Aurora escrita por Marianne


Capítulo 2
Capítulo 2.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/499002/chapter/2

Assim que sentiram o trem parando, sorrisos ansiosos se instalaram nos rostos de Rose, Alvo e Aurora. Os três já haviam trocado suas vestes para uma formal da escola, mas sem o símbolo de nenhuma casa. Viam crianças passando para lá e para cá do lado de fora da cabine, um tanto ansiosas e nervosas. E eles não estavam diferentes. Aurora tinha seu costumeiro livro de romance trouxa nas mãos, enquanto Rose foleava uma revista qualquer. Alvo encarava a vista sem piscar. Estavam todos entretidos até demais em seus pensamentos, ocupados demais para falar como estavam naquele momento. Aurora viu que várias crianças já estavam fora do trem, então, se levantou.

— Deus. — Aurora murmurou, pegando sua última mala debaixo do banco. — Vamos, não quero ser a última a sair. — sorriu, enquanto Rose a encarou.

— Estou ansiosa para conhecer Hagrid. Papai me disse que ele ajudou muito nas aventuras. — ela disse, sorrindo. — Alvo, pegue minha mala para mim?

— Porque eu deveria? — perguntou o garoto. — Me chamou de imbecil.

— Mas você é um imbecil. Um imbecil legal. — a menina deu ombros.

O menino bufou, e pegou a mala da prima. Não podia reclamar, não estava tão pesada quanto imaginou. Os três caminharam para fora do trem lado a lado, em silêncio. Iam abrindo espaço entre os estudantes que ali paravam para conversar, os três queriam ver Hagrid de perto. E quando o viram, se surpreenderam. Era um homem alto, com uma barba e cabelos embaraçados. Olhos miúdos e um sorriso amigável. Quando o homem avistou as três crianças ali, sorriu como nunca.

— Finalmente! — o homem festejou. — Aurora Black, Rose Weasley e Alvo Potter. Seus pais me deram muito trabalho, espero que não sejam assim.

— Não contaria com isso, Hagrid. — Alvo disse, com um sorriso maroto.

— Seu irmão é um tanto perturbador. Está todos os dias na diretoria. — Hagrid falou, dando ombros. — Seus pais estão sempre por aqui.

— Já perdi a conta de quantas vezes eles vieram para cá. — Alvo respondeu.

— Meu pai disse que não era tão ruim. — Aurora falou, num tom baixo.

— Seu pai era o pior de todos, acredite. — o homem riu. — Jason Black sempre deu muitos problemas à Dumbledore, acredite. — Hagrid deu ombros. — Depois passem na minha cabana, vamos conversar. Até.

— Até mais. — os três se despediram, enquanto o homem ia até a frente do grupo para levá-los até os botes.

— Ele parece ser muito legal. — Aurora disse, quebrando o silêncio.

— Ele é legal. Pelo que meus pais me disseram. — falou Rose.

— Vamos para os botes, futuras estudantes de Hogwarts! — berrou Alvo, com um sorriso no rosto. As meninas gargalharam e o seguiram.

Os três se dirigiram até a beira dos lagos, onde foram para os botes. Rose e Aurora foram primeiro, dividindo um bote com uma garota chamada Amelia e um menino chamado Julian. Eles eram irmãos e viviam brigando, oque lembrava um pouco Alvo e Rose. Com esses pensamentos, Aurora riu. Logo as atenções foram voltadas para o grande e majestoso castelo à sua frente. Tinham várias torres, e todas iluminadas sobre a luz da lua.

— Uau. — ouviu Amelia murmurar.

— Uau mesmo! — concordou Julian.

— Hogwarts é incrível! — Aurora riu, e desviou seu olhar para o bote ao lado.

Alvo estava lá, com mais duas meninas e um garoto loiro. Scorpius Malfoy, o filho de Draco Malfoy. Aurora o reconheceu das colunas sociais bruxas, a família Malfoy estava sempre ali. Sendo pelo sucesso que obtiveram através dos anos ou até mesmo por Lúcio Malfoy ter sido um Comensal da Morte. Alvo sorriu para Aurora, que retribuiu. Ambos voltaram seu olhar para a magnífica Hogwarts à frente.

Após chegarem em terra firme, todos saíram dos botes ainda mais animados. Ficaram em frente á uma enorme porta de mármore escuro, e ali esperaram. Então, finalmente a porta se abriu, revelando ali uma senhora com vestes pretas e verdes, olhos miúdos e escuros, e uma expressão carinhosa. Era Minerva McGonagall. Aurora a olhou admirada.

— Muito bem. Vocês estão prestes a entrar no Salão Principal, e ali vamos escolher a sua casa. Antes, tenho alguns avisos. — então a mulher começou a tagarelar algo sobre trasgos e a Floresta Proibida, para depois dar um longo suspiro. — Esperem alguns minutos.

Então a mulher entrou novamente no Salão, e os estudantes ali presentes puderam ouvir uma cantoria, que deduziram ser do Chapéu Seletor. Alvo conversava com Aurora e Rose, e parecia tranquilo por fora, porém, estava uma pilha de nervos. Rose conhecia o primo muito bem para saber disso.

— Ei, Alvo! — ouviu alguém clamar, e os três se viraram. Scorpius estava ali, parecia tão animado quanto eles.

— Rose e Aurora, este é Scorpius Malfoy. Malfoy, esta é minha prima Rose e minha amiga Aurora. — o garoto disse, e as meninas sorriram.

— Deduzo que são Black e Weasley? — perguntou o garoto, e as duas assentiram. — Prazer em conhecê-las.

As garotas iam responder, mas a porta foi aberta novamente por Minerva, que os pediu para entrar. Enquanto iam andando pelo Salão, olhavam tudo admirados. Alvo pôde ver James na mesa da Grifinória, e deu um sorriso para o irmão, que acenou. Tudo aquilo era gigantesco, e o teto era transparente, que dava uma perfeita visão da lua. Logo, pararam de andar e conseguiram ver Minerva conjurar um feitiço e um banco com um chapéu aparecer.

— Muito bem. Chamarei seus nomes e então venham aqui para que eu coloque o chapéu em suas cabeças. Ele escolherá sua casa. — sorriu. — Hum. — pigarreou, abrindo um pergaminho com os nomes dos alunos. — Amelia King? — a menina arregalou os olhos e começou a andar.

O resultado não foi outro: Grifinória. Então, foram se passando os minutos e os nomes. Quando restavam apenas cinco crianças que Aurora percebeu que poderia ser a próxima. Rose e Alvo estavam ao seu lado, tão nervosos quanto ela.

— Rose Weasley. — a mulher disse, e Rose sorriu. Foi saltitando até a cadeira, e se sentou sem alguma dificuldade.

— Hum! Mais uma Weasley! Vejo que é tão inteligente quanto a mãe. — a menina ruborizou enquanto o chapéu falava. — Tem coragem e é muito inteligente. Se daria bem na Corvinal. — a menina sorriu, e viu olhares empolgados da mesa da Corvinal. — Porém, seu destino é na Grifinória! — berrou, e a menina sorriu ainda mais.

Rose foi saltitando para mesa, onde recebeu cumprimentos animados dos colegas e do primo, James. Aurora olhou para a amiga e sorriu, como se a apoiasse. Rose também sorriu, e mexeu os lábios para formar um "Boa sorte!".

— Aurora Black. — Minerva falou, e ouviram-se murmúrios no salão.

A menina estremeceu. Começou a andar devagar em direção ao banco, e quando se sentou, pôde ver Alvo com um sorriso contagiante. Ela sorriu de volta para o menino, que murmurou um "Boa sorte!", igualmente a Rose. Aurora tremia, mas não iria deixar transparecer.

— Oras, é uma Black. Para ser mais exato, a terceira Black que passa por aqui. Vejo que tem tanta coragem quanto um leão, e também é ambiciosa. É inteligente como os pais, e um tanto bondosa. — a menina sorriu. — Tem talento para se dar bem em qualquer casa que quisesse. Porém, o tanto de sua bondade e coragem lhe entregam. Você é uma legítima Grifinória! — berrou, e ouviram-se aplausos da mesa vermelha.

Antes de ir para sua nova casa, Aurora correu até Alvo e lhe deu um abraço. O garoto ficou surpreso de início, mas retribuiu. A garota murmurou um "Boa sorte para você também!" e correu até a mesa que ainda lhe aplaudia. A primeira pessoa a lhe abraçar fora Rose, que estava tão feliz quanto Aurora.

— Alvo Potter. — o salão inteiro se silenciou quando Minerva falou. James sorria, orgulhoso do irmão.

Alvo foi até o banco e se sentou. Olhou para a mesa da Grifinória e viu ali Rose e Aurora, que lhe apoiavam. O garoto estava confuso. Uma parte queria ir para a Grifinória, a outra, para a Sonserina. Então, olhou para a Sonserina e viu ali o seu amigo Scorpius lhe encarando com um sorriso.

— O quarto Potter. Porque decidir a casa de sua família é sempre tão difícil? — falou o chapéu, e Alvo pôde ver James gargalhar. — Você é diferente. É corajoso e bondoso até demais. Se daria bem em todas as casas. Tem a coragem de um Grifinório, é ambicioso como um Sonserino. — o chapéu bufou. — Por fim, acho que se daria melhor na Sonserina!

Alvo se levantou do banco ainda nervoso, e olhou para a mesa da Grifinória que estava em silêncio. James não parecia surpreso, mas Aurora e Rose estavam um tanto perplexas. O menino correu até a mesa da Sonserina, onde recebeu cumprimentos animados de todos, inclusive Scorpius.

Tinha feito a escolha certa?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aurora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.