Ipanema escrita por Noire


Capítulo 1
Em Ipanema!


Notas iniciais do capítulo

E mais um surto!É estou devendo fic's a rodo, mas eu não pude deixar de escrever essa fic quando a ideia me bateu em mente! Essa aqui eu vou dedicar especialmente a Kaay, a Selene - que ultimamente andam fazendo minha cabeça com Dite & Deba! Depois de tantas conversas, olha aí o que saiu... :D

Agradeço especialmente a Kaay ~que me atura nas altas madrugadas de insônia e me dá altos toques! Vlw gatita!

E a minha mamãe, que mesmo estando de um humor do cão me deu altas dicas sobre o Rio e de como se lembrava da praia de Ipanema... Sem contar que foi graças a seu exótico repetitório musical que esse surto saiu.Aí mamãe essa é tua! ღ


Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/499125/chapter/1

Ipanema

Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça
...
Que vem e que passa, num doce balanço
A caminho do mar

Era para serem suas férias de verão. Descanso, paz e tranquilidade! Era tudo o que Aphrodite Persson queria. Um momento de calmaria, dias que seriam somente seus! Nada de buzinas de carros, gritos de crianças ou a agitação frenética do dia a dia.

O roteiro?

O sul da Austrália, o litoral da Grécia. Ou quem sabe um resort de retiro espiritual no Belmond Jimbaran Puri na Indonésia. Maldivas, Chile e até mesmo o Tibet. Ótimos lugares para um descanso, uma desligada da tomada do mundo.

Enquanto ajeitava o chapéu de palha na cabeleira loura, o sueco passava olhando as pessoas correndo pelo extenso calçadão da bela praia. Crianças, cachorros, pessoas e mais pessoas. Bufou irritadiço, erguendo os olhos ao céu tão azul quantos os mares da China. Frisou os lábios, passando a língua e os sentindo ressecados. Estava quente! Extremamente quente, talvez a temperatura estivesse próxima dos 45º?

Pegou o protetor na bolsa e lambuzou a cara, passando em contorno dos olhos, pescoço, braços e quando pensou em passar mais um pouco de proteção no rosto, percebeu que seu filtro solar havia acabado.

— Era só o que me faltava! – fechou a cara, frustrado.

Forçou a visão procurando por sua desmiolada tia e primo, em meio à multidão brasileira. Saiu da gostosa sombra que o coqueiro lhe proporcionava e foi em direção à aglomeração. Morenas esbanjando sua beleza em seus corpos violão, crianças brincando na areia quente.

— Deuses como conseguem? – murmurou ao ver dois pestinhas correndo com baldinhos em direção à mãe. Aos gritinhos histéricos.

O sueco pegou o leque e começou a se abanar, estava quente! E aquele calor o tirava dos eixos. Nem quando transava com Ferraz, seu namorado, sentia aquele calor descomunal. Muito menos quando pulava a cerca, aproveitando os braços viris do amante espanhol, Shura Torroja.

O clima tropical atlântico fazia sentir-se como se fosse um sorvete deixando em cima de uma mesa a derreter-se. Passou a mão no rosto, já oleoso e impregnado com tanto filtro solar. Retirou os chinelos e pôs os pés na areia quente, saiu pulando atrás de uma sombra mínima.

— Péssima ideia Dite! Péssima ideia... Ai... Ai..

Apoiou-se em uma cadeira de madeira colocando as famosas Havaianas nos pés. Interessante como aqueles simples chinelos lhe eram tão estonteantes e confortáveis. Os seus eram de peixes idênticos, com detalhes em azul marinho.

Sorriu, havia gostado das sandálias e desde que havia chegado à cidade maravilhosa, as Havaianas se tornaram suas mais íntimas amigas, acompanhando-o desde as praias de Copacabana até o Cristo Redentor. Continuo a andar, com olhos baixos, fitando a areia. Mesmo com os óculos de sol, era sofrido olhar em direção reta. O sol escaldante o castigava.

Talvez Apollo tivesse passando as férias no Rio, naquele pedaço de mundo! O lugar fervia, bastava colocar um ovo ao chão e quem sabe, ele não se fritasse?

Mordeu o lábio inferior, segurando o riso, quando trombou em algo, ou melhor, alguém. O homem estava com uma prancha de surfe em mãos. O corpo moreno e bronzeado, as gotículas de água salgada deslizando pelo abdômen tão bem definido. Olhou bem e analisou o rosto, não passava de um moleque... Mas um moleque que até poderia servir futuramente na visão do loiro.

— Caraca!!! Poh mano foi mal aê... – o menino fincou a prancha no chão e passou a conversar com o sueco.

Aphrodite apavorado e sem entender nada do que o carioca dizia, começou a balançar as mãos em negativo, com um sorriso amarelo nos lábios. O garoto pareceu entender o sueco e nisso virou-se, gritando para uma mulher que estava próxima ao mar, também surfista, um pouco mais velha que ele. Ela veio até onde os dois estavam e ambos começaram a conversar. O sueco, sem entender nada, ficou alguns minutos parado observando os dois brasileiros.

Ele e o garoto falavam gesticulando rapidamente. A mulher apenas balançava a cabeça e quando ele finalmente parou de gesticular e falar, a mulher sorriu e virou-se para o sueco.

Para sua surpresa, a morena sabia falar um inglês perfeitamente. Aphrodite explicou a situação e disse que estava tudo “ok”.

— Foi apenas um tombão! Nada sério... – disse em um portunhol, balançando a cabeça e se despedindo dos cariocas.

O guri, extasiado pela beleza do sueco sorriu, ao escutar um portunhol, mas audível.

— Aê loirinha... – ergueu as mãos no ar, apontando para o sueco e depois para seu peito. – aparece mais ai, pra gente zoar...

Embora Dite conhecesse um pouco de português, a última palavra o sueco não entendeu. Mas teve quase a certeza de que o carioca estava lhe dando uma cantada.

— Rafa, como você é descarado! – a mulher riu e tocou no ombro do surfista. – Mas acho que o nosso turista é ele e não ela...

— Tá de Caô! Sério? – sorriu vendo o sueco andar na praia. – Bem, ele parece ser um cara legal. Maneiro, quem sabe não faço uma devassa com um estrangeiro. Vou pular a cerca, tá ligado? Gostei dele, parece ser simpático...

A mulher caiu na gargalhada e saiu puxando o surfista para perto do mar. O sueco por sua vez conseguiu encontrar sua desmiolada tia e junto dela seu primo e seus irmãos. Albafica e Camus estavam sentados debaixo do guarda sol, tão vermelhos, quanto dois camarões!

— Sabe olhando para vocês dois, me deu uma louca vontade de comer camarão! – sorriu cínico.

O francês apenas ergueu os olhos do livro e deu um sorriso fingido, não gostando da piada. Albafica por sua vez, apenas balançou os ombros não dando a mínima importância nas palavras do irmão mais novo.

— Ah querido! – a sueca pegou o loiro pelas bochechas, apertando-as. – Eu aqui pensando que havia se perdido! Eu disse ao Bernardo para ir te buscar quando percebemos que havia sumido. Vai que um doido te sequestra!

— Até que não seria uma má ideia! – o pisciano mais novo provocou. – Podiam levar o Dite para bem longe, assim não ia escutar os resmungos matinais dele todas as manhãs.

— Albafica, sejamos sinceros! – o ruivo largou o livro e encarou o sueco. – O Brasil é conhecido por suas belas mulheres e por seu gosto por futebol. Aphrodite não se encaixa em nenhum padrão dos brasileiros. E se por ventura for sequestrado, é bem capaz de o sequestrador nos ligar implorando para pegarmos ele de volta!

O irmão e o primo caíram na gargalhada, fazendo o sueco ficar com as duas bochechas vermelhas de frustração.

— Idiotas! – jogou a bolsa na arena morna.

— Meninos, meninos! Deixem o Dido em paz! – a tia pediu balançando as mãos no ar. – Está gostando das férias querido? Ando achando você tão amuado ultimamente, está gostando do Rio?

O sueco riu ao receber aquela enxurrada de perguntas e olhar preocupado de sua tia, para si. Tratou de tirar o blusão de praia que usava e jogá-lo na areia fofa.

— Estou bem, tia! A única coisa insuportável do Rio é esse calor infernal! Vamos dar um mergulho ou os dois vão ficar ai cozinhando até chegarem ao ponto?

Camus fez uma careta e permaneceu como estava, o pisciano mais velho ergueu-se, chamando o francês para um pulo na água.

— Vamos Camus! O mar não vai te afogar se entrar nele!

— É ruivo, o máximo que pode acontecer é levar um caldo... – o sueco completou, com um sorriso debochado.

— Capote...

— Uma rasteira...

— Escutem aqui, os dois! Se fizerem sacanagem ou qualquer outra coisa do gênero eu esgano os dois! – disse por vencido.

O sueco saiu correndo na frente indo em direção ao mar, estava louco para cair na água e se refrescar! Albafica e Camus seguiam logo atrás conversando sobre a cidade e coisas cotidianas. Aphrodite chegou próximo e sentiu a água gélida tocar seus pés. Observou que, apesar da praia estar cheia, tirando os surfistas, havia poucas pessoas na água. Andou em direção ao mar e a água agora o tocava nos joelhos. Entrava devagar se acostumando com a temperatura da água salgada. Deu um pulinho aqui, outro ali.

Camus e Albafica observavam o sueco brincar com as ondas, como se fosse menino pequeno, quando o loiro foi surpreendido por uma forte onda que quebrou bem no meio das suas costas, o fazendo desequilibrar e levar o maior tombão no mar.

E na praia tudo que os dois viam eram cabelos de lado, pernas para cima, mãos balançando no ar. E o sueco desorientado brigava com a maré para sair, quando foi atingido mais uma vez nas pernas, caindo e levando outro, baita, caldo. É a correnteza de Ipanema não era mole não. Camus e Albafica caiam na gargalhada, chegando a sentar na areia fofa para rir do loiro que lutava para sair da água.

Até que finalmente conseguiu sair, engatinhando, mas conseguiu. Desorientado, o loiro limpava o rosto, estava com água nos olhos, no nariz e sua garganta ardia. Seu cabelo estava uma palha e seu peito doía.

— Que caldão, Dite! – o francês gritou, rindo do mais novo.

Aphrodite soluçou e pensou em revidar, mas a surra que tinha levado do mar não o deixou com forças nem mesmo para pensar. Albafica era outro desmiolado que dava altas gargalhadas do sueco.

— Detestei esse lugar! – esbravejou, tossindo.

— Vai lá bobo... – o pisciano mais velho, arfou tomando ar. – Vai lá divar como uma sereia! Uma pena não estar com meu celular aqui, isso merecia ir para o youtube!

— Vou te mostrar o youtube, Albafica... – tossiu mais uma vez, limpando os olhos. – Vou youtubar essa sua cabeça se não calar a boca...

O francês e o pisciano começaram a rir mais uma vez, quando sua tia apareceu lhe entregando uma toalha e tocando no ombro já vermelho por tomar sol.

— Ah querido, mas que baita capote! – a tia segurou o riso e o sueco apenas lhe deu um olhar atravessado. – As correntes marítimas de Ipanema são fortes, esqueci-me de te dizer isso...

O sueco nada disse e saiu em direção para onde suas coisas estavam. Ficou puto pelo tombo que havia levado dentro do mar. E durante todo restante do dia, Aphrodite ficou emburrado olhando de cara fechada para o irmão e para o primo que caiam em risos.

Quando o dia estava chegando ao fim, sua tia e seu irmão e primo decidiram ir embora. O sueco olhou o céu de Ipanema e ficou maravilhado pelas multicores na abóbada celeste. O céu possuía tons de um azul claro, com nuvens amarelas desfilando e entre elas rajadas de um vermelho alaranjando do pôr do sol. Era uma visão magnifica! As cores em tons tão vivos e vibrantes.

Já estava quase escuro e de longe o loiro pôde ver as luzes da cidade maravilhosa se acender em vários pontinhos luminosos, em contraste com a sombra negra do Pão de Açúcar. O vendo marítimo bateu em seu rosto e o sueco pôde desfrutar de uma sensação gostosa, aquela sensação gostosa de final de tarde.

(...)

Em um dos vários bares na orla da praia de Ipanema, Aldebaran tomava uma gelada com os amigos de longa data. E na companhia deles, Deba, como era conhecido, ajudava seus amigos gregos a conquistarem as musas brasileiras.

— Eu já te disse Kanon! Não é assim que se conquista uma carioca, a mulher brasileira tem seus vários charmes, não é só chegar tirar e bomba... Tem que conquistar!

— Deba, meu amigo... – o grego tocou no ombro moreno. – Olha para mim e vê se tenho cara de Romeu?

— Não, ele tem cara de puto mesmo! – Milo, também grego, olhou para o loiro mais velho e caiu na gargalhada.

— Vou te mostrar o puto! – olhou para o escorpiano atravessado.

— É Milo, deixa o meu irmão te mostrar, ele conhece cada técnica... Impossível de não cair de amores por ele. O que ele não tem de Romeu ele tem de utilidade! – Saga sentou na rodinha de amigos, fazendo os demais rirem.

Aldebaran riu do clima animado e fitou o céu, observando as majestosas cores. Ipanema era um local único, muitas pessoas diziam que a melhor praia era Copacabana, verdade. Mas a formosa Ipanema possuía o melhor do Rio. Desde as mais belas musas a desfilar pelo calçadão até a maravilhosa vista que se podia ter do céu.

Gostava daquele lugar, sentia-se bem ao passar suas tardes ali, fitando o movimento. Saiu de seus devaneios quando o gêmeo mais novo do amigo começou a fazer alarde. Virou-se na direção onde o grego olhava e viu uma bela morena vir em direção ao loiro.

Kanon, afobado levantou-se da cadeira e foi falar com a bela morena. Saga levou uma gelada à boca, solvendo a cerveja enquanto balançava a cabeça.

— Kanon não toma jeito! Deste que chegou ao Brasil é só essa mulher e não a larga mais... Ela o chuta e ele volta. Ela corre atrás dele e ele volta, vai ser sofredor assim!

O taurino sorriu, passando a observar o grego mais novo conversar com a moça. Assobiou e virou-se para o geminiano mais velho.

— Ela gosta dele...

— Gosta nada! Vive dando foras no meu irmão. Kanon que é idiota!

— Gosta, basta ver como ela olha para ele! – disse baixo enquanto observava os dois conversarem.

(...)

Aphrodite estava brincando com uma das mechas de seu cabelo quando seu primo apareceu atrás de si com um sorriso estonteante nos lábios.

— De acordo com esse panfleto vai ter um show cultural ao ar livre daqui a pouco aqui na praia, o que acha de assistirmos?

O sueco pegou o papel em mãos lendo as atrações do dia.

— Bossa Nova? – ergueu a sobrancelha. – E deste quando curte bossa nova? Isso é uma banda, Camus?

Albafica riu e o ruivo apenas bufou contrariado.

— Deveria saber o que é Bossa Nova, Dite! Pelo que bem sei, seu amado italiano é bem chegado a um Jazz. – pegou o folheto em mãos. – Bossa Nova é um movimento da música popular brasileira do final dos anos 50 lançado por João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e jovens cantores e compositores, derivado do samba e com forte influência do jazz.

— Eu topo de ver o show. E você peixinho afobado?

— Me chama de peixinho mais uma vez...

— Dite... – o francês pediu impaciente.

— Tá... Tá! Vamos ver esse show, mas escutem aqui, eu tô com fome!

Os três saíram em direção aos variados bares que se situavam na orla da praia. Camus e Albafica seguiam na frente do sueco olhando os variados cartazes e placas, na procura de algo familiar. O sueco, por sua vez, viajava nos surfistas que saiam do mar, nos homens que malhavam no decorrer do calçadão, e vibrava ainda mais quando os cariocas desnudos corriam com seus cães ao seu lado.

É, até que Ipanema ao final da tarde lhe havia proporcionado uma bela visão! E que visão...

O loiro continuava a andar perdido, olhando para os lados observando cada abdômen, cada torso bem definido! Parava e suspirava. Quando o ruivo gritava para chamá-lo, o sueco saía desamparado, correndo pelo calçadão com uma blusa branca enorme de praia ao corpo e um chapéu na cabeira loura.

Para alguns, ver aquela cena inusitada era engraçado. Para outros, era só mais um doido perdido nas maravilhas do rio.

Aldebaran observava de longe um grupo peculiar andar pela orla, entre eles um ruivo chamativo e ao lado dele um loiro com tamanha beleza, que o brasileiro não soube definir em palavras. Atrás deles outro loiro, um pouco desajeitado, meio perdido entre as pessoas da praia.

Turistas!

O loiro de blusa de praia, havaianas e chapéu, vezes ou outra parava e analisava as pessoas na orla. Dava suspiros e voltava a correr atrás do outros dois, tentando acompanhar o passo e não ficar para trás.

O taurino ajeitou-se na cadeira quando o ruivo e o loiro passaram por eles. Milo, o grego afobado que estava ao seu lado, ficou observando o ruivo.

— Só não engole ele com os olhos, Milo! – bateu nas costas do escorpiano que quase caiu da cadeira.

— O quê? Que foi...

— Comendo o ruivo com os olhos! Toma vergonha, Milo! Logo você, que pensei que não ia cair na farra...

Deba continuou a olhar o loirinho e riu quando o sueco bateu com tudo em uma placa, bem a sua frente. O ruivo e o outro loiro pararam mais a frente e observaram o mais novo tentar sair da confusão que havia arrumado entre ele e a placa.

Soltou um riso baixo e o sueco ergueu os olhos em sua direção, por um minuto o taurino se perdeu naqueles olhos tão azuis quanto lápis-lazuli. Ao fundo o som de uma melodia conhecida invadiu seus tímpanos.

Quando a luz dos olhos meus

E a luz dos olhos teus

Resolvem se encontrar

Ai, que bom que isso é, meu Deus

Que frio que me dá

O encontro desse olhar

Aphrodite sentiu um frio no estômago ao erguer o rosto e se ver sendo observado. Aqueles olhos negros como ébanos, que mais lembravam a duas jabuticabas. Sentiu-se tenso quando o homem ergueu-se da cadeira, e de brusquidão puxou de qualquer jeito a blusa que estava engaranhada na placa. Saiu andando, sem desconectar os olhares com aquele homem...

E que homem!

Jamais havia sentindo um desejo tão carnal, algo tão libidinoso em toda sua vida! Nem mesmo quando estava com seu namorado ou seu amante. As vozes ao longe de seu primo vieram em sua mente, mas não soube distinguir da onde vinham.

Ao fundo o som de uma melodia calma e calorosa, o som do mar se encontrando com a areia. As luzes se acendendo aos poucos, o vento batendo em seu rosto. Se Aphrodite não se conhecesse bem, diria que estava em uma cena de filme clichê.

E, como um baque, caiu por si. Sorriu tímido ao homem, seu estranho admirador. E sem jeito e sem saber onde enfiar a cabeça, saiu andando entre as pessoas, dando trombadas e mais trombadas.

Deba não entendeu muito bem, mas sentiu um clima gostoso entre ele e o loiro. O viu sair e, um pouco mais a frente, virar-se para trás, dando um singelo sorriso. Um sorriso do qual o brasileiro, talvez, jamais fosse se esquecer.

E por ironia do destino, o som de uma melodia típica e bastante conhecia por muitos, veio aos seus tímpanos. Sorriu, começando a cantar junto ao homem que se apresentava naquele barzinho na orla da praia de Ipanema.

Ah, se ela soubesse que quando ela passa

O mundo inteirinho se enche de graça

E fica mais lindo por causa do amor...

FIM...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aêe, e ai criticas...? Opiniões? São muito bem vidas!


Obs: As músicas no decorrer da fic são as clássicas Garota De Ipanema & Pela Luz Dos Olhos Teus, de Tom Jobim e Vinicius de Morais. Essa oneshot foi um surto criativo, que tive quando estava voltando do supermercado. Sim, minha mãe curte essas músicas calminhas... E as vezes é até legal, tenho altas ideias!A fic se passa no Brasil - sério Noire? - E achei muito legal escrever ela, principalmente em nosso "território". Sempre vejo fic's que se passam na Grécia, Japão e EUA...

Aí me perguntei, porque não aqui? No Brasil? Resumindo, eu gosto de variar. Variar é bom! E, por isso, a fic se passa aqui e também pelo fato do Gold mais camarada de todos ~Deba~ ser brasileiro! :D


Então, é isso aê... Byee Byee até o próximo surto! Bjinhus aos futuros fantasminhas!