Cicatrizes do Passado escrita por MRS


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

É...Oi, essa é a minha primeira história, que eu consegui terminar ¬¬, então relevem XD
Não liguem para a quantidade excessiva de pontos existentes no texto.
Este será um One-Shot, mas estava com vontade de fazer tipo um ova com a versão da mulher...Então é isso, boa leitura! ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/498925/chapter/1

Eu a queria novamente em meus braços, queria sentir novamente aquela pele macia, sentir aqueles lábios suaves com gosto de mel, me dizendo pra não tocar na comida até ela terminar de fazer-la, daquele cheiro de jasmim tão viciante, que apenas o seu cabelo tinha... Ah! Aquele cabelo, longo e sedoso, preto... Quase pude senti-lo por um instante... Eu a quero de volta

-Por que, meu amor? -Sussurrei esperando uma resposta que nunca chegou. –Por que você teve que partir? –As lágrimas começaram a vazar de meus olhos, tentei as segurar, mas foi tudo em vão, pois meus olhos ardiam e meu peito doía com a perda de minha esposa.

-Tínhamos apenas três anos de casado... Estávamos começando a nos preparar para ter um bebe... Então, por quê? POR QUÊ? POR QUÊ? Meu... Amor... Eu só queria retribuir toda a felicidade que você havia me proporcionado... Eu... Eu daria tudo pra ter sido eu no seu lugar... -Quanto mais eu falo, grito ou esperneio nesse túmulo mais meu peito doe, e mais lágrimas caem.

-Seu eu, ao menos, tivesse ido com você... Isso concerteza não teria acontecido... DROGA! EU DEVIA TER IDO COM VOCÊ...Meu amor, me perdoa, eu não sou um homem digno de você, nunca fui...Você era rica, eu era um pobretão, você sempre foi uma pessoa inteligente, diferente de mim que sempre precisei me esforçar imensamente pra entender uma simples matéria...Eu...eu...ape...nas te...que...ro de...volta. –Já estava soluçando, mas já era costume. Eu sempre ia visitar seu túmulo, eu o visitava no dia de seu aniversário, tanto de nascimento quanto o de morte, e hoje fazia cinco anos desde a sua morte.

Vivíamos muito bem, até mesmo para um pobre que nem eu fui pra uma faculdade, à mesma que a dela, graças ao seu incentivo, me formei em Psicologia, hunf, que irônico, um psicólogo bem sucedido sofrendo a ponto de ir visitar todo mês o tumulo da esposa que morreu há anos, ela se formou em pedagogia, ela era ótima com tudo e com todos, muito gentil, adorava crianças, sempre quis ter uma menina chamada Thaís, mas eu sempre a repreendi dizendo que tínhamos, que primeiro, nos estabilizar, terminar de pagar a casa, guardar um pouco de dinheiro na poupança, para ai sim, termos uma criança... Mas não deu tempo.

Meus olhos ardem cada vez mais, meu peito sempre dói quando me lembro do que fizeram a ela... A pegaram quando ela estava indo para a casa de sua mãe, apontaram uma faca em sua garganta, a seqüestraram e a fizeram de refém. Ligaram pra mim dois dias depois que ela sumiu, eu já estava agoniado por ela ter sumido por tanto tempo, eu já havia chamado a polícia, estava pendurando cartazes pelas ruas, me senti aliviado com o seu telefonema. Bom, até ouvir a voz e um homem e gritos ao fundo, perguntei o que haviam feito com ela, e me disseram... Me disseram...me disseram que haviam a estrupado nesses dois últimos dias, tinham a acorrentado e abusado dela de todas as maneiras possíveis, que tinham batido nela, pedi para me deixarem falar com ela, em vão, claro, tudo o que eu escutava era ela gritando meu nome.

-ROBERT... ROBERT, ME SALVA RO..BER..T –Depois disso escutei um estalo e tudo havia se acalmado e não mais ouvia sua voz.

-OQUE FIZERAM COM ELA? DIGAM-ME O QUE FIZERAM COM ELA? O QUE VOCÊS QUEREM PARA ME DEVOLVE-LA SÃ E SALVA? Por favor... Eu faço o que quiserem..apenas...apenas me devolvam ela sã e salva..

-Eu quero dez milhões de dólares.

-Eu não tenho esse dinheiro todo. EU NÃO SOU RICO, CARA!

-Você não é, mais seus sogros são...

-Pra quando você quer esse dinheiro?

-Pra amanhã, as nove em ponto, sem polícia, só eu, você e a mãe de sua querida esposa, que alíás tem uma boca deliciosa e um traseiro muito, muito, mais muito apertado. –Escutei risos.

-MALDITO! NÃO A TOQUE SEU FILHO DA PUTA! EU VOU ACABAR COM A SUA RAÇA! –Gritei com o telefone em prantos, com lágrimas escorrendo por todo o meu rosto, a raiva me subia à cabeça cada vez que ele mencionava algo.

-Acho que você não esta numa posição muito boa agora para me ameaçar. –Novamente o escutava rindo.

-Ok, você venceu, onde eu devo encontrar-lhe?

-Na floresta próxima a antiga faculdade onde vocês se formaram. Ah! E é melhor não se atrasar... Eu posso acabar não conseguindo me segurar... -Escutei novamente risos e depois apenas o som do celular desligado.

-MALDIÇÃO! MALDIÇÃO! MALDIÇÃO! SEU MALDITO, EU VOU ACABAR COM VOCÊ QUANDO TE ENCONTRAR E TIVER NAMI FORA DE SEU ALCACE! –Gritei jogando meu celular em cima do sofá, já que não podia quebrá-lo, pois quem sabe ele ligue novamente, e chutando tudo que eu via pela frente. Acho que fiquei ali mais tempo do que pretendia, pois vieram meus vizinhos vieram até minha porta para saber o que havia acontecido.

Lógico que ignorei todos pegando a chave do carro e indo em direção à casa de meus sogros.

Conversei com eles, os expliquei tudo que havia acontecido, claro, deixei de fora a parte em que sua filha havia sido brutalmente estrupada, desde que minha sogra não tinha um coração muito forte, depois disso fomos até o banco retirar o dinheiro, não consegui nem cochilar naquela noite...

No dia seguinte fomos até o local marcado, lhe entregamos o dinheiro em troca de Nami, que estava inconsciente, a levamos a um hospital, fizeram corpo de delito nela.

Depois de tudo ter que passar por essa humilhação toda de ser verificada por todos aqueles médicos pra conseguirem o DNA dos envolvidos, SIM, ENVOLVIDOS e não envolvido, ela era tão forte, diferentemente de mim que era um fraco.

Depois de uns três meses acharam os caras por trás de tudo, os caras que abusaram dela, eles foram a julgamento por mais de seis meses, até que enfim veio o veredicto do juiz, eles iriam ser presos, finalmente tudo havia acabado e nós poderíamos voltar às nossas vidas, uma vida saudável e pacata, planejar ter um bebe como tanto queríamos, nos levantamos, nos abraçamos e nos beijamos, enfim tudo havia acabado ou era assim que eu pensava antes de um dos acusados levantar e começar a gritar feito louco que isso era tudo porquê haviam a deixado viva, pegou uma arma, que ele havia escondido bem em sua roupa, e apontou para mim e para Nami, entrei em sua frente antes dele disparar, um disparo que não veio, pois um guarda o deteu antes disso acontecer, suspirei aliviado, até ver minha querida Nami cair em meus braços ensangüentada em seu peito ao mesmo tempo em que ouvia um disparo, um dos comparsas dos envolvidos, que tinha um caso com o que tentou nos atacar, tinha puxado a arma da cintura de um dos guardas espalhados pelo salão e disparou em minha esposa.

-NAAAAMIII. –Gritei em completo desespero depois que ela caiu pálida em meus braços.

-E..eu est..o..u be..m. –Falava com sangue saindo de sua boca.

-Nami, Nami, agüente firme Nami, o socorro já esta vindo, meu amor, minha querida, espere só mais um pouco, meu beb.. -Ela me interrompeu, com muito esforço, colocando um dedo em meus lábios.

-N..não prec..-cof cof-cisa me eng..anar. –Falava com um olhar triste, pareciam que estavam se despedindo de mim.

-N-Não diga besteiras Nami, você vai sobreviver, você vai Nami, eu te garanto isso. –Meus olhos ardiam com a força que eu fazia para segurar as lágrimas, quem eu queria enganar, eu sabia que ela não ia sobreviver, o tiro havia sido certeiro, talvez... Talvez não... Fosse ela quem precisa ser enganada, mais sim eu, eu precisava dessa enganação.

-Eu t..te amo..m-meu bem. –Dizia suavemente enquanto passava as mãos um tanto frias e sujas de sangue em meu rosto, tirando-me do transe.

- Eu também te amo, meu amor, por favor...por favor, agüente mais um pouco. –Ela sorriu fracamente ainda com as mãos em meu rosto.

- Ro..b..ert, eu sem..pre i..rei te a..amar, en..então deix..e-me fazer ISS..o pela úl-cof cof cof-tima vez...meu b..em. –Não, não, não, não e não, isso não podia estar acontecendo, era para termos uma vida pacata, com dois filhos, uma menina chamada Thaís como ela queria, com os seus olhos e cabelo, e um menino chamado Marcos com meus olhos e com os cabelos de Nami.

-Meu amo.. Ela me interrompeu com um beijo caloroso, e naquele momento, eu comecei a chorar, não pude mais segurar, sabia que aquilo era sua despedida, um beijo de despedida, apesar do sangue compartilhado de sua boca eu ainda sentia o gosto de mel de seus lábios carnudos, também sentia o cheiro de jasmim de seus belos cabelos, parei o beijo assim que ela começou a tossir demasiadamente, ela tossia e o sangue pulava de sua boca, ela estava se esforçando pra falar algo, algo que ela considerava importante, eu poderia dar minha vida só pra escutar tudo o que ela tinha pra falar, desde seus problemas até os seus pensamentos infames sobre a minha colega de trabalho porque estava com ciúmes dela, dei um sorriso triste me lembrando de tudo que havíamos passado, dos momentos de tristezas, dos momentos de alegria, das brigas, de tudo, tudo.

- E..eu que..ro que vo..cê se..ja fel..iz...Eu te amo Robert. –E ai ela caiu morta em meus braços, suas ultimas palavras... Palavras que ela lutou tanto para falar...

-NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO.

Minha vida acabou ali...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por quem leu, se gostaram, se não gostaram, se recomendam algo, se quiserem dar uma dica, qualquer coisa é só comentar, mesmo que seja pra avisar que tem algum erro gritante de português, desde que não haja ofensas, se isso me ajudar a melhorar eu aceito XD