Christian olhou para sua imagem refletida no espelho, cuidadosamente ajustou a gravata de seda navy que Anastasia havia lhe presenteado, um sorriso surgiu em seus lábios lembrando-se dela deitada no sofá na penumbra da sala usando somente a gravata o surpreendendo quando chegou do trabalho. Seus dedos deslizaram por seu rosto e cabelos, conferiu o colarinho e as abotoaduras, tudo deveria estar perfeito para receber o executivo japonês. A Grey Enterprises Holdings estava há meses em negociações com a Katana Corporation que queria introduzir seus produtos no mercado americano e antes que assumissem um negócio de grande porte e perdessem a origem, através de relatórios e pesquisas de mercado, Christian e sua equipe os convenceram a testarem a economia local distribuindo seus produtos pelo comércio de Seattle. A empresa de Christian foi recomendada por um ex colega da Harvard que morava no Japão e as negociações deram início, webconferences, troca de informações via e-mail e agora, Christian decidira trazê-los à Seattle, para assinarem o contrato da forma tradicional. Seu espírito dominador predominava até nos negócios, ele decidira conhecer seus clientes, olhando-lhes nos olhos antes de assumir a logística que lhe enriqueceria mais alguns milhões se tudo acontecesse como o planejado. Olhou para seu relógio e calculou que Jason já estaria trazendo os convidados ao escritório.

–Jason, tudo correu como o planejado? O Check-in da companhia aérea confirmou somente 2 passageiros, essa informação está correta? – Christian perguntou quando o segurança atendeu o telefone.

–Sim, nenhum problema Sr. Grey. – Jason falou como haviam combinado.

–Obrigado – Christian agradeceu e andou pelo escritório, conferindo se tudo estava como ele desejava.

–Srtª. Miller poderia confirmar se está tudo preparado para a recepção dos japoneses? – Christian ordenou do telefone.

–Sim Sr. Grey – a secretária confirmou a ordem e Christian desligou o telefone.

Poucos minutos depois Jason Taylor subia com os convidados até o escritório de Christian que se acomodou em sua cadeira virando-se para a janela como era seu costume ao receber seus clientes pela primeira vez.

–Sr. Grey, Sr. Usui o aguarda na sala de espera – Srtª Miller confirmou.

–Mande-os entrar – Christian respondeu desligando o aparelho.

–Por aqui - Srtª Miller abriu a porta e esperou que os japoneses entrassem.

–Usui San, kotira onegai shimassu – a outra convidada parou ao lado da Srtª Miller e abaixou a cabeça esperando que o executivo entrasse no escritório antes de se deslocar e permitir que a Srtª Miller fechasse a porta.

–Konnitiwa – Christian Grey levantou-se da cadeira avaliando o japonês e sua acompanhante, presumiu ser uma secretária ou tradutora pela distância que mantinham, andou pelo escritório segurando o cartão como havia tomado instruções com a consultora de japonês – aproximou-se e ficou à dois passos do Sr. Usui – Hajimemashite, Christian Grey dessu, yoroshiku onegai shimassu – Christian se esforçou para parecer natural e curvou-se entregando seu cartão.

–Kotira kozo yoroshiku onegai shimassu – Sr. Usui curvou-se e abanou a mão para a secretária que havia se curvado alguns centímetros atrás que se aproximou e trocou os cartões que foi colocado em uma espécie de carteira, enquanto os dois trocavam algumas palavras em japonês, Christian os acompanhou até a mesa onde se acomodaram.

–Como foi a viagem? – Christian dirigiu-se ao Sr. Usui e olhou de relance para a mulher que usava um smartphone com o chefe.

–Maravilhosa... – Sr. Usui sorriu e tentou se expressar em inglês com seu forte sotaque – Sr. Grey se apresentou em japonês muito bem.

–Gostaríamos de agradecê-lo, a viagem foi muito proveitosa – a mulher guardou o aparelho e agradeceu curvando-se educadamente como manda a tradição japonesa.

–Fico grato em saber que aproveitaram a viagem e estou começando a estudar o idioma, pretendo me dedicar ao nossos futuros negócios. – Christian imitou o gesto olhando nos olhos do Sr. Usui à medida que suas palavras eram traduzidas .

–Nós gostaríamos de agradecê-lo pelo esforço e por nos oferecer a viagem – as palavras do Sr. Usui foram traduzidas enquanto seus olhos analisavam o escritório de Christian.

–Vocês querem ver um pouco de Seattle? – Christian deu um sorriso e se levantou apontando para a visão que seu escritório oferecia – kirei na Machi.

–O senhor é muito simpático e seu escritório é magnífico – A secretária traduziu automaticamente o que o Sr. Usui acabara de falar.

–Obrigado – Christian agradeceu e ficou olhando para as sombras que o sol proporcionava ao rosto do Sr. Usui que continuou a falar.

–Esperamos que os negócios prosperem e que o acordo seja fechado com sucesso durante a reunião de amanhã – mais uma vez a secretária traduziu cabisbaixa – ficamos honrados em conhecê-lo pessoalmente.

–Vocês devem estar cansados, mas tomei a liberdade de trazer um sushiman para lhes oferecer um pequeno almoço – Christian tentou animar um pouco o ambiente para que conseguisse captar alguma coisa que pudesse ajudá-lo a se sentir seguro, pois até aquele momento, suas palavras lhe pareciam como água batendo em uma rocha, eles não pareciam surpresos, Christian precisava impressioná-los, ganhar a confiança para poder oferecer-lhes toda a infra-estrutura que eles precisariam, não só a parte de logística, mas ir além, levar os sistemas de segurança para que a GEH iniciasse sua parceria com o Japão, era esse o objetivo de Christian, criar um novo cliente e abrir novas portas. A consultora havia lhe explicado como a primeira impressão era importante para os japoneses e por isso Christian tinha cuidado de tudo pessoalmente, nada de atrasos, vôo na primeira classe e o melhor sushiman da cidade. Tudo perfeito para que não tivessem do que reclamar, se sentissem satisfeitos e bem recebidos pela sua empresa, sua cidade, seu país. Christian se via como o melhor cartão de visitas e é claro que sua aparência contava, naquele segundo Christian se sentiu incomodado por não ter causado o impacto que estava acostumado, a secretária mal lhe olhara, aquilo mexeu com a vaidade de Christian que instintivamente passou as mãos pelos cabelos e olhou de relance para a secretária que continuava cabisbaixa esperando que um dos dois falasse para traduzir, seria isso? Ela se sentiria como se fosse uma máquina?

–Me desculpe pela grosseria – Christian fixou o olhar na secretária – Eu deveria ter perguntado antes, como é seu nome? – Até o momento ela não havia falado seu nome, se a tratasse como uma convidada e não apenas como uma acompanhante, talvez ela se tornasse menos mecânica e lhe desse algumas pistas de como agradá-los.

–Eu? – a secretária olhou nos olhos de Christian pela primeira vez e ele pode avaliar sua beleza oriental. Os cabelos negros eram longos e bem cuidados, apesar das roupas profissionais, seus traços eram finos e sua pele branca como porcelana, seus lábios estavam pintados com um tom de rosa antigo e um gloss lhe finalizava dando volume e maciez aos lábios – pode me chamar de Kurokawa.

–Kurokawa? – Christian franziu as sobrancelhas – Não tem um primeiro nome?

–Aya – A secretária respondeu automaticamente e o Sr. Usui começou a falar e ela curvou ligeiramente a cabeça trocou algumas palavras com o chefe e deu um meio sorriso – Pode me chamar de Ayatchan.

–Srtª Aya – Christian sorriu e acenou para o Sr. Usui – Onaka suita...

–Oh... – Sr. Usui deu um largo sorriso – Ayachan me disse que irá nos oferecer um almoço, muito obrigado, muito generoso, Sr. Christian, eu sou Massao.

–Sr. Massao – Christian sorriu animado por finalmente sentir que havia progredido – Eu gosto dessa intimidade, conhecer o desejo de meus clientes, quero lhes oferecer a oportunidade de conhecer meu país, minha cidade, o que nós temos de melhor, por favor me acompanhem, espero que o Sr. e a Srtª Aya gostem dos nossos peixes.

–É muito gentil se preocupando conosco dessa maneira. – Aya respondeu ainda em tom profissional.

–Bem vindos ao nosso "Sushiya" – Christian abriu as portas do salão de recepções que havia se transformado em um pequeno restaurante japonês, o sushiman esperava pelos convidados e uma garota vestida de kimono serviu sakê aos convidados assim que se acomodaram.

–Irashaii... Kiyo nan des ka okyakusan? – o sushiman deu as boas vindas com um sorriso olhando para o japonês sentado à sua frente.

–Magurô, onegai shimassu – Sr. Usui respondeu sorrindo pela hospitalidade.

–Hai, Maguro itadakimassu – o sushiman falou alto preparando o bolinho de arroz e fatiando o peixe, o sushi foi servido imediatamente.

–Oishiii – Sr. Usui respondeu assim que colocou o sushi na boca.

–Sugi wa? – o sushiman incentivou o Sr. Usui a fazer novos pedidos.

Christian se deu por satisfeito vendo que o Sr. Usui se rendeu ao sushiman como a consultora havia lhe recomendado como uma ótima forma de conquistar os clientes japoneses e agora ele poderia se concentrar na secretária para tentar arrancar alguma informação útil. Analisou-a por alguns segundos, embora fosse visível em seu rosto o contentamento em comer algo que lhe fosse tradicional, ela mantinha sua postura, cabisbaixa, a uma curta distância entre os dois e sempre esperando que o Sr. Usui lhe oferecesse os sushis, até o momento ela não havia feito nenhum pedido. Christian acenou para que a garota lhe servisse mais sakê, Aya recusou e Christian se preocupou.

–Não gosta de sakê Aya? – Christian levou o pequeno copo aos lábios.

–Prefiro não beber no trabalho – Aya respondeu ainda cabisbaixa.

–Trabalho? – Christian deu uma risada provocativa – por hoje acabou o expediente, só iremos trabalhar amanhã, agora vamos nos divertir.

–É muito gentil da sua parte, mas eu não vejo dessa forma – Aya olhou ligeiramente nos olhos de Christian – Estou aqui cuidando dos interesses do sr. Usui, continuo trabalhando.

–Kono Hanashi nan des ka? – Sr. Usui perguntou para Aya, Christian sorriu e deixou que Aya se explicasse para o chefe.

–Biru Kudassai – Sr. Usui gritou e a garota de kimono serviu cerveja que o Sr. Usui empurrou na direção de Aya – Nonde...

–Hai... Itadakimassu – Aya sorriu curvou ligeiramente a cabeça, pegou copo e bebeu a cerveja em um só gole – arigatou gozaimashita.

–Hai hai – Sr. Usui bateu amistosamente nos ombros de Aya que servia-lhe cerveja – pleasure... Ayatchan.

Christian observava estarrecido o comportamento da secretária que fazia tudo que o Sr. Usui ordenava e aquilo o excitou de certa forma, seu lado dominador admirava aquela submissão da mulher que parecia mais preparada que o japonês que bebia ao seu lado, ele pensou em seu amigo, que indicara a empresa de Christian, ele sempre se encantou pelos modos orientais, tanto é que conseguiu ser transferido para o Japão e era casado com uma japonesa.

–Você cursou faculdade Aya? – Christian deixou que a curiosidade o guiasse e talvez ela se abrisse agora que tomava cerveja e parecia mais relaxada.

–Sim – Aya respondeu humildemente – Sou licenciada como professora de inglês, mas trabalho como tradutora nas horas vagas, não existe muitas escolas de inglês na região que moro e, por isso, faço trabalhos temporários como este, acompanhando executivos aos Estados Unidos e outros países.

–Uau – Christian disse totalmente surpreso com aquela afirmação vinda com tanta humildade, sem nenhum traço de arrogância, sem nenhuma exitação, como se seu emprego fosse algo que qualquer outra pessoa faria – Você trabalha na empresa do Sr. Usui há quanto tempo?

–Me desculpe Christian, mas se você está tentando saber alguma coisa através de mim, escolheu a pessoa errada, eu não gosto de me envolver com os negócios dessa maneira que você imagina, eu fui enviada como uma espécie de acompanhante para acessorar o Sr. Usui, não sei nada à respeito do negócio de vocês, me enviaram por ter experiência em viagens internacionais e poder ajudá-lo até a reunião de vocês amanhã, como você deve ter percebido nos relatórios, ele é um dos fundadores da associação que querem trazer os produtos à América, eu não faço parte da empresa, fui contratada por intermédio de um amigo em comum, não precisa gastar seu tempo tentando me bajular. – Aya falou pausadamente, calma, sem alterar o tom de voz, como se comunicasse algo que fosse comum no dia-a-dia.

–Se é assim, por quê faz tudo que ele manda? – Christian perguntou sem esconder a curiosidade.

–O que ele manda? – Aya repetiu e seu olhar encontrou o de Christian e bastou isso para ele sentir a ereção aumentando dentro das calças.

–Me desculpe se ofendi você, não estou acostumado com sua postura, vocês são submissos aos seus chefes de uma maneira que nós americanos não estamos acostumados. – Christian balançou a cabeça confuso, aquela conversa, o comportamento, era como se ela estivesse brincando com ele. -Ayatchan, Ayatchan... – Sr. Usui queria saber o motivo da conversa e ela conversou alguns minutos com o chefe e ele olhou para Christian e deu um sorriso enigmático – Aya é bonita e inteligente, Sr. Grey.

–Sr. Massao – Christian sorriu e tentou entender o que a mulher deveria ter falado ao Sr. Usui – Eu só estava curioso sobre a formação da Srtª. Kurokawa.

–Ayatchan... – Sr. Usui deu um sorriso e segurou a mão da mulher – Amiga de um amigo e eu sou o kakarichô, Chefe mais experiente, você ofereceu a viagem e os mais jovens são os mais estudados mas, me pediram para vir, conhecer você pessoalmente, entende isso sendo tão jovem?

–Eu entendo a hierarquia e o respeito que existe dentro das empresas japonesas Sr. Usui, me desculpe, só queria entender um pouco o que a Srtª. Kurokawa faz – Christian sentiu como se estivesse perdendo o controle da situação por causa de sua curiosidade e resolveu compensar seu erro se oferecendo como anfitrião do Sr. Usui – Gostaria que o Sr. conhecesse Seattle, gostaria que o levasse à algum lugar, fazer um tour, se não estiver muito cansado?

–Conhecer Seatlle – Sr. Usui repetiu olhando para Aya que lhe traduzia o que Christian havia falado e pegou o smartphone do bolso – Please, one moment – Sr. Usui saiu da mesa e Aya se mexeu no banco como se estivesse sendo atacada por escorpiões, por um segundo ela encolheu os ombros e se fechou como se estivesse em uma casca. Finalmente ela suspirou, endireitou a coluna e encontrou os olhos curiosos de Christian que a encarava, deu um sorriso amarelo como se soubesse do que estava para acontecer.

–Aya, Aya denwa, denwa – Sr. Usui entregou o telefone para Aya que se afastou e começou a falar ao telefone. No mesmo instante, a expressão facial de Aya mudou, seu corpo se encolheu como se estivesse sendo agredida, ela segurou o aparelho contra o ouvido e virou de costas para Christian mantendo a cabeça baixa, alguns minutos depois ela desligou o aparelho e se dirigiu rumo ao banheiro, quando voltou ela trocou um longo olhar com o Sr. Usui que deu algumas palmadinhas em seu ombro.

–Sr. Usui gostaria de um passeio um pouco incomum – Aya falou em um tom mais baixo que o normal parecendo cautelosa.

–Incomum? – Christian tentou entender o termo.

–Como é a primeira vez que o Sr. Usui visita os Estados Unidos, ele gostaria de ir à uma casa de striptease, como aquelas dos filmes – Aya murmurou.

–Girls... – Sr. Usui colocou as mãos curvadas na frente do peito como se acariciasse os seios e dançou.

–Você vai ficar no hotel? – Christian olhou para Aya que tomava um gole de cerveja.

–Hotel? – Aya olhou para Christian e ergueu a sobrancelha – Eu sou acompanhante do sr. Usui aonde ele for eu vou.

–Sério? – Christian avaliou Aya cuidadosamente.

–Por acaso é proíbida a entrada de mulheres? – Aya perguntou calmante.

–Não é isso – Christian mexeu o copo balançando o gelo.

–Então eu o acompanho – Aya respondeu determinada.

–Okay... Vocês são todos tão rígidos quando assumem um trabalho? – Christian perguntou usando um tom descontraído.

–Faz parte do meu contrato – Aya respondeu dando de ombros.

Christian pensou em que tipo de Striptease o Sr. Usui gostaria de ir e pensou no Dreamgirls at Rick's em Lake City e decidiu que seria a melhor opção para satisfazer a curiosidade do japonês, garotas de bikini, dançarinas faziam topless e pole dance, haviam danças privadas se ele quisesse alguma coisa mais quente e, tudo ficaria sobre controle, Aya não passaria por nenhuma situação desconfortável, embora ela se anulasse e fizesse questão de ser apenas vista como uma tradutora, ele percebeu que existia algo que ele acontecia entre o Sr. Usui e Aya e ele decidiu que descobriria antes que voltassem ao Japão.

–Toilet... – Sr. Usui deu um sorriso e Aya se levantou enquanto o homem caminhava rumo ao banheiro.

–Aya irei fazer algumas ligações – Christian pegou o smartphone e fez um gestou negativo quando Aya se levantou, saiu andando até um canto livre e observou a mulher que havia se sentado e naquele momento estava tomando cerveja calmamente, deu um pequeno aceno enquanto ligava para Jason – Jason, sou eu, preciso que prepare uma Vip room no Dreamgirls, o Sr. Usui quer conhecer uma casa de striptease, a secretária irá junto, acredito que bebidas e algumas garotas fazendo topless já bastarão, quando estiver tudo preparado venha nos pegar.

–A mulher vai? – Jason perguntou rindo – vou entrar em contato quando tudo estiver preparado lhe retorno a ligação Christian, precisa de mais alguma coisa?

–Sinceramente, eu não sei... – Christian respondeu ainda observando a mulher que se levantara quando o Sr. Usui voltou do banheiro – Esse pedido foi inusitado, obrigado por me auxiliar. – Christian desligou o telefone e voltou à mesa.

–Vocês gostariam de conhecer a empresa? – Christian deu um sorriso – enquanto preparo as coisas para irmos ao clube. Naquele momento Christian tentava lidar com a curiosidade e seu senso crítico que lhe golpeavam os pensamentos, além disso tinha o seu lado dominador mexendo com seus instintos, fazendo-o enxergar Aya com outros olhos, andar pela empresa até as coisas no club de striptease estarem prontas seria uma ótima forma de tomar o controle da situação e quem sabe descobrir mais um pouco sobre essa misteriosa mulher.