoria que eu as governei durante todos esses anos. E é com muita honra e alegria que eu coroo Link como o novo rei de Hyrule.

O rei retirou a coroa de sua cabeça e a colocou na cabeça de Link. Ele se curvou perante o novo rei e todas as pessoas no salão fizeram o mesmo. Link corou quando viu as pessoas se curvarem a ele. Ele nunca imaginou que um dia ele teria tanto poder em suas mãos e estava se sentindo esquisito e um pouco constrangido. E ele corou ainda mais quando ouviu as pessoas falarem em coro:

— Que as Deusas salvem o novo Rei e a nova Rainha! Vida longa à Rainha Zelda e ao Rei Link!

O pai de Zelda aproximou-se de seu genro e o abraçou com força.

— Eu vos dou minha benção, meu rapaz. Cuide bem de minha filha e de meu reino. Agora essa é sua responsabilidade.

— Sim, Majes... hã, digo, senhor! – Link falou um pouco afobado.

Depois, ele virou-se para sua filha e disse:

— Tenho muito orgulho de você. Eu tenho muita sorte em ser seu pai. Espero que seja feliz, minha filha. Eu te amo muito.

Lágrimas começaram a escorrer dos olhos de Zelda. Emocionada, ela abraçou seu pai apertado.

— Eu também te amo, papai! Também tenho sorte em ter um pai tão maravilhoso! – ela falou, chorando de emoção.

Ele a abraçou de volta e também chorou, emocionado. Depois de alguns segundos, ele virou-se e anunciou ao povo:

— Que comece o baile!

E assim que o pai de Zelda disse isso, os músicos pegaram seus instrumentos e tocaram divinamente uma linda valsa.

Link e Zelda se puseram a dançar em meio ao salão iluminado. Link olhou ternamente para os olhos de sua noiva e a beijou carinhosamente mais uma vez, puxando-a para mais perto dele.

— Eu te amo, Zelda. – ele sussurrou para ela. – Eu prometo que farei de tudo para te fazer feliz...

Zelda o beijou de novo, pressionando seus lábios contra os dele em um beijo suave.

— Eu também te amo Link... - ela sussurrou.

Eles se beijaram mais uma vez. Link a envolveu em seus braços e intensificou o beijo.  O jovem casal permaneceu durante todo o baile trocando olhares apaixonados enquanto dançavam no meio do salão.  Zelda imaginou suas mães a assistindo, felizes, sorrindo e desejando que ela fosse feliz a partir daquele momento.

Zelda segurou a mão de Link, se perguntando como seria sua nova vida. Como sua madrasta se fora, ela agora era a Rainha de seu reino. E ela pensou que ela reinaria justamente como seu pai reinou e também como sua madrasta teria reinado se as coisas tivessem sido diferentes.

Ela beijou Link novamente e fechou os olhos, sentindo um amor que ela nunca havia sentido antes.

Ela estava feliz.

A única coisa que ela desejava era ter suas mães junto com ela. Ela havia perdido ambas. Ninguém entendia porque ela ainda amava Midna. Mas, para Zelda, sua madrasta havia sido vítima de algo terrível que a fez mudar muito, mas ainda sim, ela tinha sido uma mãe pra ela. Um anjo da guarda.

—--

Alguns anos haviam se passado desde a cerimônia de casamento. O reino de Hyrule agora estava em tempos de muita paz, tranquilidade e harmonia. O rei Link e a rainha Zelda governavam o reino com muito amor e sabedoria e eram muito queridos por seu povo. Os tempos conturbados de guerra haviam sumido da memória das pessoas e todos estavam vivendo felizes e tranquilos.

Era mais uma tarde comum no reino. O sol estava se escondendo vagarosamente no horizonte, dando lugar ao Crepúsculo que anunciava o fim do dia e a chegada da noite.

No cemitério do castelo, uma mulher estava de pé diante de um túmulo. A brisa fazia seus longos cabelos lisos e castanhos esvoaçarem levemente e fraca luz do sol poente iluminava seu belo rosto angelical, que parecia bem calmo, mas ao mesmo tempo, um pouco melancólico.

— Faz muito tempo desde que você se foi, Azul de Céu... – ela falou calmamente, sentindo o vento sobrar em seu rosto. – Muitas coisas aconteceram nesses últimos anos.. e... às vezes, eu desejaria que você estivesse aqui comigo... Estou vivendo momentos de muita alegria com minha família, mas eu também sinto sua falta. Você fez coisas terríveis comigo, mas eu não te culpo por isso. Você foi como uma mãe pra mim, apesar de tudo, por isso eu não consigo guardar mágoa de você, e eu te perdoo.  Eu não queria que isso tivesse terminado dessa forma trágica, mas acho que essa foi a única saída que você encontrou... E eu não acredito que você tenha escolhido a morte como uma forma de fugir da ira do meu pai... Acredito que houve outros motivos muito mais fortes para você ter decidido morrer... Eu guardei este fragmento de espelho que você cravou em seu peito durante muito tempo e sempre que olho pra ele, sinto uma energia muito ruim. Tenho tido muitos pesadelos por causa disso... Sonho com um homem estranho vestido de negro e um Espelho Amaldiçoado... Não sei o que significam esses sonhos, mas parece que eles querem me dizer alguma coisa. Talvez, possam ter alguma coisa a ver com sua mudança de uma mãe boa para uma madrasta cruel e com seu suicídio... Acredito que, bem no fundo do seu coração você ainda me amava, porque se não me amasse, teria me matado quando eu ainda era uma criança indefesa. Bem, talvez eu nunca descubra o que realmente aconteceu com você, mas eu sinto no meu coração que você escolheu morrer porque você se arrependeu de seus erros e não conseguiu suportar o peso deles e acreditou que morrer seria a melhor forma de corrigir o que você causou... E essa é a maior prova de que você, no fundo, não queria meu mal. E eu espero que agora, você consiga encontrar paz, onde quer que você esteja...

Zelda fechou os olhos por um instante e uma lágrima escorreu por seu rosto. Como ela desejava que ela não tivesse sido destruída por seu orgulho e vaidade.

Ela permaneceu em silêncio por alguns minutos e fez uma pequena prece às Deusas. Como ela desejava que sua madrasta estivesse aqui agora. Mas, de repente, algo a interrompera.

— Mamãe!!! – uma garotinha, por volta de nove anos de idade, com os cabelos lisos e claros, correu na direção de Zelda. A rainha abriu os braços para a criança e quando ela se aproximou, Zelda a envolveu em um abraço apertado.

— Mamãe, eu e o papai procuramos você por toda parte! Por que você está aqui fora essa hora?

— Ah, não é nada, minha querida. Vim aqui só fazer uma visitinha para a vovó.

— Mas você me disse que a vovó está morando com Deusas agora!

— Eu sei, eu sei... – Zelda disse, sorrindo fracamente. – Mas onde está o seu pai? Você veio aqui sozinha?

— Não. Papai veio comigo, ele está logo ali. – disse a princesinha, apontando na direção onde seu pai estava.

Zelda ergueu o olhar e ela viu Link de pé, um pouco afastado, observando-a de longe.

Ele caminhou lentamente em direção a ela. Quando ele se aproximou, Zelda se levantou e o abraçou apertado.

— Por que você está aqui, amor? – Link perguntou, beijando o rosto dela delicadamente. – Você está bem? Estava começando a ficar preocupado...

Zelda olhou ternamente nos olhos de seu marido.

— Você não precisa ficar preocupado, meu amor. Eu estou bem... Eu só vim me despedir da minha madrasta...

Ela beijou os lábios dele levemente. Link a envolveu mais apertado, retribuindo o beijo. E então uma voz interrompeu o momento.

— Eca!

Link e Zelda olharam para a filha, que os observava com um olhar enojado. Os dois sorriram para a pequena princesa.

— Zélia, minha filha, eu e sua mãe precisamos...

Zelda colocou um dedo nos lábios dele, interrompendo-o.

— Deixa isso comigo, amor. – em seguida, ela virou-se para sua filha e disse – Ei, minha pequena Branca de Neve, porque você não vai brincar lá dentro? Está ficando frio, você pode pegar um resfriado. Não se preocupe comigo e com o papai, nós precisamos conversar um pouco.

— Está bem... – a princesa resmungou, caminhando de volta para o castelo.

Link e Zelda observaram a filha se afastar até que ela entrasse.

— Eu não entendo por que você a chama de Branca de Neve... Existe algum motivo especial pra isso? – Link falou, depois de alguns segundos de silêncio.

Zelda suspirou levemente e depois falou com a voz calma.

— Era como minha madrasta costumava me chamar nos bons tempos...

Link a encarou, um pouco confuso. Zelda suspirou outra vez e olhou profundamente nos olhos dele.

— Link, eu sei que parece estranho, mas, apesar de tudo o que ela fez comigo, ela não era uma pessoa má. Ela me amava. Se ela fosse mesmo uma pessoa ruim, ela teria me matado quando eu ainda era criança, mas ela não fez isso. No fundo eu sabia que havia alguma coisa errada acontecendo com ela, mas eu não sabia ao certo o que era. Ela agiu por impulso, por medo, de alguma coisa, ou de alguém... Algo fez com que ela mudasse... Mas se não fosse por ela, eu jamais teria fugido para a Floresta Kokiri e jamais teria tido a chance de viver um grande amor com você. Temos sempre que olhar nos dois lados da moeda. E é por isso que eu não sinto ódio dela, mas pena. Porque o orgulho e o medo a destruíram, e eu não queria que tivesse sido assim...

Zelda olhou para baixo e sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto. Link tocou o queixo dela e ergueu seu rosto para que ela olhasse em seus olhos. Ele sorriu levemente, numa forma de confortá-la.

— Você me surpreende cada vez mais, meu amor – Ele disse suavemente enquanto ele olhava em seus olhos. – Mesmo depois de tudo o que sua madrasta fez com você, você não a odeia por isso. Você realmente tem um coração puro e sem maldade... Tenho muita sorte em ter uma esposa tão boa e tão maravilhosa como você...

Ele a beijou levemente mais uma vez, envolvendo-a carinhosamente em seus braços. Zelda o beijou de volta, agarrando-se a ele. Depois de alguns minutos, Link se afastou um pouco dela e começou a acariciar seu rosto.

Eles ficaram abraçados por um tempo, em silêncio. Ela colocou a mão no peito dele e olhou para ele novamente.

— Bem... Acho que você quer ficar sozinha agora... – ele sussurrou, acariciando suavemente o rosto dela. – Vou deixar você terminar de se despedir de sua madrasta. Vou esperar por você em nosso quarto. Por favor, não demore muito...

Ele beijou levemente sua testa e depois se afastou, deixando-a sozinha ao lado do túmulo de sua falecida madrasta.

A morena olhou triste para o túmulo e falou.

— Você sabe o quanto eu te amo, Azul de Céu. Você sempre estará em meu coração.

Uma leve brisa agitou os cabelos da rainha, fazendo-a sorrir. Por mais bobo que isso parecesse, para Zelda tinha um significado mais do que especial. Era como se sua madrasta estivesse diante dela, com um sorriso em seu rosto, dizendo:

— Eu também te amo, minha linda Branca de Neve. Eu sempre te amei e sempre a amarei.

A Rainha imaginária soprou um beijo para a jovem.

E Zelda sorriu.


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